E agora, Kanou-kun? escrita por Fujisaki


Capítulo 1
Capítulo 1 - One Shot


Notas iniciais do capítulo

É minha primeira fanfic, então espero que gostem, e deixem comentários sobre o que acharam para que eu possa melhorar as próximas fanfics :3



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Acordei.

Tive um sonho estranho, me lembro bem dele. Estávamos eu e Yukimura-senpai, juntos num parque olhando o por do Sol, depois viemos para minha casa, eu o convidei para entrar em meu quarto. Quando chegamos lá, empurrei o para a cama, sentei do lado dele e, sem nenhum aviso, beijei-o, um beijo curto, delicado, para não assustá-lo muito. Quando vi sua reação, fui eu quem me assustei, achei que ele fosse chorar, pois seus olhos estavam cheios de lágrimas.

– Yukimura-senpai, eu não aguento mais esconder isso de você. Eu te amo.

– Kanou-kun, e-eu não sabia que sentia isso por mim. É inacreditável, passei meses gostando de você de uma forma diferente, não sabia como explicar, mas agora que você me disse isso, eu sei. Eu também te amo, Kanou-kun.

Quando ele me disse isso, acordei. Me senti estranho, envergonhado, não sabia como conseguiria olhar na cara de Yukimura novamente. Mas, ao mesmo tempo, havia gostado daquele sonho, como se uma coisa que eu esperasse há muito tempo tivesse acontecido. E essa coisa era aquele beijo, que se reproduzia na minha mente milhares de vezes enquanto eu me arrumava para ir para o Colégio.

Ao chegar no colégio, fui direto para minha sala, tentando imaginar como seria a próxima vez que eu me encontrasse com Yukimura. Sem duvida estava ansioso por aquele momento, fiquei o fim de semana inteiro sem vê-lo, já estava com saudades daquele rosto.

Ah, o rosto de Yukimura, como era lindo. Sua boca e seu pequeno nariz, que mais pareciam de uma pequena menina, me encantavam, e seus olhos castanho-claros grandes e brilhantes, que se iluminavam sempre que ele olhava para mim, conseguiam me alegrar sempre que eu não estava bem.

– Yukimura-senpai...

Foi nesse dia que percebi, eu estava apaixonado por Yukimura, meu melhor amigo! Mesmo sabendo que era impossível, que ele me via somente como um amigo, eu estava perdidamente apaixonado por ele! Mas, será que era mesmo impossível? Yukimura sempre me tratava muito bem, e ás vezes eu até o pegava olhando para mim por um tempo. Quem será que ele amava?

No intervalo, mesmo estando envergonhado por causa do sonho, fui procurá-lo. Precisava fazer uma pergunta que ficou o dia inteiro na minha cabeça.

Encontrei ele sentado no mesmo canto em que sempre estava, um lugar meio escondido. Já que não gostava das brincadeiras que os outros meninos faziam por causa de sua aparência feminina, se escondia atrás daquelas árvores.

– Yukimura-senpai...

Ele se assustou e sem querer virou seu suco em sua blusa branca.

– Kanou-kun! Me desculpe, não vi que você estava aí!

– Tudo bem, tudo bem! Mas você precisa trocar essa blusa, tem alguma no seu armário?

– Sim, mas não posso passar pelo pátio assim, e agora Kanou-kun?

– Deixa que eu busco pra você.

Fui correndo até os armários buscar a blusa de Yukimura. Quando abri o seu, um delicioso perfume veio de dentro do armário, peguei a blusa e pude perceber que o doce perfume também estava nela. Voltei rapidamente até onde ele estava e entreguei a blusa a ele.

– Arigato, Kanou-kun.

Então, ele começou a desabotoar a blusa molhada e pude ver seu pequeno peitoral, ele era tão lindo e delicado, Yukimura me encantava cada vez mais com cada coisa que fazia.

–Kanou-kun, estou te incomodando?

Percebi que eu estava ficando vermelho, virei o rosto e disse:

– Não, não. Tudo bem.

Quando ele terminou de se trocar virei para ele e começamos a conversar. Falamos sobre o conselho, a presidente, até que perguntei o que eu realmente queria saber:

– Yukimura-senpai, você gosta de alguém dessa escola?

–Ah, é claro, gosto da presidente, de você, dos meus outros amigos...

– Não, não é esse “gostar” que eu quis dizer...

Yukimura abaixou a cabeça e pareceu meio incomodado.

–Aaah, sim. Bem, eu gosto, mas essa pessoa nunca iria gostar de mim também.

– E quem é essa pessoa? – fiquei com medo da resposta, mas a curiosidade era maior.

– Sabe, Kanou-kun, é que eu ainda não me sinto pronto pra dizer quem é...

– Ah, sim, entendo. Tudo bem então.

– Prometo que um dia eu te contarei, Kanou-kun. Eu prometo!

