Um olho se abre num fundo preto.

Um braço pegando fogo atravessa a tela.

Caminhão de gasolina tomba.

Lazer vermelho passa quebrando um vidro, o caco grosso cai.

Galões de tinta vão caindo.

Uma parafusadeira automática estilo grampeador, atira quatro parafusos.

CAREN VAN WINLEY

Um carro entra no túnel 180

Várias agulhas caem em frente a tela.

DRAKE CAMPBELL

LORI RIVERA

Uma explosão e uma porta é lançada para frente.

Placa “estrada 180” quebra a tela.

NATHAN TORRES

RANNY DIAS

Um carro cai da ponte.

VINÍCIUS BERARDINELLI

Uma hélice de ventilador acerta a tela.

O OLHO DA MORTE 3

Drake abre a porta do quarto sorrindo, em seguida caminha até a cama onde Caren está dormindo, ele deita ao seu lado e a beija no rosto.

– Acorda dorminhoca! – Ele diz.

– Bom dia amor! – Diz Caren.

Drake senta na casa, Caren ergue-se.

– Que horas são? – Ela pergunta.

– São seis e trinta e cindo da manhã – Responde Drake, pondo seu casaco grosso.

– Nossa – Caren deita novamente.

– Vamos logo, Ranny e Vinícius já devem estar tomando café – Diz Drake, ele caminha até o espelho e ajeita o cabelo.

– Ta bem – Caren sai da cama e põe sua mala rosa em cima.

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Vinícius e Ranny estão no restaurante da pousada, eles caminham pela mesa do café da manhã, com diversos tipos de bolos, pão francês, queijos e outras coisas.

– Isso aqui é bem diversificado – Comenta Ranny, pondo uma fatia de bolo de laranja no prato.

– Tudo parece uma delícia – Vinícius pega uma taça de sala de frutas.

Os dois caminham para mesa, onde Lori e Nathan estão sentados. Lori da uma risada.

– Do que estão rindo? – Pergunta Vinícius, sentando a mesa.

– Nathan tava me contando da última vez que foi esquiar – Diz Lori.

– É sério, eu saí todo ralado, mas não podia falar que doeu – Diz Nathan.

Eles riem. Ranny da uma garfada na fatia de bolo.

– Vamos sair daqui que horas? – Pergunta Ranny.

– Assim que terminarmos o café – Responde Nathan.

Caren e Drake saem do elevador, ela está abraçada com o braço de Drake.

– É sério, lá vai estar frio, é melhor por um casaco mais grosso – Diz Drake.

– Se eu sentir frio pego seu casaco – Diz Caren.

– Ta bom, vai ficar querendo – Ele brinca.

Os dois adentram no restaurante.

– Ta falando como se fosse cair de lá – Diz Drake.

– Eu não tenho medo do teleférico, existem acidentes maiores – Diz Caren.

Eles vão até a mesa onde estão seus amigos.

– Então, estão todos prontos? – Pergunta Drake.

– Isso vai ser demais – Diz Vinícius.

– Eu vou levar a máquina, quero vê a cara da Lori lá em cima – Diz Ranny.

– Aponta essa coisa pra mim que eu te jogo lá de cima – Diz Lori.

– Idiota! – Ranny sorri.

Drake olha o preço da comanda que havia pegado sobre as bebidas que haviam tomado na noite anterior.

– Vocês me devem dezoito dólares – Diz Drake.

– O que?! – Caren olha a comanda.

– Pois é! – Diz Drake.

Caren olha a comanda e observa o preço.

“D$18,0”

– Ela esqueceu o outro zero – Comenta Caren.

– Tanto faz, vocês vão me pagar – Diz Drake.

Eles riem e vão tirando as carteiras do bolso.

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Todos saem felizes da pousada indo para o ônibus.

– É! UHU! – Grita Vinícius, animado.

Ele ajuda Nathan a guardar os equipamentos de esqui no ônibus.

– Estou animada com isso! – Diz Ranny, entrando no ônibus.

Seguida de Lori e Caren. Elas caminham pelo corredor e sentam nas poltronas.

– Será irado – Diz Lori.

– Nossos últimos dias de férias – Diz Caren – Vamos lembrar para o resto de nossas vidas!

Drake entra no ônibus, ele senta ao lado de Caren, eles se beijam.

– Ei! Não precisam começar – Diz Ranny.

Caren da uma risada, ela olha para trás encarando Ranny suavemente.

– E você? Quando pretende superar o namoro anterior hein? – Pergunta Caren.

– Não acabe com as minhas férias Caren – Diz Ranny.

– Desculpa! – Diz Caren.

– Qualquer coisa, meu amigo Vinícius ta ai – Diz Drake.

– Não obrigada!

Vinícius e Nathan entram no ônibus. Nathan senta ao lado de Lori, ela o beija e olha rindo para Ranny, que revira os olhos e encosta a cabeça na janela.

