O Projeto escrita por Katniss


Capítulo 2
O projeto


Notas iniciais do capítulo

Eu falei que eu ia postar quarta mas resolvi postar hoje e quarta eu posto mais um (:
Muito obrigada pelos comentários, apesar de que tem muita gente lendo e nao comentando.
Por favor comentem!



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                   O mundo bruxo não iria sobreviver se algum tipo milagre não acontecesse então Albus Dumbledore, diretor da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, se reuniu com Minerva McGonagall, professora de Transfiguração e com Severo Snape, Mestre e professor de poções e então juntos, eles elaboraram um plano.

                    Ele, em si, já havia pensado muito nisso. Em sua opinião, as crianças eram classificadas muito cedo, e com essa classificação precoce, as rixas entres as casas eram criadas e os alunos influenciados.

                   A 1º guerra havia mudado muito o mundo bruxo e agora com a segunda guerra em pleno andamento, ele temia pelo seu mundo. Harry, o menino-que-sobreviveu, não estava preparado o suficiente para lutar contra Tom e isso o deixava com medo, porque no final daquele ano, ele não estaria lá. Ele iria morrer, e sem ele Tom provavelmente iria vencer. Isso ele sabia.

                   Não que ele estivesse se vangloriando. Não. Não era isso.  Era só que ele pensava que as pessoas não estavam preparadas. Harry não estava preparado e sem ele, o menino não iria conseguir derrotar Voldemort.

                   Embora o lado da Luz fosse muito mais populoso, o lado das Trevas tinha sem sombra de duvidas mais poder, e isso o deixava amedrontado. Ele temia pelo o sofrimento que tantas pessoas passariam e temia também pelo o que o mundo se transformaria caso Voldemort ganhasse.

                   Fazia 20 anos desde que tudo havia começado, ele se lembrava como se fosse ontem, quando Filius o havia acordado na calada da noite para dizer-lhe que Tom havia matado sua família e cinco famílias de trouxas na mesma noite e então declarado guerra à aqueles que não eram considerados dignos o suficiente, ou seja, à aqueles que não eram puros.

                    Sua esposa e seus filhos, cuja existência de todos era desconhecida, tinham acabado. Foi a primeira vez que ele sentiu medo desde a época de Grindwald, e desde então o medo o perseguiu, tornando-se um companheiro.

                   Voldemort não estava poupando ninguém de seus ataques. Ninguém. O terror se alastrava como o fogo, e não havia água o suficiente para apagá-lo.

                   E foi apenas vinte anos depois , sentado em seu escritório enquanto ele pensava em tudo que havia acontecido em vinte anos de guerra que ele percebeu que esse incêndio seria inacabável se ele não tomasse uma providencia.

                   Ele se reuniu com Minerva e Severo.

                   A única mulher que ele entregou seu coração desde sua falecida esposa e o seu braço direito, o homem que ele confiava sua vida, literalmente, e juntos eles bolaram um engenhoso plano.

                   Era simples.

                   Como ele tinha dito antes, as crianças com sua classificação precoce , formavam rixas uns com os outros sem ao menos conhecer seus verdadeiros inimigos, e era somente com a convivência, – não aquela do dia-a-dia, mas a verdadeira convivência familiar – que eles iriam aprender a se unirem. Somente com isso o lado da Luz teria uma pequena chance de triunfar.

Como dizem os trouxas: “ A união faz a força”

~

                   Sua vida era um saco. Seu pai era um idiota, e sua mãe era estúpida em segui-lo – embora ele realmente a amasse. – mas sim, sua vida era um saco.

                   Na sua vida inteira ele foi ensinado que um Malfoy não seguia ninguém, mas lá estava sua família – inclusive ele. – seguindo um homem desprezível, sem escrúpulos, estúpido e um pouco irônico – já que ele queria eliminar todos os sangues-ruins da face da terra quando ele mesmo é, em parte, um sangue-ruim. – então sim, o Lord das Trevas, para ele pelo menos, era estúpido.

                   E o pior de tudo, era que ele tinha que pagar o preço por causa dos erros do idiota de seu pai, que não conseguia tirar uma misera profecia das mãos do Santo Potter e sua trupe. Oh! Como ele odiava sua vida...

