Aula, Beijos E Abraços escrita por misuki


Capítulo 1
One-Shot


Notas iniciais do capítulo

Eu fiz essa one a pedido da Mary Fire, espero que gostem ^^



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Tsuna tinha um grave problema e ele tinha nome e sobre nome, era Giotto Vongola, seu amado professor de literatura. Podem ate estranhar ou achar isso normal, não importa o que pensem e nem o que falem, Sawada Tsunayoshi gostava de seu professor lindo de literatura. Suspirava em toda aula, navegava em um mar de pensamentos quando se lembrava dele, e quando Giotto entrava na sala era como se o mundo ficasse mais bonito. Quando Giotto sorria dava a impressão que o Sol não era capaz de competir com aquele lindo sorriso, e quando ele falava aqueles lindos poemas seu coração batia forte.

Não entendia direito, mas era apenas por aquele homem que aquilo ocorria, era apenas por aquele homem que seu coração batia forte, era aquele homem que o fazia sentir diferente, Tsuna só podia ter certeza de uma coisa: aquele homem fazia sua cabeça girar.

Xxx

- Tsuna! Tsunayoshi acorde! – uma voz o acordava de seus sonho.

- Hum...O que? – disse o menino de cabelos castanhos sonolento.

- Você dormiu durante a aula de novo – disse o homem de cabelos dourados e olhos da mesma cor – sinceramente qual é o seu problema?

- Desculpe-me Giotto-sensei – Tsuna ficou triste, não queria que o professor o visse como um aluno irresponsável e desleixado.

- Tudo bem – Giotto parecia cansado e soltou um suspiro baixo demonstrando uma leve irritação – Só não durma novamente, está bem?

- Sim, Giotto-sensei – diz envergonhado o menor, podia-se ouvir um leve burburinho na sala.

- Quietos! – Giotto disse enquanto escrevia no quadro e no mesmo instante a sala se calou.

Tsuna não acreditava que havia feito aquilo na aula daquele professor, podia ser de qualquer outro, mas era sempre na aula de literatura que ele dormia e era sempre assim que conversava com aquele professor. Tsuna suspirou e começou a prestar atenção na aula, ou melhor, tentar prestar atenção porque o seu professor não deixava. Giotto explicava para a turma algo sobre barroco, mas Tsuna estava mais preocupado em olhar os lábios e o dono deles.

Quando a aula acabou Tsuna se levantou e começou a guarda seu material, como era novo na Itália não tinha muitos amigos e o que menos queria agora era isso, sempre fora um garoto solitário e atrapalhado, então havia aprendido a ser apenas ele e mais ninguém.

- Fique Tsunayoshi – disse o professor antes dele sair.

Tsuna gelou e olhando para trás para vê o que o professor queria, o loiro fez sinal para que ele se senta-se na cadeira de frente para a sua mesa. Enquanto andava ate lá pode ouvir os outros alunos cochichando “Acho que ele vai levar bronca” dizia um “É quem mandou ele ficar dormindo na aula” dizia outro. Quando todos saíram Giotto se levantou e fechou a porta.

- Tsuna eu quero te dizer que você não pode ficar dormindo na minha aula – Giotto falava com seriedade – isso prejudica a suas notas.

- Eu sei – Tsuna respondeu baixo – me desculpe.

- Entenda que eu não quero brigar com você, mas não quero te reprovar você é um aluno talentoso – Tsuna podia jurar que corou com a ultima palavra – eu sei que se você se esforçar você será um bom aluno.

- Eu prometo que isso não se repetirá novamente – Tsuna estava com a cabeça baixa, era um sentimento horrível ser chamado atenção por quem você amava.

- Assim espero – disse soltando um suspiro – pode ir, me desculpe por ter fazer ficar aqui.

- Tudo bem Giotto-sensei, eu compreendo – fez uma pequena referencia e saiu da sala.

Assim que fechou a porta sentiu seu coração ficar aliviado, ele não precisava mais vê aquele homem que lhe causava uma explosão de sentimentos. Caminhou ate o portão da escola com a cabeça baixa, mas antes de deixar a escola olhou para trás, especificamente para a janela da sua sala, tomou um susto, o professor está lá parado olhando para o pátio e por um rápido e leve momento os seus olhos se encontraram, Tsuna corou e saiu correndo. Enquanto corria Tsuna se convencia de que aquilo só podia se coisa de sua cabeça porque por um momento achou que Giotto tinha sorrido para ele, “Impossível! Eu que já estou ficando louco de tanto pensar nele!”   pensou.

