Quando O Amor Fala Mais Alto escrita por Samyy


Capítulo 7
Capítulo 06 - Encontro, com Hermione Granger


Notas iniciais do capítulo

O nome do capítulo desta semana faz paródia com o programa que tirou a TV Globinho do ar nas semanas! Não assisto mais Bob Esponja por causa disto! Mas voltando, não tem nada haver um com o outro! Um encontro mais duradouro entre Rony e Hermione!



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"O que estava acontecendo com ela? Não era de desobedecer, e muito menos sair do alcance da mãe. Quando ela desse por sua falta teria um infarto. Mas precisava sair, tomar ar puro, ver como as coisas eram de verdade.

Ao primeiro quilometro que andou, avistou uma família sendo despejada. Bom, não era isso que queria ver, mas essa era a realidade. Os efeitos da perda de dinheiro no castelo já podiam ser sentidos pela população.

O Beco Diagonal era um lugar onde de tudo se achava, desde o mais fácil ao mais difícil, claro. Livrarias, bibliotecas, bares, lojas de roupas, sorveterias, enfim, tudo. Seus livros eram encomendados a Floreiros e Borrões, biblioteca e livraria, que infelizmente não tinha estoque do livro "Os Miseráveis", que ela estava com vontade de "devorá-lo", por sorte, Harry o tinha e com sorte emprestaria.

Estava com uma bolsa de dinheiro, embora suas condições não permitissem, queria gastar. Era uma oportunidade única de se ver livre de tudo e de todos. Quando teria oportunidade de conhecer o vilarejo? De repente bateu-lhe uma vontade de tomar sorvete, com duas bolas e calda. Foi até a barraca mais próxima.

— Pois não? - disse o vendedor agradavelmente.

— Olá. - respondeu cordialmente. - Eu gostaria de comprar uma casquinha, é assim que chama, né? Com duas bolas de chocolate.

— Nova por aqui?

— Ér, mais ou menos.

— De qualquer forma, seja bem-vinda, espero que goste do lugar!

— Obrigada. - sorriu ao moço.

— Se precisar de qualquer coisa eu sou Florean Fortescue, pode perguntar a qualquer um, todos me conhecem!

— Ah, claro, mais uma vez obrigada! - pagou a ele quando recebeu o sorvete.

Se todos fossem educados como ele, aquele seria um dos melhores lugares parasse viver. Mas estava por descobrir que nem todos eram tão educados.

Maravilhada, Hermione observava as vitrines coloridas e enfeitadas a sua volta. Um pouco a frente, havia um grupo de pessoas reunidas, mas ela não conseguiu ver porque estavam ali, apenas quando uma garota de rosto rosado saiu com um cachorro nos braço, ela percebeu que era uma feira de adoção. Seus olhos, instantaneamente, bateram em um gato alaranjado, tinha a cara amassada e rabo de escova, além das pernas curvadas. Ficou encantada com o bichano, tinha que levá-lo para casa. Ainda com o sorvete na mão, andou apressadamente até a multidão, como não tinha olhos para mais não percebeu se alguém vinha na direção contrária e bateu de frente com um rapaz.

Caiu de bumbum no chão.

— Ai! - exclamou. - Você não tem olhos?

— Eu tenho, mas achei que tinha me visto e ia desviar, então continuei no mesmo lugar! - falou a ajudando a se levantar. Hermione se empertigou antes de lhe encarar.

— Argh, e por que EU deveria desviar?

— Porque... - eles se encararam. - Nos conhecemos?

Hermione abriu a boca para falar, mas parou de chofre. Cabelos vermelhos, sardas, olhos azuis penetrantes e roupa desalinhada. Ah, claro...

— Não, se eu o conhecesse teria lhe reconhecido! - estava prestes a sair - ainda tinha um gato a adotar - mas Rony a segurou pelo braço.

— Esses olhos... - murmurou.

— Hey, me solte, quem te outorgou o direito de me tocar?

— Hermione?

— Não sei do que está falando. - fez se de desentendida. Não que não se lembrasse, mas não queria parar e conversar como velhos amigos.

Ela precisava de muito mais que uma capa para se esconder.

— Ah, sim, é... Você é Hermione, eu lembro. A princesa!

— Ora, cala-te. Isso é uma infame! Você que não se atreva a sair falando que me viu aqui!

— Ah, eu sabia. - falou rindo.

— E fica ai rindo? Olha o que fez! – indicou sua roupa. – Você fez com que meu sorvete me sujasse, e atrasou-me. Preciso adotar aquele gato!

— Bichento?

— Ele tem nome?

— Nome e uma grande história. Se quiser eu te conto, mas vai ter que ir ao caldeirão furado comigo.

— E por que eu iria a algum lugar com você?

— Não vá, alguém está te obrigando?

Mesmo chateada com ele, ela aceitou. Aproximaram-se mais da feira. Hermione conseguiu adotar Bichento, e ficou bastante feliz, em sua percepção ele era o melhor animal de estimação que tivera.

Como Rony tinha dito foram ao Caldeirão Furado, um bar e hospedaria, sujo e malcheiroso. Hermione ficou receosa e relutante em entrar no lugar, mas acabou aceitando.

Sentaram-se a uma mesa perto da saída.

