Revolução Francesa escrita por Night Crow


Capítulo 3
Trabalhar nunca foi, e nunca será, tão chato.


Notas iniciais do capítulo

AH! ~grita~ Eu to adorando fazer essa história... não liguem para a violência, o Draco é um mimado idiota mas ele tem um bom coração.



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Que inferno! Trabalho aqui há exatamente quatro anos, e este menino não para de me encher o saco! Ah, se eu tivesse uma arma... Mas, infelizmente, eu não tenho então o jeito é continuar a obedecer este louco. Meu aniversário está próximo, farei exatamente 13 anos e terei que passa-lo trabalhando. Sinceramente, existe algo pior do que passar o próprio aniversário limpando a sujeira dos outros? Ora, eles que vão e limpem eles mesmos! Afinal, a sujeira é deles e não minha.

– Carollyn, venha até aqui, agora! – Exclama Draco, descobri seu nome, quase partindo para cima de mim.

– O que é agora? – Pergunto, fazendo cara de tédio e indo ao seu encontro.

– Olhe como falas. – Aproxima-se de mim. – E o que significa aquilo? – Aponta para o lago, em frente ao castelo.

– O que... – Não sou capaz de terminar, quando olho o lago está todo, repito, TODO negro. E ele não é muito pequeno, ou seja, ocupa quase toda a frente do castelo. Arregalo os olhos. – Não sei o que houve. – Apresso-me em dizer.

– Ah, não sabe? – Pergunta ele, calmo e com a voz macia. Odeio quando ele faz isto.

– Não. – Balanço freneticamente a cabeça.

– Pois bem. – Aproxima-se mais ainda de mim, admito que minha respiração falha todas as vezes que isto acontece. – Você irá limpar tudo isto, e se eu ver alguma sujeirinha... – Aproxima-se um pouco mais, fazendo nossos narizes tocarem-se, e aperta minhas bochechas agressivamente com a mão. – Você já sabe o que te aguarda. – Sussurra a última frase, com a voz rouca, e me solta bruscamente.

– Sim, eu sei... Irei limpar. – Digo com a voz fraca, mordo os lábios e dou uma rápida olhada à ele, que sorri satisfeito.

– Que ótimo que sabes. – Seu sorriso de satisfação aumenta um pouco. - Agora vá. – Seu sorriso some e sua expressão fica um pouco medonha. Apresso-me em ir pegar a rede e retirar a sujeira, para poder depois trocar a água.

Depois do serviço que levou praticamente duas horas, sento-me no chão para descansar um pouco. Mas parece que uma garota não pode ter sossego neste mundo.

– Ei, por que está sentada? Já terminou o serviço? – Lá vem o idiota...

– Sim. – Respondo, sem olhá-lo.

– Olhe aqui. – Diz ele, calmo. Espanto-me um pouco, mas apenas levanto os olhos em direção à ele, que me olha com sarcasmo. – Sabia que este não é seu único serviço? – Desanimo mais, fazendo-o rir.

– Sim. – Desvio meu olhar do dele, voltando a olhar para frente.

– Então, se sabe levante já daí. – Diz ele, puxando-me pelo braço para levantar.

– Ai! – Exclamo, esfregando o local onde ele havia apertado. – Pare de me machucar.

– Não, isto é divertido. – Diz ele, calmamente, olhando para o lado.

– É divertido por que você é um covarde! – Exclamo um pouco alto demais. Ele apenas olha-me com uma expressão de raiva que jamais havia visto em seu rosto, e puxa-me pelo braço, fazendo-me soltar exclamações de dor. Ele guia-me para dentro do castelo.

– Ai, pare com isto, está me machucando! – Exclamo, mas é em vão. Ele continua andando e aperta mais meu braço a cada “Ai!” que solto.

Oh, não... Voltamos à masmorra. Ele continua andando até minha cela, abre-a e joga-me bruscamente no chão. Tento me levantar, mas ele já faz o favor de puxar-me pelas vestes a ficar em pé, e prende-me contra a parede, fazendo minhas costas darem um belo estalo. Eu soltei um gemido de dor.

– Ah, por que fazes isto? – Pergunto, tentando desesperadamente, e em vão, livrar-me dele.

– Por que você tem que aprender a respeitar seus superiores. – Diz ele, apertando-me ainda mais contra a parede.

– E quem te disse que és meu superior? – Pergunto, com rispidez. – Tu não passas de um idiota mimado, que não compreende que somos todos iguais.

– Valores humanos? Que bonito, mas não preciso disto, obrigada. – Diz, rindo com escárnio. – E eu digo que sou seu superior, assim como todos os nobres que aqui vivem. – Diz ele, aproximando seu rosto.

– Você não é nada. – Digo, respirando com dificuldade.

– Se eu não sou nada você é o que então? – Revida, encostando seu nariz no meu.

– Sou mais humana que você, seu vagabundo! – Cuspo as palavras em seu rosto. Ele me dá um tapa forte.

– Calada! Já lhe disse para respeitar os seus superiores, vadia ridícula. – Empurra-me, fazendo-me cair no chão com um baque forte.

