Doce Reencontro escrita por Mari Costa


Capítulo 6
Mentiras Que Destroem, Verdades Que Magoam


Notas iniciais do capítulo

I'm Back o/
Espero que eu ainda tenha leitoras rs
Capitulo cheio de emoções... algumas opiniões iram mudar em relação a Maggie!
Boa leitura ^^



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Olhei-me no espelho pela ultima vez e fiquei um tanto satisfeita com o que vi. Não fora fácil achar um vestido que ficasse bem em mim. Eu havia emagrecido muito e todos estavam largos.

Mas eu havia conseguido encontrar um que ficasse legal. Como Forks fazia frio, optei por um cashmere vermelho de manga comprida que batia um pouco acima dos meus joelhos, uma meia-calça preta e um sapato Oxford com um salto pequeno. Nada muito chamativo.

Pela primeira vez eu queria ter vestidos sexy’s e sapatos com saltos arrasadores.

(n/a: Para quem quiser conferir o look da Bella: http://www.polyvore.com/bella_cap_vi/set?id=59902198)

Por fim passei um pouco do meu Chanel e desci. Eram 18: 55hrs e se Edward não tivesse mudado, ele estaria para chegar. Ele sempre fora pontual.

— Nervosa? —meu pai perguntou assim que me sentei no sofá.

Assenti suspirando.

— Não sei por que quer falar sobre a Maggie em outro lugar. Poderíamos falar aqui, ou no colégio.

Eu realmente não entendia essa atitude de Edward.

— Pode ser que tente consertar as coisas com você.

— Duvido — falei nervosa — Ouvi dizer que ele passa muito tempo com a viúva Uley.

— Jasper também passa muito tempo com ela, mas o amor não é a razão de seu interesse. Ambos querem fazer um negócio. Obter umas terras que confinam com seus ranchos.

— Mas todo mundo diz que é uma mulher muito bela.

— É verdade. Mas Jasper não tem intenção de manter uma aventura, e Edward se limita a ser educado.

— Me disseram que tem intenção de casar-se.

— Sério? — perguntou, franzindo o cenho em sinal de confusão.

— A senhora Webber disse que Maggie fugiu de casa porque pensou que ele iria casar-se com a viúva.

Papai negou com a cabeça.

— Isso não me surpreende tanto. Maggie não se dá bem com ninguém. Se alguém não der um jeito dela, acabará mau.

— Temo não ter sido justa com ela — confessei — Se parece muito com a Tânia. Ela deveria gostar muito dela.

— Duvido. Sua mãe a deixava com uma babá sempre que podia, e se dedicava a beber até que não podia mais. Nunca foi boa motorista. Talvez essa fosse a razão de que acabasse no rio.

O acidente de Tânia fora muito noticiado na época, devido a Edward ser um homem famoso nos negócios. Quando fiquei sabendo, eu realmente me senti mal por ela, mas não tive estomago para ir ao funeral. Não tinha sentido.

O som de um carro estacionando interrompeu meus pensamentos. Levantei-me para abrir a porta.

Edward estava lindo. Usava um jeans preto, camisa azul de botões e uma jaqueta marrom de couro. Nos pés sua inseparável bota texana. Quase passei a mão no queixo para me certificar de que não havia baba escorrendo.

— Boa noite chefe Swan – se virou para mim – Pronta?

Assenti.

— Só vou buscar minha bolsa.


Edward PDV


A olhei enquanto subia. Bella estava linda. Suspirei.

— Não a traga muito tarde — Charlie disse com frieza — Não se encontra bem.

O olhei atento. Eu percebi que Bella não estava muito bem. Ela havia emagrecido muito.

— O que está acontecendo? — perguntei realmente preocupado.

— Acho que ainda não se recuperou da morte da mãe — lhe recordou — Bella era muito ligada a Renne.

— Perdeu peso, verdade?

Charlie concordou.

— Agora que voltou para casa, recuperará — respondeu, olhando-me com intensidade — Não volte a machucá-la. Se quer falar com ela sobre sua filha, perfeito. Mas não espere nada. Ainda está furiosa pelo que aconteceu no passado, e não a culpo. Cometeu um terrível engano e não quis ouvi-la. De nada serve que se arrependa. Foi ela quem teve que ir embora da cidade.

