Born To Die And Born To Love (clato) escrita por Lady Spoiler


Capítulo 7
Ops, minha mente fica mais confusa.


Notas iniciais do capítulo

Hm... Eu vou falar desde já. Não gosto do que eu escrevo, e não gostei desse capítulo, ele está deveras confuso... Deveras? Oque me deu? Ok, esqueçam. Quero muito a opinião SINCERA de vocês sobre esse cap. Sim, de vocês leitores. Até lá embaixo :D



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Depois da revelação que meu antigo pai e meu antigo irmão jogaram em mim, eu comecei a ver alguns dos tributos com outros olhos, e com a ajuda de Nico, tentei começar a identificá-los. Até agora eu sabia que Marvel era Travis Stoll, um filho de Hermes que era quase sempre visto na companhia do irmão Connor, que não quis reencarnar. Também descobri que Peeta era Luke Castellan, outro filho de Hermes muito famoso e importante, que Bianca, ou eu, não tinha conhecido pessoalmente. Por algum motivo, eles eram os únicos que eu conseguia reconhecer.

Mas eu tinha outro problema, os Jogos. Eu era a única que não conseguia me concentrar, e por isso ficava constantemente atrasada com o treinamento. Foxface (que decidimos chamar de Foxface mesmo, pelo apelido que ganhara de Katniss na arena) me dizia para esquecer um pouco o mundo a minha volta e voltar a ser a psicótica de antes, isso era necessário.

Além do brilhante fato de eu ter sido uma filha de Hades e que todos agora esperavam "muito" de mim nos, eu tinha uma leve impressão de superlotação sobre os Jogos do Hades. Fazendo contas matemáticas e pensando muito, estava claro que seriam 296 tributos na arena, era pior do o segundo Massacre Quartenário, onde 47 foram mortos, seriam 295 mortos pela segunda vez, porque mesmo entre as equipes só um poderia sobreviver, e caso eu morresse, seria a quarta. Não, eu não ia morrer, não de novo. Ser filha de Hades na primeira vida não me fez nada bem pelo visto.

–Não mesmo. - completou Nico di Angelo.

– Olha, me faz um favor mínimo, Nico. Pare de ler meus pensamentos.

– Desculpa, Bianca.

–Clove. - eu o corrijo, deixando-o com uma expressão triste no rosto.

– Ás vezes eu esqueço.

–Sem problemas.- Eu encaro o chão, um pouco envergonhada por ter sido rude e decido mudar de assunto.- Hm... Como vão ser os jogos, Nico? As mortes, os tributos.

– Olha, eu não sei direito sobre as mortes, vocês já estão mortos e tudo...- e mais uma vez Nico esfrega na minha cara o fato de ter ganhado a imortalidade para ajudar Hades com assuntos do submundo.-Desculpa, não foi minha intenção. Bom, só sei que meu pai não vai superlotar a arena, e só vão ser 48 tributos.

Eu o encaro, indignada. Se ele foi mesmo meu irmão, não ia deixar ser tão ruim em matemática. Era impossível que com quatro pessoas de cada um dos 74 jogos fossem apenas 48 tributos.

–Não leve tudo ao pé da letra, Clove. Ele vai fazer alguma seleção, não está na cara?

–Não, não está. Alguma chance de me contar oque ele vai fazer?

– Nenhuma. Apenas... Saiba correr. - ele me responde com um sorriso, e depois desaparece. Deveria ter sido legal ser filha de Hades, se contar com ter todas essas habilidades, embora tenha a sensação de nunca ter aproveitado bem isso.

Caminho sem rumo pelo Mundo Inferior, observando de longe os Campos Elíseos. E novamente avisto o casal feliz, Percy e Annabeth. Me ocorre a idéia de ir falar com eles, agora que estava sem a companhia de Glimmer. Mas quando cogito a hipótese, a garota aparece na minha frente, me dando tempo apenas de evitar um tapa em meu rosto, vindo diretamente de sua cabeleira loira.

–Caramba, Glimmer. Cuidado!

–Desculpa aí. - ela responde sorrindo. - Eu estou evitando que você fale com eles.

– Oque um casal de semideuses tem de tão malígno e ameaçador pra você, hein?

– Eles... Bom, eu não sei, mas não me parece certo incomodar heróis inocentes, parece?

Não, não parecia. Mas Nico me disse que esse Percy Jackson conhecia Bianca, poderia ter informações sobre ela, embora não fossem necessárias.

– Não, Glimmer, não parece certo.

Ela deu um sorriso triunfante e me puxou pelo braço de volta para a Aldeia dos Tributos.

–Ah, antes que eu me esqueça. Clove estão chamando todo o pessoal dos jogos do Hades pra aldeia.

– O resto da equipe?

–Não, todos, de todas as equipes.

Assenti, e continuei andando. De repente, eu comecei a caminhar por outras partes do Mundo Inferior, e Glimmer havia desaparecido, eu estava sozinha. E o submundo foi se tornando diferente, mais complexo, e eu vi outra "eu" andando em direção a um portal, minha nova amiga eu/Bianca di Angelo, acompanhada de vários outros mortos, mas estes sem feições, como os dos Campos de Asfodélos, e eu vi um buraco, uma fossa, de uma bebida escura. Parecia um pouco nojento, quando ela, brilhante em sua forma espectral, se aproximou do buraco e bebeu o líquido. Novamente, o arrepio, tinha certeza que não teria permissão de beber aquilo se fosse viva, era um antigo líquido chamado "cerveja preta".

