Hogwarts: Não É Só Uma História escrita por Luan


Capítulo 1
Hogwarts, estamos voltando


Notas iniciais do capítulo

Bom, primeiro capítulo é muito importante porque conhecemos agora o tipo do autor, eu espero que gostem do meu estilo, estou aberto para criticas e elogios. Agradeço desde já! Comentem!
Dedico para Thalia e Raquel. E para todos que lerem!
Site dos personagens: http://1d-hp.weebly.com/



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P.O.V Stacie Clearwater

Era primeiro de setembro e o manto do sol cobria as planícies verdejantes e as águas vitrais dos lagos, seus feixes de luz eram acompanhados pelas lufadas de vento que faziam as árvores dançarem ao ritmo daquele dia, com os troncos farfalhando e produzindo mais beleza que acariciava os olhos dos estudantes que embarcavam no grande trem vermelho da plataforma 9 3/4.

No interior da estação encontrava-se um trem que mais parecia uma gigantesca lagarta vermelha, produzia baforadas de fumaça lívida que ia em direção à multidão. A maioria eram alunos e em seguida os pais. Despediam-se, abraçavam-se e alguns até discutiam.

Tomei impulso e entrei com meu malão. Enquanto desviava por estudantes e procurava uma cabine vazia, vi meus pais acenarem para mim. Minha mãe era uma mulher com estatura mediana que tinha a mesma coloração de cabelos que eu, tinha olhos castanhos e profundos e um sorriso desconfiado entre os lábios, mas na ocasião parecia sinceramente feliz. Meu pai tinha uma expressão alegre e seus cabelos eram mais escuros que os meus e os de minha mãe, ele tinha olhos negros e era um pouco mais alto que a mulher, sua pele era menos bronzeada e ele não parava de sorrir, acenando com a cabeça. Eles estavam abraçados. Retribui o aceno e voltei à procura de uma cabine.

Achei a cabine que queria, não estava vazia, por outro lado estava ocupada com as pessoas que eu mais gostava em toda Hogwarts; Brandon, Logan, Nate e Thomas.

Éramos de casas diferentes e não tínhamos nada parecido com relação à aparência, mas éramos melhores amigos. Eu não andava com eles o tempo todo, mas grande parte dele, Destiny e as outras meninas sempre me acompanhavam. Eu era da Casa Corvinal e minha pele branca tinha um belo contraste com meu cabelo cor de ouro. Thomas tinha a pele um pouco mais bronzeada que a minha e seu cabelo era desorganizado, cor de palha. Thomas era da mesma Casa que eu. Logan pertencia a Casa Sonserina e sua pele era muito pálida, juntamente com seus cabelos tão loiros que chegavam a ser brancos, seu rosto era branquíssimo exceto pelas duas safiras azuis que preenchiam os olhos. Nate era da Lufa-Lufa e na cabeça portava um lustroso topete negro. Sua pele era mais escura que as nossas, mas era muito bonito. Brandon era dono de cachos castanhos que faziam algumas quintanistas soltarem suspiros. Ele também era dono de lindos olhos verdes e um sorriso encantador, era da Grifinória. E todos nós estávamos no sexto ano.

– Eu tava começando a achar que você não ia esse ano disse Nate com um sorriso bobo estampado na face morena.

Acomodei meu malão no bagageiro acima das cabeças dos garotos e me sentei ao lado de Brandon.

– Por que o senhor deduziu isso, senhor Burnwell? falei em tom muito formal, cruzando as pernas, laçando-as com as mãos.

– É que esse ano Hogwarts será bem diferente interrompeu Brandon, quando Nate estava pronto para responder.

Nate fechou a cara como se alguém tivesse negado um doce a ele.

– Como assim? me virei para Brandon e observei que ele carregava nos braços um livro de aparência antiga, cuja capa era surrada e as folhas manchadas na lateral.

– Meus pais não falaram muito sobre, só sei que vai ser diferente ele acompanhou meu olhar para a capa do livro. Quadribol Através dos Séculos.

– Espero que seja coisa boa Logan balançou a cabeça positivamente.

Olhei para a janela ao lado de Brandon e vi que estávamos se deslocando da plataforma, o trem mexia-se lentamente.

– Mais um ano, espero que seja divertido. Nate sorriu e olhou através do vidro da cabine. Cadê a mulher do carrinho de doces?

– O trem ainda nem começou a andar e você já tá pensando em comida? Thomas falou, franzindo o cenho.

O Expresso deu um solavanco e nós todos ouvimos o som das engrenagens funcionando em conjunto com o apito do trem, muito alto.

Nate ia começar com seu sorrisinho zombeteiro, mas interrompi para evitar frustrações maiores.

