Strange Love. escrita por Milena


Capítulo 25
As long as you love me


Notas iniciais do capítulo

Enjoy.



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Sky’s P.O.V On

Acordei com o barulho irritante do celular tocando, passei minha mão pelas cobertas tentando o encontrar. Assim que o fiz, atendi rapidamente.

- Justin?! – falei antes que o outro lado da linha respondesse.

- Não... Querida, é Pattie, a mãe dele – ela falou com um ar preocupado.

- Ah, sim... O que houve? – falei com a voz embargada por causa do sono.

- Eu que pergunto. Justin sumiu, e achei que estivesse aí, mas como você perg...

- Entendi – a interrompi, me endireitando na cama – não se preocupe, amanhã ele aparece – falei o mais convincente possível e pedi a Deus silenciosamente que aquilo se tornasse verdade – vai que ele trabalhou até tarde e dormiu em algum lugar, você sabe que seu filho não é dos mais normais.

- sim, sei – senti a tensão esvair de sua voz e pude até ver o sorriso estampado em seu rosto no outro lado da linha – obrigada querida, e durma bem, desculpe interromper seu sono – disse e logo após desligou.

Respirei fundo.

Onde aquela porra do Justin havia se metido?

E porque ele não me avisara...

Não avisara nem a mãe dele!

Respirei fundo de novo.

Aquilo estava me deixando louca, ficar sem Justin me deixava louca.

Fechei meus olhos e tentei dormir, mas minha mente foi ocupada por pensamentos, pensamentos distantes... Pensamentos...

Me assustei quando meu celular fez um barulho estranho, o qual eu já conhecia. Ouvi diversas vezes nas 3 semanas que Justin passou longe, abri a mensagem e juro que quase explodi de tanta felicidade quando a vi.

“Te encontro daqui a meia hora na praia, certo?”

Era Justin, e poderia até não ter seu nome no viso, eu já saberia só pelo “certo”. Pulei da cama indo vestir qualquer roupa que encontrei pela frente, prendi meu cabelo em um coque desajeitado e saí. Eu não me importava se minha cara era de sono, de morta ou de algo assim.

Eu iria ver Justin e ele estava bem.

Percorri o caminho até a praia rápido, não era tão longe, mas também não era muito perto.

Assim que cheguei, olhei a volta. Nada. Ninguém.

O único som era daquelas ondas enormes que chegavam perto da areia, estremeci. Nunca estive ali sozinha, mas a idéia de Justin estar ali a alguns minutos, me deixava feliz e me fez decidir que nenhum medo era tão grande quanto o de não encontra-lo.

Tirei meu all star, colocando os pés na areia e sentindo-a espalhar em meus pés. Sorri ao ver o meu medo se esvair a cada segundo e minha mente se animar com a idéia de Justin aparecer por trás de mim e me abraçar.

Mas, não foi o que aconteceu...

Se passaram meia hora desde o combinado, pensei que o transito devia estar ruim, mesmo esse lado da cidade estar parecendo tão vazio.

Uma hora... Duas... Três horas e nada de Justin, eu já podia ver os rastros da noite sumindo e dando espaço a um novo dia.

Estava sentada com a cabeça encostada em minhas pernas, deixando minha respiração mais pesada.

O que havia acontecido?

Suspirei fundo ainda tendo um pouco de esperança que Justin aparecesse com a maior desculpa esfarrapada do mundo...

Mas, assim que vi o sol surgindo, perdi as esperanças.

- Ficar sozinha é um perigo – uma voz masculina soou atrás de mim, sorri em pensar que era Justin, mas quando me virei, pedi desculpas ao mesmo por compara-lo com aquela porra de pessoa.

Me levantei rápida, colocando meu all star nas mãos.

- O que você quer? Já não basta ter me batido, não? – praticamente cuspi as palavras e sei que elas a atingiram, pois senti seus olhos mudarem de possessão pra dor.

- Eu não vou machucar você de novo – o tom de sua voz havia mudado.

- Até porque eu não vou deixar – continuei, firme – se você encostar em mim...

Fui interrompida por um riso sem humor vindo de sua parte.

- Você é uma garota, Sky, é irrelevante.

Pensei um pouco antes de falar e depois de ver que ele iria prosseguir, falei: - Irrelevante é essa porra que você chama de cérebro. Deve ter sido por isso que eu nunca me apaixonei por você, você tem uma mentalidade tão pequena.

Dylan ficou sem o que falar, me virei pra ir embora, mas ele me fez parar com as seguintes palavras.

- Pelo menos eu seria fiel a você, coisa que seu namoradinho não foi.

- Cala a porra dessa boca – me virei pra ele.

Mais uma vez, meus ouvidos se encheram com sua risada sem humor.

- Eu não esperei tanto tempo pra te ver e acabar brigando, esqueça isso – ele falou, vindo até mim.

- Você perdeu o direito de me ver quando resolveu encostar a mão em mim – falei antes que ele chegasse mais perto.

- Eu estava... Louco, desculpe, Sky, desculpe – sua expressão mudou, ele não era mais o mesmo de quando eu vi, seus olhos e seu rosto mudaram totalmente, assim como suas palavras.

- Não – falei o mais alto que pude – Você acabou com a minha vida!

- Mas, eu...

- Você me ofereceu drogas, você... você acabou comigo, acabou – já que tinha começado, tratei de falar tudo que estava engasgado em minha garganta a meses.

- Você aceitou – ele falou, tentando me culpar.

- Meus pais tinham morrido, caralho! Eu havia fugido da casa da minha tia, e eu só tinha você! Você acha que eu recusaria? Acha mesmo?

Ele ignorou minha pergunta, começando uma nova conversa: - Volta pra mim, Sky, por favor, eu... Só preciso de você.

- Nunca.

Estava pronta, pra dessa vez, ir embora de verdade, mas o cheiro forte invadiu minhas narinas.

- Você sente falta, não sente? – ele perguntou levantando as mãos e deixando as drogas a minha visão - Eu sei que você quer, você não se livrou desse vício, você não precisa se livrar.

Senti meu coração acelerar e minha respiração ficar compassada, pisquei várias vezes na tentativa de fazer a droga e Dylan sumirem pra sempre.

xx


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Notas finais do capítulo

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