Unidos pelo Destino 1 escrita por Camila Dornelles


Capítulo 1
FlashbackPrólogo




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~ Armada de Dumbledore invade o Ministério da Magia, momento em que Harry é possuído por Voldemort ~

- Não! – exclamou Hermione e se sentando do braço de Neville, correu até Harry, ajoelhando-se ao lado do amigo – Pare, por favor! Pare!

      Os olhos azuis do moreno fixaram-se nos dela por um momento e então Harry arfou, o corpo se arqueando para frente. Voldemort criou forma e estava parado frente a eles, uns dois metros de distancia. A varinha em punho. Seus olhos faiscaram de raiva em Harry para curiosidade em Hermione.

- Estupefaça! – gritou o garoto.

- Protego! – retrucou o Lord – Como ousa, Potter? Quem é a sua coleguinha?

- Hermione, volte pra cá! – exclamou Ron de longe.

- Hermione? – indagou Voldemort – Granger? Ótimo. Você vai vir comigo, garota.

- Nunca! Deixe-a em paz! – ordenou Harry, postando-se frente a amiga.

- Se eu for... Deixará meus amigos em paz? – perguntou Hermione.

- Palavra de honra. – respondeu o homem, debochado.

- Algum plamo? – murmurou ela para Harry.

- Estou pensando, estou pensando. – ele parecia em agonia.

- Pois pense rápido. Porque se ele me matar, volto para puxar teu pé.

      E numa atitude corajosa, porém não pensada, Hermione caminhou até ele, aceitando a mão branca e esquelética que ele a oferecia e os dois não estavam mais ali quando as lareiras começaram a se esverdear e as pessoas começaram a surgir pelos corredores do Ministério dizendo: “Ele voltou!” “Você-sabe-Quem está de volta!”

•••

Um Estalo ecoou por uma sala silenciosa e sombria. Voldemort largou a garota com brutalidade, que tombou e caiu sentada sobre um dos muitos sofás de couro negro. Estava meio tonta, nunca tinha aparatado antes afinal. Voldemort sentou-se num trono negro.

- Milorde....? – chamou uma vozinha estridente que fez Hermione franzir a testa em desagrado. – Quem é ela?

- Uma sangue-ruim, amiguinha de Harry Potter! – exclamou ele, sorrindo – Eu a trouxe para me divertir um pouco.

      Bellatrix soltou uma gargalhada monstruosa e Hermione se encolheu no sofá.

- Accio!

      Antes que a garota pudesse se quer pensar, Voldemort trazia sua varinha em mãos. Ele a fitou, interessado.

- Traga Olivaras, e a caixa que joguei no sótão ontem. – ordenou.

- Sim senhor, sim senhor. – Bella ergueu as mãos pro alto e saiu da sala, subindo por escadas barulhentas rapidamente.

      Hermione então olhou em volta. A sala era um grande e escuro aposento. As paredes eram negras como o chão, com a diferença e estarem cobertas de quadros com pessoas de vestes escuras e faces carrancudas fitando-a com desagrado. Uma grande cobra passeava pelo chão a espreita. Por onde ela passava, um cheiro forte ficava no ar. Amônia. Enxofre. Algo assim. Ouviu-se passos novamente, e Bellatrix voltou com uma caixa em um braço, e no outro, ela segurava um velho todo machucado. Ela o jogou sobre um sofá e ele gemeu de dor. Hermione arfou e correu para socorrê-lo.

- Eu posso.... tocá-lo? – perguntou, virando-se para Voldemort.

      Ele deu os ombros, indiferente. E Hermione segurou o velho delicadamente, temendo machucá-la ainda mais.

- Senhor Olivaras...? Sou Hermione. Está tudo bem. – murmurou ela, fitando-o-. 

      O velho a fitou, mas pareceu não reconhecê-la.

- Quero que me fale sobre esta varinha, Olivaras. – disse Voldemort, os olhos na varinha de Hermione.

      Olivaras abriu os olhos azuis, curioso de certa forma ao ouvir a palavra “varinha”.

- Interessante... – murmurou, e tossiu um pouco de sangue – Vendi essa varinha a uma pequena bruxa, uns cinco anos atrás. – Hermione sorriu – Era você! É claro. Eu me lembro!

- Ok, sem momentos nostálgicos. A varinha! – ordenou Voldemort.

- 27 centímetros. Carvalho. – disse o velho automaticamente.

      O Lord revirou os olhos.

- Quero saber o que tem dentro, seu idiota!

- É uma mistura interessante. – ele franziu a testa, fitando a varinha – Foi a única varinha que eu fiz que usei esse material.

- E que material é esse?

- Fios de rabo de unicórnio. Um unicórnio filhote.

