Bullet escrita por mrsladyrauhl


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

OIOIOIOIOIOI
Prometo que o próximo capítulo será bem melhor, cheio de emoções fortes !



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/265877/chapter/1

18:00 horas. Um trânsito infernal em Las Vegas.

–Mãe eu podia perfeitamente ir a pé. A casa dela não é assim tão longe.

–Mas Melody não há necessidade disso, eu tenho que passar lá perto porque vou buscar o seu irmão á escola.- Apenas rolei os olhos. A que horas é que vou chegar lá ?

O meu celular vibrou, uma mensagem:

Rita:

“Então ?”

“Estarei aí dentro de uns minutos” Escrevi em resposta.

–Graças a deus, não temos o dia todo. – Felizmente os carros começaram a andar, com aquele barulho todo das buzinas só me deu vontade de matar alguém.

Faltavam poucos quarteirões para chegar á casa da Rita quando a minha mãe veio com aquelas coisas que geralmente são ditas às crianças de dez anos:

–Tenham cuidado, não façam barulho.

–Mãe por favor, eu tenho 17 anos, a Rita e a Gabriella 18. Nós sabemos como nos comportar e não vamos dar nenhum tipo de festa.

–Eu não disse isso, você é que levou para esse sentido.

–Ninguém vai colocar o volume do rádio no máximo nem perturbar os vizinhos ok ?- Ela notou que o meu tom de voz não era o mais agradável. Por vezes parecem que me tratam como uma criança, odeio isso.

Ela parou o carro o colocou os óculos de sol na cabeça:

–Querida, eu só estou preocupada.

–Mãe, você esta sempre preocupada, já reparou nisso ? Só fica criando drama onde ele não existe. – As palavras saíram frias e eu nem sequer olhei nos olhos dela.

–Me dá um beijo e se divirta ok ?- Me inclinei e depositei um beijo na sua bochecha.

–Obrigada mãe, eu irei me devirtir.- Se ela ao menos sonhasse que tipo de diversão é a minha…Sorri ao pensar nisso e peguei na mochila. Saí do carro e corri para o portão da frente da casa da Rita, só queria entrar o mais rapidamente possível. Pressionei o dedo no botão da campainha e não o tirei, ninguém respondia.

–Está tudo bem Melody ?

–Sim mãe, ela deve estar quase a abrir a porta. Provavelmente está lá em cima.- Ela continuou ali, mas porque raio é que não vai embora ? Estaria á espera que eu estivesse mentindo ? Se eu iria mesmo dormir lá ?

–Fodasse Mel, tire o dedo do botão agora.- Eu apontei para a campainha e olhei para a minha mãe. Pela expressão do seu rosto ela não ouviu o palavrão que a Rita havia dito. Tive que a chamar para ela olhar para mim, quando desviou o olhar do monte de papéis que tinha na mão já eu estava do outro lado do portão.

–Até amanhã.- Ela acenou e eu subi as cinco escadas correndo, quando estava prestes a tocar a campainha a porta se abriu á velocidade da luz.

–Se você tocasse nessa campainha do mesmo jeito que tocou na outra eu acho que iria começar a sair sangue dos meus ouvidos. Dos meus e dos de todo o mundo.

–Nossa Rita, que maneira super agradável de receber um convidado, uma amiga aliás.

–Entra e cala a boca.- Ela falou rindo, joguei a a mochila no chão, digamos que no meio do caminho. Pelo barulho percebi que as outras duas estavam na cozinha:

–Ai que vida tão agradável a nossa….

Elas riram e mantiveram a concentração no trabalho, acabando de colocar as últimas cervejas na geladeira.

Tinhamos tudo pronto para mais uma noite de muita diversão, cigarros, cerveja, muita comida e vodka:

–Vamos fumar um agora, antes do jantar, a noite vai ser longa meninas.

Subimos as escadas e fomos para o terraço, mas estava chovendo:

–Mas o que… ? Mas porque tinha que chover ? Logo hoje…

–Vamos para a garagem, a chuva deve parar não tarda.

Gabriella foi na frente, eu e Rita caminhávamos bem atrás.

