Segundas Intenções escrita por valeriafrazao


Capítulo 1
Capitulo 1 - A Terapia


Notas iniciais do capítulo

POV Edward



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Era um dia de sol como qualquer outra em Forks, eu dirigia o meu Volvo prata e nada me dava mais prazer do que dirigir o meu carro, o meu bichinho de estimação pessoal como minha meia irmã Rosálie o chamava. O dia estava realmente, perfeito para uma nova conquista, afinal quem não gostaria de ser conquistada por Edward Cullen, um jovem vindo da família mais rica de Forks.

No meu carro eu esquecia de tudo, esquecia do tempo, ele era minha segunda relíquia, a primeira?

Meu diário, item inseparável para onde quer que eu fosse e la estava meu diário comigo no seu lugar reservado quando não havia nenhuma garota para ocupar, o banco de passageiro do meu carro.

Seria realmente um dia perfeito para uma nova conquista se meu pai não tivesse me obrigado aquela sessão ridícula com a Dra Stanley, a única psicóloga em nossa cidade.

Afinal qual era o problema em gostar de sexo? Acho que meu pai não pensava como eu.

Stanley, de onde mais eu me lembrava daquele sobrenome? Ah! Claro. Ela era a mãe de Jessica Stanley, uma das garotas do colégio, eu havia saído com ela a duas semanas atrás, foi até engraçado a forma como a enganei, mas ela era apenas uma virgem a menos no mundo por minha causa.

Cheguei ao consultório no horário de costume, um consultório bastante luxuoso para uma cidade pequena, deitei-me no divã e ela ficou me fazendo algumas perguntas das quais eu não estava interessado a ouvir.

- Edward – Ela me chamou desviando minha atenção do teto da sua sala, aquela sessão era extremamente cansativa e eu já não agüentava mais ter que passar por aquilo, os únicos dias em que a sessão tinha algum atrativo era quando a Dra Stanley usava algum tipo de saia, ela nunca percebeu meu olhar indiscreto no vão de suas coxas, aquela mulher era tão bonita quanto à filha, velha, mas bonita. Era uma pena que ela fosse mais esperta que Jéssica para cair na minha conversa, nesta sessão ela usava um conjunto vinho e a cada cruzada de pernas dela eu observa discretamente o segredo que suas coxas escondiam de mim, quando eu achava que ela poderia perceber eu desviava o meu olhar para o teto, e assim seguiam as nossas sessões.

- Edward, tente se concentrar – Ela olhava para o relógio enquanto falava comigo, no fundo sempre achei que a Dra Stanley também não gostava muito daquelas sessões, era algo torturante para mim e para ela.

- O que posso dizer? – Eu disse a ela enquanto me levantava do divã, caminhei em direção a janela e fiquei observando o movimento do lado de fora. – Eu sou um idiota. – Talvez fosse bom assumir alguma inutilidade em mim, assim quem sabe ela acharia que aquelas sessões ridículas estava chegando a algum lugar.

 

- Você não é um idiota. – Ela me respondeu com a voz mais maternal possível. Falsa, eu sabia que a Dra Stanley não gostava de mim tanto quanto eu não gostava dela, mas resolvi entrar em seu jogo, se era lamentações que ela queria, era isso que ela iria ter.

- Sou sim. Não posso sentir auto-piedade, pois sou um pobre menino rico. – Como se eu achasse isso realmente ruim, até parece.

- Não é sua culpa. – Ela me respondeu mantendo aquele tom falso que eu odiava. – A adolescência é um período difícil e sem a dedicação dos pais  as coisas dão errado, mas você precisa superar os erros dos seus pais. – Quem era ela afinal para se achar no direito de falar sobre a minha família, se é que eu tinha uma afinal.

Meus pais haviam se separados quando eu ainda era muito jovem, no final fui criado pelo empregados da casa, meu pai casou-se novamente e de brinde Rosálie veio morar conosco.

Nossos pais nunca estavam em casa e tudo que recebíamos era a nossa gorda mesada para que não lhes perturbássemos a paciência. É, a Dra Stanley estava certa em falar sobre os erros dos meus pais, afinal que pais de verdade eu tinha?

- Tome. – Ela esticou para mim um livro. – Me virei para pega-lo e.. Ela só poderia estar brincando não é?

- COMO CRIAR O FILHO PERFEITO – da própria Dra Stanley. – Uma cópia autografada? – Coloquei a minha melhor cara do tipo: “Oh meu Deus não acredito que esta me dando isso”. – Posso ficar com ele? – Eu com certeza jogaria aquela porcaria fora na primeira lixeira pela qual eu passasse.

- É sua. – Ela me respondeu. – Minha uma ova, ainda pude ver quando ela anotou em sua caderneta para descontar o valor do livro de minhas sessões.

- Pare de ser duro com você mesmo. Esqueça o passado.

- Tem razão. – Eu respondi, como já dizia o ditado: “É melhor não contrariar” – É difícil acreditar que houve uma época em que eu só pensava em sexo.

- Isso não é maneira de viver. – Ela me disse. Mas para mim era sim e como era, mas como eu disse melhor não contrariar, mas não eu não poderia perder a chance de dar lhe uma boa cutucada em seu ego.

- Eu sei. Veja a senhora por exemplo. A senhora é uma mulher muito atraente. – Esse era o meu eu de verdade, usava de minha cara de anjo para conquistar qualquer mulher, eu não seria diferente com a atraente Dra Stanley. – A senhora tem pernas fabulosas, eu adoraria fotografá-las.

Percebi como ela estava corando diante das minhas palavras, diferente do que eu pensava a Dra Stanley era mais fácil do que eu pude deduzir, mais três ou quatro palavras e o divã do seu consultório teria outra utilidade para mim, era melhor parar por ali.

Não que eu não quisesse, mas apesar de atraente ela era extremamente velha para mim e eu me contentava em olhar apenas as suas pernas, eu não queria ter um ázilo em minha coleção.

- Esse era o meu eu antigo. Estou curado. – Eu disse a ela me afastando e ela então soltou sua respiração, foi só então que eu percebi que ela havia parado de respirar.

O encanto realmente dura pouco com as mulheres mais velhas, acho que eu ainda não estava preparado para aquele tipo de maturidade, pois foi eu dizer que estava curado e a maldita voltou a olhar para o relógio já tentando me expulsar da sua sala.

- Estou orgulhosa de você. – Foi tudo que ela me disse já se levantando para encerrar nossa sessão.

- Nos vemos na próxima semana?

- Oh! Eu não te disse. Vou viajar por um mês para promover meu livro.

- Por que? – Eu perguntei a ela com ar de tristeza, mas na verdade eu estava radiante por dentro, seria um lindo mês sem aquela tortura.

- Outros precisam da minha ajuda, você vai ficar bem.

- Espero que sim. – Percebi que ela já estava ficando irritada com minha insistência, se ela soubesse o que fiz com a filha dela quando a vi, ela com certeza não estaria usando aquele falso sorriso para mim agora.

- Se precisar de alguma coisa me ligue, a qualquer hora. – Até parece que eu iria perder o meu tempo ligando para ela, para Jéssica sim, mas para ela jamais.

- Quero um abraço. – Eu me divertia tanto em irritá-la, era visível na sua face o desconforto que ela sentia em ainda me ter ali, com certeza ela me queria tão fora daquele lugar quanto eu queria nunca ter postos meus pés la, mas eu tinha que dar a ela um pouco do que ela me fazia sentir.

Ela bateu a caneta contra a mesa e se levantou com uma cara de poucos amigos para  me abraçar, eu estava conseguindo o que queria, aquela mulherzinha me pagaria por todas aquelas sessões.

Ela tentou se soltar do meu abraço, mas eu a abracei mais forte ao ponto dela ter que me empurrar para solta-la, tive que segurar o riso enquanto ela dizia. – Já chega.

O telefone na sala tocou  e eu a libertei de meus braços, a secretária avisou que era a filha dela quem estava na linha, essa era minha deixa para sair, Jessica provavelmente já havia descoberto o que eu aprontara com ela e não era uma boa hora para eu continuar ali.

Antes de sair percebi que havia uma foto de Jessica em cima da mesa, sinicamente peguei o porta retrato e perguntei a Dra Stanley?

- É ela? Sua filha? – Como se eu já não conhecesse Jéssica por dentro e por fora, posso até dizer que mais por dentro do que por fora.

- Sim, é minha Jéssica.

- Parece ser muito simpática.

- Só tira grandes notas, ela é uma jovem muito integra, ela estudará em Princenton no próximo outono. - Integra? Há há há , eu pensei comigo, acho que a Dra Stanley deveria escrever um livro do tipo COMO DESCOBRIR AS SAFADEZAS DE SEUS FILHOS, de integra aquela garota não tinha nada, a não ser o que ela fazia na integra.

- É exatamente o tipo de garota que eu deveria conhecer. – Eu disse já esperando por sua reação.

- Ela é demais para você, sem querer ofender. – Tão previsível, era o tipo de reação que eu esperaria de uma mãe ao ouvir que um conquistador estaria elogiando sua filha, mal sabia ela que eu já havia passado por aquelas terras.

- Cuide-se, Edward. – Ela me disse já me empurrando para fora do seu consultório.

Eu já estava do lado de fora quando ouvi os gritos da Dra Stanley batendo contra o vidro da sua janela.

- Edward. Edward! Você vai me pagar por isso seu merda, você esta me ouvindo? Seu pervertido doentio. Quem é você? Quem você pensa que é?

Com certeza Jessica havia ligado para contar de nossa sessãozinha particular de fotos, o que Jéssica não imaginava é que eu colocaria as fotos na internet, eu sei que é uma maldade, mas que graça teria se eu não fosse mal, afinal eu sou o vilão.

Um moça parou do meu lado enquanto eu ouvia os gritos da Dra Stanley, todas na rua estavam olhando mas provavelmente e por sorte ninguém ali me conhecia.

- O que deu nela? – A moça que parou ao meu lado me perguntou, ela era muito bonita e estava na hora de eu voltar a ser eu mesmo.

- Acho que ela precisa fazer terapia. – Eu disse arrancado-lhe um sorriso. – Qual seu nome?

- Ângela.

- Ângela você é linda. – O velho truque direto ao ponto com moças simpáticas não falha.

- Obrigada – Ela me agradeceu corando.

- Você quer almoçar comigo. – Eu a convidei.

- Sim, claro.

Fui almoçar com Ângela enquanto os guardas locais tiveram que deter a Dra Stanley que ainda estava aos gritos.

Eu não sei a Dra Stanley, mas eu e Ângela tivemos uma excelente tarde em motel próximo da cidade.

 


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