Olhei mais atenta para Bianca, e consegui enxergar oque ela via, cinco pessoas, Nico di Angelo, Percy Jackson, Annabeth Chase, e outros dois garotos que não reconheci. Com espanto, pude perceber que um deles não tinha pernas humanas, era metade bode. Enquanto me lembrava o nome certo da criatura, olhei para o outro, que parecia humano, tirando o fato de ter apenas um grande olho castanho no meio do rosto. Engoli em seco, e comecei a ouvir a conversa.

–Não me importo com Cronos! Só quero minha irmã de volta! - disse Nico, um pouco infantil.

–Isso você não pode ter, Nico. - disse Bianca, carinhosa. "Eu era muito gentil", eu pensei. Tinha muito aprender com ela/eu/dane-se, vou considerar Bianca como outra pessoa.

Eles continuaram a conversar, enquanto os outros fantasmas a minha volta sussurravam "perigo". Tive um impulso de me juntar a eles, mas mesmo morta ainda tinha minha dignidade.

Com esse pensamento feliz, eu voltei ao lado de Glimmer, que parecia nem ter notado que eu tinha viajado por alguns instantes, mas já estávamos aldeia, eu tinha ficado muito tempo "fora". Isso me deu a impressão de Glimmer ser um pouco (ou muito) distraída, ainda bem que não ia aos jogos novamente. Eu lembro que na noite em que morreu, ela não prestava atenção em quase nada, ela ficou um pouco pra trás na hora de correr para tentar matar Katniss e tinha errado ao atirar a flecha nela. Depois, Glimmer estava quase dormindo, mas mesmo assim nós a deixamos de vigia e...

–GLIMMER! VOCÊ DORMIU NA VIGIA?! - eu grito.

–Oque? - ela pergunta, confusa.

–Quando você morreu! Era pra você ter ficado acordada e nos avisado de qualquer movimentação da Katniss!!

–Sim, eu dormi! Você viu que eu estava cansada e não ficou nem aí, era minha vez e pronto, não era?

– Sim, era, mas também era possível você ter avisado alguém pra trocar com você!

–Como se vocês fossem se importar.

Ela tinha razão. Mesmo se ela falasse alguma coisa, ninguém ia querer saber, cada um tinha seu horário de vigia e nunca mudávamos. Talvez se alguém tivesse trocado com ela, duas mortes dos carreiristas seriam evitadas, inclusive a da própria Glimmer.

–Desculpa, se alguém tivesse trocado com você talvez tivesse sobrevivido.

Ela sorri, e diz:

–Que nada, Clove. Mesmo se trocassem, isso não evitaria que as teleguiadas caíssem. E de qualquer modo, as Parcas já sabiam do meu destino.

Eu concordo com a cabeça. De algum modo, Glimmer era a que mais tinha se adaptado com o submundo, ela reconhecia todos os termos relacionados. Me lembrava vagamente alguém, embora não lembrasse diretamente dessa pessoa.

–Atenção, atenção tributos. Foi dado um tempo para que se preparassem, se isso não ocorreu, sinto muito. - Novamente ouvimos a voz, a mesma que anunciou os jogos.- Como muitos de vocês devem ter percebido, se fossemos contar com todos de todas as equipes, haveria uma superlotação. Não se preocupem, nós pensamos em tudo. A partir de agora, a aldeia está fechada. Ninguém entrará e ninguém irá sair.

Olho a minha volta, confusa, enquanto grandes portões nos cercavam, mantendo-nos dentro da aldeia. Qual é a grande jogada de agora? eu penso. E como se me ouvisse, a voz responde:

– Bom, vocês que iriam participar dos Jogos acabam de se tornar mortais novamente. Os outros não.- Ótimo, sou mortal de novo. E? Estava ficando muito entediante. Mas eu estava com medo, sabia que eles eram capazes de tudo por aqui. Resolvo pegar uma faca, da qual não me separava, e segurá-la firme nas mãos. A voz solta uma risada bizarra.- Muito cuidado com as costas tributos vivos. E quanto aos outros, apreciem o show.

Eu me viro rapidamente, e Glimmer também. Mas ela não tem com o que se preocupar. Ando cautelosamente, esperando que qualquer coisa aconteça. Ouço gritos e rugidos ao longe, mas alguns estão se aproximando.

– CORRE CLOVE, SÃO BESTANTES! - grita Glimmer, e eu saio correndo, dando tempo apenas de perceber um gigantesco felino me perseguindo. Lanço a faca sem olhar para ele, mas se não se o atingiu, ele é indestrutível. Uma vaga lembrança passa por minha mente e eu reconheço o monstro. O leão de Nemeia.



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Notas finais do capítulo

Já virou rotina terminar os capítulos com avisos, então vamos lá;
Avisos:
1° Eu troquei a capa. De novo. E está é permanente agora.
2° Eu amo vocês, leitores! Fantasmas e os que se apresentam! Muito obrigada pra quem deixou de ser fantasma, e pra quem ainda é... PORQUE?!? EU SOU TÃO MÁ E CRUEL E CHATA ASSIM?
3° Se eu leiloar o Nico aposto que todo mundo manda reviews né? Tome muito cuidado, Sr. Di Angelo, quem mandou ser lindo?
Career's Kisses!