                   Esse ano ele iria começar seu sexto ano, e não havia nada que ele esperava mais do que ir para Hogwarts, já que ele estava hospedado em sua casa. Então não havia nada mais que ele quisesse fazer além de deixar a Mansão Malfoy, já que aquela não era mais sua casa, não desde que ele havia retornado.

                   O verão passou lentamente. Todos os dias comensais entravam e saiam da Mansão Malfoy. A noite ele os ouvia rindo de prazer e diversão ao ouvir meninas gritando por socorro, enquanto estavam sendo obviamente violentadas. Isso o enjoava e muito.

                    Lucius – ele já não era mais seu pai. – um dia teve a audácia de dizer a ele que logo seria sua vez de abusar daquelas pobres meninas. Desde então ele não falou mais com seu o homem que um dia ele havia chamado de pai.

                   Os melhores minutos desde o inicio de seu verão foram gastos com seu melhor amigo Blaise Zabini – que era a única pessoa que ele confiava no mundo. – em seu compartimento de trem a caminho de Hogwarts. Mas ele deveria saber que sua sorte não duraria tanto, porque Pansy Parkinson adentrou em seu compartimento naquele instante, se jogou em seu colo e disse com sua voz irritante:

                   - Drakie-poo como foram suas férias? – Blaise riu de seu apelido.

                   - Foram bem. – Respondeu friamente olhando para Blaise que tentava inutilmente abafar os risos.

                   - As minhas também foram ótimas. – Cacarejou Pansy alegremente.

                   - Não te perguntei nada Parkinson.

                   - Oh! Drakie-poo, não precisa ser tão frio – Disse séria. – estou aqui para alegra-lo. – Estufou o peito querendo mostrar-lhe o decote, e então sem mais nem menos ela enfiou a língua em sua garganta.

                   Esse vai ser um longo ano.

~

                   Como sempre ela estava prestando muita atenção na classificação dos primeiros anos, porque afinal logo alguns deles seriam Grifinórios! Harry e Ron como sempre não estavam nem aí, Ron por exemplo, estava reclamando da demora da comida.

                   Como inovador. Pensou, revirando os olhos castanhos.

                   - Ei, Harry. – Sussurrou Hermione, atraindo as atenções do moreno e do ruivo. – Quem é aquele que esta ocupando a cadeira de mestre de poções na mesa principal?

                   - Ah! – Exclamou Harry. – Aquele é Horácio Sloghorn, o novo mestre de poções. Eu contei a vocês Mione no verão lá na toca lembra? Ele é aquele homem que Dumbledore me levou para visitar.

                   - Ah sim, Harry. – Sorriu Hermione.

                   - Hey. – Disse Ron. – E o que Snape vai fazer agora?

                   - Ele vai assumir o cargo de Professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, Ronald. – Disse Hermione. – Já que ele esta sentado na cadeira de Professor de DCAT. – Os olhos de Ron arregalaram.

                   - Agora vou ter que aguentar aquele vampiro em DCAT?! Eu vou morrer!

                   - Não seja melodramático Ronald.

                   - Mas olhe pelo lado bom Ron – Começou Harry sorrindo maliciosamente. – provavelmente ele morrerá, ou será demitido no final do ano. Eu particularmente torço para que ele morra.

                   - Harry! – Hermione exclamou batendo em seu braço. – Isso não é coisa que se diga.

                   - Só estou encarando os fatos Mione. Algo de ruim sempre acontece com o professor de DCAT no final do ano. – Sorriu com ambas as covinhas se erguendo. Hermione bufou.

                   A atenção do Trio de Ouro foi dispersa quando o Professor Dumbledore levantou-se de seu assento e chamou a atenção de todos.

                   - Boa noite a todos! Aos novos alunos eu gostaria de dizer: Bem-vindos! E aos alunos antigos saibam que é muito bom vê-los novamente. – Bufos eram ouvidos da mesa da Sonserina. Dumbledore ignorou. – Antes de iniciarmos nosso maravilhoso banquete eu tenho uma notícia a ser dada aos alunos do sexto. – Os mencionados olharam com mais atenção para o diretor. -  A partir deste ano Hogwarts estará adicionando à suas classes uma nova disciplina: Convivência Familiar, dada pela nossa querida Professora McGonagall que se estenderá até o seu sétimo ano. Porém somente esse ano os sextos anos participarão dessa nova classe, já que ela pede dois ano de curso. – Murmúrios curiosos foram ouvidos por todo salão principal. – Nela vocês aprenderão como conviver em uma sociedade bruxa onde a escola não estará mais presente para ajudá-la quando vocês errarem. E o que isso significa? Isso meus caros alunos significa que vocês terão a honra de aprender sobre a honra e as alegrias da paternidade. – E assim e o alvoroço começou.

