Fairytale? escrita por Caroline Santos


Capítulo 3
Wedding?




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No dia seguinte...

                A claridade que vinha do lado errado do quarto denunciava que eu havia feito besteira... de novo. Acordei sentindo um braço ao redor da minha cintura, e constatei que estava nua. Fechei os olhos tentando me acostumar com a recente luz e me levantei, dando que cara com um espelho denunciando exatamente com que eu havia feito besteira.  

                    E lá estava ele, dormindo feito um bebê, como se nada importante acontecesse ao seu redor.

                - Arrrrrgh seu idiota! O que você está fazendo aqui? – gritei jogando a primeira coisa que eu vi pela frente, um celular.

                - O que você fez sua maluca?

               - O que eu fiz? O que você fez é pergunta correta. Você se aproveitou de mim quando eu estava bêbada – gritei jogando um travesseiro na direção do ser desprezível a minha frente.

                - Acredite, normalmente eu me aproveitaria mas no seu caso eu nem precisei!

                - Seu imbecil, idiota, babaca. Aproveitador de garotinhas indefesas! – sai da cama puxando o lençol junto comigo e procurando as minhas roupas. Ah as minhas roupas, me abandonaram justo quando eu mais precisei delas.

                - Indefesa? Você pode ser tudo mais indefesa eu garanto que você não é. Você me atacou ontem à noite! Para início de conversa, não fui eu que tomei a iniciativa.

                - Arrrrgh, eu te odeio.

                - Jura? Não parecia isso ontem a noite enquanto você gemia o meu nome – o ser repugnante disse enquanto vestia suas roupas.

                - Merda, a Thalia e a minha mãe vão me matar, assim como você eu vou fazer com você!

                - Neurótica.

                Naquele momento eu já estava a ponto de estrangular aquele imbecil filho de uma mãe, mas algum ser com muita raiva de mim, eu acredito, resolveu atrapalhar o meu assassinato.

                - Vocês já se mataram aí dentro? Annabeth, podemos ir? – ah, mas é agora que eu mataria um...

                - Sua infeliz. Porque não me impediu de dormir com essa coisa?

                - Eu? Impedir? Pergunta pros amigos de vocês se eles deixaram.

                - Só me tira logo daqui Thay, por favor.

                Sai andando – leia-se correndo – em direção a porta da frente, com Thalia atrás de mim, mas tarde eu resolveria o assunto com aquela dali. Antes eu precisava ir para casa.

                Chegando em casa, fui direto pro meu quarto e me deitei – leia-se me joguei – na cama. Thalia logo entrou no quarto com um pote de sorvete. Eu aqui sofrendo e ela só pensa em comer. Grande amiga eu tenho!

                - Okay, agora somos só nós duas. Trate de abrir o bico. Porque não me impediu de dormir com aquele babaca?

                - Bem que eu tentei, mas sabe seus amigos disseram que vocês já eram grandinhos o suficiente para se virarem sozinhos! – ela disse tranquilamente enquanto ligava o computador.

                - Com “meus amigos” você quer dizer seu namorado, né?

                - Err... talvez.

                - Nossa, fiquei até emocionada com o jeito que você ajuda a suas amigas!

                - Ah Annie qual é, vai me dizer que não estava com vontade de ficar com o Percy? – e a cara de pau pergunta como se fosse a coisa mais normal do mundo. Aonde foi que eu errei com essa garota?

                - Ah lógico Thalia, claro que eu estava... com vontade de matar aquele imbecil! Pelo amor de Deus, era só o que me faltava. –

                - DROGA! – gritei que nem uma louca do banheiro.

                - Meu Deus Annie, só porque eu falei que você tava com vontade de ficar com o Percy?

                - Thalia, já deu okay. Eu esqueci da porcaria do jantar da minha mãe, para apresentar o novo namorado. Nem sei para que esse teatro, com o histórico dela todos já sabemos que não vai durar!

                - Como será que ele é dessa vez? Da última vez era um australiano... e que australiano – Thalia tinha sérios problemas.

                - Eu não sei, o nome dele é Poseidon, a única coisa que eu sei é que ele trabalha com ela. Eu só quero que essa tortura acabe logo.

                Quando começou a anoitecer, eu já estava pronta. Estava ajudando minha mãe a arrumar a mesa para o maldito jantar. Impaciente, era o diminutivo do que eu estava. Odeio tanto jantares assim como odeio festas. E odeio mais ainda o fato de eu não estar com clima para comemorações. Quando estávamos terminando de colocar as taças na mesa quando a bendita campanhia tocou.

