Raiva...

Ciúmes...

Ódio...

Sentimentos que não expressavam nem um terço do que eu sentia no momento em que parei a porta do escritório de Edward com uma Ângela temerosa ao meu lado após me informar que enquanto voltava do banheiro via Victoria entrar na sala de Edward.

Antes que eu entrasse como era minha vontade escutei a voz de Edward soar pela fresta da porta.

-Quantas vezes terei que dizer para que você suma da minha vida? – sua voz estava baixa, mas pude perceber o quão nervoso ele estava.

-Ah gostoso que problema há em nos divertimos como antigamente? Tenho certeza que aquela sua ex-secretária nem sabe fazer direito – minha visão ficou vermelha imediatamente, quem essa vadia pensava que era para falar de mim assim?– Ai esta me machucando Edward – a voz dela soou chorosa, me fazendo abrir a porta lentamente.

-Eu vou dizer apenas uma vez, nunca mais abra essa boca suja para falar da minha mulher, Bella não é como você que já deve ter passado na mão de todos os homens dessa cidade, Bella é a mulher da minha vida, é a mulher com quem eu irei construir uma família, pois ela sim é digna, não você que sempre esta atrás de um pau para ser comida, por isso Victoria escute um conselho sempre que quiser tocar no nome da minha mulher novamente pense muito bem, eu posso não ser adepto a bater em mulher, mas te garanto que conheço pessoas o suficiente que fazem por um preço que terei o prazer em pagar. Agora suma – A ameaça clara na voz de Edward despertou se possível ainda mais meu amor por ele, que me defendia de uma vadia e mesmo que sem me ver ainda me mostrava como ele realmente havia mudado.

Victoria se afastou chorando e pegou a bolsa mas antes que saísse me notou congelando no lugar assim como Edward que me olhava nervoso.

-Amor eu.. – levantei a mão para que ele parasse de falar e olhei dele para Victoria, sentindo então uma raiva descomunal segui a passos firmes ate ela e sem que ela percebesse o que viria a seguir lhe tasquei um tapa fazendo minha mão arder e seu rosto ficar imediatamente vermelho.

-Escute o que eu vou te dizer Victoria, nunca mais na sua vida chegue perto do meu homem, pois se você realmente preza sua vida e seu rosto esse tapa será fichinha do que eu farei com você caso se aproxime de nos novamente e cuidado ao falar de mim, Edward pode não ser adepto a bater em mulheres mais minha querida eu sou e sei fazer muito bem, agora suma das nossas vistas – falei dando um passo ao lado enquanto ainda nervosa e meio em choque ela passava por mim saindo quase correndo, me virei para Edward e o vi me encarando com a boca aberta.

-Amor eu posso explicar – começou a falar vendo que eu agora o encarava.

-Não é preciso eu ouvi o bastante da conversa – a passos largos fui ate ele e o beijei, meu beijo mostrava toda a possessividade e ciúmes que eu tinha por ele, Edward correspondeu avidamente me agarrando e me colocando sentada em sua mesa onde ele se encaixou no meio das minhas pernas e me pressionava com força como se pudesse nos fundir, agarrei seus cabelos o fazendo gemer e sorri satisfeita contra sua boca que explorava a minha como se sua vida dependesse daquilo.

Diminuímos o ritmo de nosso beijo para encerra-lo com leves mordidinhas e selinhos.

-Espero que isso nunca mais se repita Edward – falei por fim o olhando seria.

-Amor eu não tive culpa, eu nem a vi entrar – falou passando a mão em meu rosto – Ângela não estava em sua mesa quando levei sua mãe ao elevador e voltei por isso Victoria aproveitou, eu juro que não a vi entrar e se aproximar demais de mim.

-Minha mãe? – perguntei confusa.

-Bem sim – respondeu sem graça – ela veio para conversar comigo sobre nós – esconde minha cabeça no peito de Edward envergonhada – Ei amor não precisa disso, ela só quer te proteger.

-Mesmo assim que vergonha parece que tenho 16 anos – murmurei e ele riu gostoso.

-Venha cá – pediu me fazendo descer da mesa e sentar em seu colo na cadeira – eu amo você e se tiver que ir a sua casa pedir a sua mãe e seu padrasto eu irei, eu disse serio quando falei agora a pouco que é com você que irei construir minha família, eu te amo demais baby – sorri e lhe beijei mais calmamente dessa vez – amei o tapa que você deu nela e como já o senti sei que deve ter doido demais.

-Queria ter arrancado eras os dentes daquela vadia – falei entre dentes e ele gargalhou alto me fazendo bufar.

