Harry dormiu no dormitório do sétimo ano, enquanto Hermione ficou na enfermaria. Ficou feliz por ela ter dado aquele beijo na frente de todos os professores. Sentia-se aliviado. 
O dia seguinte foi corrido. Levantou-se, tomou o café com Hermione e foi ao trabalho. Precisava de muita atenção no serviço, porém ele realmente se divertia sendo um auror, era um sonho que se tornou realidade. 
Preocupou-se um pouco em deixar Hermione sozinha no castelo, mas lembrou-se que os professores mais experientes estavam lá, e que os Granger iriam chegar pela tarde. Acabou que não conseguiu almoçar em Hogwarts, de tanto trabalho que tinha. 
Ser auror era muito bacana. Os setores eram organizados em (ordem crescente): Auror de 1º nível, auror de 2º nível, auror de 3º nível, auror de 4º nível, auror de 5º nível, auror de 6º nível, auror de 7º nível, Vice-Chefe da Seção de Aurores, Chefe da Seção de Aurores. 
Os aurores de 1º à 5º nível vestiam vestes verdes e crachás cinza retangulares com o nome e o nível. Harry ainda estava no primeiro nível, e como estava um dia particularmente frio, gostou do novo uniforme. 
Chegou exausto no castelo. Ele desaparatara em Hogsmeade e voara em sua Firebolt até Hogwarts. 
Era 18:30, portanto ele tinha uma hora e meia antes do jantar. Subiu direto para enfermaria, e sua boca se contorceu em um sorriso aliviado quando viu que Hermione estava tomando uma poção recém-preparada pela Madame Pomfrey. 
Aproximou-se. 
-Oi, minha linda… – Ele disse enquanto lhe dava um rápido beijo. –Como vai? 
Ele interrompeu um gole para responder.
-Vou bem melhor, Madame preparou um tônico para mim, não é bem agradável mas faz eu me sentir melhor. Como foi no trabalho?
-Ah, foi exaustivo, mas decididamente interessante. – Ele piscou pra garota, e acrescentou: – Mas não mais do que o beijo de ontem. 
Mione riu. Deu um beijo na bochecha de Harry, e ele avisou que ia tomar um banho e se trocar. 
E fez isso. 
Sua cama era a mais afastada à direita do dormitório masculino do sétimo ano da Grifinória. Logo, pegou um sobretudo bruxo preto, uma calça jeans e sapatos quentes e desceu novamente para a enfermaria. 
Àquela altura, faltavam apenas 40 minutos para o jantar, e o Sr. e a Sr. Granger já estavam ao lado da filha, que também estava vestindo um sobretudo, porém era cinza com botões pretos, e uma calça jeans com sapatilhas e meia-calça. Estava maravilhosa. 
Harry cumprimentou os pais de Hermione (que chegaram à Hogwarts por um carro do ministério) e saiu de braços dados com Hermione para o Salão Principal. Sentaram-se à mesa da Grifinória até então vazia. 
Depois de algum tempo, vários alunos entraram no Salão, inclusive aqueles que voltaram para repetir o sétimo ano. Entre eles, as duas pessoas que Harry mais desejava distância. 
Rony e Gina caminhavam lado a lado até a mesa.
Rony se sentou um pouco à esquerda de Harry, Gina ao lado do irmão.
Não viram o recém casal de primeira, mas logo Gina alertou discretamente à Rony que estavam ali. O olhar de Harry cruzou o do ruivo, e os olhos azuis deste faiscaram de ódio. Ao ver Hermione, porém, vacilou. 
A Cerimônia de Seleção ocorreu normalmente. Mais tarde, depois da sobremesa e do discurso de McGonagall, a professora disse, inesperadamente:
-E finalizando, para os que ainda não entenderam porque quatro pessoas à mesa da Grifinória não estão de uniforme, vou explicar-lhes. Harry Potter, Hermione Granger e seus pais, por favor, venham até aqui.
Harry caminhou ainda de braços dados com Hermione, que agora podia andar por causa da poção. Minerva explicou aos alunos o porquê de estarem ali, e avisou-lhes que ficariam até sábado pela noite. Gina mantinha o olhar no prato, agora limpo, e Rony, encarava descaradamente Hermione. 
Enquanto se dirigiam até a mesa, os Granger disseram que não poderiam ficar ali até sábado e que iriam embora pela manhã, e então, se despediram de Harry e Hermione, que ficaram para trás. Estavam prestes a sentar quando Rony se levantou bruscamente. 
-Enfrente-me, Harry Potter! 
Harry se virou, com Hermione ainda em seus braços. 
Rony estava prestes a lançar algum feitiço em Harry, mas este não se preocupou, apenas colocou a mão na varinha que estava dentro de seu bolso, sem tirá-la dali. Porém, no último minuto, o ruivo mudou a direção, gritou “Estupefaça!” e um jato de luz saiu de sua varinha em direção à Hermione.
Harry rapidamente cortou o ar na frente da namorada gritanto“Protego!”.
O feitiço foi tão forte que Rony cambaleou pra trás. 
-VOCÊ ESTÁ LOUCO?! – Gritou o moreno. Ele podia sentir Hermione puxar seu braço e sussurrar “Deixe pra lá, deixe pra lá…” 
Mas ele não ia deixar isso assim. 
– POR ACASO VOCÊ É RETARDADO, RONALD WEASLEY? ELA ESTÁ FERIDA! DOENTE! IMBECIL, WEASLEY, VOCÊ É UM IMBECIL QUE NÃO SABE ENCARAR AS COISAS COM MATURIDADE!
Ele gritou com a mesma força que antes. Rony parecia ofendidíssimoe todo o salão estava horrorizado, virando-se para ver a cena.
-TRAIDORES, É O QUE VOCÊS SÃO! – O ruivo gritou ainda mais alto. – Mas eu me dei bem, não é, Hermione? Bem melhor que você… – Ele acrescentou, sorrindo de modo maldoso. 
Caminhou até a mesa da sonserina e praticamente arrancou Pansy Parkison do banco onde se sentava, porém a garota pareceu gostar.
-Olha isso, Granger. – O ruivo disse por fim, olhando para Hermione como se a desafiasse. 
E então, beijou Pansy de modo completamente intenso e feroz. 
Harry não podia acreditar no que estava vendo. Largou Hermione e caminhou em direção ao casal, puxando Rony pelas vestes e lhe dando um belo soco no meio da cara. 
O garoto caiu no chão, sangrando. 
-Isso – Disse Harry, alto o suficiente para todo o salão ouvir. – É por você não ser digno de ser um Weasley. Com licença. – Disse por fim, caminhando até Hermione, passando um braço pela sua cintura e outro pelo seu ombro, e guiando-a até a enfermaria novamente, deixando todos incrivelmente assustados. 
Ronald passara dos limites.