Charlie Team Lost And Found escrita por Raphael Redfiel


Capítulo 4
Guerreiros




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Cap. 4

Guerreiros

 

Flag, Rafael, Leon, Aiken e Raphael, estavam parados de frente ao portal que levava a cidade.

--- Muito bem equipe --- disse Flag --- Vamos enfrentar seja o que for.

Os cinco adentraram a cidade. Ruas vazias, sem sinais de vida, grandes predios cinzas amontoavam-se formando um muro que formava um caminho reto. Carros parados, com portas abertas, como se tivessem sido deixados as pressas. O caminho os levou até uma praçinha.

A unica coisa que dava vida a praça eram os passaros em seus ninhos cantarolando. Uma estrada de cinco pontas atravessava a praça apontando cada ponta para uma rua. Avançaram pela praça. Muitos bancos brancos os guiavam até um grande chafariz onde uma mulher segurava um enorme vaso de marmore que jorrava para cima numa grande aboboda de água. Dentro do chafariz, avistaram de relance uma mulher deitada na água.

--- Meu Deus! --- exclamou Flag puxando a mulher da água --- Você esta bem?

Ela não respondeu. Pensando rapido Flag verificou o pulso da moça. Estava viva. De repente ela olhou para ele, com um olhar profundo e temeroso.

--- Eles... --- disse ela ofegante --- Os outros.

--- Tenha calma, você agora esta bem, apenas respire e explique o que aconteçeu.

--- Os outros...estão vindo...todos da cidade --- ela caiu em lagrimas --- Todos mortos.

--- Calma explique com calma --- retrucou Aiken.

--- Não adianta mais --- ela olhou para cada um, deu um sorriso sombrio e disse baixinho --- Todos vocês vão morrer aqui --- depois fechou os olhos e desmaiou.

--- Mas que merda esta acontecendo! --- exclamou Rafael.

--- Quero ideias --- ordenou Flag

--- Dividir capitão? --- perguntou Aiken.

--- Bom --- Flag olhou bufou e disse --- Sim, vamos separar, procurar e voltar aqui neste mesmo lugar daqui a uma hora --- colocou a mulher encostada no chafariz e disse --- Ficarei aqui cuidando dela, talvez ela posso dizer mais alguma coisa.

Cada um seguiu um caminho. Sabiam que separar as vezes não era uma boa escolha, mas nas condições que estavam, iria poupar muito tempo para toda a equipe.

 

Redferme estava sentado fora do avião segurando apreensivo a maleta vermelha em suas mãos.

--- Major --- Fong veio e sentou do lado dele --- O que devemos fazer agora?

--- Eu gostaria que os outros já tivesem voltado a essa hora.

--- O que quer que tenha que ser feito nos mesmos podemos fazer.

--- Chame o Goldfield.

Fong foi até onde estava Goldfield e trouxe ele.

--- Senhor.

--- Goldfield como você ja esta cienta do que tem nessa maleta eu preciso que você faça uma coisa, como seu laptop não funciona sem o sistema Wireless que o avião podia nos disponibilizar e não temos energia tamém, você precisa usar o que tem nessa maleta.

--- Mas e sobre a Rede senhor?

--- Eu ja estou cuidando disso.

O major entegrou a maleta para ele.

--- Eu confio em você rapaz, faça o seu melhor.

--- Sim senhor --- disse ele voltando até o fundo do avião.

--- Senhor --- disse Fong que estava do lado ouvindo tudo --- O que o planeja?

--- Bom em primeiro lugar, quero saber se você esta dispota a seguir numa missão arriscada?

--- Com todo o prazer.

--- Otimo, chame o Fred, Falcon e Willian aqui imediatamente, diga para se preparem para sair.

Fong acentiu com a cabeça e foi falar com eles. O Major ficou sentado onde estava olhando com olhos sem vida para a floresta a sua frente. O vendo passava pelo seu rosto, os passaros cantavam e os animais faziam barulhos pela mata.

--- Estou ficando muito velho para isso --- lamentou ele.

Minutos depois estavam Fred, Willian, Falcon e Fong reunidos junto do Major.

--- Muito bem equipe --- disse ele --- Estamos com uma opção de risco extremo no momento, o achado na maleta nos leva a duas opções, corrermos atrás do que precisamos ou ficar aqui esperando a morte.

Ninguem faliu nada. Então ele continuou

--- Reuni vocês aqui para seguirmos numa missão até a outra parte do avião --- ele pegou as lanças que Flag e os outros o haviam deixado e os entegrou --- Sei que pode parecer loucura com aquele rinocerontes estranhos por ai, mas e a nossa unica chance de sobreviver, por isso pergunto pela ultima vez, se alguem quiser desistir que fale agora ou não traga seu medo junto conosco.

