Only My Little Clove (Jogos Vorazes) escrita por Clove Flor


Capítulo 33
I let her go. Why?


Notas iniciais do capítulo

CARA, O LOLLA ONTEM FOI LINDO INCRÍVEL CHOREI CHOREI CHOREI PULEI GRITEI e vi pela tv.
Enfim.

Oi galerinha do Nyah. LEIAM ISSO AQUI! Eu demorei para postar porque esse capítulo é hiper importante. Eu estava planejando-o deeeeesde o começo da história e eu tinha que revisar até ficar bacana. Espero que gostem, e não me matem, sério mesmo.

A música que coloquei (NÃO DEIXEM DE LER, A LETRA É SUPER CLATO) se chama Shattered: http://letras.mus.br/trading-yesterday/758845/traducao.html se quiserem ouvir enquanto leem, cês que sabem.

Um grande beijo a todos vocês, comentem! Me digam o que acharam e pá.
Amo vocês, obrigada!
'3'



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I let her go. Why?

POV Narrador

O garoto loiro, escorado em uma árvore diante de sua namorada, olhava atentamente a faca de cano azul como seus olhos. O nome gravado nela, Clove, já estava meio desgastado devido o tempo.

─Hey, - ele chamou a atenção da morena. ─ já pensou em quanto tempo tem isso daqui?

A pequena abriu um pequeno sorriso, sentindo saudades da época em que eram apenas treinos, apenas bonecos. Não Jogos, não pessoas.

─As vezes. Não muito, sou uma pessoa ocupada. – respondeu com ar de indiferença, junto ao um dar de ombros.

Cato ergueu os olhos do instrumento mortal para a olhar, as sobrancelhas arqueadas em um ar de deboche superior. Uma risada curta, quase um assopro, saiu entre dentes do mais alto, que devolveu a faca para a garota.

–-Sabe como essa lâmina ficaria mais bonita? Com meu nome nela também. – brincou o loiro, o sorriso bobo dançando em seus lábios.

Sem dizer nada, com o canto da boca erguida, Clove pegou uma faca, tão pequena que parecia um bisturi, dos bolsos internos de seu casaco térmico. O Sol mal apontava no céu, já que a dupla sádica aguardava a luz surgir no horizonte para logo se separarem: Cato iria procurar os tributos vivos ao redor da Cornucópia e a morena pegaria sua mochila no ágape.

Com seus dedos firmes, riscou com a ponta afiada do objeto a parte laminada da faca de cabo azul, as letras trêmulas formando o nome que, sem querer que alguém saiba, realmente a deixava mais bonita.

Clove & Cato

“Para sempre” acrescentou mentalmente a morena. Mas só mentalmente.

O loiro inspirou audivelmente, o ar tornando-se pesado para si. Seus olhos não deixavam nem por um segundo a garota diante dele. Ansiava a hora em que teriam de se separar, mas continuava querendo ficar perto dela. Por que tudo sempre foi tão confuso para ele?

─Gostei assim. – comentou, aprovando as palavras escritas na faca preferida de Clove.

A garota sorriu, os olhos verdes acinzentados brilhando.

─Sabe, eu também.

Houve um momento de tensão (com ‘n’ mesmo) entre os dois. O silêncio, apenas se observando, não chegava a ser constrangedor nem nada. Era acolhedor.

Clove admitiu para si mesma que estava assustada.

Cato enganchou uma de suas mãos na dela, entrelaçando os dedos e a trazendo para perto de seu corpo. No rosto da garota havia um pouco de fuligem, mas eles não se importavam. O loiro beijou demoradamente a testa dela ao perceber a luz que estava inundando a arena. A pele morna de Clove fez com que ele sorrisse.

Em muito tempo, percebeu que estavam vivos.

Clove ergueu um pouco mais seu rosto, ficando nas pontas de seus pés, encostando durante poucos segundos seus lábios. Ao se separarem com um ruído úmido, o olhar se perdeu. Era a hora.

─Vai dar tudo certo. – tranquilizou Cato. ─Mas, lembre-se que você pode me chamar, beleza?

─Não vou precisar disso. – riu ela, girando a faca em seus dedos. ─ Vai lá, garanhão. Eu vou dar um show na Katniss!

O loiro sorriu, orgulhoso da pequena.

─Até logo. – se despediu a morena.

─Até logo. ─ se despediu ele.

E mal sabiam que seria o último encontro são.

xXxXx

POV Cato

Virei as costas para a garota das facas, seguindo um caminho que havia trilhado mentalmente. Era um pouco mais afastado da Cornucópia do que o original, que tinha feito com Clove. Mas não importava: se isso significava voltar para casa, farei o possível.

Minha arma, mais especificamente minha espada, estava empunhada e pronta para o ataque: que percebi tardiamente – ele não iria acontecer ─.