                   E o plano começa. Pensou Dumbledore com um largo sorriso enquanto olhava para seus alunos.

~

                   Minerva McGonagall estava cansada. Durante muitas horas da noite alunos do sexto ano tinham a impregnado de perguntas sobre a nova disciplina escolar e o porquê de os sétimos anos não terem que fazer essa disciplina e ela apenas respondeu que eles teriam que esperar.

                   E era isso que ela estava fazendo, esperando. A classe foi se enchendo aos poucos e quando ela notou que todos estavam presentes ela começou seu discurso:

                   - Bom dia classe! – Uns poucos  alunos responderam seu comprimento. – Como vocês já sabem, graças ao anúncio do Professor Dumbledore ontem à noite, essa é a aula de Convivência Familiar. Nessa classe vocês aprenderão como manejar uma família, e eu vou logo dizer-lhes que esse trabalho demorará um pouco, na verdade, demorará dois anos para ser precisa e é por isso que os sétimos anos não participaram. Porém ano que vem vocês irão ter que participar. – Resmungos foram ouvidos de toda a sala.

                   -Bosta...

                   - Eu já odeio essa aula.

                   - Se tiver que ter fazer dupla com o sexo oposto eu quero a Bronw, ela é gostosa.

                   - Prefiro as gêmeas Patil.

                   - Eu quero ir com meu Dakie-poo!

                   - Como assim “dois anos”?!

                   - Já não basta o Snape como professor de Defesa...!

                   - Ronald!

                   - Granger, você está feliz que você finalmente poderá ter uma família? Quero dizer, mesmo que seja de mentira, já que ninguém terá uma família com você de verdade...

                   - Cala a boca Malfoy!

                   - Eu não estava falando com você, cicatriz.

                   - SILÊNCIO! – Gritou Professora McGonagall – Ótimo! Agora como eu estava dizendo antes de ser rudemente interrompida – Disse olhando severamente para a sala – O trabalho de vocês será sim um pouco maior porque o trabalho necessita de dois anos de prática. Antes que vocês começarem a me encher de perguntas eu vou explicar o trabalho inteiro.

                   “O trabalho contará como nota em seus NIENS. Não Sr. Longbotton, não haverá um teste de Convivência Familiar, mas o ministério e qualquer outro emprego estarão cientes que se você falhar nessa matéria então você não estará totalmente apto para trabalhar, porque mostrará que você não tem responsabilidade o suficiente. Então não falhem.”

                   “Como serão divididos os parceiros? Todos os chefes de Casa se reuniram e decidiram com quem cada um iria ficar nós levamos como critério o nível de capacidade de cada um de vocês, ou seja, nós só escolhemos duplas compatíveis.”

                   “Agora a maior pergunta de todas: O que vocês farão no trabalho? O professor Snape e o Professor Sloghorn juntos criaram uma poção onde as meninas terão que beber e dentro dela conterá dois tipos de DNA, o da menina que estará bebendo a poção e o DNA de um menino, que será seu parceiro no trabalho. Ao beber essa poção a menina ficará imediatamente grávida. Não, eu não quero ouvir nada sobre ficar com excesso de peso, Srt. Bronw! Nem sobre estrias Srt. Parkinson! Mas eu devo lhes dizer que o bebê ali gerado não será de verdade, em dois anos ele sumirá. Vocês assumirão uma gravidez onde o bebê nascerá de 3 a 4 meses, e desde então ele crescerá em um ritimo acelerado que em cada seis meses ele fará um ano, e no final do próximo ano, ele terá três anos.”

                   “Eu também devo dizer aos meninos que só porque as meninas carregaram o bebê não quer dizer que elas tenham que cuidar deles sozinhas também. A nota será separada e confie em mim, eu saberei exatamente quem não estará cuidando do bebê corretamente.” – Disse olhando com severidade fazendo alguns alunos se mexerem desconfortavelmente em suas cadeiras sob seu olhar.