Ninguem respondeu novamente, apenas rostos firmes e serios.

--- Muito bem que seja --- ele passou por ele e foi em direção da mata --- Venham e vamos acabar com isso de uma vez por todas.

O grupo avançou pela floresta, passando proximo do tumulo improvisado de Macqueen, apenas olharam, bateram continencia e seguiram seu rumo, rezando para não terem o mesmo destino do amigo.

Rafael já estava andando a algum tempo, quando a neblina baixou de vez pelas ruas. Ele não estava vendo um palmo a sua frente. Cansado e meio irritado ele começou a andar mais rapido. De repente sentiu água batendo em seus pés.

--- Mas o que é isso? --- questionou ele olhando para o chão.

A neblina foi dissipando aos poucos melhorando a visão do local, embaixo de seus pés, havia uma pequena camada de água que refletia sua imagem no chão.

--- Tem alguem aqui --- chamou ele, mas não obteve resposta.

Continuou seu caminho, conseguia ver ainda o caminho a sua frente, os predios de antes agora trocados por um conjuto de casas, que o guiou até uma muro alto. Ele chegou perto o bastante, tocou no muro até reparar numa portinha de madeira.

--- O que algo como isso esta fazendo aqui?

Olhou para a maçaneta, segurou e girou, a porta abriu e ele entrou. Como se estivesse em um sonho um amplo lugar apareceu sobre seus olhos, uma escadaria desçia a sua frente até o patamar a baixo, ele desçeu tomando cuidado. Não conseguia enxergar direito apenas podia ver uma porta de madeira numa distancia razoavel. Olhou em sua volta, não conseguia ver as laterais do lugar, apenas uma grossa nevoa cobria essas extremidades. Avançou cuidadosamente até a porta, mas na hora que segurou a maçaneta ouviu um barulho alto atras dele.

--- Quem esta ai! --- gritou ele olhando para atras. Não havia ninguem a não ser uma pequena ilhota que havia se erguido no meio do lugar. Ele aproximou-se dela com cuidado. Ela não era muito grande, apenas um pequeno pedaço de terra com um coqueiro no meio. Não acreditando no que ele estava vendo, tocou no no coqueiro.

Um barulho de corrente tomou o lugar. Procurou de onde vinha o som. Duas grades baixaram sobre as duas portas. Ele correu até a porta mais proxima. Tentou abri-la mas não obteve sucesso, não conseguia tocar na maçanate com as grades.

De repente alguem atras dele deu uma risada. Ele olhou desesperado para trás. O que viu fez seus olhos se esbugalharem.

--- O que é você?

Raphael andava pelas ruas sombrias da cidade. Olhava com cuidado cada novo lugar ou coisa que aparecia a sua frente. Os predios davam lugar a casas que ia ficando cada vez mais distantes uma das outras. O cenario a sua volta ia mudando gradativamente.

De repente uma enorme construção surgiu ao longo do caminho, majestosa e simples, erguia-se um enorme supermercado. Rapidamente ele avançou até a enorme construção.

--- Estacionamento --- leu o que dizia uma placa que apontava para o supermercado.

Ele seguiu com cuidado até o estacionamento do lugar. Os carros estavam colocados de uma maneira estranha, como se tivessem sido colocados de qualquer jeito, deixando apenas um caminho que indicava para a entrada do Mercado.

--- Tem alguem aqui?

Ninguem respondeu, apenas havia barulho de algum carro funcionando em algum lugar.

--- Hey alguem pode me ouvir?

Novamente não houve nenhuma resposta. Decidido ele avançou lentamente até a entrada do supermercado. Como um susto ouviu um disparo e o chão sobre seus pés estalou. Rapidamente ele apontou sua lança para o lado de onde tinha vindo o disparo. De lá apareceu uma jovem moça de cabelos loiros segurando uma Beretta.

--- Seu nome? --- quis saber ela apontando a arma.

--- Tenente Raphael Redfield, policia de Metro City.

--- Certo --- ela baixou a arma --- Meu nome e Diana, sou policial também.

--- O que aconteceu aqui?

--- Sei tanto quando você --- ela chegou perto dele --- Você esta sozinho? --- sussurou ela.

--- Não há outros do meu grupo por ai.

--- Eles seguiram você até aqui?

--- Não, nos separamos a pouco.

--- Não sei se você ouviu, mas eu acho que não estamos sozinho --- disse ela baixinho no ouvido dele.

