10 Segundos escrita por vVv


Capítulo 2
Entre carne e unhas




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Não observei atentamente, como antes fazia com aquele estranho cômodo que me amedrontava.

 

As paredes se encontrava cheia de rachaduras, as quais estranhei, pois afinal o shopping havia sido inaugurado a pouco. Uma estranha sensação de desespero me apoderou.

 

O corredor do banheiro era extenso, com diversas portas ao lado esquerdo,onde se encontravam os vasos sanitários. No fim do corredor,porem, havia uma estranha porta, que me fez temer o que la havia, muitas coisas passaram por minha mente, algumas sobrenaturais, afinal o mundo é repleto de mistério porém, o que mais me causou repulsa, foi um espelho, empoeirado, ao lado da porta de entrada, ele soltava um odor amargo, tive medo de ver meu reflexo, passei correndo direto para umas das portas. E fiquei a pensar no espelho, e no que ele refletiria...

 

Me apressei ao estremo, para retirar-me daquele lugar macabro.

 

Quando enfim terminei, não senti aquela sensação de alivio, mas de desespero.  Tentei com pressa abrir a fechadura da porta, porem ela continuava trancada, tentei chutar desesperadamente, e nada.

 

Talvez fosse porque a fechadura estivesse enferrujada... Mas eu não acreditava. Minha garganta começou a arder, pois sentia o desejo de chorar, e desse modo tentar reprimir minha aflição. Cai de joelhos no chão gélido, e comecei a olhar por todos os lados, procurando algo que tivesse feito de mim prisioneira. Quando olhei para traz,o canto de meus olhos me fez ver uma estranha sombra, talvez fosse minha própria, quem sabe?

 

Mas não foi o que pensei, acreditei ser algum tipo de ser evanescente. Gritei, chorei, bati com toda a força de meus pés, algumas de minhas unhas quebraram, mostrando a carne que por debaixo havia.  Já estava quase me abraçando a Idea de que morreria ali, ou que as estranhas sombras me matassem...

 

A porta com minhas insistentes batidas e socos, foi-se ao chão, num baque apavorante.

 

Corri pelo banheiro, com as mãos erguidas para abrir a porta, porem antes que isso ocorresse, escutei um grito, de fora do banheiro, um grito que mostrava medo, tão quanto o meu, e no mesmo instante as luzes se apagaram.

Eu escutava as pessoas ao lado de fora, elas diziam de forma alta e clara “apagão”... mas eu não acreditei que fosse.

 

Estava no escuro, tudo fica mais aterrador, qualquer ser, qualquer coisa que tenha visão, olfato, paladar, poderia fazer o que almejasse comigo, afinal eu não o viria...

 

Comecei a rezar, me encolhi no canto de algum lugar, e fiquei abraçada com meus joelhos, minhas lagrimas as quais caiam abundantemente. Meus soluços calavam minhas palavras que tinha vontade de pronunciar, mas sabia que se me vissem em desespero, os seres assustadores que acreditava la haver, sentiriam ainda mais vontade de me oprimir...

 

fosse uma tranca enferrujada e um apagão, mas eu nunca acreditei nisso...

 


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