Ele olhou para mim, meio envergonhado mas sorrindo. Mesmo estando triste pois não consegui a resposta, sorri. Era impossível não se alegrar ao ver aquele lindo sorriso de Yukimura.

– E você, Kanou-kun, de quem você gosta?

A pergunta foi inesperada, fiquei completamente vermelho e disse:

– B-bem, é o mesmo caso que o seu, essa pessoa nunca gostaria de mim.

–Humm, então vamos fazer assim, quando estivermos prontos, contaremos um para o outro de quem nós gostamos, pode ser?

– Bem, sim. Ei, Yukimura-senpai, quer ir à minha casa hoje depois da escola?

– Ah, claro! Mas vamos juntos então, senão vou me perder nessa cidade.

Rimos juntos e o sinal tocou, Yukimura ia à minha casa e lá eu poderia dizer tudo o que sinto por ele.

Passei o resto das aulas pensando em como seria quando estivéssemos na minha casa, sozinhos, e pensei em que palavras eu ia usar para me declarar para ele. Quando saí, encontrei ele me esperando no portão do colégio.

– E então, Kanou-kun, sua casa é muito longe?

– Não, não. Na verdade é bem perto daqui, vamos á pé, tudo bem?

– Ok.

Andamos uns quarteirões e ele já parecia cansado, lembrei que Yukimura não era muito bom nos esportes. Ele realmente devia estar mal.

– Você está bem, Yukimura-senpai?

– Sim, Kanou- Kun, só estou um pouco cansado.

Cheguei mais perto de Yukimura e coloquei meu braço atrás de seu ombro, já que ele era bem menor do que eu, e o recostei do meu lado, para que não precisasse fazer tanto esforço. Ele estranhou, mas estava tão cansado que deixou que eu continuasse levando-o daquele jeito.

– Descanse um pouco, Yukimura-senpai.

Quando chegamos em casa, levei ele para o sofá para que pudesse descansar um pouco, e o servi um copo de água. Poucos minutos depois ele me perguntou:

– Então, Kanou-kun, porque me trouxe aqui?

– Eu... é, b-bem, eu preciso te dizer uma coisa.

Ele levantou-se e disse:

–Tudo bem, pode dizer.

– Por favor, venha até o meu quarto.

Chegando lá, ele sentou na cama e eu me sentei do lado dele, me perguntando se havia feito a coisa certa.

– E então, Kanou-kun, o que é que você quer me dizer?

Olhei para os olhos dele, aqueles lindos olhos castanho-claros, me aproximei do pequeno rosto dele e, delicadamente, o beijei.

– K-Ka-Kanou-kun?

– Me desculpe, Yukimura-senpai, mas eu não aguento mais esconder isso de você, eu te amo! Pronto, agora você sabe de quem é que eu gosto!

Abaixei a cabeça, envergonhado demais para olhar nos olhos dele. Mas, de repente, ele colocou a mão em meu rosto e o ergueu, me fazendo olhar diretamente para ele, tentei desviar o olhar, mas ele disse:

– Kanou-kun, isso é verdade?

– É claro, Yukimura-senpai, eu te amo! Eu nunca mentiria para você!

– Kanou-kun, agora me sinto pronto para contar a você de quem eu gosto.

– Tudo bem, pode dizer, eu sei que não sou eu mesmo.

– Quem disse que não é você? Na verdade, eu gostava de você á muito tempo, meu Kanou-kun.

Quando ouvi aquilo, foi como se meu coração explodisse de alegria, nunca havia me sentido mais feliz antes, era a melhor coisa que já havia acontecido na minha vida!

– Yukimura-senpai...

Antes que eu conseguisse terminar de falar, Yukimura me beijou, e eu retribui com carinho, abraçando o pelas costas suavemente. Pude sentir aquele doce perfume que senti em seu armário, e aquilo me deixava mais apaixonado ainda.

– Kanou-kun, me desculpe mas, eu estou muito cansado mesmo. Minhas pernas estão doendo e...

– Não se preocupe, pode deitar aí na minha cama e descansar, Yukimura-senpai.

– Mas, seus pais não vão ver?

– Não, eu moro aqui sozinho, pode ficar tranquilo, nada vai acontecer...

– Obrigado, querido.

Aquelas palavras me deram vontade de abraçá-lo e beijá-lo de novo, mas quando o vi deitado, frágil, já quase adormecido naquela cama, só senti vontade de deixá-lo ali, repousando. Eu só queria o bem dele.

Deitei-me ao seu lado e o abracei, segurando sua pequena mão, me sentindo a pessoa mais feliz do mundo. A pessoa que eu amava, me amava também. E isso era tudo o que importava agora.

– Bons sonhos, Kanou-kun.

– Bons sonhos, Yuki-senpai.




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Notas finais do capítulo

Bem, é isso, deixem suas opiniões nos comentários, por favor (: