Katie*

Por que mesmo eu beijei o Connor?

Ah é, porque eu sou uma imbecil. Isso.

Katie Gardner como você pode ser tão burra?

A CULPA TODA É DE AFRODITE E ESSA PORCARIA DE AMOR.

Como uma coisa tão linda pode machucar tanto?

Ah, sei lá. Só sei que eu não consegui dormir mais naquela noite. Fiquei pensando nos beijos de Connor.

Tão vorazes, tão tentadores, tão... Apaixonados?

O que é que eu estava falando? Connor? Apaixonado por... Mim?

HAHAHAHAHA. Boa piada.

Mas e se ele gostasse mesmo de mim? Nós poderíamos pensar num futuro, não poderíamos?

Não. Eu sou totalmente o oposto de Connor. Totalmente.

- Mas os opostos se atraem, querida. –ronronou uma voz em minha mente.

Sim, é verdade, os opostos se atraem. Exatamente!

Connor se sente atraído por mim, é só uma questão de atração. Não há nenhum amor.

- Há mais amor nisso do que você pode imaginar.

-Mas o que...?

-Você o ama, ele a ama. AH, É TUDO TÃÃÃÃÃÃO BONITINHO. E eu acho você uma fofa, sabia?

-Afrodite?

-Sim, querida. Ah, agora eu tenho de fazer minhas unhas, eu nem sei porque entrei na sua mente. Tudo tão confuso, tão estonteante! Lindo!

-A-hã.

-Tchauzinho.

Minha mente se inundou com uma fumaça rosa que sumiu em um instante.

Mais tarde naquele mesmo dia (N/A: era naquele mesmo dia porque o Connor beijou ela dps da 00:00 u.u) eu fui me encontrar com Will. Tínhamos combinado que ele estaria me esperando na frente do pavilhão do refeitório às 16:30h. Estava dez minutos adiantada, de modo que, quem iria me encontrar lá era ele. Eu parecia uma demente encostada na coluna de mármore mas tuuudo bem, porque Will estava lindo, como sempre.

Levava uma toalha xadrez e uma cesta de piquenique.

-Hey Katie. Fez a proeza de colocar um biquíni, não fez?

Corei.

-Sim.

Ele sorri.

-Que bom, porque eu pretendo dar uns bons mergulhos e, não vou deixar você de fora.

Retribuo o sorriso.

-Então, vamos? – falo.

-Claro.

Ele pega a minha mão e segue na frente, como um guia.

Passamos pela praia do acampamento, o estreito de Long Island e por algumas pedras bem grandes. Will passou por um portal de pedra que eu não havia reparado antes, pois estava escondido entre as rochas.

Estava tão entretida em olhar em volta que nem havia reparado que estávamos sendo seguidos.

A praia tinha uma areia tão branca e uma água tão azul que ardia os olhos. As cores se contrastavam e eram vivas. Flores cresciam por toda a parte. É, flores! Na praia!

Eu podia ouvir pássaros cantarem ao longe e podia ver os animais dentro do bosque “encantado” que cercava a praia. Parecia que Perséfone havia passado por ali.

Will sorriu, travesso, então me puxou pra frente dele falou com a boca quase encostando na minha.

-Tira essa blusa. Vamos nadar.

Então tirou a regata que usava e correu pra água.

-Vamos, Katie! – gritou.

Tirei meus shorts e a camiseta, eu estava com um biquíni azul naquele dia. Então corri pra água. Corei ao pensar em Connor e na noite passada, eu havia perdido a minha blusa. O rei das pegadinhas me vira de sutiã. Quem sabe o que ele falaria para os outros?

Pare Katie, você está aqui com Will, esqueça Connor um pouco.

A água estava gelada, estremeci. Fui pra perto de Will. Aquele garoto irradiava um baita calor.

Ele assoviou.

-Uow.

Baixei os olhos, envergonhada.

-Qual é Katie, não precisa ficar tímida, eu sou um cara legal.

-Eu sei. – digo em defesa.

-Ah sabe? Mas eu não sou um cara tão legal... Assim.

Tudo aconteceu muito rápido. Will me pegou em seus braços e me jogou na água por inteiro. E eu estava morrendo de frio.

-WILL!

Ele ria. O que mais eu podia fazer? Ri também.

Will me fizera esquecer Connor. E isso já era um bom começo.

...

Depois de um tempo voltamos para a areia e Will estendeu as toalhas de piquenique, tomamos Coca Diet e comemos sanduíches de pasta de amendoim com geleia.

-Toma. – o garoto me estendeu uma camiseta.

-Obrigada. – falei. Ele pisca.

Will se aproxima e pega minha mão.

O sol estava se pondo, deixando o céu e o mar numa mistura alaranjada.

 O filho de Apolo aproxima o rosto do meu e me beija

Um beijo suave e sedutor.

-Que lindo por do sol, não? – perguntou uma voz conhecida.