Apertei os dentes irritado, mas não respondi. Afinal o que ele dissera era nada mais que a verdade.

Quando Bella retornou a tensão na sala era quase palpável. Franziu o cenho olhando de mim para o pai. Charlie estava visivelmente zangado enquanto eu tentava manter meu rosto sem expressão.

Bella PDV:

Quando voltei à sala, havia uma tensão visível. Olhei receosa de Edward para Charlie. Balancei a cabeça. Com certeza não havia acontecido nada.

— Vamos? – chamei.

A noite estava bem fria. Uma fina camada de neve cobria a cidade. Edward se encaminhou para um carro e... WOW! Era um Volvo c30 prata. Bem diferente da antiga camionete que ele usava quando estávamos noivos. Definitivamente as coisas melhoraram.

— Podemos ir a lanchonete do Ted. Está aberto toda a noite e tem bom café, se te parecer bem. – sugeriu assim que entramos no carro.

— Por mim tudo bem.

O caminho não era muito curto e o fizemos em silêncio. A lanchonete ficava nas redondezas de Forks e era um lugar bem aconchegante. Era conhecido por servir um bom café e boa comida.

Assim que entramos no local uma garçonete veio nos atender.

— Só quero café — disse com um sorriso.

— Trouxe-te para que jantemos — Edward disse com firmeza.

— Bem, em tal caso comerei Ravióli de Cogumelos. E café.

Edward pediu um filé e uma salada antes de devolver a carta à garçonete.

— Precisa comer algo mais. – ele disse suavemente.

O tom doce de sua voz me recordou os tempos passados. Quando éramos noivos quase não saiamos, porque Edward não tinha boa condição financeira e seu orgulho masculino não me deixava pagar nada. Mas eu não ligava, para mim apenas sua companhia bastava.

Naquela época varias vezes nós ficávamos namorando na velha camionete na frente de casa. Ele costumava ser tão carinhoso... E os beijos? Céus! Eram tão quentes que eu realmente ficava surpresa com seu autocontrole.

E eu como uma tola romântica acreditava que ele respeitava minha honra. Mas quando ele se casou com há Tânia, ela já estava grávida eu cheguei à conclusão mais obvia.

— Disse que precisa comer algo mais — repetiu.

O olhei voltando ao presente.

— Não me senti bem durante o dia todo — falei evasiva — Na verdade, não tenho fome.

Edward me observou atentamente.

— Queria falar contigo a respeito de minha filha — mudou de assunto — Sei que está causando problemas, e espero que possamos encontrar uma solução, juntos.

— Não é necessário. Fez os deveres, e suponho que mais tarde ou mais cedo cederá.

— Ontem à noite disse muitas coisas sobre você. Disse que a odeia e que não quer que esteja em sua classe porque se recorda da sua mãe.

Sustentei seu olhar. A menina era muito esperta. Era obvio que ela aumentaria para Edward na primeira oportunidade que tivesse. E ele acreditou.

Suspirei resignada.

Agora eu entendia o porquê desse encontro. Era uma maneira sutil e fria de pôr-me em meu lugar por ter incomodado sua filha.

Fiz um esforço para sorrir antes de falar.

— É possível encontrar algum táxi por aqui? — perguntei tensa — Desse modo não terei que te pedir que me leve a casa. — tentei me levantar, mas Edward me impediu.

Naquele momento chegou a garçonete, que trazia duas xícaras de café fumegante.

— Sinto ter demorado. Algo errado? — perguntou.

— Não — Edward respondeu sem deixar de me olhar — Nada. Se não for muito tarde para mudar de opinião, acredito que não jantaremos nada. Só tomaremos o café.

— Perfeito. Encarregarei-me disso.

A garçonete saiu, não sem antes me olhar. Provavelmente percebeu meus olhos cheios d’água.

Meu queixo tremia.

— Não chore — disse Edward tenso — Por favor.


