Quinn P.O.V

O tempo passou rápido e logo já estava num avião a caminho de Nova York com Charlie e Sam, a primeira muito incomodada por meu namorado estar indo conosco.

_ Ele nem é amigo da tia Rachel. – resmungou ela – Não sei por que tem de ir junto.

_ Porque ele é meu namorado Charlotte e fim de papo. – sentenciei, enquanto Sam apertava minha mão. Estava sendo cada vez mais difícil lidar com essa situação, levando em conta que Charlie está fazendo cada vez mais perguntas sobre o pai e fazendo comparações entre ele e Sam. E olha que só posso dizer sobre atributos físicos.

Santana P.O.V

Meu avião pousou com alguns minutos de antecedência, então eu sai pronta para esperar. Mas qual foi minha surpresa ao ver Rachel, saltitando com um rapaz a seu lado, segurando uma placa com meu nome.

_ Santaaaana. – gritou a baixinha, se atirando no meu pescoço e me fazendo rir – Estou tão feliz de você estar aqui. Venha, vou te apresentar o Noah.

Noah W. Puckerman, futuro marido da tampinha me parecia estranhamente familiar, mas não podia dizer de onde. Ele tinha cabelos castanhos escuros e, apesar do terno, usava um moicano, o que lhe dava um ar formal brincalhão. Ele pegou minha mão, beijando educadamente.

_ Ouvi muito a seu respeito. – disse ele, dando um sorriso torto.

_ Digo o mesmo. – entreguei – Rachel não é de ficar quieta sabe?

_ Eu é que sei. – retrucou ele brincalhão, fazendo a tampinha corar – Brincadeira querida. – não sei porque, mas algo naquele carinho entre eles parecia forçado.

_ Quinn ainda não chegou? – perguntei, estranhando a falta de minha amiga e da filha.

_ O voo delas atrasou. – explicou Rachel – Mas logo chegarão. Melhor irmos ao portão delas. Thomas, por favor, pegue as malas de Santana e leve ao carro, sim?

O homem de terno e quepe acenou positivamente com a cabeça, apanhando meu carrinho de malas e caminhou pelo aeroporto. Rachel me apanhou pela mão e saiu saltitante, fazendo eu e o noivo rirmos.

Rachel P.O.V

Algo no jeito de Santana ficou estranhando no momento em que ela viu Noah e eu aproveitei quando meu noivo comprava um café, para lhe perguntar o que era.

_ Algo nele... – disse ela – Me parece estranhamente familiar.

_ Eu sei, também senti isso quando o conheci alguns anos atrás. – confidenciei, mas ele logo chegou.

_ Ouvi algo que o voo de Chicago acaba de pousar. – disse ele, pegando a plaquinha com o nome de Quinn, Sam e Charlie.

Rachel começou a saltitar novamente, ansiosa para ver a amiga e a afilhada. Eu sentia muito falta delas, além de estar curiosa para conhecer Sam. Na única vez que Quinn o levou a Los Angeles, eu não fui para casa comemorar as festas e não cheguei a conhecê-lo.

_ Eles chegaram. – cantarolou Rachel, feliz e logo eu vi. Charlie apareceu correndo por entre as pessoas, alguns centímetros maior do que eu lembrava, os cabelos castanhos mais longos, mas o mesmo sorriso torto.

_ Madrinha. – gritou ela, se jogando sobre Rachel. O que era irônico, já que elas eram praticamente do mesmo tamanho.

_ Princesa. – cantarolou minha amiga, beijando a afilhada – E onde esta a desnaturada da sua mãe?

_ Aqui sua maluca.

E eu senti Noah enrijecer ao meu lado.

Noah P.O.V

Não podia ser verdade, não podia ser real. Quantas noites eu sonhara com aquele rosto, ouvira sua voz chamando meu nome, gemendo em meu ouvido? Quantos anos eu havia procurado por Elise?

_ Quinn! – gritou Rachel, se jogando no pescoço da loira e a abraçando. Quinn parecia mais apropriado que Elise.

_ Oi tampinha. – cumprimentou Quinn, rodando minha noiva no ar – Você se lembra do Sam não?

_ Claro que sim. – retrucou Rachel, abraçando o rapaz loiro e bocudo – Como vai Sam?

_ Ótimo. – respondeu e virou-se para a menina – Charlie, cuidado com sua bolsa está bem?

_ Para de mandar em mim. – retrucou ela nervosa e vi Quinn lhe dar um olhar atravessado – Nem adianta me olhar assim.

_ Pelo visto a personalidade dela deve ser mesmo do pai. – brincou Santana, abraçando a menina – Olá pequena.

_ Ele fica agindo como se fosse meu pai tia Santana, mas ele não é. – ouvi-a reclamar baixinho com a voz chorosa e Santana lhe beijou a testa.

_ Eu sei querida, fique tranquila. – respondeu a morena, abraçando-a.

_ Bom... – disse Rachel em voz alta, quebrando o clima pesado – Q, quero lhe apresentar meu futuro par de meias, ou cuecas, sei lá o termo correto, Noah.

A loira que até então encarava a filha, se virou em minha direção. Assim que seus olhos pousaram em mim, sua expressão passou de simpática para chocada, e por fim surpresa, enquanto ela dizia:

_ Você?