Tsuna chegou em casa cansado assim que abriu a porta foi em direção ao seu quarto, quando estava na metade da escada algo chamou a sua atenção.

- Você demorou incompetente! – uma voz grossa parada ao pé da escada.

- Gomem Reborn – disse falando japonês.

- Eu já disse para não falar em japonês, estamos na Itália fale italiano – Reborn estava com os baços cruzados e com a cara fechada.

- Desculpe-me – disse e se virou para vê o maior.

- Que isso não se repita novamente – Reborn deu as costas e foi para a sala.

Tsuna ainda ficou parado por um momento, mas logo retomou o seu caminho, indo se deitar. Reborn era um moreno que sempre vestia ternos, Tsuna achava super estranho alguém usar ternos de marca em sua própria casa, mas não questionava era até um pouco engraçado.

Xxx

Giotto não entendia o que estava acontecendo com ele, sempre fora muito profissional e um professor frio, mas agora não conseguia parar de pensar naquele aluno estrangeiro, como sendo um homem experiente sabia muito bem que aquilo era amor e sabia muito bem que aquilo era errado! Sabia das conseqüências dos seus atos quase ele assumisse seus sentimentos. Soltou um suspiro cansado e adentrou na sala, assim que entrou os alunos ficaram calados e deu inicio a aula. Ao decorrer do tempo ensinou tranqüilamente os alunos, mas havia um que o tirava do serio por dois motivos: 1. Era aquele garoto que o tirava o sono e 2. Ele estava dormindo. Giotto suspirou quando percebeu tal coisa esperou alguns estantes para vê se “a bela adormecida” podia dar o ar da sua graça. Como o pequeno não acordou resolveu levantá-lo.

 - Tsuna! Tsunayoshi acorde! – Giotto começou a chamá-lo.

- Hum...O que? – disse o menino de cabelos castanhos sonolento.

- Você dormiu durante a aula de novo – Giotto disse serio – sinceramente qual é o seu problema?

- Desculpe-me Giotto-sensei – viu o menino ficar triste, isso fez seu coração doer.

- Tudo bem – Giotto parecia cansado e soltou um suspiro baixo demonstrando uma leve irritação – Só não durma novamente, está bem?

- Sim, Giotto-sensei – diz envergonhado o menor, podia-se ouvir um leve burburinho na sala.

- Quietos! – disse enquanto escrevia no quadro.

O resto da aula passou-se normalmente, Giotto explicava para a turma Romantismo, uma das escolas literárias prediletas. Enquanto explicava notou que era observado com muita atenção por Tsuna, ficou feliz com tal comportamento, mas ao notar que o menino não prestava atenção na aula é sim nele teve que se controlar para não corar. Afinal como pode ele um professor e homem experiente como ele ter pensamentos tão impuros com um de seus alunos, aquilo não tinha cabimento!

Quando a aula acabou Giotto viu que tinha uma chances de poder ficar sozinho com ele, não era para atacá-lo e sim para conversar com o Tsuna.

- Fique Tsunayoshi – Giotto falou impedido a partida do menor.

Tsuna ficou parado por um tempo e quando olhou Giotto fez um sinal para que ele se senta-se em sua frente, assim que todos saíram se levantou e fechou a porta. Voltando a encarar o menor.

- Tsuna eu quero te dizer que você não pode ficar dormindo na minha aula – Giotto falava com seriedade – isso prejudica a suas notas.

- Eu sei – Tsuna respondeu baixo – me desculpe.

- Entenda que eu não quero brigar com você, mas não quero te reprovar você é um aluno talentoso – Giotto sorriu ao vê que Tsuna havia corado – eu sei que se você se esforçar você será um bom aluno.

- Eu prometo que isso não se repetirá novamente –Tsuna mantinha a cabeça baixa.

- Assim espero – soltou um suspiro, não era de reprovação e sim de paixão que não podia aparecer – pode ir, me desculpe por ter fazer ficar aqui.

- Tudo bem Giotto-sensei, eu compreendo – fez uma pequena referencia e saiu da sala.

