CAPITULO 1

Depois que deitei na cama acabei cochilando, até eu ouvir Damon sair do banheiro. Ele foi até o criado mudo, pegou a garrafa de uísque que ele havia colocado lá, eu o segui com o olhar enquanto ele colocava a camisa e ia até a janela para olhar pelo vidro. Ele ajeitou a gola da camisa, abriu o uísque e colocou em um copo descartável, me endireitei na cama para vê-lo melhor. Damon então sentou na cadeira e na outra cruzou os pés, ele olhou para o copo por um tempo e depois bebeu tudo em apenas um gole. Eu o observava com atenção, tentando espantar os pensamentos menos racionais que vinham a minha cabeça, ele estava tão... Bonito, ali sentado sério com a camisa aberta.

Até que ele flagrou meu olhar, eu abaixei a cabeça e fechei os olhos tentando disfarçar, mas não me segurei e o olhei novamente, dessa vez não disfarcei e ambos nos olhávamos. Ele levantou-se e começou a andar em direção a cama, de repente eu senti todo meu corpo tremer. Até que ele finalmente deitou-se ao meu lado, por cima do cobertor. Ele me olhou, até que eu tomei coragem e perguntei:

- Você nunca me contou sobre aquilo. O que fez pela Rose.

Ele olhou para cima, sério e falou:

- Não tinha a ver com você. – o jeito que ele falou foi tão na defensiva que eu tive que rir. Eu ajeitei o travesseiro e perguntei:

- Porque não deixa as pessoas verem a bondade em você?

- Porque quando as pessoas veem a bondade, esperam por ela. E não quero ter que viver com as expectativas de ninguém.

Não gostei daquilo. Eu o olhei, esperando pelo sarcasmo que não veio. Então me virei e coloquei as mãos ao lado do meu corpo. Damon começou a puxar minha mão, para que ficasse dada com a dele, aquilo me deixou nervosa, ele começou a entrelaçar nossos dedos. Eu o olhei, ele continuava sério, esperando pela minha reação, depois de um tempo nos olhando, ele chegou perto, e mais perto, até que nossos lábios se tocaram. Quase instantaneamente nós reagimos com fervor demais. Logo me pus em cima dele e ele colocou as mãos em minha cintura, por baixo da camisa. Eu... Eu não consegui pensar direito. Não. Aquilo não era certo. Afastei-me dele, sai da cama, peguei meu casaco e sai para ver se conseguia por as ideias em ordem. Parei no corredor, ao lado de uma maquina de refrigerante. Depois de alguns segundos eu o ouvi chegar.

- Não. – falei.

- Porque não? Elena.

Ouvi-lo falar meu nome daquele jeito me fez tremer. Quer saber? Que se dane! Eu ia aproveitar aquilo, ser feliz com os momentos que me estavam sendo oferecidos. Eu simplesmente me virei e o beijei com a maior intensidade que tinha dentro de mim, ele logo correspondeu com a mesma intensidade.

Beijamo-nos por um longo tempo, depois recuamos para nos encostarmo-nos à parede. Ele desceu os beijos para o meu pescoço e ia trilhando caminho até meus seios. Puxei seu rosto para que seus lábios se colassem aos meus de novo. Nós nos olhamos e novamente nos beijamos. Entrelacei minhas pernas em seu quadril, e ele descia as mãos até minhas pernas.

Antes que eu percebesse até mesmo o vento, nós estávamos no quarto novamente.

- Eu te amo, Elena.

- Não faz isso. – eu disse entre os beijos.

- O que?

- Dizer que me ama... Eu fico mal por não poder responder.

- Então responda.

- Eu te amo, Damon.