(Pov. Emma)

-Moça, você está bem?-A mulher que deduzi ser mãe das crianças perguntou.

-Estou sim.

-Aquele garoto, ele lhe machucou?-O homem que a acompanhava perguntou completando.-Por que se sim, vou atrás dele agora mesmo.

-Foi nada não, só birra.

-Mas de qualquer forma...

-Não foi nada senhor.

-Me chame de Lucas.

-Foi nada senhor Lucas.

-Querida seus pais estão em casa? Quem sabe não falamos com eles sobre esse mocinho.

-Moça não é por nada não, mas não é necessário e …

-E o que querida?

-Eu não tenho pais.

-O que?

-Eu moro em um orfanato.

-Oh querida eu sinto muito. -A mulher me abraçou.

-Tudo bem senhorita..

-Carla querida.

-Tudo bem senhorita Carla, eu também sinto.

-Oh minha linda...Como isso Lucas? Olha que linda ela pra ficar em um orfanato.

-Verdade meu amor.

-Qual o orfanato que está querida?

-Ah, na verdade eu..

-Você?

-Tenho um tutor mas é que sei lá …

-Ah sim.

-Eu tenho duas irmãs, uma de seis anos e uma de dezesseis, quase dezessete. É meio ruim alguém querer adotar três irmãs.

-Entendemos, mas qualquer coisa nos ligue. Aqui óh.-Senhor Lucas me passou um cartãozinho.

-Paiiiiiiiii.-O menininho loiro se atirou nos braços de Lucas e me olhou.

-Quem é essa papai?

-É uma amiga filhão.

-Vem, vamos blincar moça.

 O filho do senhor Lucas e da senhorita Carla me puxou para o parquinho pura areia e começou a brincar comigo.

-Moça, não fica tiste não. Mamãe sempre diz que tudo passa.

-Eu sei lindos. -Apertei ele e a irmã contra meus braços e sorrimos.

-Emm, faz tança em mim?-A menininha chamada Lola, pediu carinhosamente.

-Claro amada. -Comecei a trançar o seu cabelo enquanto Thomas brincava com a barra do meu vestido e com o seu carrinho. Aquilo me lembrava Annabelle com quatro aninhos.

-Emm?-Zayn apareceu aparentemente super. triste bem próximo a onde estava com as crianças.

-Oi Zayn?

-O que cê tá fazendo?

-Ela tá bincando com a gente, sai daqui moço mal. -Lola pôs a língua para Zayn e aquilo o fez sair correndo, comigo indo atrás e dizendo que já voltava.

-Zayn para. -Gritei um pouco distante do local onde ele ainda corria. Parei sentada com as mãos no joelho e comecei a chorar.

-PORRA PARA POR FAVOR,NÃO TA VENDO COMO EU TO?

-Você não se importa. -Ele virou e voltou em minha direção.

-ERRADO: EU ME IMPORTO E MUITO.

-Então por que você me tratou daquela forma?

-Eu disse a verdade, você quem preferiu me magoar...mais uma vez. -Por pouco não chorei.

-Eu ...-Ele tentou tocar mas dei um tapa em suas mãos.

-Ta tudo bem.

-Certeza?

-Claro, vamos. -Puxei Zayn e nós voltamos ao ponto inicial, junto as crianças.

-Hey é o moço mau.-Lola disse se escondendo atrás de mim assim que sentei e Zayn chegou perto.

-Ele não é mal florzinha, apenas teve um ataque de raiva.

-Então cê não é mal?-Thomas olhou pra ele sorrindo.

-Não lindinho.

-Cê quer brincar de carrinho comigo?-Puxou Zayn junto com ele.

-Claro pequeno.

Depois de longos momentos de risadas ao lado das crianças me despedi dos dois baixinhos e Zayn também, porque senhor Lucas e Carla os levaram pra casa.

-Foi divertido.-Zayn sentou embaixo de uma árvore do parquinho, me puxando junto dele.

-É sempre divertido cuidar de crianças. -Sorri e ele me abraçou.

-Concordo. Sabe fico pensando daqui a uns anos, eu com minha família. -Seu pensamento ficou distante.

-Eu também sabe? Eu tenho Annabelle e Naílah, elas são minha família, mas poxa eu fico pensando se quando tive um neném irei ser uma boa mãe. Como será que vai ser.