O motorista entra no ônibus, ele fecha a porta e acelera o veículo. Vinícius olha para Ranny sozinha, ele levanta e senta ao seu lado.

– Tudo bem? – Ele pergunta.

– Sim, eu to ótima! – Responde Ranny.

Caren deita sua cabeça no ombro de Drake.

– Daqui a alguns dias, vamos a Paris - Diz Drake – Você vai ter que se controlar!

– Vai ser muito bom... Depois de que me mudei, acho que estou pronta para um relacionamento sério – Diz Caren.

– Eu imagino a gente... – Diz Drake – Imagina quando tivermos nossos filhos!

– Filhas!

– Filhas?!

– A Drake... Gêmeas – Diz Caren.

– Vou pensar – Ele diz dando um sorriso de canto.

– Vai pensar nada - Ela o beija.

– Quero vê você fazendo várias manobras lá – Diz Drake.

– Mas eu vou fazer, é só você ficar olhando – Diz Caren.

Drake olha para janela, de repente um galho de arvore bate no vidro, dando-lhe um susto, o galho vai arranhando o vidro, Drake fica um pouco aflito.

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O ônibus para em frente a torre do teleférico, eles saem do veículo e pegam seus equipamentos.

– Vamos! – Diz Nathan para Drake.

Nathan ajeita a mochila nas costas e o skate de esqui no braço. Lori caminha ao seu lado com varas de esqui em mãos.

– Pessoal, tem bem uma fila pra entrar – Avisa Vinícius.

– Já estamos indo – Diz Caren.

Drake segura sua mochila, ao puxá-la, ela fica presa na porta, Drake a puxa com força e rasga um bolso, ele cai de costas na neve. Caren corre até ele.

– Amor, ta tudo bem?

– Ta sim! – Diz Drake, ele olha suas coisas espalhadas no chão – Ai droga!

Caren o ajuda a catar, Drake olha um papel no chão escrito “Sua hora chegou”, Drake pega o papel e o desdobra, lendo um artigo de revista que havia rasgado, ele da um sorriso e guarda tudo na mochila, rapidamente levanta-se e corre até os outros.

– Isso ai, vamos nessa – Diz Vinícius, animado.

Eles chegam à fila, Lori envolve seus braços no pescoço de Nathan e passam a conversar, Drake olha o policial vendo as identidades, logo vira-se.

– Ei, ei galera, peguem as identidades – Diz Drake.

Ele abre sua mochila e enfia a mão no bolso da frente.

– Ai! – Ele diz, puxando a mão rapidamente, havia furado o dedo.

– Desastrado! – Diz Caren.

Drake da um sorriso de canto e pega a identidade no bolso, em seguida o fecha. Eles chegam ao policial, Drake apresenta sua identidade e é liberado, assim como os outros. Vinícius ajuda a Ranny a levar as coisas, ela da um sorriso gentil.

Todos sobem pela escada rolante.

– Isso aqui é bem alto – Comenta Lori.

– Tem 91 metros de altura – Diz Nathan.

– Essa torre? – Pergunta Vinícius.

– Não, na parte mais alta do teleférico – Responde Nathan.

Caren segura à mão de Drake bem firme, ele olha para ela.

– Ta tudo bem?

– Estou um pouco insegura – Diz Caren.

– Vai ficar tudo bem! – Diz Drake – Eu vou estar com você!

Ela acentua com a cabeça. Eles se aproximam da cadeira com um funcionário auxiliando-os.

– Eu vou junto com o Nathan – Diz Lori.

Eles sentam na cadeira de número 50. Drake e Caren sentam-se em frente a Lori e Nathan, na cadeira número 100. Depois de Lori e Nathan, está Ranny, que ao sentar na cadeira número 20 o ferro de apoio aos pés cede um pouco.

– Eu vou com ela – Diz Vinícius, indo até Ranny.

– Desculpe senhor, mas a cadeira dela já está travada, terá que sentar na de trás! – Diz o funcionário.

– Está bem então! – Vinícius senta na cadeira número 10.

A trava de segurança automática desce em frente a eles, Lori ajeita as varas de esqui na cadeira e olha para Nathan sorrindo.

– Senhorita não permitimos câmeras soltas até sair da torre!

– Ah sim, desculpa! – Diz Ranny, segurando a câmera que estava no banco.

O funcionário entra na cabine de controle e aciona as cadeiras, no entanto o botão da defeito, ele olha para o mecânico nas ferramentas.

– O botão não funciona!

– Estou apertando o parafuso dessa roda aqui! – Diz Lucas Gabriel, ele põe a chave-de-fenda na prateleira em cima de das rodas, em seguida sai da sala limpando as mãos – Tente agora!

O funcionário aperta o botão e as cadeiras passam a andar, Drake da um sorriso para Caren e segura sua mão.