– Eu vou deixar o meu malão aqui, tudo bem? – não esperei resposta, levantando-me, pousei a mão sobre o puxador da porta de vidro. – Vou ir ver a Destiny no vagão dos monitores.

Eu era monitora da Corvinal, recebi o cargo no ano anterior. Creio que o bom comportamento levou ao resultado. Eu era uma boa aluna, mas não santa.

Quando estava cruzando os vagões através do Expresso, outra porta se abriu ao meu lado e dela saiu uma cabeleira loira, que eu conhecia muito bem.

– Oi, Dylan – olhei desdenhosamente o garoto da cabeça aos pés e ele retribuiu o tratamento na mesma dose.

– Oi, Stacie – disse ele, secamente.

Vi seus olhos faiscarem. Acontece que eu e Dylan nunca fomos melhores amigos. Ele já tentou se aproximar de mim algumas vezes, mas eu sempre o botei pra correr. Sempre fiz isso pelo modo de como ele trata as pessoas, principalmente Brandon, Nate, Thomas e Logan.

Dylan é neto de Rita Skeeter, uma famosa repórter do passado. Rita não ganhou fama por seu talento, longe disso, ganhou fama por difamar as pessoas da pior maneira possível, mentindo e expondo as intimidades e segredos alheios e o que mais me deixa furiosa é que Dylan segue o mesmo caminho.

Notei que Dylan carregava um pequeno malote de revistas, bem era o que parecia. Fiquei em duvida sobre o conteúdo dos folhetins, mas depois de ler a capa, o pensamento curioso foi cessado.

– Então você voltou a divulgar essa revista nesse ano? – perguntei, arrancando uma edição da Caldeirão de Fofocas dos braços de Dylan.

Ele me metralhou com os olhos, continuou sorrindo e disse da maneira mais pomposa e gentil possível.

– É claro. Devido ao grande sucesso proporcionado e ao lucro direcionado a mim, a Caldeirão vai voltar a circular por entre o castelo – ele piscou desnecessariamente. – Pode ficar com um exemplar, a primeira edição será gratuita.

Caldeirão de Fofocas é uma revista que Dylan conseguiu por em circulação em Hogwarts. O conteúdo é repugnante, fofocas é sempre o alvo principal é claro, e sempre somos nós as vítimas. Ainda se fosse verdade o que ele divulga sobre as pessoas, mas grande parte é blasfêmia.

A revista não foi tirada do castelo, pois é encantada. Dylan conseguiu um modo de que quando a revista chegasse às mãos de alguma autoridade influente em Hogwarts, o folhetim tornaria-se um pergaminho branco e sem conteúdo.

Direcionei meus olhos sobre os ombros de Dylan e vi uma silhueta com madeixas negras se aproximando. Dylan acompanhou meu olhar e vi um sorriso nascer nos lábios do garoto.

– Oi, gente – Bernardo acenou com a cabeça. Seus olhos brilharam quando se encontraram com os de Dylan.

Bernardo é o melhor amigo, se não único, de Dylan. Todos se perguntam como Dylan que é tão preconceituoso se tornou amigo de um nascido trouxa, ainda homossexual.

Imediatamente eles iniciaram uma conversa sobre as férias. Coloquei meu exemplar da Caldeirão de baixo do braço e me esgueirei pelo corredor. Minha direção era o vagão dos monitores.

Fui observando a movimentação no interior das cabines, era festa total. Mostravam os novos cortes de cabelo, presentes e animais de estimação.

Quando cheguei, pude ver Destiny através da porta de vidro. Acontece que ela é minha melhor amiga. Destiny é monitora chefe, ou seja, ela é muito C.D.F. Ela sempre tira notas invejáveis e lê feito uma louca. É a queridinha dos professores.

Abri a porta e me joguei ao lado dela, abraçando-a.

– Dest! – me desvencilhei dela, enroscando um sorriso meigo nos lábios.

Pude notar que entre sorrisos e cumprimentos ela bufava por eu, “acidentalmente”, ter arremessado o livro que ela lia na direção do chão.

– E então, como você está? – passei os olhos pelo recinto e observei a decoração da cabine dos monitores.

Sem duvidas, era melhor que o restante do trem. Tinha um belo papel de parede verde oliva e uma mesinha de centro em vidro com alguns amendoins, doces e mais. O espaço também era maior que os outros, caberiam umas quinze pessoas. Mas era planejado só para oito. Era muito aconchegante, só faltava uma lareira.

– Ótima – ela soltou enquanto tentava recompor-se. – E as férias?

Tentei buscar algo na memória, tamborilando o dedo indicador no lábio superior, mas nada de interessante veio.