Os dois ficaram calados por um tempo. Não ouviram nada.

--- Como você veio parar aqui senhorita?

--- Não sei ao certo, eu estava numa missão no Alaska, quando dei por mim eu estava deitada numa cama de hospital, quando sai achei esse cidade abandonada, e você?

--- Minha equipe estava voltando de um evento militar, quando nosso avião caiu e viemos parar aqui.

--- Quantos vocês são?

--- Da minha equipe 14, uma aeromoça e meu capitão esta cuidando de uma outra moça que achamos aqui perto.

--- Se não se importa eu gostaria de ir até seu capitão.

--- Claro, me acompanhe.

Os dois seguiram para fora dos dominios do estacionamente rumando de volta a praça. De repente houve um abalo no chão, os carros começaram a balançar. Mais outro e outro tremor.

--- Mas que merda esta acontecendo! --- exclamou Raphael apoiado num carro.

O chão abriu, uma grande fissura que separava eles da saida do estacionamento. Mais outro abalo e um chiado veio da fissura. Diana foi chegando de mansinho, averiguando a situação. Mais alto foi o chiado. Os encanamentos vazando pensou ela. Quando de repente ela gritou.

--- Fuja! --- disse ela voltando correndo até onde Raphael estava.

--- Eu não acredito --- disse Leon desapontando.

Leon sentia-se perdido, quando mais andava, parecia não saber mais por onde tinha vindo, todo o caminho por onde tinha entrado parecia sempre igual.

--- Maldita seja essas casas iguais!

Demorou um pouco, mas logo ele percebeu que estava adentrando os suburbios da cidade. Casinhas pobres, mal cuidadas e outras já demolidas. Ele foi andando tomando cuidado com qualquer movimento suspeito. Uma casa no final de uma esquina o chamou atenção. Feita de madeira, bem rustica e simples, onde havia apenas um lampião acesso.

--- Tem alguem aqui --- chamou ele, mas não obteve resposta.

Da casinha ele ouviu o som de algo funcionando. Sem pensar duas vezes, avançou até a porta da casinha, com cuidado, abriu com um chute a porta e entrou. Olhou para um lado, olhou para o outro. Não havia ninguem lá.

--- Tem alguem aqui --- chamou ele novamente.

O som que tinha escutado parou. Intrigado ele começou a investigara a casinha. Moveis velhos, empoeirados e cheios de penas, foi o que ele conseguiu encontrar. Ele podia sentir que o chão rangia quando ele andava. Não conseguiu encontrar nada na casa a não ser um cheiro esquisito de carne podre. Sem a minima esperança de continuar a procura, foi até a porta. Um estalo e quando deu por conta o chão embaixo de seus pés havia sumido e ele caiu por um buraco batendo no chão duro, metros abaixo.

--- Ahhhhhhhhhhhhhhh --- gritou ele de dor sentindo suas pernas muito doloridas com o impacto.

--- Hum... --- resmungou uma voz de algum lugar --- Olá amigo quer jogar.

--- O que? --- exclamou Leon tentando entender onde estava.

Ele se viu num quartinho pequeno, com uma cama no meio e um homem amarrado num pilar que segurava o andar superior.

--- Vamos jogar o que amigo?

--- Hã do que você esta falado?

--- Vamos, ele também vai querer jogar, não vamos ser rudes.

--- De quem você esta fazendo --- Leon chegou mais perto do homem --- Você sabe o que aconteceu nessa cidade?

--- Hum...

--- O que há com você --- disse ele tentando desamarrar as cordas que prendiam o homem.

--- Não faça isso, ele não vai gosta de brincar assim.

--- De quem diabos você esta falando?

Como se sua pergunta quise-se ser respondida por outra pessoa, ele ouviu uma baforada em suas costas. Um segundo depois sentiu uma pancada forte na cabeça, fechou os olhos e perdeu a sensação de tempo, apenas havia um vaziu e escuro.

Aiken andava pela area nobre da cidade, grandes casarões extendiam-se por ruas largas, formando grandes quarteirões. Ele se sentia em Orange County.

--- Alô, tem alguem por aqui? --- ele chamou mas não houve resposta.

Gritando de quarteirão a quarteirão ele tentava manter sua esperança de que alguem iria responder.

--- E melhor esqueçer --- disse sentando na esquina da rua mais proxima --- Os ricos são sempre os primeiros a evacuar.

Sem saber o que fazer, ele ficou olhando as casas mais proximas. Majestosos casarões erguião-se por lindos jardins de diversos tipos de flores e cores. Quando um enorme predio branco apareceu sobre seus olhos. Como se algo o chama-se ele foi impulsionado até o predio branco.