                Ótimo, meu inferno acabou de começar.

                - Boa noite Poseidon.

                - Boa noite Atena, nossa você está linda! Bom, esse é o meu filho, Percy.

                Não, não e não. Eu não tenho tanto azar assim. Afinal, as chances são mínimas. Eu teria que ser muito azarada para minha mãe resolver namorar o pai daquele acéfalo. A partir daí não escutei mais nada da conversa, me concentrei em terminar de arrumar a mesa, antes que eu quebrasse alguma coisa.

                - Bem, essa é a minha filha, Annabeth – agora eu estou ferrada.

                Quando me virei, lá estava ele me olhando com aquele maldito sorrisinho malicioso. Estava de jeans e uma blusa azul de manga cumprida e gola V. Infelizmente, o infeliz estava bonito. Do seu lado estava um cara, que eu imaginei ser Poseidon. Com os mesmos olhos verdes do acéfalo ao seu lado, estava vestindo um terno preto impecavelmente arrumado. Pelo menos parece que dessa vez minha mãe escolheu certo.

                Caminhei lentamente em direção aos três, porque por pior que estivesse a noite não tinha como piorar.

                - É um prazer conhecê-la  Annabeth. Sou Poseidon e esse é o meu filho Percy.

                - É um prazer conhecê-lo também. Já conheço o Percy, nós estudamos juntos – contra a minha vontade lógico.

                - Que coincidência! Nossos filhos estudam juntos! – jura mãe? – Bem, vamos jantar?

               

               

                Estávamos nós quatro em volta da mesa de jantar, comendo um delicioso macarrão ao molho branco, um dos meus pratos favoritos. Minha mãe e Poseidon estavam entretidos em uma conversa sobre projetos arquitetônicos e pareciam não notar os sorrisos sugestivos que Percy dava para mim. O energúmeno estava sentado do meu lado e toda hora ficava dando aqueles sorrisos ridículos. Mas eu estaria de boa se ele tivesse se contentado só com os sorrisos. Quando fui colocar uma garfada de macarrão em minha boca, sinto algo quente em minha coxa esquerda. Reação? Engasgar e começar a tossir que nem uma doida. Atena olhou para mim com uma cara preocupada e de quem não estava entendendo nada.

                - Filha, você está bem?

                - Estou sim mãe, só engasguei com o macarrão! – menti descaradamente e ela voltou a conversar com Poseidon.

                Olhei para o lado e Percy estava com uma cara engraçada, se segurando para não rir.

                - O que você pensa que está fazendo? – sussurrei ríspida, tentando me concentrar em qualquer coisa, menos os movimentos que sua mão fazia em minha coxa.

                - Nada, só animando um pouquinho a sua noite.

                - O problema é que a minha noite não quer ser animada – o infeliz moveu sua mão para a parte interna da minha coxa, e recomeçou as suas leves carícias. Prendi um gemido em minha garganta. Tentei me concentrar no prato de comida em minha frente, o que foi praticamente impossível, já que o infeliz ao meu lado tinha uma porcaria de um sorrisinho convencido. Como eu queria socar aquele sorriso...

                - Filha tá tudo bem?

                - Tá tudo bem sim mãe, só mordi a língua! – mordi a língua? Como assim? O que eu tinha na cabeça, nem mentir direito eu sei.

                - Pois parece que ela quer sim ser animada. E que você tá gostando – Percy falou baixo o suficiente para só eu escutar.

                Legal, a filha linda e maravilhosa dela sendo atacada no meio da sala de jantar e minha conversando sobre sei lá o que.

                - Dá pra você tirar essas mãos nojentas...

                - Bem crianças, nós temos um anúncio a fazer. Fiz esse jantar para comunicar a vocês que nós vamos nos casar.

                Quase cuspi fora todo o suco que estava tomando e o idiota até tirou a mão da minha perna com o susto.

                - Casar? Tã... Tão cedo? – eu não consegui nem falar direito. Ainda não entendi porque essas coisas acontecem justo comigo.

                - Até parece que não ficou feliz filha. Nós nos amamos, então resolvemos nos casar – Atena respondeu com um sorriso, enquanto olhava para Poseidon.

                - Quando é o casamento? – Percy finalmente usou a boca para algo útil.

                - No próximo mês.

                Troquei um olhar rápido com o Percy. Nós estamos ferrados. E isso era algo em que concordávamos.

                


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Notas finais do capítulo

Sei que eu demorei, mas eu estava com uns probleminhas. Resolvi não mexer em nada nessa fic, vou deixar ela do jeito que está, pois estou amando ela.
xoxo, littlesalvatore.