-Eu também.

-Parece que temos o mesmo pensamento.

-Pois é. Zayn?

-Oi linda?

-Ta tarde.

-Ér, as horas passam.

-Eu também acho.-Rimos e ele me ajudou a levantar.

-Me concede sua mão senhorita?-Fez um gesto galanteador.

-Mas não tem música.

-Vamos improvisar então.-Zayn me puxou pra perto dele e ficamos dançando e cantarolando uma música qualquer.

-Zayn.-Disse após sentarmos novamente já cansados.

-Oi minha linda?-Ele acariciava meu cabelo.

-Quero ir pra casa.

-Não está gostando?

-Não é isso, é só que eu quero ver como minha irmã está.

-Ah ela ta bem, Hazz deve estar a cuidando.

-Por isso mesmo. -Comecei a rir.

-Boba.

-Eu sei, mas é sério.

-Hazz é uma boa pessoa Emm.

-Ok, eu acredito.

-Você comeu hoje?

-ér...Hum...Como o dia ta bonito né Zayn?

-Não fuja do assunto Elizabeth. Você comeu hoje?

-Ér...Zayn...

-Não responda, já entendi tudo.

-Oi?

-Vem.-Ele me puxou me deixando de pé e pegando no colo.

-Onde vamos?

-Jantar.

-Zayn me solta...Você é doido.-Bati nele assim que pus os dois pés na porta e nós sorrimos.

-Não sou.

-É sim.

-Não sou não. -Fiz biquinho e ele sorriu.

-AWWWWWWWWWN.

-Que foi?

-Seu biquinho.

-O que tem ele?

-É lindo.

-Obrigada, mamãe que fez.

-Lembre de a agradecer onde ela estiver.

-Bobo.

-Boba.

-Zayn para, você ta chegando perto de mais. -Estávamos a milímetros um da boca do outro.

-E se eu dizer que essa é a intenção?

-Eu diria pra você se afastar.

-Por que?

-Porque eu também não vou me controlar.

-Está dizendo que me quer?

-Sai. -Bati nele e começamos a rir.

-Vou fazer algo pra você comer. Fica ai sentadinha.

-Sim senhor, senhor capitão.

 Zayn fez um macarrão ótimo e pus pra dentro quase vomitando.

-Só mais um pouquinho vai. -Ele colocava a colher bem próxima a minha boca e se eu falasse algo tinha certeza que ele enfiaria.

-Por favor. -Ele dizia acariciando minha bochecha com a outra mão.

-Zayn.-Colocou uma colher.-PARA.-Outra.--Eu.-Mais outra. -NÃO QUERO. -Encheu minha boca com massa e fui obrigada a engolir.

-FILHO DE UMA DAMA QUE REALIZA DESEJOS EXTRA CONJUGAIS REMUNERADOS. -Corri atrás dele com a colher de pau.

-EPA,EPA.FALOU DA MINHA MÃE. -Ele me prensou na bancada.

-Não necessariamente, eu não citei nomes. -Dei de ombros.

-Feiosa.

-Não sou você.

-Claro que você não é eu, porque se eu fosse eu me pegaria, e você sendo eu não me deixariam sair de casa.

-Engraçadinho, mas deu, já fui bastante motivo de chacota não acha senhor topete?

-DO QUE ME CHAMOU?

-Senhor topete.

-Claro senhora boazona?

-BOAZONA?DA ONDE ISSO ZAYN?

-Disso.-Zayn estava próximo de mais e de repente, bã...Ele me beijou, com vontade ,com desejo, apenas me beijou. Nós dois estávamos em sincronia e nosso beijo era selvagem e romântico. Depois de mais ou menos alguns minutos ele me soltou.

-Nossa. -Ele disse.

-Nossa o que?-Falei.

-Você beija bem.

-Ah, até que você também.

-Cala boca boazona.-Ele me apertou.

-PARA DE ME CHAMAR ASSIM TOPETUDO.

-Só se parar de me chamar de topetudo.

-Ok, chegamos em um consenso então.

-Ok.

-Ok.

-Vem cá.-Zayn me puxou e nos beijamos novamente.

-MUITO LINDO ISSO. -Ouvimos um som de palmas e Zayn me soltou brutalmente. Quando olhei para a porta da cozinha vi Perrie encostada.