Edward PDV:


Eu fechei os olhos em busca de apoio, lutando contra as lembranças, contra a dor.

— Vamos, diga que minha filha está mentindo. – Pedi ainda de olhos fechados.

— Não tenho intenção de falar contigo — falou fria — Não aprendo nunca. Pensei que queria conversar sobre o problema, mas isto não é um bate-papo. Parece um tribunal da inquisição. Em qualquer caso, já pedi à diretora que a mude de sala. Mas não é possível, de modo que não tenho mais opção que renunciar a meu trabalho e retornar ao Arizona.

Olhei-a sem palavras. Eu não esperava essa reação. Uma calma fria, distante. Imaginei que ela fosse negar veemente.

— Acha que sua filha é um anjinho? — continuou ela — É malcriada e mais mentirosa que sua própria mãe.

— Droga! – praguejei nervoso.

Subitamente Bella pegou sua bolsa e se levantou, saindo com rapidez da lanchonete. Joguei duas notas de vinte dólares e a segui.

Cheguei à calçada no instante momento que escorregava na calçada devido ao gelo.

Corri em sua direção.

— Você se machucou? – perguntei preocupado enquanto a ajudava a levantar.

Ela apenas negou, sem dizer uma única palavra.

Olhei seu rosto por alguns segundos, procurando algum sinal de dor. Ela parecia tão frágil, que às vezes tinha a sensação de que se quebraria ao menor toque.

Silenciosamente entramos no carro. Silenciosamente fizemos a viagem.

Quando eu parei o carro em frente a sua casa ela rapidamente destravou o cinto. Ia abrindo a porta quando eu a parei.

— Por que não reconhece a verdade? — perguntei com raiva — Por que não deixa de mentir sobre a relação que mantinha com Billy Black? Comprou-lhe o vestido de noiva, e até pagou seus estudos. Todo a cidade sabia que deitava-se com ele, mas conseguiu convencer todos de sua inocência. Pois bem, nunca conseguirá convencer a mim.

— Sei — disse sem me olhar — E agora, me deixe sair.

Mais uma vez ela havia me surpreendido. No fundo eu sabia que ela nunca havia me traído, mas eu precisava tirar uma reação dela. Nem que essa reação fosse gritos e tapas.

— Deitava-se com ele! — acusei entre dentes — Teria sido capaz de morrer por você se...

— Não me deitava com ninguém. Em troca, você o fez com minha melhor amiga. Deixou-a grávida quando estávamos comprometidos. Acha de verdade que me importa sua opinião, ou seus sentimentos? Não estava com ciúmes do Billy, nem sequer me amava. Pediu minha mão porque queria obter os contatos e a influência de meu pai. Necessitava-os para salvar o rancho de sua família e tornar-se rico.

Sua acusação me pegou de surpresa e eu não sabia o que dizer. Seu rosto estava vermelho e algumas lágrimas o marcavam.

— Os pais da Tânia não podiam te ajudar — continuou — Mas os meus sim. Usou-me! A única coisa decente que fez foi não deitar-se comigo. Embora tampouco se importasse muito, visto que estava transando com a Tânia.

Eu não podia acreditar no que estava ouvindo. Era a primeira vez que alguém me dizia algo assim tão grave. O choque era tanto que eu estava sem palavras.

— E me acusa de mentir? — riu ela — Tânia mentiu. Mas você preferiu acreditar nela porque te deu a oportunidade de romper nosso compromisso um dia antes do nosso casamento. E continua acreditando, porque não pode admitir que só estava comigo para satisfazer sua ambição. Aquilo não te rompeu o coração. Aquilo feriu seu orgulho. Já não precisava do sobrenome de minha família para ficar rico.

— Consegui recuperar o rancho da família com meu próprio esforço — disse irritado, quando finalmente consegui falar.

— Usou o sobrenome de meu pai. Isso foi o que disse o senhor Volturi, o diretor do banco. Até riu ao recordar a maneira que tinha de utilizar o nome de meu pai para obter o que pretendia.