– Eu ganhei um gato – não pensei muito antes de deixar escapar.

Vi os olhinhos negros de Destiny brilharem, eu havia esquecido que ela tinha fascínio pelos bichanos.

– Oh, puxa! Como ele é? Você trouxe? – ela me metralhou com as perguntas e foi logo me apalpando em todos os cantos em busca do animal.

– Bem, ele é branco, se chama Roger e não, não trouxe – ouvi um muxoxo soar da boca da grifina.

Ela me encarou por alguns segundos e então seu olhar parou em baixo do meu braço direito. Só depois de um tempo que me lembrei da revista, então puxei-a para esquadrinhar a capa.

Meus olhos correram pela capa e pelos dizeres nela, o mais interessante foi quando li “pôster gratuito no interior”. Fiquei curiosa sobre o que se tratava e fui folheando rapidamente as páginas até chegar à qual deseja. Deixei escapar uma gargalhada aguda quando cheguei ao pôster. Tratava-se de nada mais nada menos que Dylan! Uma foto de duas páginas desse cretino, que creio se essa revista custasse algum valor ninguém compraria.

Fechei a revista e joguei na mesinha de centro, então voltei os olhos na direção de Destiny.

– E o Brandon? – fui direta ao ponto, não gosto de ficar de rodeios.

Ela pareceu ofendida. Suas bochechas ruborizaram e jurei que ela iria começar a lançar palavrões das piores espécies em mim.

– Pelas barbas de Dumbledore, Stacie, o que tem aquele bobalhão? – seus olhos se reviraram e uma bufada saiu acompanhada.

Acontece é que todos sabem que Brandon tem uma queda, ou melhor, um tombo por Destiny, e eu acho que ela também, mas ela é muito orgulhosa pra admitir.

– Você deveria dar uma chance pra ele...

Adoro cutucar a onça com a vara curta.

– Me poupe aquele garoto só sabe pensar em quadribol e outra, estou muito atarefada com meus estudos!

– Você às vezes parece tão velha! – soltei. Poxa vida ela é sortuda, quem dera eu ter alguém que gostasse um pouquinho de mim.

Ela balançou a cabeça negativamente e se rodopiou para observar a paisagem, que agora passava com velocidade nas janelas. O verde era evidente, estampado nos gramados cobertos de sol e flores.

Ouvimos um “clack” e a porta da cabine se abriu. Uma garota sonserina cruzou o portal e sentou-se no assento à nossa frente.

– Finalmente alguém que me entenda, oi Zoey – a observei enquanto ela pegava a revista de cima da mesa.

– Oi, garotas – ela esquadrinhou a revista com aqueles olhos verdes e soltou uma exclamação. – Quem é que lê essa porcaria?

– A Stacie – Destiny riu.

Como ela era vingativa!

– Bem a sua cara, amiga – Zoey deu continuidade aos risinhos de Destiny.

Revirei os olhos.

– Onde está a Melina? – indaguei.

Precisava trocar de assunto, até porque eu gostava de vez em quando dar uma lida na revistinha, quando o assunto não era eu ou meus amigos.

Zoey fechou a revista e jogou-a no lugar de origem.

– Ela está brincando com algumas meninas do primeiro ano, sabe o negocio do cabelo – Zoey mergulhou as mãos na tigela de feijõezinhos de todos os sabores e colheu alguns azuis.

Melina é outra amiga nossa, ela tem metamorfomagia. Um dom que possibilita a ela mudar a aparência física. Melina sempre está com os cabelos na coloração rosa bebê. Todo primeiro dia de aula é isso, os pequenos ficam fascinados com a cor dos cabelos dela e bombardeiam-na com perguntas. Melina tem quase a mesma idade mental que eles e por isso se diverte mais que os novatos.

– Ew! – Zoey cospiu os resíduos do feijãozinho na direção de Destiny. Sorte que a outra foi mais rápida e protegeu-se com o livro. – Gosto de sabonete!

Nós três caímos na risada enquanto Zoey limpava a boca com a manga da blusa.

– Tá ai um gosto que o Nate adoraria! – gargalhei.

O tempo passou e botamos a conversa em dia, conversamos sobre as férias de cada uma e sobre os meninos, é claro. Nosso assunto foi interrompido quando Destiny apontou aflita para a janela.

Era escuro já e ao longe poderia ver a silhueta de um gigantesco castelo, o Castelo aonde iríamos passar a viver por um longo período. O Castelo aonde seria sede de grandes segredos, aventuras e amores.

– Vamos nos trocar, nós chegamos – Destiny abriu um sorriso radiante.



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Notas finais do capítulo

Comentem, comentem! Estou esperando :D



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