- Haha! – Voldemort deu uma gargalhada sonora quase tão estridente como à de Bellatrix – Você não sabia que é proibido pelas Leias da Magia utilizar para qualquer fim que for, fios de rabo d um unicórnio filhote?

- Sim, eu sabia. – o velho suspirou, sentindo culpa. – Eu era jovem, desenfreado, ambicioso. Fazia minhas primeiras varinhas na época. Queria os materiais mais diversos, mais... Mágicos possíveis para minhas varinhas.

- Prossiga... – disse Voldemort, com indiferença.

- Quando fiz essa varinha, uns trinta anos atrás, eu a achei perigosa demais para ficar a mostra na loja, e também, fiquei com medo que o Ministério descobrisse e a confiscasse. Então, eu a escondi em minha casa, e quando esta jovem garotinha apareceu para comprar uma varinha... Ficamos um tempão para encontrar uma, não foi senhorita Granger? – ele sorriu e Hermione assentiu – Foi então que eu vi.

- Viu o que? – Voldemort ergueu o rosto, repentinamente interessado.

- A marca.

- Marca? – indagou Hermione, confusa.

- Marca? Que marca? – indagou Voldemort ao mesmo tempo.

- A que ela tem no pescoço. E me pareceu familiar.

      Voldemort levantou-se e flutuou até Hermione. Ele a segurou pelo pescoço sem nenhuma delicadeza e afastou os cabelos cacheados. Então ele viu uma pequena manchinha marrom tão familiar que fez com que sua voz sumisse por um momento.

- Você se lembra, certo? – perguntou Olivaras.

- Lembra do que? – indagou Hermione, soltando-se de Voldemort.

- Da sua avó. – respondeu o velho. Riddle voltou para o seu trono em silencio.

- Avó? – Hermione fitou Olivaras como se ele fosse louco.

- Ela uma bruxa. – respondeu Riddle – Uma das melhores de Hogwarts na minha época. Estudamos juntos. Era da sonserina.

- Minha avó...? Da sonserina?

- Sim. – disse Olivaras – Meu pai vendeu uma varinha idêntica a sua, também com pelos de unicórnio filhote para ela. Quando eu vi a marca, sabia que a outra deveria ser sua.

- Interessante... – murmurou Riddle para si mesmo – Bella, a caixa. E leve esse velho daqui.

      Bellatrix apressou-se a entregar uma caixa de tamanho médio para o Lord. Era verde escura e tinha o feixe de prata velha. Em seguida, ela pegou Olivaras e arrastou-o para fora da sala. Hermione quis gritar para que parasse, mas estava sem varinha, o que poderia fazer?

- Imagino que você não a tenha conhecido. – disse Voldemort, fitando-a. Hermione fez que não com a cabeça – Não sabia nem que ela era uma bruxa?

- Não tinha a menor idéia. E meu avô?

- Não conheci. – disse secamente e Hermione percebeu que havia tocado num assunto delicado. – Então, deve ter sido trouxa. Sua mãe nasceu trouxa, não? – Hermione assentiu – Então a mágica pulou uma geração, e ai está você.

      Ele fez com a caixa flutuasse até o colo de Hermione e caísse delicadamente sobre suas pernas.

- Você é quase que exatamente igual a ela. A semelhança é incrível. Com apenas a exceção dos olhos dela. Eram verdes. E os cabelos eram mais claros.

      Hermione fitou a caixa e então a abriu. Haviam ali papeis envelhecidos e algumas fotos. Ela pegou a primeira. Uma garota sorria e acenava. Ela usava vestes da sonserina e estava parada frente a uma arvore. Os cabelos dela eram lisos e meio loiros, e os olhos verdes. Com exceção disso, era exatamente como Hermione. O sorriso, o rosto, até a altura. Parecia que ela fitava uma foto de si mesma, e isso era um tanto assustador demais.

      A castanha estava tão distraída em fitar aquela foto que mal percebeu Voldemort aproximar-se dela e murmurar algumas palavras em seu ouvido. Tudo então ficou escuro.

•••

      Hermione acordou então na Ala Hospitalar em Hogwarts com Harry e Ron ao seu lado. Os diziam que ela foi encontrada horas após desaparecer na entrada no castelo, desmaiada e fora levada as pressas para a enfermaria. Porém se recusava a falar para onde Voldemort a levara. Alegando que não se lembrava de absolutamente nada.

      No ultimo dia de aula, ela voltara a seu quarto para arrumar as malas e encontrou então uma caixa verde escura sobre a cama. Sobre ela, um pedaço pergaminho com uns rabiscos que diziam:

“Imagino que queira ficar com isso, afinal, pertence a você.

Faça bom proveito.”

      A garota guardou a caixa no fundo do seu malão. Sabia que não deveria jogar fora, mas também sabia que não queria mexer com aquelas coisas do passado de sua avó e de Voldemort. Pelo menos, não por enquanto.


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