Nico

Afrodite nos deixou na frente de uma construção grega, que lembrava o Olimpo, assim que a viu, Annabeth começou a resmungar sobre plagio mal feito da casa dos Deuses.
– Precisamos de uma estratégia, quero dizer, não podemos invadir o lugar e tentar derrotar uma Deusa, certo? - Percy perguntou.
– Hmm, se ao menos soubéssemos onde os semideuses estão, Nico poderia ir até lá, pelas sombras, e o resto de nós pode distrair Erís, e lutar com o que estiver guardando a cela. - Annabeth falou, pensativa.
– Eu posso tentar achar as celas, e vocês vão fazer o que? - Eu disse.
– Vamos entrar. - Charles falou confiante.
Fechei os olhos e me concentrei, senti as sombras se fechando em volta de mim, e quando abri os olhos eu estava em um corredor, as paredes eram pintadas de vermelho vivo, como sangue, a única iluminação presente vinha de algumas velas acesas em um candelabro de cristal, pequei uma das velas caso não houvesse mais candelabros adiante.
Apesar do calor que fazia lá fora, dentro daquele lugar tudo era frio e gélido ao toque.
Respirei fundo e segui em frente.
O lugar parecia um labirinto, corredores e mais corredores e nenhuma sala. Demorei uns 15 minutos dentro daquele lugar escuro, que parecia ficar mais apertado a cada passo, até que finalmente eu comecei a ouvir vozes.
– Você conseguiu, Julie? - Perguntou uma voz masculina.
– Eu já tentei com todo tipo de arma, faca, espada, machado, canivete, tudo. Mas é estranho ela se refaz, não é feita de nada que eu conheça. - Respondeu quem deveria ser Julie.
– Shh! Fiquem quietos! Tem alguém vindo! Julie guarde esse machado! - Falou uma terceira voz feminina, que apesar de fraquejar dava as ordens com confiança.
– Calma, Hazel, não é ninguém... - Disse uma voz, que me lembrou os filhos de Apolo.
– Fiquem quietos de uma vez! Não estão vendo que eu estou tentando descansar minha beleza!? - Falou uma voz aguda e irritante. Revirei os olhos, uma filha de Afrodite, sem duvidas.
Com cautela, caminhei na direção das vozes, finalmente eu entrei em um amplo salão que era praticamente ocupado por uma grande sela. As grades da cela não eram feitas por qualquer tipo de metal, eram do que parecia ser uma névoa escura, era como uma noite de tempestade, as cores variavam de preto a cinza.
Eu fui interrompido de meus pensamentos por um grito de doer os ouvidos.
– ÁÁÁÁÁHHHHH! - O grito vinha da suposta filha de Afrodite, ela tinha cabelos pretos na altura dos ombros e olhos que iam de castanho a violeta. Antes que ela pudesse gritar de novo, um garoto loiro de olhos azuis foi acalma-la.
– Quem é você!? - Perguntou uma menina morena com longos cabelos lisos e pretos e olhos azuis.
– Eu sou Nico, mais não temos tempo para explicações, eu vim tirar vocês daqui.
– Há! É impossível, olha só. - Ela disse dando um golpe com o machado na cela, a grade que deveria ter sido atingida, antes de ser atravessada, abriu uma passagem para o machado passar e em seguida se fechou rapidamente. Uma corrente elétrica passou da arma, chegando a mão da menina.
Ela reprimiu um grito e disse - Eu sou Julie, filha de Hefesto.
– Mike, filho de Ares. - Disse um garoto no fundo da cela, ele certamente se parecia muito com Clarisse, ele era grande e musculoso, tinha cabelos ruivos e usava um boné preto inclinado de jeito que não era possível ver seus olhos.
– Scoth, filho de Apolo. - Disse o garoto loiro.
– E eu sou Belatriz, filha de Afrodite é claro! - Falou a do grito escandaloso.
Olhei para a última semideusa, seu rosto estava enterrado nos joelhos, ela tinha longos cachos negros que desciam até a altura dos ombros. Era com certeza minha meia irmã Hazel, filha de Hades.