Algo Errado escrita por Samyy


Capítulo 2
A Visita


Notas iniciais do capítulo

Meninas, muito obrigada por tudo. Mabhye Lestrange obrigada pela primeira recomendação que meu deixou bastante feliz, porque a história nem tem o primeiro capítulo direito!
Então, espero que também gostem desse capítulo!



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- Se apressem, por favor, temos uma hora e meia até o horário de visitas terminar. – Rony bradou para que os filhos o escutassem.

- Já estou indo papai. – Rose vinha descendo as escadas enquanto vestia um casaco.

- Vamos logo Hugo! – gritou novamente.

- Olha o meu desenho, pai! – a ruiva entregou a folha para o ruivo.

Nele estavam, Hermione, Rony, Rose e Hugo de mãos dadas sorrindo.

- Está lindo filha. – Rony afagou os seus cabelos. – Vamos colocar no quarto dela, tá bem?

- Tá! – Rose sorriu radiante.

- Vou chamar seu irmão.

- Pai, eu não “quelo” ir! Nós vamos lá quase todos os dias! – Hugo descia as escadas de braços cruzados. Isso era quase verdade, Rony ia lá todos os dias, os filhos um, duas, no máximo três vezes na semana.

- Eu não quero saber, você vai e ponto final.

Hugo Weasley era o típico garoto birrento de cinco anos. Não respeita nem o pai e muito menos a irmã, tendo ela dois anos a mais de diferença.

Hermione estava em coma há cinco anos desde aquele feliz e infeliz dia. Feliz pela chegada do filho mais novo e infeliz pelo estado em que ficou. Imaginem um homem desesperado pela futura esposa. Rony não sabia o que fazer, foi a primeira de muitas vezes que entrou em pânico. Sem Hermione se sentia desnorteado.

No caminho passaram em uma floricultura, onde Rose escolheu as flores preferidas da mãe, violetas e rosas vermelhas...

- Senhor Weasley? – uma enfermeira, baixinha, o chamou. – O doutor autorizou sua entrada.

- Obrigado!

Com Rose de um lado e Hugo do outro seguiu para o quarto tão conhecido seu.

As cortinas estavam fechadas escurecendo o quarto. Equipamentos fazia parte da decoração, equipamentos que deixavam a paciente viva.

Rony abriu as tais cortinas, queria deixar a luz iluminar o quarto, e estava um dia tão lindo lá fora.

As paredes estavam cheias de desenhos, todos feitos por Rose ao longo dos anos retratando algumas mudanças que a família sofreu. Desenhos antigos e outros mais recentes.

- Oi mamãe. – Rose estava na cabeceira na cama de Hermione. – Você está bem hoje? – aguardou uma resposta que não veio. – Espero que bem. – sussurrou. – Nós trouxemos flores, veja, são suas preferidas. – falou mostrando as flores. – São rosas vermelhas. – Rose sabia que ela não responderia, mas mesmo assim insistiu. – Estou com saudades, sabia?

Por um milésimo de segundo Rony achou que a filha fosse chorar, mas lembrou que Rose era uma garota do tipo durona.

- Pai, queria que a mamãe estivesse acordada quando a gente viesse. – falou triste.

- Eu também querida. – os ruivos se abraçaram. – Só tenha calma, eu também sinto falta dela.

Hugo estava sentado em uma poltrona ao canto entediado. Era sempre assim!

- Onde quer colocar o desenho? – perguntou mudando de assunto.

- Hum... – pensou um pouco. – Acho que ali. – apontou para um dos cantos vazios bem em frente a cama.

- Vou pregar lá, enquanto isso leve seu irmão até a lanchonete, aproveitem e comprem algo. - Rony deu a filha uma nota de dez.

- Vamos Hugo. - Rose olhou enviesado para o irmão e foram para fora.

Ron, que tinha se mantido um pouco longe de Hermione, aproximou-se de onde Rose estava há pouco. Sentou em uma brecha que havia na cama e entrelaçou suas mãos na de Hermione.

- Rose te ama muito, mais que qualquer outra coisa. - começou. - Ela não sabe, mas noite passada, sem querer, quando eu estava indo ver se ela dormia, eu a escutei pedindo a papai do céu que trouxesse sua mãe de volta. Ela chorava, meu coração ficou apertado, como se alguém o estivesse segurando e espremendo entre as mãos. Tem ideia do quanto doeu ver aquilo? Nada faz Rose chorar, nem as travessuras do irmão... - ele parou abruptamente de falar. - Hugo é um diabinho. Acho que quando o fizemos algo deu erado. O menino tem uma paixão inexplicável por arrancar a cabeça das bonecas de Rose, já até perdi a conta de quantas bonecas ela teve que se desfazer. Você conseguiria por limites no pestinha. - suspirou. - O aniversário de Rose está chegando... Eu sei de um presente que ela amaria receber, e você também sabe. Se estiver me escutando, faz esse esforço, faz isso pela sua menininha, e de certa forma pelo Hugo também, eles precisam de uma mãe e ninguém melhor que você para esse papel.

Rony olhou as mãos entrelaças. Na mão de Hermione havia um anel prata de brilhantes simples, ele lembrava-se claramente do que pediu que gravassem "Para Sempre". Queria estar junto dela, sempre, em momentos de dificuldades, momentos felizes, sempre. Depois daquele incidente com Lilá ele certamente não desejaria se separar dela. Por falar em Lilá, aquilo foi a pior coisa que poderia ter acontecido com eles. Foi loucura, principalmente da parte do Sr. Granger. Ainda bem que eles não oferecem risco à humanidade, mas onde já se viu fazer uma coisa dessas...

- Eu preciso de você Mione. São cinco anos. Se fosse outra pessoa, se por acaso fosse Lilá eu não me importaria muito, mas não é qualquer pessoa, é você. Você Hermione Granger, dona do meu coração, da minha vida. – Rony beijou a mão que tinha a aliança e depois a testa de Hermione. – Nós voltaremos, não posso ficar muito tempo hoje.

Rony pregou o desenho de Rose, onde ela indicou, saiu do quarto e foi procurar os filhos, o que não tardou a acontecer.

- Divide Hugo. – pediu Rose.

- Não divido!

- Pai! Eu comprei uma barra de chocolate e ele não quer dividir!

- Vocês ainda vão me levar à loucura. Vamos embora. Quem mandou comprar chocolate? Ainda não almoçamos.

- Deu vontade, ué. – Rose deu de ombros.

- Deu vontade, é? Ninguém vai comer antes do almoço.

- Ah, pai. – disseram em uníssono quando Rony tomou o doce das mãos de Hugo. – Vamos para casa. Tenho muitas coisas pra fazer, projetos, projetos...

Os três não sabiam, mas os dias ficariam mais azuis e tudo mais doce...


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Notas finais do capítulo

Ressalto que se você ainda não leu essa minha fanfic: http://fanfiction.com.br/historia/260475/Quando_O_Amor_Fala_Mais_Alto/ deve lê-la.



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