                   “Só porque o bebê não será realmente um bebê, não quer dizer que ele não vá sentir falta de amor, ou comida. Se algum passar fome ou sentir falta de amor, os pais irão falhar nessa matéria, então posteriormente, não conseguirá um bom emprego. “       

                     “Escutem quando eu digo que eu não sou o tipo de Professora que se brinca. E uma ultima coisa, que vocês devem ouvir bem atentamente: Eu sei que vocês são adolescentes e às vezes se deixam levar por causa dos hormônios, mas é estritamente proibido que haja sexo com o seu parceiro de trabalho durante projeto.”

                   - Então quer dizer que nós ficaremos praticamente virgens por dois anos?! – McGonagall bufou.

                   “Não, Sr. Thomas, vocês estarão abrindo mão do sexo por dois anos com os seus parceiros, caso vocês serão expulsos de Hogwarts. Mas vocês sabem que sexo nas terras de Hogwarts é também estritamente proibido não?”

                   - Claro professora.

                   - Ninguém faz sexo em Hogwarts, imagina.

                   - Eu nem sei ao certo o que é sexo...

                   - Agora, eu quero que todos entrem em fila indiana e cortem uma mecha de seus cabelos e me deem. – Disse interrompendo os alunos ao mesmo tempo não acreditando em nenhuma frase dita por eles.

                   - Professora?

                   - Sim Srt.Granger?

                   - E com quem nós iremos... Hm, emparelhar?

                   - Oh, amanhã vocês descobrirão. Por hoje vocês só irão tomar a poção e amanhã eu darei o nome das duplas.

~

                   Ele e Blaise estavam sentados em um canto na aula de CF (convivência familiar) esperando que a Professora McGonagall começasse a aula, mas era claro que ela não poderia começar a aula já que não havia nenhuma menina presente na sala. Na verdade, agora que ele pensou bem elas não compareceram nem ao café da manhã no salão principal.

                   E agora ele estava curioso.

                   Ele torcia, na verdade implorava a Merlin que não fosse Pansy a sua parceira, ela era realmente muito grudenta e ela não tinha certeza do que ele faria caso ela fosse a mãe do seu “filho”.

                    A aula finalmente começou quando as meninas entraram e se sentaram em seus lugares, todas olhando meio pálidas e confusas.

                   - Bom dia classe. – Cumprimentou McGonagall. – Como eu tinha prometido ontem eu vou dizer-lhes quais serão as duplas. Ao dizer com quem você vai ser emparelhado, eu quero que cada uma vá se sentar com sua respectiva dupla para que aja ordem. Primeiro: Justino Finck-Fletchley e Hanna Abbot.

                   Justino timidamente se levantou de seu lugar e se arrastou até o assento ao lado de Hanna que antes era ocupado por Susan Bones.

                   - Blaise Zabini e Lilá Brown.  – Lilá se levantou alegremente de seu assento e foi saltitante até o menino Italiano que simplesmente olhava entediado com a aula.

                   - Terry Boot e Susan Bones. – Susan foi até Terry, que sorriu timidamente a menina ruiva, que voltou hesitante.

                   E assim se prosseguiu.  Simas Finnigan foi emparelhado com  Clarissa Cloat, uma linda morena da Corvinal . Michael Corner foi emparelhado, para seu grande descontentamento com Millicent Bulstrode, que o olhou com nojo e superioridade.

                   Crabbe foi colocado com Pansy Parkinson, que o olhou com repulsa e lamentou de não ter sido emparelhada com seu precioso “Drakie-poo”.

                     Córmaco McLaggen foi posto com Demelza Robins e Dino Thomas com Parvati Patil. Ernie McMillian foi emparelhado Katie Bell – que havia repetido um ano devido ao estresse pelo quadribol e Gregory Goyle  com Marieta Edgecombe.

                   Neville Longbotton, foi emparelhado com Natalie McDonald, uma meiga Corvinal que corou quando Neville se sentou ao seu lado, deixando o tímido Grifinório confuso

                    Theodore Nott quase teve um infarte quando ouviu seu nome em conjunto so de Olivia Hornby, que lhe mostrou o sorriso. Harry Potter, apesar de ter sido colocado com Astroria Greengrass, uma Sonserina, não se mostrou com raiva, ou nojo, na verdade, corou ao se sentar ao lado da bela loira. Ronald Weasley olhou sem jeito ao ser colocado com Padma Patil, devido ao fiasco do baile de inverno, mas ao mesmo tempo se sentiu bem, já que ela era considerada uma das meninas mais bonitas de Hogwarts.