Ela abriram uma porta na cozinha que dá acesso á garagem, cada uma de nós ocupou o seu lugar nos sofás. O pai da Rita nos deixou colocar uns sofás lá visto que a garagem é suficientemente grande e não a utiliza. Sim ele tem uma garagem enorme mas gosta de estacionar o carro lá fora:

–Sabe tão bem, sabe tão bem esquecer a merda dos problemas com isso.

–Então ? Que problemas ?

–É apenas o Ben, hoje antes de vir para aqui fui ter com ele e tinha vestido uns calções. Começou a discutir comigo no meio da rua, dizendo que me visto assim para agradar aos outros. Mas qual é a dele afinal ? São apenas uns calções, e não eram curtos. Desde que namoramos ele não pode me ver com um amigo, ou trocando mensagens com um rapaz…Seja ele qual for. Ele não é meu pai e mesmo que fosse não tem o direito de me proibir de andar vestida como eu quero, nem de fazer dramar por eu falar com um rapaz.- Abanei a cabeça em resposta, procurando as palavras certas para falar.

– Ele não pode te controlar dessa maneira. Qual é o problema em você falar com algum rapaz ? Ou usar uns calções ?

–Eu me senti tão envergonhada…todo o mundo olhando para nós dois.

–Sinceramente não sei o que pensar sobre isto tudo. Quando estou com alguém é só complicações, só problemas.-Rita disse, mantendo o olhar nos pés. Provavelmente se lembrando do seu “ex-namorado”, Conor.

Eles não tinham nada sério mas se encontravam e trocavam uns beijos, bem na realidade acabavam quase sempre por ter sexo. Mas ele queria estar com ela todos os dias, e era sempre na hora em nós estávamos todas juntas. Escusado será dizer que ela “acabou” com aquela “relação” estúpida.

–Bom eu não posso falar de relações, não tenho experiência na matéria. Mas não deixava a situação chegar a esse ponto.

–Ah qual é Melody ? Tu já viu como fala ? Parece uma criança de dez anos ! Sempre que alguém se aproxima você é fria, nunca quer nada.

–Olhem bem para vocês.- Apontei para as duas que estavam- Estão se queixando dos namorados, ou porque ele não deixa ter amigos do sexo masculino, ou porque quer estar com a suposta namorada enquanto ela está com as amigas e se ela não for para casa é o fim do mundo….Não quero ter alguém tão problemático, eu não preciso de um homem pois sempre me senti bem sozinha.

–Não quero namorados, só quero um cara bonito e bom na cama ….Mas esquecendo as nossas tristezas, vamos fumar, jantar, comer sorvete, assistir um filme, beber, fumar, curtir…Ah e será que eu já mencionei beber e fumar ? Vamos lá !

–Graças a deus alguém falou a coisa certa.- Eu falei com os braços e abertos no ar. Elas riram e concordaram.

–Vamos lá, mais fumo e menos drama.

Assim que acabamos de fumar o primeiro cigarro de muitos fomos para a cozinha, abrimos os armários, abrimos tudo o que dava para abrir em busca de comida.

Iríamos cozinhar qualquer coisa vegetariana.

–Vou ligar o rádio, esse ambiente está muito morto.- Me levantei e fui á sala. Coloquei “The Best Of Guns N’ Roses”.

Quando cheguei na cozinha elas já estavam fazendo uma pequena festa, dançando e gritando a letra da música, da nossa música. Me senti viva, o meu único objetivo é me divertir e ficar longe de casa:


–Visto que temos tudo arrumado podemos ir fumar, finalmente ?- Gabriella quebrou os meus pensamentos enquanto Rita se dirigiu á cozinha provavelmente para pegar os cigarros.

–Eu acabei de ter uma ideia genial.- Disse enquanto colocava a caixa na nossa frente.- Daqui a pouco podíamos chamar o Cameron e uns amigos. Bebiamos e fumávamos juntos, iria ser legal.

–Se o meu namorado soubesse disso ele era capaz de me bater, principalmente depois do que aconteceu hoje.

–Mas ele não vai descobrir, além do mais eu não quero que eles durmam aqui nem nada do género. É só para nos divertirmos um pouco gente.

–Mas ainda muito cedo para eles virem, são nove e meia.

