Make Me Your Woman escrita por Lana


Capítulo 13
Ok, I'm Back


Notas iniciais do capítulo

Oie não me matem, obrigada.



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- Eu não entendo esses filmes. – Falo comigo mesma, Damon ri.

- Como assim?

- Ah sei lá, são tão fictícios! – Rio.

- Pessoas gostam desse tipo de filmes.

- Eu não.

- Você é confusa, Elena. Há minutos atrás me disse que chorou enquanto via Titanic. – Lembro-me quando vi o filme, eu chorei rios.

- Isso é um caso a parte. Eu estava vulnerável. – Levanto-me do sofá.

- Vulnerável... Posso saber porque? – Damon brinca. Eu não ia falar por que.

- Damon... serio, já lhe disse.

- Foi por minha causa, não foi? – Damon me segue.

- Damon será que pode me levar em casa?

Mudo de assunto rapidamente, não estava nem um pouco afim de conversar sobre isso, Damon estava abusando do meu limite. Levanto-me e sigo Damon.

Estávamos a caminho de minha casa ou casa de Carol, não sei. Damon como sempre não tirava os olhos da estrada. Isso me irritava profundamente. Eu não sabia qual era essa tal segunda missão, mas estava ansiosa.

- Tenho uma pergunta. – Quebrei o silencio. No fundo passava uma música calma acho que passava Bleeding Love de Leona Lewis.

- Pode falar. – Ainda continuava com os olhos grudados no volante, eu tinha vontade de puxá-lo.

- Do que está falando Damon? – Perguntei confusa.

- Como assim? – Ele soltou um sorriso vago.

- Sobre uma segunda missão. O que irá fazer?

- Conseguiu seu emprego, e agora vamos à segunda missão.

- Damon, não intendo, o que pretende?

- Bem... Olha Elena... sei que é difícil, mas tem que deixar Carol. – Senti algo me congelar, senti-me branca por alguns instantes. Não podia deixar Carol, agora mesmo acabei de prometê-la a morar com ela por um mais um tempo. Ela ficaria arrasada se eu a deixasse.

- Elena? Está bem? – Damon me olhava preocupadamente. Graças à Deus seus olhos estavam sobre mim, estávamos  em um sinal fechado.

- Sim, alias... não. – Respondi com sinceridade, eu me sentia confusa?

- O que foi? Fiz algo? – Suas sobrancelhas se contorciam.

- Não posso Damon. – Afirmei.

- Não intendo, não pode a deixar?

- Não, claro que não! Carol é como uma irmã para mim, ela me ajudou.

- Sei que é difícil, mas não pode viver com ela mais. – Seu carro arrancou do sinal e seus olhos voltavam ao volante de novo.

- E porque não? Ela é minha amiga. – Sentia-me nervosa, podia cuspir fogo a qualquer momento.

- Ela te trouxe para esse mundo. – O que ele dizia? Que tipo de mundo?

- Por favor, Damon, não fale tamanha besteira. Ela ajudou quando mais precisei, ela me deu comida, me deu lar.

- Ela era uma prostituta. – Eu sinto outro aperto no coração, eu era como ela, alias sou. Como podia dizer isto com tamanha calma?

- Eu também sou. – Meus olhos ferviam de ódio, ele não tinha o direito.

- Não é mais, foi por isso que me pediu ajuda. – Colocou a mão sobre minha perna.

- Damon, eu quero sair disso, mas meu passado continua comigo, eu ainda sou uma prostituta, e Carol me ajudou sim. – Retirei sua mão rudemente.

- Ela não ajudou Elena, não vê? – Ele gritou. Ele aumentava a velocidade a medida de gritava mais alto. – Ela te trouxe para esse mundo, ela te ajudou a que? A se prostituir mais? E em troca te dava comida, lar? E o dinheiro que conseguia? Com certeza você pagava algo. Ela não ajudou, ela só piorou e eu aqui tentando te ajudar. Você me pediu isso não foi? Apenas quero que se sinta independente, apenas quero que se sinto livre. E com Caroline, você sempre vai lembrar do seu passado.

- Olha quem fala... – Soei irônica. – Sou eu quem procuro por vadias não é senhor Salvatore? Que me ajudar? Como quer me ajudar julgando minha família? Carol é única pessoa que tenho e você ao menos sabe quem ela é. – Sorri sem graça. Senti lágrimas presas aos meus olhos. – Carol era uma prostituta sim, mas eu já era prostituta bem antes de conhece-la e eu era bem pior, aceitava qualquer coisa, eu só pensava em dinheiro. Dinheiro era o que me movia. Dormia com vários caras em uma noite só. Carol apenas viu minha situação e me ofereceu lar e ajuda. Eu dormia nas boates ou até mesmo na casa dos caras que ficava na noite, ou na rua. Carol foi a melhor coisa que me aconteceu e você não tem o direito de julga-la. Nunca mais fale isso, nunca mais. Quer me ajudar? Apenas desapareça. Vá embora então.