                   - E por fim – Começou Professora McGonnagal.

                   Por fim? Hermione se questionou.Todos já tinham sido emparelhados? Mas olhando ao redor da sala, ela viu que a doninha albina ainda não havia sido emparelhada com ninguéme não restavam mais meninas na sala que ainda estava sozinhas, a não ser ela...

                   Seus olhos se arregalaram ao mesmo tempo que os de Malfoy assim que a realização amanheceu sobre eles.

                   - Draco Malfoy e Hermione Granger.

                   Não! Pesaram ambos Draco e Hermione.

                   Não podia ser verdade. Haviam quinze meninas naquela estúpida classe e logo ele, o príncipe da Sonserina, o homem mais bonito e viril de Hogwarts teria que sair com ela? A sangue-ruim? Isso era um absurdo! Um ultraje. Ele se levantou de seu lugar e ignorando os gritos de protesto de sua professora, ele saiu correndo para fora da sala.

                   Ele ouviu seu bom amigo Blaise o chamando, mas ele não queria escutar, ele não podia acreditar que ela, a sangue-ruim carregaria em seu ventre uma parte dele, mesmo que fosse de mentira.

                   Ele se sentia sujo.

                   Ele realmente não sabia o que fazer a partir daquela hora, a única coisa que ele tinha certeza era que ele não iria ajudar aquela sangue-ruim. Nunca.

                   Eles não tinham nada em comum. Como seu padrinho, Severo, havia deixado que ela de todas as pessoas fosse emparelhada com ele? A coisa que agora ela carregava consigo não era uma parte dele, não era mesmo.

                    Ela poderia muito bem cuidar de si mesma e nada iria mudar sua mente. Eles não eram iguais. Ele não precisava de nenhum trabalho quando ele saísse de Hogwarts, ele poderia ser reprovado nessa matéria, ele era rico! Ele não precisava dela! Ela não era nada, mas uma sangue-ruim.

                   Oh, como ele estava errado.

~

                   Malfoy era um idiota.

                    Isso ela já sabia há muito tempo, mas ser irresponsável era algo que ela não sabia sobre ele. Certo, ela o odiava, mas ela sabia que ele era inteligente. Na verdade quando ela viu o seu nome junto ao dele na aula de CF ela não ficou muito chocada, mas no fundo de seu coração ela esperava que fosse o DNA de Ron que estava misturado ao dela e não o dele.

                   Desde o seu terceiro ano ela nutria por Ronald um sentimento mais profundo que a amizade, mas ela não sabia ao certo se ele sentia algo por ela também, então quando ela tomou a poção de fertilização, ela tinha esperado que ele seria o seu  companheiro nesse projeto.

                   Doeu vê-lo sorrindo e conversando com Padma, sua companheira naquele momento, enquanto ela estava sozinha porque Malfoy a havia deixado.

                   Não que ela se importava com Malfoy, é claro que não, mas todos tinham alguém ali. Ela não.

                   Naquela manhã depois de ter tomado a poção ela se sentiu um lixo, uma vontade anormalmente grande de vomitar a suprimiu e então antes que ela percebesse, todo alimento ingerido no dia anterior se esvaiu. Ela não conseguiu comparecer ao café da manhã naquele dia. Nem suas companheiras de quarto.

                   Agora ela estava a caminho do salão principal para o jantar ao lado de Harry.

                   Doía no fundo de seu peito quando ela olhava para Ron que andava um pouco mais a frente com Padma ao seu lado. Os dois olhavam tão felizes com o projeto, mesmo que era só e inicio. Parecia até que eles estavam juntos a um bom tempo. O fato que Ron a havia trocado por Padma sem hesitação doeu, mostrou a ela o quão ingênua ela fora por ter pensado que ele gostava dela.  

                   Logo ela chegou ao salão principal e se sentou com Gina em seu lugar usual à mesa da Grifinória. – Harry a havia deixado com um beijo na bochecha e caminhou corajosamente até Astrória, que o aguardava com um sorriso no rosto.

                   Estava todo mundo tão mudado! E ainda era apenas o primeiro dia sangrento de trabalho!

