Era penoso em sua opinião, se apaixonar. Principalmente por ela. Era irônico. Ele podia ter todas, mas queria só uma. Era o contrário de tudo que viveu em sua vida imortal. O amor não era novo, afinal todos amamos; mas o modo e a necessidade de ter alguém por perto apenas para ter um motivo para sorrir eram espantosos para Apolo.

A lua surgia majestosa e nobre, assim como a Deusa deste símbolo. Era uma nova rotina, admirar a lua enquanto se relembrava de antigas épocas.

Era harmonioso. A paz reinava entre os irmãos. Não havia brigas, conflitos. Tudo era levado no tom de brincadeira, os irmãos arqueiros podiam ser comparados a irmãos mortais, o até algo a mais. Mas tudo ruiu quando ele apareceu

Orion

Artemis se apaixonou por ele, quase quebrara seu voto. Apolo não conseguia deixar de reparar que Artemis se afastava dele para ficar na companhia de Orion, era horrível a ideia de viver sem a companhia de sua irmã. Não poderia. Melhor, ele devia protegê-la.

Não foi difícil para o Deus fazer um plano. Só precisou que Orion se distrai-se e ficasse a uma boa distancia.Poderia propor um desafio a Artemis.Ela deveria acertar o alvo de grande distância,bastava ela não saber que o alvo era o seu amado.

Funciono perfeitamente até o momento que ela foi verificar o corpo do ‘animal’. Não existiam palavras para descrever o que se passara a seguir. Artemis dera um berro ao ver Orion, em proporções que eu nunca teria imaginado possível de se gritar. Ela se agarrou ao corpo sem vida, chamou-o pelo nome, as lágrimas rolavam em seu rosto de marfim. Ela chorava e Apolo tinha um sorriso nos lábios. Em sua mente tudo voltaria ao que era antes. Ela vai superar - ele pensou – vai ser só uma tristeza passageira.

Como ele estava enganado.

Quando ela largou o corpo de seu quase amante, seu rosto era dominado pela tristeza. Ela o transformara em uma estrela, junto ao sussurro de que ele viveria para sempre no céu e em seu coração.

Quando ela se levantou e encarou o rosto do irmão, sua face era manchada pelo ódio e pela tristeza. Ela gritara e xingara o irmão de todas as maneiras possíveis.Quando Apolo lhe implorou desculpas ela simplesmente negara com a cabeça e falara a frase que até os dias atuais cercam a cabeça do Deus:

–O seu egoísmo Apolo, chegara ao nível que me recuso a superar. Se lhe vens à cabeça que eu não cumpriria meu voto de castidade, engana-te. Eu sempre honro minha palavra. Mas hoje, eu quebro um. Não suportarei mais isso. Recuso-me a viver com o percussor do assassino da única pessoa que eu amei – seu rosto se contorceu com a tentativa de não chorar – eu achara que você era melhor que isto – ela completou com um sussurro.

Enquanto Apolo pensava sobre suas lembranças, se dera por conta que sempre fora apaixonado pela Deusa da lua. Os sentimentos mascarados por amizade e afeto poderia ser clichê demais até para o Deus do tetro, mas era a pura verdade.

Ele não saberia dizer se poderia ir contra este sentimento. Poderia esconder este dos outros Deuses até conseguir “matar” este amor?Apolo duvidava que fosse tão fácil se desviar dos seus sentimentos. Mas ele era o Deus das artes cênicas, que mal teria iludir a si próprio sobre o termino desta paixão?