POV.: Angelina

Depois de observar Daniel entrar na floresta depois de Lusas, desci as escadas e calcei meus sapatos. Corri até chegar perto do local onde eles estavam, depois disso passei a andar milimetricamente. Consegui ouvir alguma coisa.

-Eu não sou idiota, Grigori, pelo menos não do jeito que você pensa, notei sim que sua expressão mudou de coragem para medo. Além disso, notei também que o aroma no ambiente melhorou sem por cento – A risada de Lucas me assustou um pouco – Parece que, para ela, você não é confiável.

Será que eles sabiam da minha presença?

-Não se meta no que não é da sua conta – Daniel resmungou entredentes – De novo – Completou.

Certamente que Daniel estava se referindo á moça que os fizera brigar.

-Você sabe que ela é especial, já deve ter notado – Lucas ficou sério.

-Sei, sim.

-Então, para que não tenhamos que reviver dias terríveis de novo, é melhor você cuidar muito bem dela. Proteja-a.

-Não velha me dar ordens, afinal de contas, você não tem nada com ela.

Lucas deu uma gargalhada bem alta.

-Imagine como essa conversa seria interpretada por alguém que não soubesse da nossa história.

Definitivamente eles sabiam que eu estava ali.

-Não a culpe, se você não soubesse das profecias e histórias, ficaria curioso também, ainda mais se tivesse tanto poder desconhecido.

Depois dessa de “profecias e histórias” eu decidi ir embora, não queria ficar mais confusa do que já estava.

Entrei em casa e preparei um chocolate quente para beber. Caso Daniel quisesse, fiz um pouco para ele também.

Fiquei sentada no sofá da sala assistindo televisão, estava passando meu seriado favorito, Diários de um vampiro. Após alguns minutos, Daniel apareceu, eu nem desviei meu olhar da televisão quando ele entrou.

-Voltei – Ele falou, sentando-se ao meu lado animadamente.

Permaneci calada.

-Ok – Ele pareceu achar graça da situação – Você ficou zangada agora.

Olhei para ele.

-Ok, você já sabe que eu escutei parte da conversa – Ele afirmou – Então, mesmo que eu saiba que eu não mereça e não tenha nada a ver com isso, gostaria de saber oque diabos foi aquilo – Tentei me referir á parte que eles me mencionaram, mas fiquei com vergonha de não ser oque eu estava pensando e terminar morrendo de vergonha.

-Na verdade, você tem tudo a ver com isso – Ele olhou para baixo, onde nossas mãos estavam dadas – Esse anel - Ele alisou meu anel de ouro - é uma boa forma de te explicar as coisas.