                     As meninas que não estavam sentadas com seus companheiros de trabalho , comiam  felizes montanhas e mais montanhas de comida enquanto conversavam com seus amigos, mas ela não achava apetite em seu estômago, a situação de carregar um feto de Malfoy dentro de si a enjoava, muito.

                   - Mione. – Cutucou Gina. – Você tem de comer, por cauda do... Bem, do bebê. – Disse olhando para seu estomago com apreensão. Claro que ela estava com apreensão, o bebê, se é que ela podia chamar de bebê, era uma parte Malfoy! Mesmo que de mentira...

                   - Obrigada Gina, mas estou sem fome.

                   - Claro. – Interviu Angelina Johnson enquanto comia uma coxa de frango com a mão. Hermione franziu o cenho em repulsa. – Com um bebê do Malfoy dentro de você, mesmo que seja de mentira, ninguém comeria. Graças a Merlin, que eu estou no sétimo ano!

                   - Angelina! -  Disse Gina, olhando para Hermione se desculpando por sua companheira de quadribol.

                   - Desculpe Hermione, eu não queria magoá-la. Você dará uma ótima mãe, mesmo que de mentira.

                   - Oh, tudo bem Ange, mas você está certa. – Suspirou enquanto encostava o queixo na mesa, frustrada.

                   -Não fique assim Mione – Disse Dino Thomas que estava á sua frente  recebendo um aceno de confirmação de Simas, Gina, e Angelina –  você dará uma ótima mãe.

                   - Oh, obrigada Dino! – Disse Hermione com lágrimas aos olhos. Dino olhou para ela preocupado, assim como Gina, Angelina e Simas.

                   - Por Merlin, porque você está chorando? – Questionou Simas preocupado.

                   - Desculpe gente – Riu Hermione – Eu não sei porque, vai ver é culpa da gravidez. – Sorriu.

#Duas semanas depois: Um mês de gravidez. ~

                   Se você olhasse atentamente para sua barriga você não conseguiria ver nada. Ela não tinha mudado absolutamente nada, na verdade ninguém tinha.

                   Em sua primeira consulta que ela teve com Madame Pomfrey a velha enfermeira a disse que ela estava com equivalente a um mês de gravidez, então não havia possibilidade de mostrar nada, somente quando ela estiver equivalente a três meses, que será no inicio de outubro. Segundo Madame Pomfrey ela precisava se alimentar mais porque ela estava muito magra, mesmo para uma mulher de um mês de gravidez. Mas a mulher não entendia que por mais que ela quisesse comer, ela não conseguia.

                   Todas as meninas atualmente grávidas tinham alguém com quem compartilhar a gravidez. E sempre que ela olhava para um Ron feliz com uma Padma grávida também feliz, a vontade de chorar surgia. E agora toda vez que ela via algum casal feliz do sexto ano, ela sentia uma vontade anormal de chorar. Ela culpou totalmente os hormônios para isso, é claro.

                   Ela esperava que ele fosse aceitar a situação com alguns dias, mas então ela lembrou que ele não precisava da nota, ele tinha o dinheiro de seu pai para sustentá-lo e que para ele, ela não era nada, mas uma sangue ruim. Mas ela não precisava dele, ela poderia muito bem cuidar de si mesma e do bebê (que é de mentira!) em seu ventre sem sua ajuda.

                   Às vezes ela sentia que talvez Malfoy estivesse certo em dizer que ninguém a escolheria para começar uma família. O que mais ela poderia pensar? Ela não era bonita, ela não tinha o maior peito do mundo, ela poderia sim ter alguma bunda, mas isso não significava nada, ela era horrorosa, seu cabelo era espesso, e ela não era nada, mas uma sabe-tudo, assim como Malfoy tantas vezes disse a ela.

                   Tentando por fim aos seus pensamentos fúnebres, ela foi dormir. Era afinal, a melhor coisa que ela poderia fazer naquele momento.


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Notas finais do capítulo

Bem, esse foi oficialmente o capitulo 1.
O segundo capitulo e o terceiro ja estão escritos mas eu nao quero postar até eu receber mais comentários. Vamos lá gente! Animação!
Se você tem tempo de ler meus longos capitulos você tem tempo pra comentar!
Bem,é isso, obrigada por ler!
beijos,
Katniss.



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