Giotto se sentou em sua cadeira exalto, aquilo só podia ser brincadeira porque de todas as pessoas do mundo ele tinha que amar um homem, e pior esse homem era seu aluno! Sentia-se horrível, afinal Tsuna podia arrumar uma linda moça, afinal o menino era lindo. Não quis mais ficar sentado foi em direção da janela e teve uma surpresa agradável, Tsuna estava lá em baixo olhando para aquela direção, no inicio achou que fosse impressão, mas foi quando os seus olhos se encontraram que se arrepiou, ficou espantado ao perceber que Tsuna corou com isso e saiu correndo. Não quis mais ficar na sala ele não podia ficar a vida inteira ali, rumou para a porta e foi andando ate seu carro. Enquanto descia as escadas pensava no porque Tsuna havia corado, tentava entender o porque aquele menino que lhe parecia tão agradável ficou mais fofo ainda, de repente sua mente pensou em algo absurdo e provável, Tsuna estava apaixonado! Mas por quem? Quem havia conquistado o coração do seu amado aluno?

- Giotto você é ridículo – disse ao mexer no bolso para pegar a chave do carro – está sentindo ciúmes de adolescentes.    

Suspirou com esse pensamento aquilo era absurdo, ele era um completo idiota por sentir isso, mas algo o fez pensar “Quem será que ele ama?” tentou lembrar de todas as vezes que o menino agiu estranho perto de uma pessoas “Espere!” parou o carro imediatamente “Tsuna sempre fica assim comigo, nunca o vi agir desse modo com alguma garota, então...” sua mente começou a trabalhar de maneira absurdamente rápida.

- Tsuna me ama? – disse incrédulo.

Sim era isso, Giotto como um homem jovem sabia muito bem identificar esse sentimento nas pessoas, Tsuna o amava! Aquilo fez com que seu coração fica-se muito feliz, teve vontade de correr e abraçar o pequeno e enchê-lo de beijos, mas só tinha um problema: ele não tinha idéia de onde e com quem Tsuna morava.

- Giotto você é ridículo! – voltou a dizer isso e continuou o seu caminho para casa.

Ao chegar em casa se deparou com G.

- Como foi o trabalho hoje Giotto? – disse G.

- Ótimo – disse com um lindo sorriso, ele estava muito feliz ao percebe que era amado pelo seu amor.

- Tem comida na geladeira e só esquenta – G se sentou no sofá e ligou a televisão.

- Sim e obrigado – Giotto estava realmente feliz.

G o encarou estranhando aquela alegria, mas logo voltou a olhar o desenho. G era filho do seu padrasto, seu pai havia morrido enquanto Giotto era bem pequeno e depois de um tempo sua mãe se casou com o pai de G, e assim os dois foram criados como irmãos. G era ruivo e usava uma tatuagem no rosto, Giotto achava aquilo estranho, mas não quis discuti come o ruivo.

 Giotto sentou-se à mesa e começou a planejar a aula seguinte, lia seus livros de romantismo e suspirava, aquilo só estava piorando a situação, pois a cada palavra seu coração se lembrava de sua paixão. Suspirou, ele já sabia o que teria de enfrentar no dia seguinte.

Xxx

Os alunos estavam sentados, todos em suas cadeiras de costume, Giotto explicava sobre a sua escola literária predileta “Romantismo”. No quatro negro estava escrito “O Romantismo em Portugal” em grande letras em giz, havia um pouco de livros em cima da mesa todos de autores de poetas e literários da época que pertencia ao país.       

- “Amor é fogo que arde sem se ver; É feriada que dói e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer” – Giotto suspirou – Luís de Camões, um dos grandes poetas português, vocês sabem me dizer em que escola literária ele participou?      

Todos se entre olharam e Ana levantou a mão.

- Pode falar senhorita Ana – Giotto encostou-se à mesa e esperou a resposta da aluna.

- Romantismo – ela disse com um sorriso.

- Está errada senhorita Ana – Giotto disse serio – alguém pode me dizer porque a senhorita Ana está errada?

A turma encarava o professor com uma cara de espanto, para eles ela estava certíssima. Giotto olhou para todos e sorriu ao vê Tsuna lendo o livro, resolvendo testar o aluno fez a temida pergunta.

- Tsuna! – Tsuna se assustou ao vê que seu nome foi chamado pelo professor – me diga porque a senhorita Ana está errada ao dizer que Camões era da época do romantismo.

Tsuna ficou nervoso no começo, mas respirou fundo e disse: - Camões era um autor fora de seu tempo, ele foi romântico antes de qualquer outro, então ele não é romântico.