--- Que lindo --- disse ele chegando aos pés do lugar. Havia uma enorme placa que dizia "Hospital - Aqui toda sua infermidade sera curada, mas as cicatrizes do passado jamais iram curar".

O predio erguia-se por colunas negras que davam lugar a um gigantesco cilindro que dava forma ao predio. Sua entrada o deixou interessado, escadas de marmore o levaram até o Hall de entrada do local. Ficou de boca aberta com o jogo de dourado e prata que o Hall tinha, com cadeiras de couro enfileiradas até o balcão de recepção. Mais além havia duas portas para elevador, todas com desenhos de prata ao seu redor, como se uma folhagem prateada tivesse nascido do chão. De repente ele houviu um gemido estranho proximo, como por impulso ele achou de onde vinha e mirou sua lança ao que havia feito o barulho, de lá achou uma mulher deitada no chão muito suada.

--- Você esta bem? --- perguntou ele chegando perto dela.

--- Somente aqueles que enfrentam e esqueçem seu passado, podem seguir em frente.

--- Calma, você não esta raciocinando, respire e fale de vagar.

--- Eu estou apenas com febre senhor guerreiro.

--- O que aconteceu nessa cidade?

Ela não respondeu.

--- Onde ficam os remedios?

Apenas ficou calada deitando no chão gelado suspirando.

--- Ela não esta bem --- ele correu até a recepção rapidamente começou a mexer no computador tentando econtrar alguma informação --- Estoque, onde vocês deixam tudo --- continuou procurando, mas não encontrou. Ele precisava pelo menos de alguma coisa que indicasse onde eles colocavam os medicamentos --- Que se dane! --- exclamou ele seguindo para os elevadores.

Ding Dong, foi o som que veio quando o elevador chegou. Ele entrou rapido e apertou quatro botões qualquer. O elevador começou a subir. Ele sentia frio por causa do ar condicionado, mas não estava tão frio assim.

--- Lálálálálá --- cantarolou ele --- Pera ai o que eu to cantando --- quando deu por conta uma melodia estava tocando na sua cabeça, era uma voz infantil.

Ele sentia cada vez mais envolvido pela canção, ele sentia como se ela viesse de dentro dele proprio, mas porque isso agora, de repente sentiu uma pontada no coração, um calafrio subiu por sua coluna e ele olhou para o teto do elevador. A tampa estava aberta, e a musiquinha pareceia emanar daquele buraco. Seu corpo tremeu e ele desesperado apertou o botão do andar mais proximo. Seu coração batia forte, enquanto ele olhava para o buraco apreensivo, quando finalmente chegou no andar, ele deu um salto para fora do elevador, a tempo de ver uma pequena mãozinha sangrenta tentando agarra-lo pelo buraco.

Flag olhava tudo ao seu redor, a praça era grande, mas dava para ter uma boa visão de tudo a sua volta. Conseguia ver enorme predios, e casinhas ao seu redor. Olhou com extrema atenção o caminho que cada um dos membros do CT haviam escolhido, procurando sinal da volta de algum deles.

--- Vamos rapazes vocês vocês so tem mais alguns minutos.

A moça ao seu lado deitou no chão agarrando as pernas. Ela murmurava algo que ele não conseguia entender.

O tempo foi passando, cada vez mais o tempo deles ia passando e não havia sinal de ninguem. "Não posso deixar meu posto, pode chegar alguem", pensou ele.

Um barulho o chamou atenção.

--- Quem esta ai.

Ele procurou em todos os angulos sinal de que alguem da equipe havia voltado, mas não viu nada. Ele sentia como se alguem o estivesse vigiando pela mata. Das ruas que o grupo havia seguido, ele conseguiu ver a silhutea em cada uma delas de alguem que corria numa velocidade absurda até ele. Eles estavam cada vez mais proximos quando sentiu uma mão agarrar suas costa. Era a moça.

--- Agora é sua vez.

--- Do que você esta falando --- quando disse isso, as silhuetas de antes haviam sumido.

--- Já chegaram.

--- Mas o que esta havendo aqui! --- gritou ele indignado --- Eu não acredito --- ele ficou de boca aberta quando percebeu quatro pessoas avançando até ele --- Não pode ser.

Os quatro chegaram proximos dele. Um deles estava todo machado de sangue e terra, outros dois estavam todos queimados e o outro estava totalmente coberto por uma crosta de sangue seco.

--- Esta na hora de pagar todos os seus pecados Capitão --- disse a moça.

Flag tentou falar mas não conseguiu pronunciar nada.


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