– Cretino! – Grito, enquanto ele sai de minha cela, trancando-a logo em seguida.

– Ficará aí até eu lhe permitir que saia. – Diz ele, andando até a porta.

– Não me deixe aqui! – Grito, ele apenas ri e sai, batendo a grande porta de madeira ao sair. Á esta altura eu já estou chorando, por que ele tem de ser tão mau? Eu o odeio!

Estou dormindo calmamente quando escuto passos chegando cada vez mais perto de onde estou.

– Acorde, é hora de trabalhar. – Diz a voz arrastada de alguém que tanto quero matar, abrindo o portão de grades. Solto um suspiro sonolento, levantando-me devagar e sentando, esfrego os olhos e olho para o loiro parado em minha frente. – Vamos, é surda? – Pergunta com o tom de voz alto.

– Não, não sou. – Levanto-me com dificuldade, tombando um pouco ao ficar em pé.

– Pois bem, tens muito que fazer. – Diz calmo, mas com o tom de voz ainda um pouco elevado. Apenas reviro os olhos.

– O que há agora? – Pergunto com a voz sonolenta e dou um bocejo. Ele apenas levanta uma sobrancelha.

– Muita coisa, já lhe disse. – Diz em tom de brincadeira, sorrindo um pouco. Cruzo os braços, o que o faz rir.

– Pare de rir de mim. – Ele para de rir imediatamente. Dou um sorriso satisfeito, fazendo-o cruzar os braços. – Então, o que tenho que fazer? – Pergunto, colocando a minha melhor expressão de tédio no rosto.

– Antes de tudo, lavar minha roupa. – Diz ele, fazendo-me olhá-lo com os olhos arregalados.

– Como? – Exclamo sem acreditar no que acabei de ouvir. Ele controla-se para não rir.

– Isso mesmo, já que sou seu “dono”, – Começa a falar, fazendo aspas no ar – terás que, primeiramente, lavar minhas roupas. – Finaliza, fazendo cara de “Não é óbvio?”.

– Você não é meu dono. – Retruco, fazendo-o puxar-me pelas vestes para fora da cela.

– Chega de falar besteiras, agora ao trabalho. – Ignora o que eu havia dito e continua puxando-me para fora das masmorras.

Seguimos pelo Hall do castelo, subindo novamente as infinitas escadas em direção aos milhares quartos que aqui existem.

– Mas... – Começo, ficando confusa.

– Mas o que? – Pergunta ele, olhando-me curioso.

– Espere. – Paro de repente, fazendo-o parar também e virar em minha direção.

– Diga de uma vez. – Diz, perdendo a paciência.

– Quer dizer que terei que arrumar seu quarto também? – Pergunto, sem acreditar naquilo.

– Sim, e depois irá lavar as roupas. – Diz ele, sorrindo de canto.

– Ah, não sou sua escrava, vá você arrumar seu quarto. – Digo e me viro, mas não dou um passo quando sinto-o agarrar, de novo, meu braço e virando-me para encará-lo.

– Tu não vais sair daqui enquanto não arrumares meu quarto. – Mas que cara chato, penso, bufando. – E quem te disse que não és minha escrava?

– Eu, oras. – Arqueio uma sobrancelha. Ela apenas revira os olhos e arrasta-me em direção ao seu quarto. Realmente, o ser humano que viver aqui tem de ter uma mente de elefante, pois há tantos quartos que acho que é difícil conseguir lembrar qual é o seu. – Por Deus, como consegues saber que este é o teu quarto? – Pergunto, olhando os vários quartos que estavam espalhados em nossa volta.

– Fácil, o meu tem o meu nome estampado. – Responde ele, todo orgulhoso.

– Hein? – Pergunto confusa. Ele suspira e mostra uma plaquinha de ouro maciço, com as letras formando perfeitamente o nome “DRACO MALFOY”. Passei o dedo pela placa, fazendo-o sorrir com sarcasmo.

– Gostou? – Riu com ironia. Apenas lanço a ele um olhar mortal, fazendo-o rir mais ainda.

–Andemos logo com isto. – Digo e abro a porta do quarto, e arregalo completamente os olhos diante desta visão magnífica. Ele empurra-me levemente e olha satisfeito para minha expressão de puro encantamento.

– Aposto que nunca havia visto quarto mais perfeito que este. – Para ao meu lado, vislumbrando calmamente a visão do próprio quarto.

– Certamente não. – Confesso meio abobalhada.

– Pensei que diria isto. – Sorriu um pouco. Olho-o de esguelha, deixando brotar em meus lábios um pequeno sorriso.

– Então... – Solto um suspiro cansado. – Vamos ao trabalho.

Depois de arrumar seu quarto, o que vai demorar um pouco por que ele é muito grande, irei lavar suas roupas. Ele não deve ter em mente que eu prefiro lavar todas as paredes do castelo á fazer algo a ele. Mas o que posso fazer além de obedecer...


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Notas finais do capítulo

Alguém lendo? Manifeste-se! :D
Beijos!