Doce Reencontro escrita por Mari Costa


Capítulo 4
Reencontro


Notas iniciais do capítulo

Hey babies!
Peço desculpas a vocês por ter sumido (se é que eu ainda tenho leitoras).
Prometo que terão capítulos com menos espaço de tempo.
Nesse capítulo acredito que algumas vão odiar o Edward.. Eu pensei em fazer um PDV da Maggie, mas achei desnecessário, então eu apenas deixei em negrito e em terceira pessoa um pouco dos pensamentos dela. Vocês irão entender um pouco o porque dela ser assim.
Percebi que surgiu algumas duvidas sobre a pequena personagem.
1. Maggie tem 8 anos, quase 9, mas é uma meninas muito inteligente, e por não ter atenção, ela se refugia nos livros, por isso é uma menina um tanto madura.
2. Bella é professora do ensino fundamental.
3. Quanto de linguagem culta, o Word (e agora o Chrome também) sempre oferece uma correção gramatical e eu aceito, por gostar de linguagem mais formal. Mas vou tentar deixar pelo menos as falas da Maggie mais informal.
Bom chega de blablabla e vamos ao capítulo!
Enjoy :)



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Na segunda feira eu tive que ficar depois do horário, pois tinha muitas coisas pra resolver. E devido ao horário a escola estava praticamente vazia.

Depois de um tempo, pude ouvir passos no corredor. Passos fortes e poderosos. Eu sabia muito bem a quem pertenciam. Eu tinha certeza de que Maggie tinha falado com Edward, como dissera que ia fazer.

Uma alta e familiar figura entrou na sala de aula, com olhos verdes brilhantes e escuros como a morte.

Edward Cullen parou na minha frente e não me cumprimentou. Estava muito bem vestido. Parecia que as coisas andavam muito bem. Mas aos meus olhos ele ainda era aquele homem muito distinto, um solitário jovem que não encaixava em nenhuma parte, e que sonhava saindo da pobreza. Às vezes eu me recordava daquela imagem e o amava em sonhos.

— Estava te esperando — disse voltando ao presente — Sua filha foi suspensa, e mereceu. Dei-lhe toda uma semana para que trouxesse os deveres e não o fez.

— Ah, sim, agora tenta me convencer de que não tem outros motivos. Sei muito bem por que se coloca contra minha filha, e quero que deixe de persegui-la. Está aqui para ensinar. De modo que não pague suas frustrações com ela.

— Sua filha vai repetir o ano. Não participa das aulas, não faz os deveres, e se nega a responder os exames. Francamente, surpreende-me que não tenha repetido nenhum ano — sorri friamente — Embora, conforme me disse a diretora, que também te teme, tem influência suficiente para despedir qualquer um que não a passe.

Edward me olhou, surpreso.

— Não utilizaria nunca meu poder para algo assim. É uma menina muito inteligente.

Eu abri a gaveta da minha mesa e tirei o último exame da Maggie.

— De verdade? — perguntou.

Ele pegou o exame. Observou-o e depois me olhou com firmeza.

— Está em branco.

Assenti pegando o exame de volta.

— Isso mesmo.

— Nunca se tinha comportado desse modo.

— Não posso saber. Sou nova aqui.

— Mas é evidente que não gosta de minha filha.

Mantive meu olhar frio.

— Acha, de verdade, que retornei a Forks para me vingar da Tânia na pessoa de sua filha? — perguntei, embora me desagradava expor as coisas naquela forma. Entretanto, eu não tinha outra opção. Maggie era absolutamente insuportável.

— De sua filha e de minha filha — particularizou, como se soubesse como isso doía em mim.

— É óbvio. É filha dos dois.

Edward assentiu lentamente.

— De modo que isso é o que ocorre. Não gosta dela porque se parece com a Tânia.

— Certamente, é sua viva imagem.

— E continua odiando-a depois de todos estes anos.

Apertei os punhos, sem afastar o olhar.

— Estamos falando de sua filha.

— Nem sequer você gosta de pronunciar seu nome — espetou, apoiando-se na mesa — Se supõe que os professores devem ser imparciais, que devem ensinar a todos por igual, independentemente do que sintam pelos alunos.

