Latindo Pra Lua escrita por Hayley


Capítulo 2
Capítulo 2




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Arrastei uma enorme cadeira até o parapeito da janela, pronto para escalá-la e observar a movimentação corriqueira do lado de fora. Assim, eu saberia a hora em que papai e mamãe se aproximavam. Logo então, lembrei-me de que Dragon Ball Z estava para começar. Quase caí da cadeira, que balançava. Num gigantesco pulo, aterrissei no solo, peguei uma bandeirinha de trás do armário e ergui-a:

– Tã-dãaa! - imitei aqueles efeitos sonoros de filme, quando o super-herói aparece - Ao infinito e ao além! - tentei cravar a bandeira no tapete, mas a mesma não ficava de pé. Deixei-a de lado, e apostei comigo: se eu conseguisse ir até a cozinha, pegar docinho na geladeira e voltar antes de Dragon Ball começar, eu ganhava um aperto da minha mão esquerda com a minha mão direita. Antes, eu detestava meu lado esquerdo. Sempre que eu fazia algo de errado, eu dizia: é culpa do meu lado esquerdo! Se eu desenhava e não ficava como queria, dava leve petelecos na mão esquerda, dizendo: culpa sua, sua boba. Hoje, parei com essa sisma, e amo os dois lados do meu corpo! Às vezes, até falo com ele. Digo para meus olhinhos que eu os amo, digo para meus pés, meus bracinhos.. Não quero magoá-los!

A música da abertura já tocava na televisão, fazendo-me disparar com brigadeiros e beijinhos na mão. Derrubei alguns e, sem querer, pisoteei-os, e meus chinelos emitiam um estranho "clac clac", grudando no chão.

O céu escurecera quando, enfim, o programa de desenhos terminou. E nada de Spike, mamãe ou papai. Acho que até mesmo as formiguinhas entraram em greve.. Contudo, esta minha inconformação não durou muito tempo. A porta entreabriu-se, revelando duas enormes pessoas:

– Papai! Mamãe! Querem um pequeno auxílio para carregarem as sacolas?

– Não, Castiel, obrigado. São pesadas para você! - exclamou Reece, meu papai. Aliás, minha mãe se chama Raven.

– E cadê meu auau!?

– Ele.. ele, de tarde, passou mal. Levamos-o ao veterinário..

– Mas ele aparentava estar tão bem! Quando podemos trazê-lo de volta!?

– Eu.. E-Eu não sei. Talvez amanhã.

– Podemos visitá-lo?

– Acho melhor deixarmos que ele descanse. Ele ficará ótimo, não se preocupe! - ambos empalideceram.

– Ah, certo..


Na sala..


– Como contaremos que tivemos de vender Spike para pagar as dívidas e termos aonde morar? Ele nunca vai aceitar esta idéia..



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