- Bom senhor Tsuna, vejo que andou estudando – Giotto se sentiu feliz ao vê que seu amado aluno estava prestando atenção na matéria.

A alua se seguiu normalmente, quando tudo acabou Giotto fez o que sempre faz nas aulas de terças-feiras, pegou se material de estudo e foi lecionar para a outra turma. Deixando aquela turma para que eles estivem aula de matemática.

Xxx

A sala dos professores era até confortável, os sofás ficava envolta da grande mesa de madeira e havia também um pouco de bolinhos e café. Giotto estava sentado no sofá de capa azul planejando o teste que ia passar na semana seguinte, era tarde quando olhou para o relógio então ele resolveu ir para a casa, pois logo seu irmão, por consideração, G. ia ligar para saber onde ele havia se metido. Guardou o seu material e saiu andando pelos corredores, enquanto andava pensava no Tsuna, seu aluno amado, nunca ia poder admitir seu sentimento por ele, mas agora ele tinha que esquecer e ir para casa. Sem perceber parou na porta de uma das salas, ou melhor, daquela sala e por mais inacreditável que pareça rodou a maçaneta e entrou, julgava não ter ninguém lá, mas quando olhou para dentro viu um jovem com a cabeça apoiada na mesa sonhando os mais lindos sonhos juvenis. Aquilo o deixou confuso, afinal já se passavam das 7 horas da noite! Como e porque um aluno ficaria ali até aquele horário?

Giotto se aproximou do menor com passos vagarosos com medo de acordá-lo, se abaixou e fitou por um tempo considerável o aluno dormindo, não resistindo a tentação passou a mão na cabeça dele de maneira leve, pois ainda temia despertá-lo daquele sono que para Giotto era algo agradável, pois o aluno estava sorrindo.

Tsuna havia dormido na aula novamente, mas em vez de ser acordado pelo professor de matemática acordou sentindo um leve carinho em sua cabeça, quando resolveu abrir os olhos se deparou com o Giotto. Ficou assustado na hora, mas depois se acalmou, afinal de contas amava aquele homem.

- Giotto-sensei?! – disse o menor sonolento.

- Tsuna – suspirou - acho que não é bom você ficar dormindo aqui, venha irei te levar para casa – Mas não se levantou, ficou fitando o menor enquanto fazia um leve carinho no rosto dele.

 Tsuna fechou os olhos para apreciar o contato do mais velho, Giotto não podia negar a pele do menor era macia e delicada, como de uma donzela bem cuidada.  Nem um dos dois soube explicar o que aconteceu depois, mas acabaram se beijando. O beijo no inicio foi um selinho, mas acabou se tornando algo forte, não havia luxuria ou paixão, havia apenas amor. Um amor carinhoso e gentil, nada de mais.  Quando o beijo acabou ambos estavam corados, mas nenhuns deles confusos afinal sabiam que o sentimento era correspondido e sabiam que haviam se beijado. Giotto sorriu de canto e Tsuna corou, mas retribuiu o sorriso.

- Eu posso te levar em casa agora Tsunayoshi? – Sugeriu o professor.

- Sim, Giotto-sensei – Tsuna sorriu um pouco constrangido com tudo aquilo.

- Por favor – disse Giotto enquanto via o menino se levantar da cadeira – de agora em diante me chame apenas de Giotto, tudo bem?

Tsuna corou, mas disse: - Sim, Giotto! – o menor tinha um belo sorriso na cara.

Giotto o achou fofinho o fato do menino corar com qualquer coisa, realmente ele era lindinho. Desceram as escadas sem falar nada, o som dos passos eram as únicas coisas ouvidas ali tanto Giotto quanto Tsuna estavam tentando por em ordem os seus sentimentos e suas alegrias, afinal eram amados e correspondidos, havia coisas melhor no mundo?

Quando chegaram ao estacionamento Giotto fez questão de abrir a porta do carro para Tsuna, que – novamente – corou com o ato do maior. No caminho de casa Tsuna pensava em varias coisas, ate que algo muito importante estalou em sua mente.

- Giotto – chamou o menor, que estava fazendo um grande esforço para não usar o “sensei”.

- Diga Tsuna – Giotto parou o carro no semáforo e olhou para o menino.

- O que nós somos? – Tsuna escolheu as palavras e disse sem encarar o maior.

- Como assim “o que nós somos” ? – Giotto se surpreendeu com aquela pergunta inesperada.