Mais uma vez eu havia ficado sem palavras. Até então eu nunca tinha me dado conta que se não fosse o nome de Charlie Swan, nenhum banco teria aberto as portas para mim. Afinal, quem em sã consciência daria crédito ao filho de um alcoólico viciado em jogos de azar e com uma fazenda em ruínas?

— Bella... — tentei toca-la, mas ela se esquivou.

— Não atreva-se a me tocar. Já tive o suficiente. E já que você gosta tanto de acreditar em rumores, te darei um: sua filha perderá o ano se não estudar. Embora me custe o emprego. Não me importa absolutamente.


Bella saiu do carro e eu rapidamente a segui.


Então sem pensar nas consequências eu a beijei. Não foi um beijo calmo e doce. Foi um beijo duro. Beijo que ela na correspondeu. Passeei a língua por seus lábios com desejo. Puxei seus quadris para o meu corpo.

Ela continuava parada.

Abri os olhos e encontrei aquele mar de chocolate. Brilhavam de tristeza.

Save-me – Queen

(n/a: ouçam, e leiam a letra também, please!)

Tudo começou tão bem

Diziam que éramos um casal perfeito

Eu me vesti

Com sua glória e seu amor

Como amei você

Como chorei


Mudei de tática.


Fechei os olhos e passei a beija lá lentamente. Passeei minha língua por seus lábios com carinho. Como uma caricia lenta e sensual.

Ela continuava sem corresponder. Seu corpo estava tenso e seus olhos estavam molhados e tristes.

Por fim me afastei. Devastado.

— Não devia ter feito isso — falei depois de um momento de silêncio. — Não pretendia que as coisas terminassem assim — completei decepcionado comigo mesmo.

— Não?

Sua face estava pálida e sua voz embargada. Seu queixo tremia muito e algumas lágrimas escaparam.

— Oh, Meu Deus, não chore — supliquei — Sinto muito, sinto-o tanto, Bells...

Os anos de carinho e lealdade

Nada foram além de fingimento

Os anos nos desmentiram, vivemos uma mentira

Amarei você até morrer


Eu não suportava quando ela chorava. Era como se apertassem meu coração com uma mão. Eu poderia lidar com sua raiva ou sua indiferença. Mas suas lágrimas sempre me venciam. Principalmente porque eram causadas por mim.


Um soluço escapou de seu peito.

E mais uma vez sem pensar eu a puxei para os meus braços. A abracei delicadamente, dessa vez sem raiva. Minha mão direita fazia pequenos carinhos em suas costas.

Ela estava tão frágil, tão pequena.

Apertei mais meus braços ao redor dela, como se assim eu pudesse protegê-la do mundo.

Discretamente cheirei seus cabelos, me embebedei do seu aroma doce de morangos.

— Passou tanto tempo... — murmurou ela.

— Toda uma vida — murmurei de volta.

Salve-me, salve-me, salve-me

Não consigo enfrentar essa vida sozinho

Salve-me, salve-me, salve-me

Estou nu e longe de casa


De repente aquela água salgada lotou meus olhos. Com muito esforço não as deixei que saíssem.


— Está tão magra — falei. Eu realmente estava preocupado.

— Foi um ano muito difícil.

— Todos estes anos foram difíceis — murmurei — Sinto muito o que aconteceu esta noite. Sinto de verdade.

Ficamos em silencio por um tempo. Ainda abraçados.

— Por que voltou? – perguntei.

Ela ficou tensa por um momento.

— Meu pai esteve doente — respondeu— Precisa de mim. Não me tinha dado conta até o Natal passado.

Ela me deu um sorriso vacilante e abaixou a cabeça.

— Agora tenho que voltar para casa. Edward...

Suspirei. Eu não queria me separar dela.

O passado em breve estará limpo

Apagarei as lembranças

Para recomeçar com outro alguém

Foi tudo um desperdício?

Todo aquele amor?


De repente ela levantou a cabeça. Suas bochechas estavam coradas e seus olhos brilhavam tanto.


— Poderia me beijar uma vez mais, só uma vez mais, como antigamente?

Estranhei seu pedido, mas não questionei.

