Crime Passional escrita por Flor de Cerejeira


Capítulo 6
Onde habita o ódio não há amor




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A noite chegou glamurosa, e com ela os convidados da tão esperada comemoração, entre eles o velho amigo de Inu-Taishou, Bokusen-ô e os amigos de faculdade de Inu-Yasha e Sesshoumaru. Estavam todos muito bem e o anfitrião divertia-se conversando com eles.

Também foram convidadas Kanna, Kagura seu pai Naraku e Sara.

Uma irritadiça Kagura convenceu Kanna a pedir que Inu-Taishou não fosse indelicado com a família, e Kanna, como estava sendo admirada pelo ex-general, resolveu conversar com ele, e ele educadamente aceitou, apesar de saber que aquilo era uma afronta contra Sesshoumaru.

Logo quase todos os convidados estavam na festa, só faltavam algumas pessoas, mas as que já estavam lá se divertiam e conversavam muito.

- Será que Sesshoumaru não vem? – Sara perguntou curiosa a Inu-Yasha.

-  Ele vem, foi buscar a Rin-chan em casa...

- Ela tinha que vir, mas que droga. – Kagura não gostou da idéia e virou o rosto para Inu-Yasha.

- Ela é namorada dele, você acha que ele ficaria sozinho, tendo uma gata como aquela como... – Miroku começou, mas logo se calou ao receber uma discreta cotovelada de Sango, que estava com uma expressão não muito amigável.

- Guarde seus comentários seu monge idiota... – Kagura esbravejou com um olhar estreito.

Rin estava terminando e por o enfeite nos cabelos suavemente presos num penteado muito elegante quando Sesshoumaru adentrou o quarto. Ele estava a esperando a alguns minutos na sala.

- Você esta linda, mas falta algo... – comentou o rapaz elegantemente vestido.

- Não, eu acho que esta ótimo, o que estaria faltando? – Ela se olhou novamente no espelho vendo o reflexo dele logo atrás dela.

Ele estendeu o colar e o pois no pescoço dela.

- Agora esta perfeita, parece uma princesa...

Rin arregalou os olhos ao ver a beleza da jóia, e virou-se para ele, que tinha um fraco sorriso.

- Não posso aceitar, é muito...

- Shh... você é minha maior fortuna... e esses brilhantes não tem nem a metade o valor que tem pra mim, são o mínimo perante sua beleza...

- Sesshy...

- Eu te amo Rin... – o rapaz a abraçou e a apertou delicadamente, podendo assim sentir o perfume que ela usava, e sentindo seu próprio ser sendo invadido pelo calor do corpo dela... a cada toque se sentia mais completo, pois ela estava com ele.

- Eu permaneceria assim com você por toda a eternidade, mas temos que ir princesa quero ver sua beleza ofuscar aquela festa...

- Pare com isso, assim me deixa sem graça...

- Sem graça, isso nunca acontece, você é uma mulher cheia de gracejo... – ele a tomou pelo braço e seguiram para seu destino.

Na festa, Kagura ainda estava mal humorada, todos dançavam, mas ela recusava todos os convites feitos a ela, ela queria dançar com ele.

Viu o carro dele estacionar logo a frente dos portões, e alegrou-se um pouco ao ver como estava elegante, mas algo chamou-lhe mais a atenção, e boqueabriu.

Elegantemente ele trazia Rin, como um casal de noivos. Com isso ela enfureceu-se e jogou a taça que segurava longe.

- Olha aquilo Sango! – Miroku parou de dançar com sua namorada e reparou.

- Miroku, eles formam um casal lindo não acha... – Sango comentou vendo o namorado concordar não muito satisfeito.

Os dois passaram na frente de Kagura, ainda de braços dados, ela parecia um pouco nervosa, mas ele não. Fitou por um instante Kagura pelo canto do olho, mas logo desviou o olhar, pois percebeu um ódio único no brilho dos olhos dela.

A noite foi passando, tudo estava tranqüilo, não houve confusões nem escândalos.

O casal estava sentado, conversando com seus amigos, quando Inu-Taishou aproximou-se.

- Filho, você me emprestaria essa belíssima dama que lhe acompanha para uma dança?

Sesshoumaru o olhou censurando, mas Rin foi educada e aceitou a dança. Logo estavam dançando e sorrindo no salão junto com outros casais.

- Você soube escolher Sesshoumaru, ela é muito bonita...

- Esta muito encomiástico Miroku... – começou, mas foi interrompido por Kagura que se aproximou, sentando-se em seguida.

- Oi Sesshy...

- Não me chame assim Kagura, o que quer?

- Posso te convidar para essa dança...

- Convidar você pode Kagura, agora aceitar... eu acho um pouco difícil... – Inu-Yasha riu, mas logo ficou serio pelo olhar assassino que recebeu de Kagura.