A chuva caía cada vez mais forte e o efeito da bebida já se notava, comíamos sorvete enquanto assistíamos a um programa qualquer, acho que era o X- FACTOR:

–Acho que é melhor ligar ao Cameron agora..- Rita colocou o célular em alta voz, Cameron atendeu em seguida. Estava provavelmente dentro de um carro pois o barulho de fundo de um rádio era evidente:
________________________________

–Alô ?

–Oi Cameron, é a Rita, está muito ocupado ?

–Um pouco, porquê ?

–Bom os meus pais estão fora e eu chamei umas amigas para virem cá, temos muita cerveja, vodka, tabaco e comida…

–Posso ir agora ? Estou bem perto e tenho dois amigos comigo.

–Sim sim, então até já.

–Espera…Rita….Eu preciso de um favor seu, eu preciso guardar o meu carro na sua garagem.


–Pode ser, ficamos á espera, até já.

–Coitado, não pode deixar o carro lá fora.- Gabriella revirou os olhos e soltou uma gargalhada. Era um pouco lógico um carro ficar dentro de uma garagem num dia de chuva como esse.

Coloquei as bebidas num balde com gelo e pousei na sala, não conseguimos ouvir nada além de uma buzina. Gabriella desviou a cortina e avisou Rita que eles haviam chegado. O portão abriu e o carro entrou, quando me dirigi para a garagem Cameron já desligava o carro:

–Que belo lugar.- Ele falou olhando em volta.- Obrigada pelo convite Kelsey.

–Seria pecado não poder partilhar essa noite com alguém, seria um completo desperdício.

Finalmente Cameron e os outros dois acompanhantes abandonaram o carro, Gabriella arregalou os olhos e olhou em minha na direção, murmurou qualquer coisa como “merda” e voltou a olhar para os três rapazes:

–Podemos entrar.- Um deles quebrou o silêncio. Rita estava incrédula ao olhar para ele e apenas conseguiu abrir a porta que dava acesso á cozinha. Eles foram em fila e nós fomos logo atrás, ocuparam um sofá e nós ficamos na frente deles, peguei num cigarro e o acendi, um deles, o mais moreno, puxou o balde com as bebidas para ele e perguntou:

–Cerveja ou vodka McCann ?

–Cerveja.- Com o olhar preso no celular ele estendeu a mão que estava livre para pegar na lata. Deu um gole e respirou fundo se encostando.

–Me arranja um cigarro por favor ?-Cameron olhou para mim e foi o suficiente para corar, tirei um da caixa e inclinei na sua direção. Eu sou a coisa mais tímida e burra desse mundo.

–Mais alguém quer ?- Os outros dois pegaram um e acenderam logo em seguida. Começaram a comer as batatas fritas e pela maneira como comiam estavam famintos. Rita decidiu preparar mais algumas coisas e pediu ajuda, eu e as meninas fomos para a cozinha:

– Quando ele falou nos amigos eu nunca imaginei que fossem o McCann e o Tony.

–Esperem um pouco por favor…Eu conheço esse Tony de vista mas esse McCann é aquele que foi acusado de colocar uma bomba num carro ?- Nem estava acreditando nas minhas próprias palavras e quando elas confirmaram fiquei ainda mas incrédula.- Mas ele não deveria estar preso ?

–A policia não encontrou provas evidentes para o acusarem, podem desconfiar dele mas não o podem prender sem provas.

–O McCann está aqui, não acredito, o Jason McCann está na minha casa.

–Existe alguma hipótese de ele acabar com as nossas vidas ?-Gabriella questionou num tom de brincadeira, acabando por arrancar uma gargalhada a cada uma de nós:

–Porque é que tu não lhe pregunta ?

–Não, ele ainda me responde com um tiro. Sou muito nova para morrer.

–Gente, isso é mesmo sério ? Ele não tem cara de criminoso, se calhar estamos até fazendo confusão com outro menino.

–Fala sério Melody, quem é que nessa cidade não conhece o McCann ? Ele foi acusado de…bom você sabe do que é que ele foi acusado. E eu conheço perfeitamente o Cameron e sei perfeitamente quem é o Jason ! Lembra daquela vez que deram uma festa na praia ? Á uns três meses ? O cara estava lá, TODOS eles estavam lá. Nós falamos durante algum tempo e houve uma confusão qualquer, um grupo chegou e McCann ficou furioso, ele, o Cameron e mais uns caras foram embora mas eu posso te garantir que se eles ficassem por mais cinco minutos naquela festa alguém acabava por morrer.