Lentamente aproximei meu rosto do seu e encostei meus lábios nos dela. Beijei-a como antigamente. Com delicadeza. Não queria assusta-la. Bella apertou seus pequenos braços em minha volta. Não houve nem passado nem futuro.

Separamos-nos quando o ar se tornou necessário. Puxei Bella para meus braços encostando sua cabeça em meu peito.


Abaixo a minha cabeça e anuncio


Alma à venda ou para alugar

Eu não tenho coração, eu sou frio

Não tenho intenções sinceras

Depois de um tempo ela levantou o rosto e me olhou.

— Obrigado — disse quase sem voz.

Então com um ultimo olhar ela se virou e entrou.

Logo eu entrei no volvo e parti em direção a minha casa. Tudo queeu queria agora era minha cama. Eu estava cansado, físico e emocionalmente. Os últimos acontecimentos não saiam da minha cabeça. A volta repentina de Bella e o pedido do beijo.

Salve-me, salve-me, salve-me

Não não consigo enfrentar essa vida sozinho

Salve-me, salve-me, salve-me

Estou nu e longe de casa


“— Poderia me beijar uma vez mais, só uma vez mais, como antigamente?”


Mais uma vez senti uma dor no coração ao relembrar as palavras. Fechei os olhos me lembrando da forma que seus lábios se mexiam contra os meus... Com intensidade... Abandono. Parecia uma despedida. E provavelmente era.

Por mais que eu almejasse algo entre nós, as magoas do passado eram grandes demais. Mesmo morta Tânia ainda nos assolavam. Ela havia partido, mas deixara uma barreira eterna entre mim e Bella... Maggie.

Toda noite eu choro

Ainda creio na mentira

Amarei você até morrer

Sim, salve-me, salve-me

Para sempre salve-me

Não me deixe enfrentar a vida sozinho

Salve-me, salve-me

Estou nu e longe de casa


— O que está fazendo acordada? Onde está a senhora Clearwater? — perguntei ao encontra-la senta na escada.


— Teve que sair.— deu de ombros — Disse a senhorita Swan que é melhor que seja boa comigo a partir de agora?

— Como sabe que estive com ela? – perguntei com o cenho franzido.

— A senhora Clearwater que me disse. E também disse que a senhorita Swan é encantadora, mas não é verdade. É uma bruxa. Disse para ela que você a odiava. Disse que queria que partisse daqui e que não voltasse nunca.

Gelei ao ouvir tanta raiva na voz de minha filha. Agora entendia porque Bella se comportou com tanta frieza em relação à Maggie.

— Quando disse isso? — perguntei curioso.

— Na semana passada — respondeu — Eu também quero que vá embora. Eu odeio ela!

— Por que?

— Porque é uma idiota. Fica toda feliz quando Julie leva flores ou brinca com ela. Nem sequer sabe que só tenta agradá-la. E Julie já não quer brincar comigo, porque está muito ocupada agradando a senhorita Swan.

Passei a mão em meus cabelos, num gesto de nervosismo.

— Quero que a partir de agora faça os deveres — disse ele — E pare de comportar-se mal na classe.

— Não me comporto mal! E tenho feito os deveres! É verdade! – fechei os olhos — Ela te disse que estou me comportando mal? — continuou.

— O que importa o que me disse? — respondeu seu pai, olhando-a com irritação — Será melhor que me obedeça, ou terá que aguentar as consequências.

Sem nem um olhar em sua direção eu subi as escadas em direção ao meu quarto.

***

Edward partiu muito zangado e aborrecido. Com isso, não viu o olhar de sua filha. Era um olhar triste, magoado e ferido. Ninguém nunca vira esse olhar. A menina tratava de se esconder atrás de sua impulsividade, para que as pessoas não vissem o quanto podiam machuca-la. Mas agora a mascara havia caído.

Olhou para seu pai com seus olhos azuis cheios de lágrimas, apertando os punhos.

— Papai — suspirou em voz muito baixa —, por que não me quer? Por que não pode me querer? Não sou má. Não sou má. Papai...

Mas Edward não a ouviu.


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Notas finais do capítulo

E ai gostaram? Que tal deixar um review?
Vou tentar não sumir :)