— É verdade.

— Pois está transgredindo seu código — continuou, sorrindo com dureza — Deixa que te diga algo, Bella. Retornou a sua casa, mas está em minha cidade. Metade da localidade é minha, e conheço todos os membros da direção. Se quer continuar trabalhando aqui, será melhor que mantenha uma atitude imparcial com todos os alunos.

— Sobre tudo no relativo à sua filha, suponho.

— Já vejo que compreendeu.

— Não a tratarei de forma injusta, mas não terei nenhum favoritismo com ela — falei em tom gelado — Não passará em nenhum exame que não mereça passar. E se quer me despedir, vá em frente.

— Droga, não quero que lhe despeçam — disse de repente — Não me importa que viva com seu pai; nem sequer me importam as razões que tenha tido para retornar. Mas não permitirei que persiga a minha filha por algo que não fez. Não é culpada do que aconteceu no passado. Não tem nada a ver com isso.

— Nada? — perguntei irônica — Tânia estava grávida dela quando se casou, e de fato nasceu sete meses depois do casamento. Estava-se deitando com ela enquanto me jurava amor eterno.

Dizer aquilo doeu mais do que quando o medico me disse que eu tinha leucemia. Mas era verdade. Tânia já estava grávida quando eles se casaram.

Xinguei-me mentalmente por ter-me exposto tanto para ele.

Ele respirou fundo me olhando furiosamente, e pela primeira vez, eu desviei o olhar percebendo que segurava a mesa com força. Relaxei. Não daria a ele o gostinho de ver o quanto eu estava tensa.

— Sinto muito. Não devia dizer algo assim — continuei depois de uns segundos de silêncio — Não tinha direito. Seu casamento é assunto seu, igual a sua filha. E te asseguro que não estou sendo injusta com ela. Mas espero que trabalhe como o resto dos alunos. Se não o fizer, perderá o ano.

Edward se afastou da mesa e colocou as mãos nos bolsos. Então me olhou e disse, de forma enigmática:

— Maggie já pagou um preço muito alto por tudo isso, embora não saiba. Entretanto, não permitirei que a fira.

— Pense o que pense sobre mim, não tenho por costume resolver meus problemas pessoais fazendo inocentes pagar por eles.

— Agora tem vinte e sete anos — disse ele, surpreendendo-me — Ainda continua solteira. Não tem filhos.

— Sim, é verdade — sorri.

— E não tem intenção de encontrar alguém? Não tem intenção de ter um futuro?

— Já o estou fazendo.

Imediatamente, ressurgiu o meu medo de morrer. Talvez eu não tivesse nenhum futuro, absolutamente.

— De verdade? Seu pai morrerá , e ficará sozinha.

— Estive sozinha muito tempo — declarei mostrando uma tranqüilidade que eu não sentia — E se aprende a viver com a solidão.

Edward não disse nada durante uns segundos.

— Por que voltou? — perguntou em voz muito baixa.

— Por meu pai.

— Cada dia está melhor. Não precisa de você.

— Mas eu precisava de alguém.

Edward riu de maneira estranha.

— Não me olhe desse modo, Bella. Pode ser que você precise de alguém, mas eu não. E muito menos de você.

Antes que eu pudesse dizer alguma coisa, ele saiu da sala de aula e se afastou tão rapidamente como tinha aparecido.

Suspirei tentando me acalmar. Meu coração batia acelerado.


Edward PDV:


Assim que pus meus pés em casa Maggie veio ao meu encontro, provavelmente estava me esperando.

— Falou com ela? Conseguiu que a despeçam? — perguntou ansiosa — Sabia que mostraria quem é o chefe aqui!

Estreitei os olhos a observando. Nunca a havia visto tão entusiasmada.

— Por que não tem feito seus deveres? – perguntei nervoso.

Ela deu de ombros.

— São estúpidos. Queria que escrevêssemos uma redação sobre nós mesmos, que resolvesse uns problemas e que respondesse às perguntas de um exame de língua.

Respirei profundamente rogando por paciência.

— Quer dizer que não o fez?