-Amor você é linda com ciúmes, mas saiba que eu sou seu, nenhuma mulher ira me fazer perder a cabeça como você faz por isso não precisa ter ciúmes – falou pegando meu rosto com suas mãos me fazendo encara-lo – Agora desfaça desse biquinho e me beije – pediu já colando nossos lábios e bem quem era eu para negar-lhe um beijo – Amor preciso resolver algo com Ângela e depois gostaria de almoçar o que acha? – assenti e me levantei ajeitando minha roupa.

-Quer que eu saia? – perguntei com medo de atrapalhar seu serviço.

-Não é necessário só peço que não interfira no que eu preciso dizer – pediu e eu assenti e indo me sentar no sofá – Ângela venha a minha sala, por favor – pediu e logo em seguida ajeitou o blazer melhor no corpo.

-Sim Sr. Cullen – Ângela entrou meio nervosa pelo o que pude perceber.

-Primeiro gostaria de saber o que houve para aquela mulher entrar em minha sala sem que você avisasse? – Edward perguntou friamente me fazendo entender o pedido de não interferir.

-Me des..desculpe Sr. Cullen – Ângela soltou gaguejando me fazendo a olhar melhor, ela tremia visivelmente.

-Ângela há semanas reparei que você esta menos atenta, sempre saindo de sua mesa. Esta acontecendo alguma coisa que eu deva saber? – Edward a fitou e Ângela assentiu nervoso – Então, por favor, nos diga – ele pediu serio se recostando na cadeira de uma forma irritante, morde os lábios antes de interferir como ele havia pedido para não fazer.

-euestougravida – as palavras saíram emboladas sem que conseguíssemos entender, me levantei e parei ao lado de Ângela que respirou fundo e se apoiou em mim.

-Diga devagar Âng, Edward esta apenas encenando ao papel de chefe durão – falei ganhando um olhar reprovador de Edward – Agora respira e diga devagar.

-Eu não queria Bella, eu sei que foi errado, que o Sr. Cullen disse que não permitia relacionamentos entre funcionários, mas tudo aconteceu fora daqui e eu não planejei – Ângela falava tremendo cada vez mais, a amparei ate a cadeira a nossa frente e a sentei me agachando a sua frente.

-Não tenha medo e explique direito – Edward falou apreensivo.

-Ângela de quanto tempo você esta?– perguntei notando enfim o que sua frase embolada significava.

-Como...como você sabia? – perguntou entre lagrimas me fazendo sorrir.

-Acredito que você descobriu a pouco e bem eu posso parecer meio devagar – falei sorrindo – mas você mantem a mão sobre sua barriga mesmo sem ter nenhum volume protetoramente, como se algo pudesse fazer mal ao seu bebê – falei e ela olhou minha mão que segurou a sua que como eu disse abraçava a barriga protetoramente – Agora me diga de quanto tempo e quem é o pai? Pois pelo jeito ele é da empresa.

-Estou de dois meses e meio – falou com um sorriso pequeno mais triste – ele não sabe Bells, na verdade nunca passou de uma noite que ficamos juntos, mais eu não planejei, estávamos um pouco mais altos e não usamos nada, eu só descobri que ele era impossível alguns dias depois, mas quando aconteceu eu não sabia eu juro, eu só estava encantada, acho que apaixonada.

-Quem é Ângela? – perguntei mais firme vendo que ela queria fugir do assunto.

Antes que Ângela prosseguisse bateram na porta fazendo com que Edward falasse um entre rapidamente, olhei seu rosto e ele ainda parecia meio em choque, acredito eu.

 -Edward preciso saber...- a voz de Jacob soou nos fazendo o olhar – Bells? Que saudade de você menina – falou vindo ate mim, mas parando rapidamente ao ver Ângela que chorava silenciosamente – Âng o que foi? Por que você esta chorando querida? – perguntou com verdadeira preocupação, o olhar de Ângela se encontrou ao meu me fazendo entender rapidamente a resposta de minha pergunta há ela.

-Oh meu Deus – falei nervosa atraindo a atenção dos dois que me olharam confusos.

-Bells o que houve? – Jake perguntou.

-Você precisa conversar com a Âng, Jake a leve há um lugar tranquilo e lembre-se de manter a calma, por favor – pedi e ele olhou para nossa amiga apreensiva, então assentiu em concordância.

Pelo jeito as coisas mudariam um pouco.

Eu só não me senti bem depois, algo me dava um aperto no peito trazendo a tona uma sensação muito ruim.