Fiquei surpreendida com aquilo tudo. Deveria ficar com medo dele ? Nunca fiquei com medo de ninguém e “conheço” os piores dessa cidade. Ele tem o olhar no mínimo estranho, não consigo ver se o que ele sente é bom ou mau mas não tem aparência de quem colocou uma bomba num carro que acabou com a vida de seis pessoas. Cá para mim essas meninas estão com efeito da bebida e acusam um desconhecido de ser o “terrível” Jason McCann…Mas eu também ouvi o Cameron e o outro lhe chamarem McCann…Será que o meu corpo também já sente o efeito da bebida ? Abanei a cabeça para ver se “acordava”, já nem sabia o que pensava. Aquecemos uns restos de pizza e voltamos para a sala, a televisão estava ligada e McCann tinha o comando na mão:

–Vai dar a repetição do jogo.

Estavamos todos atentos ao jogo e celular de Cameron tocou nos distraindo por segundos, ele murmurou algumas palavras com os meninos e se afastou para falar:

–Preciso de dar uma olhada na avaria do carro, uma ajudinha seria bem vinda McCann !- Jason não respondeu, bebeu o resto da cerveja e se levantou fazendo o seu caminho até á garagem. Tony foi mesmo atrás e nós continuamos a assistir á partida.

–Onde estão eles ?

–Tony falou que precisava de uma ajuda de McCann e foram para a garagem.- Ele abandonou a sala e os nós ficamos apenas trocando olhares. Isso estava ficando cada vez mais estranho. Abri mais uma cerveja, e as outras fizeram igual. Os sussurros vindos da garagem eram cada vez mais altos mas apesar do nosso estado conseguimos ouvir um estrondo, ficamos em estado de choque e corremos para a cozinha. Cameron agarrava Tony pelos braços, ele estava com tanta raiva que tremia, respirava ofegante e tentava a todo custo acabar com Jason:

–Eu juro que acabo contigo McCann. QUEM É QUE VOCÊ PENSA QUE É ? ALGUM REI ? O INVENCIVEL ? EU JURO POR TUDO QUE TE MATO SEU PALHAÇO.

Cameron apertava cada vez mais os braços dele mas Tony parecia não sentir. E McCann ? Esta simplesmente encostado na parede, fumando um cigarro e com um sorriso falso no rosto:

–Rita, VAI EMBORA, VOCÊ E ELAS. JÁ. NÃO QUERO AQUI NINGUÉM.

Quem daqui a pouco começa a tremer sou eu. Será que até ao final da noite ainda morre alguém nessa casa ? Bom, eu não quero morrer, virei as costas e fiz o meu caminho até á sala. Ainda conseguia ouvir Rita:

–Discutam á vontade mas só não peguem fogo á casa ok ? Adeus gente.

Ela estava visivelmente chateada com o que estava acontecendo naquela garagem.

Acendi um cigarro para descontrair um pouco. Bom supostamente alguém ainda iria morrer e eu é que não ajudo a esconder o corpo.

Ficamos falando sobre aquilo, na verdade sussurrando. Uns dez minutos Cameron apareceu na sala agarrando os outros dois, Tony estava vermelho, muito vermelho mesmo e ainda era capaz de bater em Jason. Já o outro tinha uma expressão indecifrável, como se nada tivesse acontecido:

–Rita nósestamos indo embora, abre o portão.

–Não querem levar nada ?

–Não- Ele respondeu friamente, Rita encolheu os ombros e seguiu os três garotos. Eu e Gabriella continuamos a falar sobre aquela discussão enorme, quando Sam chegou falou que foi um milagre um deles não ficar ferido já que o pai dela tem objetos perigosos ali na garagem e eles estavam bem perto da mesa. Ainda bem que Cameronapareceu no momento certo.

Não conseguia pensar muito, o álcool tinha um efeito terrível. Os meus olhos ardiam tanto que era quase impossível os abrir, me deitei no chão, em cima de uma pequena coberta.

Fechei os olhos e logo adormeci.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então ? O que mereço ? O segundo capitulo já está pronto e se vocês deixarem muitos reviews eu posto mais cedo u.u
BeiJUSTIN :3



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Bullet" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.