Com Amor, Giulia escrita por vitorialondero


Capítulo 27
Confirmação (CONTADO PELA GIULIA)


Notas iniciais do capítulo

Bom, trabalhei bastante nesse capítulo, e espero que tenha ficado bom. E gente, desculpem a demora! Minha vida tá bastante corrida, final de ano né? Ah, o que acharam da nova capa da fic? Dêem a opinião nos reviews

Boa leitura



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Não tive nenhum sonho, nenhum sinal, nada. Fui abrindo os olhos lentamente, e fitei a janela de meu quarto. Não havia sol.

Sentei em minha cama, com as pernas encolhidas. Minha cabeça doía como se eu tivesse levado uma pancada.

Derepente, ouvi meu celular vibrando no criado-mudo. Estendi o braço, e olhei pelo visor. Uma nova mensagem.

 

Giulia, minha eterna princesa.

Como passou a noite? Arrependi-me amargamente de não ter entrado com você. Foi tudo bem com seus pais?

Tive um sonho ótimo. Nós estávamos em um lugar lindo, e prometíamos um ao outro que ficaríamos juntos para sempre.

Eu te amo mais que tudo. Quero te ver hoje, e amanhã, e depois de amanhã, e todos os dias da minha vida.

 

Beijos, Bill.

 

Li e reli a mensagem diversas vezes, procurando ter alguns segundos de paz. Quando vi, lágrimas já escorriam pelo meu rosto. Eu não teria coragem de deixá-lo nunca. Eu não teria coragem de olhar nos olhos dele e dizer adeus, porque simplesmente ele era minha vida. Eu o amava, e o amaria para sempre.

Levantei da cama e fui até o banheiro. Tirei meu pijama e entrei para o chuveiro. Fiquei lá por um bom tempo, com a água quente caindo sobre minha cabeça.

Saí do banho, coloquei uma calça jeans e uma regata preta. Enquanto eu me vestia, coloquei as duas mãos em minha barriga, e senti um calafrio, uma vibração estranha. Parecia que eu conseguia sentir o meu filho, ou filha.

Que bobagem, eu nem sabia se estava grávida ainda.

Passei a escova em meus cabelos úmidos e saí do meu quarto. Descendo as escadas, não encontrei ninguém na sala. Provavelmente meus pais já tinham saído para o trabalho.

Andei até a cozinha e encontrei Luíza, nossa empregada, preparando o almoço. As coisas do café ainda estavam sobre a mesa.

 

- Bom dia Giulia! – disse ela com um sorriso estampado no rosto enquanto cortava cebolas.

 

- Oi Luíza. Tudo bem? – sentei na cadeira e comecei a preparar meu café.

 

Eu não tinha muita fome, mas mesmo assim eu precisava comer.

 

- Tudo sim. E você, está bem? – perguntou Luíza, pegando a chaleira e enchendo minha xícara.

 

Fiquei em silencio por alguns segundos, encarando a mesa. Minha mente estava longe, e Luíza percebendo minha aflição, quebrou o silencio.

 

- O que está acontecendo, minha menina?

 

Luíza trabalhava na minha família desde antes de eu nascer. Ela era como uma segunda mãe pra mim, sempre entendia meus problemas e tentava me ajudar. Mas aquele não era um problema, e sim um problemão. Mesmo que um dia todos ficassem sabendo do que estava acontecendo, decidi não contar nada.

 

- Não está acontecendo nada. – respondi com naturalidade – Só ainda estou com um pouco de sono, não acordei por inteiro.

 

Dei um sorriso torto para ela. Eu percebi que Luiza não tinha acreditado muito em mim, mas aquilo não vinha ao caso. Terminei meu café e fui até o jardim de minha casa.

Sentei no banco que havia lá. A brisa da manhã batia no meu rosto, meus cabelos voavam com o vento.

Eu precisava pensar em uma solução. Eu lutei tanto para ter Bill ao meu lado, eu sonhei com ele durante tantos anos, e agora que meu sonho tinha virado realidade, era injusto alguém estragar dessa maneira.