— Bom, suponho que lhe disse que não tenho por que fazê-lo, verdade?

— Fez seus deveres ou não? – perguntei novamente, já sem paciência.

— Não. Eram ridículos, já lhe disse isso.

— Droga! Mentiu para mim.

Maggie deu um pulo assustada com minha explosão.

— A partir de agora fará seus deveres, entendido? — falei irritado — E a próxima vez que tenha um exame, não ficará com os braços cruzados, sem fazer nada. Está claro?

Maggie apertou os lábios.

— Sim, papai.

— Meu Deus — disse furioso — É exatamente igual a sua mãe, verdade? Pois bem, isto terminou. Não quero que volte a me mentir. Jamais.

— Mas papai, se eu não mentir nunca...

Edward não a escutou. Separou-se dela e se dirigiu as escadas. Maggie o observou com lágrimas nos olhos, apertando os punhos. Havia dito que era como sua mãe, quão mesmo dizia a senhora Clearwater de vez em quando. Sabia que seu pai não estava apaixonado por sua mãe, e que sua mãe se embebedava e chorava por isso. A governanta tinha comentado, em certa ocasião, que Tânia tinha mentido e que o pai odiava sua mãe por isso. Rapidamente, chegou à conclusão de que também a odiaria se ela mentisse. De modo que correu em sua busca.

— Papai! — Maggie me chamou.

— O que é? – questionei sem me virar.

— É que eu não gosto dela!

— Tentou cooperar com ela? — perguntei nervoso.

Diante da falta de resposta rumei-me para meu quarto.


A menina se encolheu de ombros e afastou o olhar para que não pudesse notar suas lágrimas. Estava acostumada a esconder seus sentimentos, naquela fria e vazia mansão.

Deitado em minha cama eu refletia sobre os acontecimentos do dia. Enfurecia-me à forma que Maggie me manipulou para ferir uma pessoa inocente com acusações falsas... Para ferir Bella. E isso mostrava o quão pouco eu conhecia de Maggie devido ao tempo que passava com ela. Tempo esse que era raro. Confesso que sempre me senti culpado em ralação a isso. Mas Maggie é tão parecida com Tânia... A forma de como se comportou nos últimos tempos era a prova viva dessa semelhança.

Fechei os olhos tentando dormir. Coisa praticamente impossível no momento. Bella não saia de minha cabeça.

Nove anos depois e Bella continuava linda.

Os olhos de um castanho profundo que sempre me fascinava pareciam tão misteriosos. Os lábios rosados e delicados... convidativos. Lembrava-me a forma com que eles se moviam quando se juntavam aos meus.

Mas mesmo Bella estando linda eu pude reparar em uma coisa. Ela estava mais magra e mais pálida. Parecia cansada. Será que Bella esta doente?

Não... Se estivesse doente ela viria para Forks. Um médico não recomendaria um lugar frio e úmido para tratar uma enfermidade.

Repassei mentalmente a conversa que tivemos mais cedo.

Por que essa volta repentina? Essa pergunta martelava em minha cabeça.

Por que ele voltou logo agora que eu estava conseguindo esquecê-la? Não... Eu nunca esqueceria Bella...

Lembro-me de quando descobri a verdade... Como eu havia bebido igual a um porco e tinha parado na casa de seu pai... Perguntei tudo sobre ela, fiz planos para o futuro.

Mas quando fiquei sóbrio e vi Maggie, eu cai em mim... Se nem eu consigo amar Maggie, Bella então... Não... Eu não merecia Bella... Eu há havia feito sofrer em acreditar em Tânia... Então prometi a mim mesmo que nunca há procuraria, nuca há faria sofrer novamente.

E hoje eu havia quebrado minha promessa... Por causa de Maggie eu ataquei Bella sem necessidade.

A forma como Bella me tratou... Matou qualquer esperança que eu tinha. Fria e distante. Como uma pedra de gelo. E o pior era que eu não podia culpa-la. Por uma estupidez minha no passado eu havia perdido tudo aquilo que eu mais queria.



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Notas finais do capítulo

Deixem reviews!
Beijos e até a próxima!



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