- Então é isso? Estava me usando a todo tempo? Parabéns, conseguiu! Não sei como fui tão idiota. E pensar que você tinha mudado, é a mesma vadia da boate que conheci há meses atrás.

- Idiota. Para esse carro agora, antes que eu me jogue agora mesmo. – Foi tudo que consegui responder, eu sentia ódio, repulsa.

- E eu achando que iria me ajudar. – Grito assim que fecho sua porta com força.

Tudo era uma bolha movediça que por um dia eu achei que podia sair dela, eu consegui, mas tudo que havia nela se embaralhou, totalmente. As palavras de Damon me mostrou algo, eu não deveria ter falado com ele, eu deveria ter ficando no meu quarto quieta e em silencio, deveria viver minha vida de uma forma saudável, resolver por mim todos os meus problemas não procura-lo. Poderia estra vendo até Titanic, mas não com ele.

Devo ter me empolgado demais, confiei nele demais, eu era uma vadia, tenho que admitir, eu sou. Eu não tenho coração, eu não sou sentimental, eu não tenho amor. Eu sou fria, calculista, louca e totalmente descontrolada. Eu sou assim, e Damon me transformou em algo que eu sinceramente não sei quem, mas eu não sou.

- Elena, querida, tem uma pilha de livros logo ali em minha mesa, são romances, poderia colocar na estante, por favor?

- Claro, senhora Winslet. – Assinto, pego os livros em pouca quantidade e sigo para a grande escada para coloca-los na estante.

A biblioteca estava cheia, as mesas estavam ocupadas era difícil me concentrar apenas nos livros que tinham que ser guardados, muitas pessoa me pediam informação que eu não podia dar.

Não estava muito disposta hoje, estava pesada, minhas olheiras estavam enormes, mas graças a minha base pude cobri-las.

- Olá. – Ouço uma voz suave. Era Damon, bufo. O que ele estava fazendo aqui, já não bastava o que ele disse ontem para mim? Ele conseguiu acabar comigo, assim como ele fez novamente no carro na ultima vez. Aquele carro, aquele homem, eu pensava o no que falar, eu pensava como reagir, não podia fazer um escândalo em pleno trabalho.

- Damon, o que faz aqui? – O pergunto enquanto sigo para a mesa novamente para pegar mais livros.

- Acho que devemos conversar. – Ele sussurra. Observo o nome dos livros e os separo em ordem alfabética novamente. Tento me controlar para não falar poucas e boas.

- Não concordo. – O ignoro, sigo para a estante.

- Fui um pouco egoísta com você, falei o que não devia. – Egoísta foi pouco, ele foi ridículo falando aquele monte de barbaridades para mim.

- Realmente. – Subo nas escadas e tento me equilibrar, não foi possível, por um minuto achei que vou despencar, mas Damon me segura firmemente na cintura, não o olho.

- De nada. – Ouço sua voz irônica. Pego os livros e os coloco no lugar.

- Como vai o trabalho? – Segue-me novamente.

- Movimentado. – Tento ser curta e grossa.

- Percebo. – Damon pega um livro da pilha. – Romeu e Julieta, clássico. Já leu?

- Não, odeio romancismo. – Damon logo se espanta, o ignoro e sigo para a estante novamente.

- Está tão fria. – Ele estranha. Será que não é porque você merece ser tratado assim?

- Sou fria, desde que me conheceu.

- Nunca percebi, sempre me tratou com gosto. – Quando era gentil comigo.

- Seu dinheiro era o que me interessava. Quer algo mais? – Viro-me para ele. Damon está arrasado. – Foi o que pensei. – Concluo. – Se quer um livro para ler, Romeu e Julieta te cai bem. Damon eu não quero aproximação com você. Ouviu?

- Claro. Você foi uma grande perda de tempo. – Ele estava rude novamente, era um absurdo.

- Acredite, também pensei o mesmo.

- Com licença, onde fica a sessão de livros de terror? – Uma moça um pouco estranha me pergunta.

- Logo aqui, venha comigo. – Olho para Damon, que parecia que tinha levado um tiro, e sigo para a fileira.

Apenas tenho um motivo de estar aqui nessa biblioteca trabalhando, tenho que ganhar dinheiro, além dos meus encontros. Quero alugar um apartamento e quanto mais longe de Carol possível, minha antiga vida estava de volta.

O horário de trabalho era até as dezessete horas, eu estava livre. Eu me sentia realmente diferente. Olho para os lados para ter certeza que Damon não está atrás de mim. Caminho pelas ruas como uma foragida, eu não podia acreditar que estava agindo assim por causa de Damon.

Em casa, não havia sombra de Carol, ela deveria estar na casa de Klaus. Hoje era terça feira, e já estava morta, não aguenta tantas perguntas na biblioteca. Retiro os meus sapatos e os deixo próximo à cama, estava tão exausta, tão cansada. Vou até a sala e ligo o radio, tocava uma musica envolvente. Ótimo, estava sentindo saudades da minha bebedeira.

No armário, pego uma vodca e a entorno no meus lábios. Danço, danço e danço. A musica acaba e logo outra começa eu lembrava dela, ela tocou no dia em que conheci Damon. Porra, eu aqui pensando em Damon de novo!

- You shoot me down, but I won’t fall, I’m a titanium. – Grito rindo de mim mesma.

O telefone toca e eu tenho vontade de jogá-lo na parede. Vou em sua direção e atendo.

- Alô.

- Elena?

- Quem é?

- Sou eu Damon. – Bufo, jogando a garrafa na boca novamente. Ele não desiste, ele é bipolar não é possível, como pode falar aquilo tudo, ainda falar aquilo na biblioteca e ainda me ligar

- O que quer?

- Preciso falar com você, alias... está aonde? – Ele sempre tem que conversar comigo.

- Não tenho tempo para conversar Damon, estou em uma lugar que você nunca estará, beijos, boa noite, sonhe comigo. – Desligo em sua cara, rio sozinha e volto a dançar.

O telefone tocou mais umas cinco vezes, o ignorei.

Dançar é tão envolvente, sentir todo o seu corpo balançar é bom, essa sensação de liberdade, essa sensação de fazer o que quer, é vulgar. Vulgaridade era o que não faltava em meu dicionário.

Caio no tapete e vejo o teto girar e girar. Ele girava tanto e tanto, o que estava acontecendo?

Abro os olhos, estou... no tapete ainda? Minha cabeça dói e a musica ainda estava alta, foi muito estranho o que aconteceu, talvez foi o cansaço e a bebida. Vou para a cozinha e olho as horas, eram onze horas da noite. Uau, eu dormi, ou sei lá o que aconteceu.

Ouço o elevador bater as portas e ouço vozes no corredor. Corro para a sala e sento no sofá junto com minha garrafa. Eu não a largaria. Era Carol, podia ouvir sua voz.

- Elena, está ai? – Resolvo ficar calada, levanto-me e começo a dançar. – Elena, está me ouvindo?

Carol aparece na sala.

- Elena. – Ela pronuncia horrorizada.

- Loira. – Abro um sorriso, continuo a dançar. – Quer dançar comigo?

- Elena, você bebeu? O que é isso em sua mão?

- Vodca? – Sou irônica.

- Elena, o que está acontecendo? – Carol grita, vai até o som e o abaixa.

- Ei! – Grito. – Aumente isso!

- Não! – Ela rebate. – Me dê isso Elena. – Tenta pegar minha garrafa.

- Não, saia Carol, eu que a comprei, é minha. – Digo emburrada como uma criança de seis anos.

- Não interessa Elena, o que está acontecendo com você?

- O que está acontecendo com você, loira, eu sempre fiz isso.

- Você tinha parado.

- Voltei. – Sorrio, vou até o som e o aumento novamente, Carol me encara. A musica se abaixa.

- Eu quero dançar Caroline! – Grito.

- Você vai me explicar o que está acontecendo. – Carol estava nervosa, não sabia a causa.

- Não tenho que explicar nada, eu sou assim, você me conhece.

- Não mais. – O que ela queria dizer?

- Qual é Loira? Está querendo o que? Eu não sou quieta, não sou sonsa e nem idiota.

- Pensei que tinha mudado. – Pensou que eu tinha mudado?

- Entendi. – A olho seriamente. – Você prefere que eu seja alguém que eu não sou.

- Não disse isso. – Ela rebate.

- Mas pensou. – Respondo rapidamente. – Bem... eu vou me divertir, eu não vou dormir aqui tudo bem?

- Onde vai?

- Não interessa Carol. – Ando até o meu quarto. Caroline me segue.

- Elena Gilbert, onde você vai? – Segura o meu braço,

- Você quer saber onde vou? – Sorrio.

- Sim, responda-me. – Carol grita preocupada.

- Royal.


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Notas finais do capítulo

Postarei mais frequentemente agora, não se preocupem. Beijos a todos os leitores que acompanham e desculpas pela demora.