Depois de alguns minutos, vi Mary parada no portão. Levantei rapidamente e abri o portão, dando um abraço apertado nela.

Lutei para que eu não chorasse outra vez.

 

- Giulia! – disse ela retribuindo meu abraço – O que aconteceu?

 

- Meus pais Mary. Eles querem acabar com a minha felicidade, eles querem me ver triste. – choraminguei ainda abraçada nela.

 

- Ai, fique calma... – Mary me arrastou para o banco e nós duas sentamos.

 

Contei a ela tudo que minha mãe tinha dito noite anterior. Ela pareceu sentir a mesma dor que eu.

 

- Então é isso, eu não sei o que fazer. – falei aflita.

 

- E a gravidez? Você precisa saber se está ou não.

 

Naquele momento, uma idéia surgiu em minha mente. Seria minha única chance de tentar mudar as decisões de meus pais.

 

- Mary, se eu estiver mesmo grávida... Eles não vão poder nos separar. – falei com esperança.

 

- E foi por isso que eu marquei uma consulta pra você. É a médica da minha mãe, uma das melhores que tem na cidade. – respondeu Mary com um sorriso no rosto.

 

- Ah Mary, é sério? Eu amo você. – a abracei mais uma vez, e dessa vez não pude conter as lágrimas.

 

- Não precisa chorar, vai ficar tudo bem. – consolou-me ela – E se você estiver grávida, vai ter que pensar em nomes para o bebê. Não é ótimo?

 

Nos soltamos do abraço e eu sorri pra ela. Mary era minha melhor amiga, eu não tinha dúvidas disso. Seria perfeito ver minha barriga crescer a cada dia, comprar roupinhas para o bebê... O problema seria contar pra minha família, e para Bill.

 

------------x------------

 

O almoço foi tranqüilo, meus pais agiram naturalmente, como se nada tivesse acontecido. Mas minha mãe me olhava com um olhar triste, como se estivesse morrendo por dentro com o que havia feito. Mas ela foi forte, e não falou nenhuma palavra sobre o assunto.

Depois que almocei, fui até meu quarto e olhei meu celular. Tinham cinco chamadas perdidas de Bill. Senti-me mal por estar ignorando ele, aquilo me matava por dentro, mas eu não estava em condições de falar com ele. Não naquele momento.

Mais tarde, Mary passou em minha casa e nós seguimos até o consultório da médica, que não ficava tão longe de minha casa. No caminho, algumas pessoas me pararam para tirar fotos ou pedirem autógrafos.

 

O nome da médica era Renata. Ela me conheceu logo de cara, e foi muito simpática comigo. Quando contei que estava com suspeita de gravidez, ela ficou surpresa, e perguntou se meus pais já sabiam. Eu disse a verdade, mas falei que eles saberiam logo.

Depois de me examinar e fazer algumas perguntas, ela me mandou passar para outra sala. Sentei-me em uma cadeira, e a assistente, uma mulher loira e baixinha, tirou sangue de meu braço. Meu coração palpitava, por mais que eu já tivesse certeza que estava grávida.

Mary ficou do meu lado o tempo inteiro, me dando força. Depois, nós voltamos para a sala da consulta, e esperamos o resultado ali.

Passaram-se trinta minutos, e a assistente voltou com um envelope na mão. Ela entregou para a médica, que o abriu com cuidado e começou a ler.

Aquela agonia estava me matando, então não resisti em perguntar.

 

- E então doutora? O que diz aí?

 

Ela levantou a cabeça e abriu um lindo sorriso.

 

- Parabéns Giulia, você vai ser mãe.

 

CONTINUA...


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Notas finais do capítulo

O que vai acontecer quando os pais de Giulia ficarem sabendo? Será que eles vão deixar esse namoro continuar? Não percam o próximo capítulo, e deixem reviews, faz bem ao meu coraçãozinho