— Duas cervejas, por favor. – pediu ao garçom mal-humorado que veio os servir.

— Ah, eu não bebo. Não sei se percebeu, mas sou menor de idade.

— Eu percebi sim, por isso que essa cerveja é especial, não tem álcool. É uma especialidade da casa. Cerveja amanteigada. – respondeu rispidamente.

Hermione fez uma expressão severa, o repreendendo pela resposta mal criada e cruzou os braços. Ficaram longos minutos em silêncio, até a chegada das cervejas. Hermione bebericou o líquido e, por mais que tivesse gostado, fingiu o contrário.

— Você está louca! Todo mundo gosta de cerveja amanteigada, depois de água é a melhor bebida do mundo!

— Mas então, - começou com o intuito de mudar o rumo da conversa. – você disse que Bichento tinha uma longa história. Qual?

— Bom, esse é o motivo de sua antiga dona o dispensar.

O gato estava deitado no colo de Hermione recebendo carinho atrás de sua orelha esquerda e ronronando. Parecia bem preguiçoso.

— Acredito que você seja a terceira ou quinta dona dele.

— Nossa, mas essa coisa fofa parece ser tão inofensiva!

— Só parece. Ele já arrumou tanta confusão, você nem imagina.

— Como o que?

— Estavam fazendo uma feira um dia desses, Bichento deixou todos os produtos à venda sem nenhuma utilidade, saiu quebrando e estragando todos. Trouxe bastante prejuízo aos feirantes e a dona na época, porque lhe cobraram pelo estrago e perda de mercadoria.

— Ce tragice!

— O que?

— Ora, é francês. Não tem cultura homem?

— Tenho, claro que tenho, mas é melhor voltar ao assunto da peste ai!

Hermione tampou os ouvidos do gato.

— Não o chame assim. Bichento deve ser legal, apenas não achou o lugar certo!

— Que seja. - Rony continuou a narrar a trágica história de Bichento com seus outros donos.

No aniversário de casamento de sua segunda dona, o bichano puxou a toalha da mesa, onde estavam pratos, copos, comida e tudo o mais, derrubando tudo no chão. O pior, aquelas eram as únicas pratarias da mulher, que ficou com muita raiva e mandou o gato embora.

— Como você sabe de tudo isso?

— Eu fico mais no vilarejo que em casa, e as pessoas tem a língua curta aqui! Qualquer besteira vira o assunto do momento.

Sem perceber, Hermione bebeu toda sua cerveja amanteigada e gostou. Não que realmente tivesse manteiga, mas se não tivesse álcool já estaria de bom tamanho!

— Você saberia me informar o horário?

— Não, mas devem ser quase quatro da tarde.

— Bom, de qualquer forma eu preciso ir. Minha mãe deve estar preocupada. - levantou-se levando Bichento. – Tome, deve pagar minha bebida. – lhe entregou algumas moedas.

— Não precisa, deixa que eu pago!

— Eu insisto! - ela colocou o dinheiro em sua mão. - Uma dama pode querer pagar sua bebida, se quiser, embora eu teria economizado dinheiro, mas enfim. Eu vou indo. Até mais! - sem esperar que ele dissesse algo, Hermione saiu na companhia de seu novo animal, mas antes, escutou Rony dizer algo como "Vai precisar de muito mais que uma simples capa para se esconder!" Riu consigo mesma. Isso era bom? Quer dizer que ele se lembrava de sua fisionomia, talvez não a tivesse tirado da cabeça também. Quem sabe...

...

— Você não cansa de me dar preocupações garota? - ainda na loja, Annelize conversava rispidamente com a filha.

— Eu disse que queria sair, me desculpe se para isso terei que desobedecê-la, mas quero sentir-me livre ao menos uma vez na vida!

Ignorando a filha Annelize se dirigiu à madame Malkin.

— Olha, obrigada pela paciência. Nós voltaremos em breve, faltam alguns acertos para fazer no vestido.

Despediram-se e mãe e filha foram até a carruagem que as levaria de volta ao castelo.

— E ainda me aparece com um gato. Ele pode conter doenças.

— Acho que não, caso tenha o veterinário pode perfeitamente curar.

— Por onde você andou? Ninguém a reconheceu, certo? Não pode ficar andando por ai sozinha, já pensou se algo acontece?

Hermione não estava mais escutando. A vida é bastante engraçada. Em um instante estava ralhando com o tal Rony por ter lhe derrubado, e no outro estavam tomando cerveja amanteigada em um bar muito sinistro. Foi estranho... Ele parecia ser alguém bem legal, e se ignorar as roupas desleixadas é atraente, mas... O que ela estava pensando? Estava ficando maluca!"


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Notas finais do capítulo

Ah, sobre o Snape ser mau: Embora a descoberta surpreendente nos capítulos finais do meu livro preferido até o momento, não considero Snape O personagem, mas quem sabe eu dê uma de J.K. Rowling e surpreenda vocês no final... Não, acho que isso não vai acontecer, mudar a história a essa altura do campeonato está fora de cogitação, até porque já tenho um planejamento até o capítulo 22, e esta é a unica fanfic que planejei os capítulos detalhadamente... Mas têm muita coisa pra acontecer ainda, vocês irão ver, ou melhor, irão ler!