- É tipo... O que somos um casal ou aquilo nunca aconteceu? – Tsuna ficava com a voz cada vez mais triste ao decorrer da frase, amava o outro e mesmo que fosse obrigado a esquecer nunca esqueceria, apenas mentiria.

Giotto se desesperou naquela hora, não queria deixar o menino a não ser que fosse o menor que pedisse para deixá-lo, Giotto sabia que seria cruel obrigar alguém, mas Tsuna parecia confuso e ele como um adulto tinha a obrigação de acalmá-lo.  

- Tsuna eu te amo – Giotto abraçou o menor – e apenas se você quiser nós acabamos aqui.

Tsuna se surpreendeu com aquilo, não havia esperado por um abraço.

- Então isso significa que somos amantes? – Tsuna estava muito envergonhado com aquilo, mas tinha que saber.

- Sim, nós somos amantes – Giotto sorriu para o menor.

- Então teremos que fazer coisas de amantes? – a cada palavra que dizia Tsuna ficava cada vez mais corado.

Aquela frase fez Giotto finalmente entender o que estava fazendo Tsuna ficar tão constrangido, o menor estava confuso em relação a sexo. Giotto achou um pouco de graça e passou a mão na cabeça do menino de cabelos castanhos.

- Tsuna eu não tocarei em você até que esteja pronto – disse sorrindo e dando um selinho em Tsuna.

Tsuna não disse mais nada, assim que Giotto ligou novamente o carro levou o menor para casa. Ao chegarem Reborn esperava no portão, afinal que espécie de tutor seria ele se nem se preocupava com a criança? Não teve beijo de despedida, mas teve um sorriso fofo por parte do Tsuna.

Xxx

Giotto parou o carro em sua garagem, mas não saiu ficou parado lá dentro pensando em tudo o que tinha passado perto do menino. Só seu deu conta do que estava fazendo quando G bateu na janela do carro.

- Giotto seu maluco por acaso ficou surdo? – disse o ruivo enquanto o loiro abria a porta para sair do carro – Eu estou te chamando faz horas, o que estava fazendo sonhando acordado?

- Giovani, por favor, eu estou em casa, não estou? – o loiro disse o nome do maior apenas para implica com ele, pois sabia muito bem que o ruivo odiava seu nome e por isso preferia ser chamado de G.

- Loiro idiota – resmungou o ruivo que odiou ser chamado por seu nome.

- Disse algo G querido – disse Giotto entrando em casa enquanto saia da garagem, e como sempre fingiu inocência.

Xxx

O jantar foi calmo e silencioso, Tsuna sabia muitíssimo bem que seu tutor detestava mau modos a mesa e apenas conversavam depois do jantar antes de irem dormi. Assim que os pratos ficaram vazios o moreno encarou o menor e quebrando o silencio que ali existia disse:

- Não segue tão tarde assim novamente, e se for demorar muito ligue avisando que não está em perigo.

- Desculpa Reborn-san – disse o menino com um pouco de medo.

- Você me disse isso ontem e agora olhe o que aconteceu hoje! – a voz do maior era de pura irritação – Tsuna eu sou seu tutor, o que acha que tenho que fazer?

- Cuida de mim e para isso você precisa saber onde estou e se estou bem – Tsuna respondeu tristemente, era verdade seu pais haviam morrido num acidente de carro e agora Reborn o criava.

Reborn suspirou e disse com mais calma: - Você está na Itália agora, o Japão ficou para trás – sabia que o menino sentia falta de seus pais – Não quero brigar, mas você tem que se comunicar comigo, na próxima vez ligue, certo?

O menino balançou com a cabeça em sinal de que aceitava a idéias do maior: - Isso não ocorrerá novamente, eu ligarei Reborn-san, eu prometo.

Reborn sabia que o menino ia cumprir com a palavra por isso sorriu e se levantou da mesa.

- Assim que acabar ai lave os pratos – deu sua ordem antes de sair da sala de jantar.

Tsuna voltou a comer um pouco mais aliviado, não queria contar sobre o relacionamento dele e do professor para p tutor, não estava pronto para contar aquilo.

