A História De Uma Avox escrita por Liv


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu sei que falei que voltaria a escrever dia 15. Mas houveram imprevistos, e eu estou, tecnicamente, de castigo, portanto, não me matem, por favor. Eu prometo que posto mais 1 até domingo, e postarei mais ou menos 2 por semana a partir de hoje ;) Desculpem meeeeeeeeesmo pela demora, people. Bem, esse cap ficou pequeno e meio regular, mas ok né. Vejo vcs lá em baixo!
NOTAS FINAIS!
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NOTAS FINAIS!
NOTAS FINAIS!



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Pov Kaethe.

- Olá, tributos. Meu nome é Atala e eu estou aqui para explicar a vocês como será a rotina de treinamento. Os peritos de suas habilidades permanecerão em suas estações para auxiliar vocês. Vocês estão livres para transitar de uma área para a outra de acordo com a escolha que fizerem, seguindo as instruções de seus mentores. Algumas estações ensinam técnicas de sobrevivência, outras técnicas de combate. Vocês são proibidos de se engajar em exercícios de combate com outros tributos. Há assistentes à disposição se desejam praticar com algum parceiro.

Kaethe ouvia atentamente as palavras de Atala, enquanto servia um dos Idealizadores dos Jogos. Observou todos os tributos. Conseguia distinguir um carreirista, mesmo eles estando virados, sendo impossível ver o número colado em suas costas. Garotos e garotas gigantes, olhando para os outros com desprezo.

Imagine se eu estivesse no lugar de um desses carreiristas? Pensou ela. Será que eu seria gigante assim? E olhou para seu próprio corpo. Uma menina franzina e um pouco baixa era o que via.

- Cuidado! - Gritou um dos idealizadores, fazendo-a sair de seus devaneios. O grito não fora para ela - ainda bem - mas a assustou, de qualquer jeito. O grito fora para uma avox, por quase derramar aquela bebida alcoólica arroxeada cuja Kaethe não se lembrava o nome. Pinky, como chamavam a menina, por causa de sua lente de contato, que deixava um de seus olhos com um tom de rosa, pois tinha os olhos verdes, mas tinha um problema em sua vista esquerda, e por isso usava uma lente que deixava um de seus olhos verde e o outro rosa, era uma menina, também da Capital, que, de acordo com que Kaethe ouvira, chegara um pouco antes dela, e conseguia ser mais desajeitada que a mesma.

Terminou de servir os idealizadores e voltou a seu posto. Atala já havia terminado de citar todas as estações e liberado os tributos. Os carreiristas foram direto usar as armas mais mortíferas. Alguns foram rodar todo o centro de treinamento, ainda sem decidir em qual estação ir. Uns foram tentar fazer armadilhas, nós, fogueiras, testes de plantas comestíveis, camuflagem e algumas outras coisas que Kaethe nem tinha ideia do que eram.

Um menino de aparentemente dezoito anos, mas isolado dos carreiristas, começou a falar com uma menininha na estação de plantas comestíveis. A menininha, de pele escura, apenas assentia. Eles tinham o mesmo tom de pele, os mesmos olhos. Mas fora isso, não eram nada parecidos. Algo neles a lembrava alguém. E, quando o menino, aparentemente satisfeito com alguma coisa, o resultado no teste de plantas, talves, se virou, ela pode ver o número em suas costas: 11. É claro, pensou ela. Simon.

Um dos idealizadores a chamou e ela o serviu. Como eles conseguem beber e comer tanto?? E olhou novamente para os tributos, pensando na fartura que os Idealizadores e todas as pessoas na Capital possuíam, enquanto as pessoas dos distritos mais pobres passavam fome. As crianças trabalhavam praticamente desde que nasciam. A maioria delas, porém, mal chegava aos quarenta anos.

Um menino, do distrito dez, com problemas no pé, andou cambaleando até a estação de facas, onde uma carreirista, do distrito dois, estava treinando, a mira, é claro, perfeita. O menino, pegou uma faca e jogou em um boneco, errando o tórax do mesmo. A faca estava a mais de um palmo de seu braço, e a carreirista apenas riu. A risada, cheia de maldade, fez o garoto se encolher, e, quando ela saiu da estação, fez questão de bater em seu ombro, derrubando-o. Kaethe abaixou a cabeça com a cena; e não pode deixar de fazer a comparação: A carreirista, era como a Capital, e o menino, como ela. A Capital, grandiosa, não erra nunca. E ela, fraca, sendo obrigada a se submeter ao sistema da Capital, querendo ou não. E sendo humilhada por ser diferente, seja físicamente, seja psicologicamente.

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Kaethe trocou de roupa devagar e foi se deitar, mas ainda guardava a imagem dos tributos na cabeça.

Imaginou a menininha de doze anos sendo massacrada pelo outro menino, de seu distrito. O menino do dez, com problemas no pé, tendo seu tronco e sua cabeça perfurada pelas facas da menina do dois. Logo, logo, caiu no sono.

Kaethe corria desesperada, sem destino. Não sabia o motivo de estar correndo. Apenas seguia seu instinto. Tentava – inutilmente – ignorar a cabeça latejante e não olhar para o braço sangrando. Consequência de um galho que entrara em seu caminho no meio da correria. De repente, ela ouviu um estrondo. Um barulho... De canhão. Olhou para o chão e viu uma poça de sangue sujando seus sapatos. Foi aí que ela se tocou... Era uma tributa. E estava na arena. Não sabia de quem era aquele sangue que sujara seus pés.  E nem queria saber.

Ela se desesperou. Pensou em como sairia dali. E começou a correr novamente.

Trombou com algo, caindo no chão enlameado da floresta.

Olhou para cima, e viu o menino e a menina do distrito dois. Entrou em desespero na mesma hora.

Olhou para os lados, tentando achar uma saída, mas a única coisa que viu foram corpos. Corpos e mais corpos, um por cima do outro. A menininha do distrito onze e seu parceiro de distrito. O menino do distrito dez. A menina que substituiu a irmã na colheita, do doze. E vários outros que ela nem sabia de quem era.

O menino do dois abriu um sorriso e levantou a espada.

“Não!” tentou gritar, mas nenhuma palavra saiu de sua boca. Apenas um ruído estranho.

Tentou levantar, também, sem sucesso. A menina do dois a empurrou de volta para o chão, enquanto gargalhava de sua situação. Que menina patética! Era como se dissesse.

- Chega de enrolar – Disse o menino. – Vamos acabar logo com ela. Quero ir para casa.

E abaixou a espada. E tudo escureceu.

Kaethe acordou com o primeiro sinal, suando frio. A risada da menina do dois ainda ecoava em seus ouvidos.

“Mais por que diabos eu estou nervosa por causa dos tributos?” Perguntou para si mesma.

Levantou-se e foi tomar banho. Tinha mais o que fazer. Não deixaria que um sonho a abalasse. Tomou café, Se vestiu e esperou pelo segundo sinal. E saiu, esgotada, para mais um dia de trabalho, quando ele tocou.


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Notas finais do capítulo

Bem, queria perguntar 2 coisas.
1) Vocês gostaram dessa narração?
2) Vocês preferem que eu narre em primeira pessoa ou em terceira?
Bem, respondam pelos reviews! U-u
E obrigado por não terem abandonado a história!
Ah, e eu tb quero divulgar uma história que eu AMOOOO!! Leiam, semideuses, tributos e mortais *-*
http://fanfiction.com.br/historia/275561/Love_In_BlackWhite/
Tem uma ótima narrativa, tortura, romance e drama. Perfeitaaaa *-------*
Acho que é só isso. Beeeijões!



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