AHS pertence à FX.

Maldições

“Vá embora.”

Como toda boa maldição, só funciona se você acreditar nela.

E eu não acreditava mais.

E ele sabia.

E me vinha, como veio antes, como sempre viria. Como um espírito maligno, como um pensamento ruim, envenenando minha mente com seu hálito quente demais para um garoto morto.

E mentia que me amava e jurava mil vezes que ninguém nunca me machucaria, antes que eu lhe dissesse que ele não conhecera o amor para reconhecê-lo em mim e lhe lembrasse de que ele era personificação de todo mal que pudesse me afligir. Que havia me afligido.

Fingia sofrer e punha-se a chorar, lágrimas que eu secava com a fumaça seca dos meus inúmeros cigarros.

“Vai me mandar embora de novo, Violet?”

Eu lhe reviraria os olhos e lhe dizia com um sorriso matreiro para que não fizesse perguntas das quais as resposta já sabia, que era mais esperto do que isso.

E então me sorria, seu sorriso de demônio, de psicopata, porque sabia que não importava o que eu lhe dissesse, eu não lhe mandaria mais embora outra vez. Que a maldição estava tão quebrada quanto os corações no porão e eu o deixaria ficar se quisesse, talvez por solidão, talvez por tédio, mas nunca por amor. Não existe amor na Murder House. Se existiu, foi há muito tempo, há muitas estações atrás nessa casa onde é sempre inverno e repousava pútrido como os diversos corpos enterrados no jardim.

N/A: Faz alguns dias em que tenho me surpreendido com Violet e Tate conversando na minha cabeça, engraçado, como não consigo escrever histórias para meus outros fandons achei que estava com bloqueio literário e hoje enquanto voltava da biblioteca – inspiração só aparece quando eu tenho que estudar – me apeguei a essa pequena narrativa, mostrei a uma amiga e ela disse para eu postar e aqui estou.

Talvez só seja uma gratificação do meu cérebro por eu estar pegando leve com Violate, talvez seja efeito pós-Anne Rice, sei lá.

De qualquer forma, vou postar ficlets/drabbles aqui, sem ordem, sem tema, só quando der na telha.