Xxx

As aluas que se sucederam o inicio do relacionamento foram extremamente divertida por assim dizer. Tsuna não dormia mais nas aulas e Giotto parecia não se importar com o fato do aluno namter os olhos nele o tempo todo, parecia gostar e até mesmo chegava a retribuir o olhar apaixonado do menor. É claro que alguns alunos notaram essa mudança de atitude de ambos, mas não ligaram muito, já que acharam que aquilo devia ser coisa de japonês e que o professor só estava tentando fazer o aluno estrangeiro se sentir bem. Os encontros continuavam e ficavam cada fez mais freqüente. Eles evitavam ir sempre em lugares conhecidos e nunca iam ao mesmo lugar duas fezes. 

Reborn com toda sua maturidade notou que algo havia mudado na vida do menor, ele estava mais feliz, o moreno sabia reconhecer muito bem aquela cara de menina apaixonada – já havia deixado varias assim. (Nota: Reborn é um safado!)

- Para onde vocês vão essa noite? – perguntou o moreno parado na porta do quarto do menor.

Tsuna, que calçava os tênis com o sorriso bobo para vê o seu amor, se assustou ao perceber que era observado pelo maior.

- “Nós”? Não tem “nós” eu to indo fazer um trabalho na casa de um amigo – disse o menor rápido e tentando disfarçar o fato de está indo se encontrar com um homem mais velho.

- Não minta para mim Tsunayoshi! – disse o moreno que ainda estava parado na porta – acha que sou burro? Acha que não percebo quando ele te traz em casa ou como ele te trata?

-...- o menor ficou em silêncio encarando o chão por um estante.

- Me responda Tsuna! Acha que não ia perceber que você se encontrar com o seu professor? – o mais velho não estava irritado pelo fato do romance, estava irritado pelo fato que Tsuna havia mentido para ele.

- Claro que não é que...- não conseguia terminar a frase faltava-lhe as palavras.

- “É que” o que? – Reborn não aumentava a voz, ele falava apenas com irritação.

- Eu só não sabia como contar – Tsuna encarava o chão como se aquilo fosse a oitava maravilha do mundo.

Reborn estava cansado e irritado com aquilo.

- Não minta de novo e nem me esconda nada – repetiu a velha regra da casa.

- Então você não vai brigar? – Tsuna ficou feliz ao saber que seu tutor não estava zangado pelo seu relacionamento gay.  

- Só não faça isso de novo, e caso arrumar outro me avise – disse saindo do quarto e colocando o chapéu.

Tsuna sorriu com aquelas palavras, mas se sentiu um pouco ofendido afinal ele nunca ia querer trocar o Giotto, estavam bem assim sendo apenas eles.

- E só mais duas coisas – Reborn apareceu novamente na porta – vocês dois já fizeram aquilo?

- Não! Ainda sou muito novo Reborn! – Tsuna ficou corado e assustado.

- Bom – disse Reborn baixo – e segundo: Você está de castigo!

- Que!? – por esse Tsuna não esperava.

Reborn saiu do quarto e se dirigiu para o portão a onde se encontrava o loiro.

- Ele não vai sair com você hoje, ele está de castigo – disse encostando-se ao muro.

- Hum? – Giotto ficou confuso e apavorado ao mesmo tempo com aquelas palavras.

- Você me ouviu, Tsuna não vai ir com você porque está de castigo por tentar me fazer de bobo – Reborn falava com naturalidade, aquilo realmente não era novidade para ele.

- Há quanto tempo você sabe? – Giotto entendeu o recado do maior.

- Desde o começo, só queria vê até onde vocês iriam para me contar – Reborn olhou para o céu estrelado.

- Tudo bem, foi muito imprudente de minha parte de não contar a você – Giotto sorriu.

- Eu sei, e é por isso que vocês não vão se encontrar até o aniversario dele - disse Reborn sorrindo e entrando dentro de casa.

- Mas espera o próximo aniversario dele é daqui a seis meses! – Giotto se desesperou com aquela idéia.

- Eu sei – aquela foi a ultima frase do moreno para o loiro durante os seis meses. Naquele longo espaço de tempo apenas os assuntos em relações a matérias eram o que conversavam, porque afinal estavam ambos dentro de uma escola.    

Com o tempo a família de Giotto ficou sabendo do relacionamento que ele tinha, embora G e Aluadi – seu irmão por parte de mãe, já que ela havia se casado novamente com o pai de G – já desconfiavam de algo parecido. Quando Tsuna atingiu a maioridade assumiu o seu relacionamento com o professor e amante Giotto indo morar com ele e, obviamente, tendo a sua primeira noite de amor e paixão com aquele que amava tanto.  


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Notas finais do capítulo

Beijos