O verão chegou e junto com ele vieram os campistas que passavam o verão no acampamento. As coisas por ali não estavam nem um pouco calmas para o início de verão. Todos no acampamento estavam muito agitados pois Quíron avisou de que talvez em breve fosse ter uma nova expedição para a ilha de Creta. E também havia as "aulas" que eu estava tendo com o sr. D., já tínhamos feito algum avanço. Agora eu conseguia evocar o que quisesse, e já conseguia mudar de aparência. Mais ainda tinha um pequeno problema com o teletransporte, agora ao invés de acabar parando no Japão, estava indo para a China também.Mas também havia outras coisas acontecendo. Os ataques ao acampamento estavam cada vez mais frequentesm e o alvo já era óbvio. A Casa Grande, aonde o Coração de Urano estava guardado.

Era um dia claro e eu estava no lago com meus amigos e irmãos, Rafael, Hevelyn, Leandro e seu irmão Gabriel, Lucia, Renato, Lisa, Victor, Gabriel e suas irmãs Maria Clara e Maria Eduarda, Nico e Gi. Como eu era uma pessoa muito folgada estava encostada em Rafael que estava encostado em uma árvore e Leandro estava encostado em mim. Estvávamos conversando e brincando, mas ainda assim todos estavam atentos caso acontecesse um ataque.

- Maria! - escutei Lucia chamar.

- Eu! - respondemos, Maria Clara, Maria Eduarda, e eu, então olhamos uma para a cara da outra e começamos a rir, assim como os outros.

- Olha é mais fácil nos chamarem pelos nosso apelidos. Eu, Clarinha, Duda e Malu - falou Maria Clara e nós apenas assentimos.

- Então Lucia, qual das três você chamou? Clarinha, Dudinha ou Maluzinha? - perguntou Nico.

- Dudinha - falou Lucia, então as várias conversas voltaram a preencher o silêncio do lago.

A calmaria não durou muito tempo, pois logo a concha de caramujo soou ao longe, e logo Caíque passou correndo pelo lago avisando que estava tendo um ataque na área comum. Leandro nem sequer havia se levantado ainda e eu o empurrei para o lado, peguei minhas coisas e saí correndo em direção a área comum com os outros.

Ao chegar lá vi que a situação era crítica, haviam vários cães infernais, dracaenas e hárpias ali, até mesmo alguns ciclopes. Vários campistas estavam feridos, mas ainda assim continuavam lutando, as hárpidas voavam ao redor dos campistas tentando ferí-los e umas duas ou três voavam bem no alto tentanto desviar das flechas atiradas por alguns campistas para poder chegar a Casa Grande. Me juntei aos arqueiros, que em sua maioria eram os filhos de Apolo, Afrodite e alguns de Atena (mas a maioria estava na luta).  Enquanto meus amigos entraram na luta corpo a corpo junto com os outros campistas, peguei o pingente de coruja em minha pulseira e a mesma se transformou em um arco de pura energia dourada, puxei a corda do arco e uma flecha prateada apareceu, mirei em uma das hárpias e atirei no monstro que no mesmo momento virou pó. Atirei mais algumas flechas contra as hárpias que estavam atacando os campistas, então comecei a atirar contra os cães infernais, dracaenas e os ciclopes. Os cães começaram a avançar nos arqueiros, alguns subiram nas árvores, outros ficaram no chão. Eu fui uma das arqueiras que ficou no chão, estava com outra flecha pronta no arco, mas um dos malditos cães infernais pulou em cima de mim me jogando no chão e fazendo com que meu arco voltasse a ser um simples pingente de coruja. A boca do monstro estava cheia de baba, que para a minha má sorte, caiu em minha testa.

-ECA! Baba de cão infernal ! - exclamei e o monstro rosnou, então saquei minha adaga e enfiei na barriga do monstro que virou pó. Me levantei fazendo caretas por causa da baba e do pós de monstro. - Sério mesmo? Por que isso só aconteceu comigo hein? - resmunguei tentando limpar minha roupa.

Peguei meu pingente de novo que se transformou em um arco de pura energia dourada novamente. Mirei em uma das hárpias, porém vi que já era tarde demais. Enquanto atirava em uma das hárpias que se aproximavam da Casa Grande, outra que vinha atrás conseguiu quebrar uma das janelas da casa e entrar lá dentro. Não muito tempo depois ela saiu com um pequeno pacote pardo, tentei atingi-lá porém a hárpira voava alto demais e logo a mesma estava se afastando do acampamento, seguia em direção a Ilha de Creta.

Quíron se aproximou com seu arco e sua aljava (agora vazia),  e sua expressão estava meio perturbada, e eu sabia bem o por quê. Não precisava perguntar o que  a hárpia havia levado, pois já sabia. O Coração de Urano havia sido roubado e levado para a Ilha de Creta, e caso as forças que lá estavam habitando conseguissem realizar seu ritual, Urano voltaria a vida, e isso não era uma coisa que eu quisesse ver.