- Se prometer que não vai ficar me enchendo a paciência eu aceito...

- Claro que não vou, vamos...

Os dois foram para o salão, e durante a dança, Sesshoumaru não tirava os olhos de Rin, que sempre que o via dava um belo sorriso.

- Porque não para de olhar para ela, ela nem é tão bonita assim...

- Ela é sim...

- Como isso começou? Você esta insuportavelmente apaixonado por aquela plebéia...

- Começou na noite de formatura, a noite a qual ela cuidou de mim...

- Cuidou, o que você quer dizer com cuidou?

- Ela banhou-me, e acariciou-me ate dormir, era isso que queria saber?

- Acho que o efeito da droga ainda deve estar em seu cérebro...

- Droga? – ele parou de dançar e ainda a segurando olhou fixo nos olhos dela, que se apavorou. – Que droga Kagura? – quis saber, com um ameaçador tom.

- Esqueça... – ela tentou sair, mas ele a segurou discretamente.

- Não, eu quero saber do que esta falando, e quero saber agora...

- Me solta ou eu farei um escândalo.

- Ótimo, faça, mas antes você vai me dizer que droga colocou naquela bebida, e para que colocou, ou... para quem. – ele segurou firme nos braços de Kagura estreitando os olhos.

Rin percebeu certo clima, e viu quando os dois se afastaram do salão, e Sesshoumaru a segurava pelo braço, parecia bravo.

- Vamos Kagura comece a falar, ou vai preferir que eu a processe?

- Me processar, isso é idiota...

- Você é uma idiota...

- Deixe de ser grosso, você nunca me tratou assim, começou depois que conheceu aquela insossa...

- Não vamos envolver a Rin em nossos assuntos, agora conte para que pois aquela porcaria na minha bebida, e fale logo, pois estou perdendo a paciência... – ele parecia um tanto bravo com a situação...

- Eu não queria drogar você e sim ela, eu queria dançar com você aquela noite, ficar com você... não percebe que eu ainda o amo?

- Você queria drogar a Rin... você é louca...

- Sesshy, o que esta acontecendo? – Rin chegou preocupada com aquela discussão.

- Você estava certa Rin, eu realmente estava drogado aquele dia... – Sesshoumaru confessou passando a mão em sua franja teimosa.

- O que?

- Ela – ele indicou Kagura irritado. – pois uma droga para você beber, para dançar comigo, mas eu bebi seu drinque aquele dia...

- Kagura porque fez aquilo, era só pedir que ele dançaria com você... isso que fez é muito grave...

- O que você sabe menina, eu não sei como consegue se deitar com ela Sesshoumaru, parece tão... desagradável...

- Pelo contrario Kagura, ela é muito melhor que você, em matéria de dar prazer, você esta reprovada...

- Sesshy, por favor, não vamos baixar o nível...

- Querida, - Kagura começou em tom irônico. - de onde vem não tem nível, aposto que ele comprou seu corpo com esse colar que esta usando... – Kagura mansamente falou, mas sua resposta foi uma bem sucedida bofetada de Rin, que após olhar para Sesshoumaru, muito surpreso, saiu de perto dos dois.

Sesshoumaru olhou Kagura e após dar um vitorioso sorriso completou.

- Você não sabe o que é ter nível, estude mais, ou melhor, tente no mínimo fingir que tem elegância, e não me dirija mais a palavra, nunca mais... – o rapaz saiu de perto de Kagura a deixando com mais ódio que nunca, e, sentindo-se reduzida, seguiu para fora da mansão sendo seguida por Kanna depois.

No jardim, Rin chorava muito triste com o ocorrido.

- Rin... Não fique assim...

- Como não vou ficar Sesshy, ela me chamou de prostituta...

- Mas você não é, nunca foi...

Ela o abraçou ainda chateada com a situação.

- Eu quero ir embora, não quero ficar aqui e depois eu estou cansada...

- Eu vou te levar...

Após Rin ter se despedido de Inu-Taishou e de seus amigos, Sesshoumaru a levou para casa, e por todo o percurso ela permaneceu em silencio.

Ao chegar, Rin muito desanimada adentrou o apartamento, e Sesshoumaru a seguiu.

- Rin, não ligue para o que a Kagura disse, ela estava transtornada...

- Ela parecia convencida de que eu estou com você pelo que tem...

- Pare... Ela não sabe o que sente... – ele olhou-a serio.

- Ela queria você,  e não vai me deixar em paz enquanto não nos separar...

- E isso acontecera se você não me amar...

- Eu o amo, mas fui humilhada demais, você sabe o que eu passei para conseguir me formar, para conseguir estudar... meu pai foi assassinado e por isso me tornei solitária, isso foi muito doloroso pra mim...

- Mas eu estou aqui agora, meu anjo, eu nunca a deixarei sozinha novamente...