Não sei por que, mas fora um descuido o meu. Em algum lugar nebuloso na minha mente, pensei que encontraria os olhos pálidos de Peeta – mas não, Cato. Peeta está morrendo por causa do ferimento que você o causou ─.

Então por que meus pés me guiavam cada vez mais longe do local combinado?

A cada passo a grama fazia um ruído úmido e áspero. As árvores estavam cobrindo minha visão do céu, mas sabia qual era a cor dele (uma mistura de laranja com azul). Vagava por todos os lugares em que pensava que daria em algum caminho, mas na verdade, estava começando a ficar completamente perdido.

Achei ter visto cabelos ruivos passando como um furacão diante de mim.

E eu corri, aliviado de ter a presença de mais alguém por perto, e tenso pela ansiedade de matá-lo.

Claro que eu não conseguiria alcançá-la! Por que fui tentar? A garota corria tão rápido que para mim parecia um borrão zigue-zagueando por aí. Cansado, meus músculos tensionados pela perseguição, parei flexionando os joelhos e curvando o tronco para respirar melhor.

Foi então que eu ouvi.

De primeira, pensei que fosse apenas uma alucinação, algo da minha cabeça. Mas se repetiu, em alto e bom som, a voz estrangulada, cortante na brisa morna da manhã.

“Cato.”

De repente, não era cansaço o que eu sentia. Meu coração já bombeava forte, martelando minhas costelas. Gotas de suor molhavam minhas costas e, como se eu tivesse sido atingido por um soco no estômago, gritei:

Clove!

E ouvi meu nome sendo chamado (e era isso que me preocupava, já que ela não queria), de novo e de novo, quando meus pés se esforçavam para encontrar o solo da Cornucópia, a espada se tornando um grande fardo para quem tinha pressa. Corri, corri, eu juro. Nunca havia estado com tanta adrenalina, tensão e...

Por que eu sempre tive que ser o fodido de sempre?! Eu poderia estar lá, observando-a ao longe! Poderia ter esperado e ajudá-la, poderia ter ido junto! Eu PODERIA!

Mas então, enquanto minha voz começava a ficar estridente por gritar seu nome, e ela, o meu, pensei:

É só uma brincadeira.

Clove vai estar lá, com um sorriso debochado no rosto enquanto vê minha cara de preocupado. Vai soltar um “larga mão de ser panaca” e mostrará o corpo de Katniss estirado no chão.

É só uma brincadeira de mal gosto.

Mesmo assim continuei correndo, afastando os galhos que pareciam tentar se enrolar em minha mão livre.

Segui sua voz, e um alívio instantâneo percorrei meu corpo quando finalmente, oh, finalmente, encontrei o clarão que era a Cornucópia.

O alívio durou pouco.

Havia sim, um corpo caído no chão.

E, não, não era o de Katniss Everdeen.

Naquele instante, em minha mente, tudo havia parado. Os movimentos, as vozes, os Jogos. Pude ouvir sua risada ao longe, ecoando em tom alegre e feliz; Pude ouvir seu choro em dias duros e cansativos quando queria ficar sozinha ou quando a flagrava; Seus pés se chocando no chão ao estar irritada com algo que eu havia feito, e, ah, nunca foi por mal; A carranca que fazia quando eu a provocava e quando juntava os lábios para me beijar; Os olhos brilhando em um tom verde musgo ao sua boca se erguerem em um sorriso puro, sincero e perfeito; Sua voz ronronando meu nome entre as cobertas; Gritando comigo no trem ao eu me ter voluntariado... E eram lembranças.

Agora viraram apenas lembranças.

Eu pensei que, por um segundo, tudo pudesse voltar atrás. Nós não precisávamos da Capital, só de nós mesmos. Eu ainda tinha esperança.

Mas quando, relutante, me agachei ao lado do pequeno corpo em uma posição aparentemente desconfortável, esse pequeno fio de esperança foi arrancado bruscamente de minhas mãos.

Observei atentamente cada pequeno centímetro, começando por seus tornozelos e subindo o olhar, analisando. Ao chegar no tórax, soltei sem querer um grito grave:

Ele estava se mexendo em uma respiração falha.

Uma dor aguda começou a se formar por trás dos meus olhos. Quando puxei Clove para acomodar sua cabeça em meu colo, meu nariz pinicou.

Minhas mãos tremiam ao vê-la completamente:

Sua têmpora estava amassada e, apesar de eu não poder ver nenhum corte que desse a permissão, um rastro fino de sangue escorria dele.

─C-clove? C-clove! – tentei manter a voz estável, mas foi uma tentativa em vão. Eu já sentia as lágrimas geladas riscando o meu rosto de uma maneira feroz. ─ Clove! – gritei mais uma vez.

