A Relíquia De Urano escrita por Tia Malu


Capítulo 24
Epílogo: Nova Vida.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/259111/chapter/24

Dois meses depois....

Estava sentada na praça do Olimpo, o vento fazia meus cabelos loiros esvoaçarem, isso mesmo, loiros, depois de ter aprendido a mudar completamente minha aparência era isso o que eu mais fazia agora, e hoje meus cabelos estavam loiros. Continuando... meus cabelos loiros esvoaçavam com o vento morno que soprava no Olimpo. Ainda podia sentir algumas lágrimas escorrendo por meu rosto e eu fazia o melhor que podia para limpa-las, não queria que Renato me pegasse chorado novamente.

- Você prometeu - escutei uma voz acusadora falar ao meu lado e eu apenas suspirei.

- Eu sei, me desculpe, não pude evitar. - falei simplesmente.

- Tudo bem maninha, você quer falar o que aconteceu hoje? - perguntou Renato.

- É a mesma coisa se sempre. Sinto falta deles. Queria poder falar com eles agora. - falei, mas estava soando mais como uma garotinha mimada até para mim mesma.

- Você conhece as regras melhor do que eu. Sabe que não podemos falar muito com eles. - disse o garoto.

- Eu sei... - suspirei, então murmurei. - Estou com saudades do papai e da mamãe...

- Eu também, mas não fique assim... amanhã iremos vê-los. -disse ele, então pareceu pensar um pouco e falou. - Acho melhor você entrar. Já está ficando tarde.

- Vai na frente, eu já entro. - falei.

- Você vai falar com ele né? - perguntou Renato enquanto se levantava e eu apenas fiz uma cara de inocente.

- Com ele quem? Só vou pegar mais um pouco de ar. - falei inocentemente e ele riu, então camihou um pouco e entrou na casa que estava atrás do banco no qual eu estava sentada. 

Assim que escutei a porta do segundo andar bater com um estrndo, acenei rapidamente e na minha frente apareceu uma imagem. Era o lago de canoagem do Acampamento Meio - Sangue, havia uma pessoa sentada no píer e logo o reconheci sendo o Victor. Estalei os dedos e ao lado dele apareceram alguns livros e um bilhete por cima deles. Assim que percebeu, o garoto pegou o bilhete e o leu, então abriu um pequeno sorriso.

- Você é impossível Malu - o escutei murmurar.

- Eu sei - respondi e ele sorriu mais ainda. - Boa noite. Até breve.

 Ele fechou os olhos e suspirou, eu sabia que ele havia me escutado. Passei a mão pela imagem, e ela mudou. Agora eu olhava para o dormitório masculino do chalé de Deméter, e vi meus amigos Rafael e Juan dormindo. Estalei os dedos e fiz um pouco d'água cair em cima de cada um.

- TSUNAMI! - gritou Juan assim que a água atingiu seu rosto

- MALU! - exclamou Rafael assim que a água atingiu seu rosto e ele acordou, dei uma risada com essa cena, então passei a mão pela imagem que logo se desfez. 

Me levantei e entrei na casa atrás de mim, estava tudo escudo mais ainda conseguia enxergar alguma coisa. Subi as escadas e entrei no meu quarto, fechei a porta atrás de mim então me diriji até a sacada e fechei a grande porta dupla de viro que para para a sacada e puxei as cortinas. Me joguei na cama e cruzei os braços atrás de minha cabeça e me deixei levar por meus pensamentos. Não fazia tanto tempo assim que estava no Olimpo, mas já havia me acostumado. Pelo menos um pouco na maioria das noites eu chorava com saudades de meus amigos e meus pais, principalmente depois de saber que não poderia vê-los nunca mais depois do casamento de meu pai e a mãe de Renato. 

Era triste para mim saber que ao escolher ser uma deusa menor, eu estava escolhendo nunca mais vê-los, e sem saber, condenei Renato a isso também. Pelo menos o garoto estava se saindo nisso melhor do que eu. Além de ser o deus da força bruta e estratégia em batalha, ele também era Tenente do Exército de Ares, mas eu também não podia falar muito, era Tenente do Exército de Atena.

Dois meses. 

Isso nada significavam para mim agora. Tinha de aprender a ser forte, essa era a minha nova vida, e eu tinha de aceitar. Pronto. Por que não conseguia aceitar isso? Simples. Porque eu era muito teimosa. Suspirei e me sentei na cama olhando para o meu caderno. Já havia terminado de escrever nele o que havia acontecido na ilha de Creta. Agoria ira mandá-lo para todos os semideuses de todos o mundo, para eles saberem o grande perigo que o Acampamento Meio - Sangue, enfrentara. Voltei a me deitar e vislumbres dos dois meses que eu estivera no Olimpo passaram por minhas pálpebras fechadas. Pegadinhas que eu e Renato fizemos com os outros deuses menores, a nossa guerra de comida na praça do Olimpo, nossa pequena luta.... No escuro dei um pequeno sorriso, sim essa era uma nova vida, e eu tinha a eternidade para vivê-la ao lado do meu irmão (  a menos que ele se cassase com uma deusa menor, ou uma semideusa, é claro), iria ser sua irmã mais velha e chata. No dia seguinte seria o grande dia para meu pai e a mãe de Renato, nós estaríamos lá para presenciar. Mas depois disso, eu os deixariam serem felizes e seguria minha vida.Cumpriria com meus deveres de deusa e iria fazer o melhor para proteger minha família e meus amigos, indiretamente é claro.

Uma coisa era certa, eu nunca os esqueceria, nem os campistas do Acampamento Meio - Sangue, nem meus irmãos que lá conhecera, nem família e amigos. Eu sempre estaria ao lado deles, os protegendo e guiando, mesmo que eles não percebessem isso. Eu sempre estaria lá. 

Fim *-* 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Relíquia De Urano" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.