- Você promete... – ela o olhou com os olhos brilhantes, mareados de lagrimas.

- Você tem duvida, quer uma prova? – ele sorriu insinuando-se.

- Seu pervertido, só pensa nisso... – ela sorriu, e logo estava entre os braços dele sendo beijada.

- Você terá que matar meu corpo para se livrar de mim, e ainda assim eu virei te assombrar toda noite... Nem a morte vai nos separar... – ele sussurrava ao pé do ouvido dela.

- Não faça promessas que não possa cumprir, diga que somente a morte nos separará ninguém mais...

- Nem a morte minha Rin...

- Inu-Yasha!!! – Inu-Taishou olhou-o bravo, mas contente.

- Pai?!! – o rapaz arregalou os olhos surpreso.

- Oi senhor Inu-Taishou... – Kagome acenou sem graça.

- Você já olhou as horas... são quase cinco da manha...

- Eu sei, o que tem isso?

- Vai esperar o dia clarear para levar essa bela senhorita em casa?

Inu-Yasha suspirou aliviado e Kagome corou diante do gesto de Inu-Taishou.

A caminho da garagem, Inu-Yasha conversava simpaticamente com a garota, que mostrava-se um pouco tímida.

- Kagome, porque escolheu direito?

- Por gostar de confusões...

- Confusões?

- Não confusões exatamente, eu gosto de estar mais perto de defender pessoas inocentes, isso me deixa excitada...

Ao chegarem perto do veiculo, Kagome ia caminhando para o outro lado, mas Inu-Yasha a segurou pelo braço, e sem que ela esperasse a abraçou...

- O que esta fazendo Inu-Yasha?

- Eu quero que saiba que... gosto muito de você...

- Mas... – ele aproximou o rosto do dela, e um delicado beijo foi dado por ele em Kagome, que sentiu o corpo todo estremecer, talvez ela estivesse apaixonada, mas o sentimento estava adormecido, e com aquele ato acabara de acordar, pois ela o abraçou, e cedeu o beijo. Inu-Yasha estranhou, mas aproveitou cada momento, pois ele realmente gostava dela, mas esperava uma reação mais brusca como um tapa, pois tinha pedido um conselho a Miroku e este disse para ir logo direto ao assunto.

Ao pararem de se beijar se entreolharam, separando-se depois.

- Você... quer namorar comigo? – ele segurou forte as mãos dela que corou nesse instante.

- Eu... aceito...

- Pensei de recusar...

- Porque?

- Por nada...

- Pensou que eu também tinha alguma queda por seu irmão?

- Talvez... qual garota que não tem?

- Eu! – ela convenceu-se. – Particularmente não gosto de homens muito sérios, e ele exagera na seriedade, não o vi sorrindo uma vez, pra falar a verdade eu nunca o vi sorrindo...

- Ele só sorri quando esta aborrecido, enfurecido ou quando esta sozinho com a Rin.

- Você é ao contrario, esta quase sempre sorrindo, e tem um lindo sorriso...

- Inu-Yasha, leve logo a moça e pare de enrolar ela... – Inu-Taishou comentou do outro lado da garagem, segurando Kanna por uma mão.

Inu-Yasha ao vê-lo arqueou uma sobrancelha, e ficou desconfiado do olhar que a moça lançou para ele. Um olhar de traição de interesse...

- Vamos Kagome... – O rapaz abriu a porta do carro para a garota, que depois de um lindo sorriso adentrou.

Logo os dois estavam na estrada, e conversavam animadamente. Inu-Yasha, ao passar por uma rua avistou o carro do irmão, que buzinou para ele.

- Kagome, vamos ao cinema amanha.

- Não posso Inu-Yasha, tenho que estudar, vou ter uma prova importante em três dias. – Kagome comentou tristemente.

- Provas, eu detesto provas... mas podemos um outro dia...

- Você pode ir almoçar comigo amanha, assim você poderá conhecer minha mãe, meu irmão, e meu avo, o que acha? – perguntou sorridente.

- Eu aceito sim, vai ser um prazer...

Todos estavam se dando bem na família Daiyoukai, ate mesmo Inu-Taishou. Mas sua sorte era pouca, pois quando estava no meio de um beijo, Sesshoumaru apareceu, e ao deparar-se com a cena arregalou os olhos.

- Chichiue?!!

Inu-Taishou afastou-se da moça instantaneamente, e esta logo adentrou se no carro e partiu...

- Sesshoumaru, mas que...

- Pai, ela é uma menina para sua idade...

- Cale essa droga de boca rapaz, você sabe há quanto tempo tem que eu não beijo uma mulher?

- Não quero nem saber... – Sesshoumaru olhou-o risonho, e Inu-Taishou observou o deboche, mas não irritou-se, pois sabia que o filho não o queria irritar.

- Seu pervertido... onde conseguiu essa mente poluída, pelo que saiba não herdou de mim.