Suas órbitas se moveram, perdidas.

─C-a...to? – seu rosto pendeu para poder me enxergar direito. A cor verde já estava sendo apagada de sua íris. ─ Ca-to.

Senti como mãos frias minha garganta se fechar, o choro deixando complicado minha fala e raciocínio. Eu ainda tinha tempo.

─Me desculpe, C-clove!

Meu coração estava apertado, cada batida dolorida e me dava a impressão de que iria vomitar. Eu soluçava como uma criança perdida.

Eu estava perdido.

And I've lost who I am, and I can't understand
Why my heart is so broken, rejecting your love

E eu perdi quem eu sou, e eu não posso entender
Porque meu coração está tão quebrado, rejeitando seu amor”

─T-tud... bem... – a voz era aguda e forçada para sair dela. Cansada, como se quisesse dormir.

Ela não podia dormir.

Minha garota tinha que estar acordada.

─C-ato... Precis-o te cont...r uma cois-a. ─ Clove então parecia estar usando suas últimas forças, os olhos pesados demais para ficarem totalmente abertos. Não!, pensei.

Mas ela queria.

Pisquei diversas vezes tentando afastar as lágrimas que borravam minha visão. A morena então, demorando-se e soltando alguns ruídos de dor entre os lábios, estendeu a mão sobre o ventre.

Chorei ainda mais.

Without, love gone wrong; lifeless words carry on
But I know, all I know's that the end's beginning

Sem, amor que não deu certo; palavras sem vida continuando
Mas eu sei, tudo que eu sei, é que o fim começando”

As peças se juntaram, mas a única coisa que não parava de rodar em minha cabeça era: o quê?!

─E-eu apos...ta-va que era uma m-e...ina. – disse, e então, quando volto a olhar para seu rosto, seus lábios se contorcem em um sorriso.

Quê?

Clove estava grávida?

E não me contou antes?!

Respirei fundo, meu coração martelando o peito.

─ Eu te amo, Clove. Eu te amo. – com as lágrimas voltando a borrar a visão de minha pequena, beijei três vezes sua bochecha, e então, curvando-me, beijei sua barriga. ─ E eu também te amo. – sussurrei, a voz embriagada e falha.

─Tam...bé-m te am-o, Carrrr-to... – e a morena se engasgou, tossindo.

Desesperei.

Let me go and I will run, I will not be silent
all this time spent in vain; wasted years wasted gain

Me deixe ir e eu vou correr, eu não vou ser omisso
Todo esse tempo perdido em vão; anos desperdiçados, ganhos desperdiçados.”

─Clove! Por favor, Clove, fique comigo! – tateei em procura de sua mão, e a agarrei em um aperto. ─ Clove! Fique comigo, Clove!

Eu gritava. Gritava e não me importava com o que estava acontecendo. Me matem junto! Me levem com ela!

Também engasguei. Também tentei respirar. Estávamos os dois morrendo.

─ Dem-os um… - a pequena começou a frase, tentando conseguir completá-la antes que sua vida fosse retirada de si, tossindo novamente. Vi sangue saindo de sua boca. ─ belo... show.

─Demos sim, pequena. ─ concordei, olhando para seu rosto em procura de qualquer coisa que me fizesse continuar tendo... a maldita esperança.

Seus olhos então se suavizaram.

─C-cat...o...

Eu senti.

Seu corpo estremeceu sobre o meu em pequenos arrepios. Os olhos verdes, agora mudavam para um cinzento nebuloso que reviraram-se nas órbitas.

Ela parecia mais pesada.

Ela...

Parecia morta.

All is lost but hope remains and this war's not over

Tudo está perdido, mas a esperança continua e essa guerra não acabou.”

Encostei minha testa na da garota, e estava mudando drasticamente para uma temperatura gélida. Então algo borbulhando dentro de mim foi crescendo, a dor de perdê-la se transformando em raiva. Quente.

this love will conquer, all

esse amor vai predominar acima de tudo”

O que eu guardava se saiu, junto com as lágrimas que pingavam no rosto da minha namorada.

Gritei ao mesmo tempo em que o canhão soou.

Yesterday I died, tomorrow’s bleeding
Fall into your sunlight

“Ontem eu morri, o amanhã está sangrando
Caído em sua luz.”


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Notas finais do capítulo

ACHO QUE VOU CORRER PARA QUE NÃO ME MATEM SDBHSDAFHSDJHGSDFJ
Não se esqueçam de ler minha outra fanfic de THG! http://fanfiction.com.br/historia/451064/Are_You_Mine/

EU SÓ VOU POSTAR O BÔNUS QUE ESCREVI DO CATO SE TIVER COMENTÁRIOS, FLW? então as 145 pessoinhas podem comentar, obg