- Por ai...- comentou simplesmente e olhando para o rosto do pai continuou. - limpe a boca pai... – Sesshoumaru indicou-o, e Inu-Taishou rapidamente levou a mão nos lábios pensando que estava com marcas de batom ali, mas... – Ainda tem um pouco de teia de aranha ai, limpe direito...

- Ora seu moleque... – Inu-Taishou estreitou os olhos, e Sesshoumaru deu no pé, pois sabia que o pai iria pegá-lo de jeito num cascudo-cafuné.

O julgamento do suposto acusado e cliente de Sesshoumaru, Musou, estava chegando, e o jovem advogado tentava concentrar-se quase que inteiramente ao caso.

Tranqüilamente, Sesshoumaru estudava uma tática convincente de defesa do rapaz, mas nos últimos dias, Musou começou a ligar para o rapaz de duas a três vezes por dia. Estava muito nervoso com o julgamento, e isso ate acusava culpa. Passou o dia enfiado no escritório do apartamento, já que em casa não tinha paz, pois Inu-Yasha estava sempre reunido com seus amigos e sua namorada, fazendo barulho enquanto estudava.

Ao entardecer, finalmente ele resolveu descansar. Após tomar um relaxante banho deitou-se, e ate chegou a cochilar, mas Rin logo o acordou, pois tinha novidades sobre o julgamento, e novas provas. Mas os papeis logo voaram pelo quarto, e os dois logo começaram o ritual do amor.

Estavam curtindo o momento, regojizando-se um no outro, mas um som muito familiar soou, bem quando os dois iam chegar ao ápice. Muito aborrecido, Sesshoumaru fechou os olhos assumindo uma terrível expressão no rosto, mas logo abriu os olhos, pois Rin tocou em seu rosto carinhosamente.

- Só um momento meu anjo, eu vou cuidar disso... – ele deu um suave beijo em Rin e após delicadamente retirou-se, sentando na cama e em seguida pegou o celular e ao olhar o numero, deu um bravo rosnado, fazendo Rin se encolher na cama.

- O que você quer dessa vez?!!! – Perguntou bravo ao atender.

- Recebeu os documentos que lhe enviei, gostaria de saber se podem ajudar na minha defesa? – Uma animada voz masculina perguntou.

Sesshoumaru apertou suavemente a região entre os olhos, tentando inutilmente conter a raiva que sentia, chegou ate contar ate dez, mas a paciência tinha se esgotado naquele momento.

- Eu estava... – ele iria contar o que fazia, mas pensou melhor nas palavras para não perder a compostura. - ... fazendo algo de extrema importância, e você me interrompeu...

- E por acaso existe algo mais importante neste momento do que a minha liberdade, saiba que ela esta em suas mãos...

- Existe... – Ele começou entre os dentes, se estivesse na frente dele nessa hora o enforcaria. Os músculos do corpo do rapaz se enrijeceram, e o nervoso tomou conta neste momento.

Rin ao perceber que o rapaz iria fazer uma grande besteira, carinhosamente tocou-o nas costas massageando de leve os nós dos músculos que se formaram, e com isso pode relaxar um pouco, e seu cérebro funcionar de maneira menos selvagem.

- Escute, eu vou avisar uma coisa... – ele suspirou sentindo os músculos se relaxarem um pouco. – ... se me ligar de novo, eu irei pessoalmente entregar seu caso, eu odeio pressões... não me ligue mais ou eu irei quebrar a sua cara em dez pedaços... quando tiver alguma novidade eu ligarei e marcarei um formal encontro, entendeu?!! – Antes de receber a resposta, ele desligou o aparelho e o jogou em cima da poltrona do quarto, bem longe da cama, mas não deitou-se novamente, ainda estava muito enfurecido com o infortúnio...

- Sesshy, fique calmo...

- Eu estou tentando, mas esse idiota não me deixa em paz, nem quando estou... – sentiu um rosnado se formar na garganta, mas esse logo desapareceu, pois Rin o abraçou por traz, e sussurrou em seu ouvido.

- Deite-se, eu farei uma massagem, seus músculos estão cheios de nós por causa da tensão...

- Rin me desculpe... – o rapaz alisou o braço dela que o envolvia num terno abraço, e logo deitou-se com a ajuda dela que carinhosamente  acariciava as costas.

- Eu entendo você querido, agora fique quietinho eu volto logo... – ela beijou o ombro direito dele e após por seu roupão saiu do quarto.

Ao voltar, ela segurava um pequeno frasco com um óleo perfumado para massagens. Rin sentou-se na cama e cuidadosamente arrumou os cabelos dele para que não molhasse no óleo, pondo assim eles para o lado.

Com um delicadíssimo toque, ela espalhou o óleo pelas costas do rapaz, massageando-as. Pode ouvir alguns gemidos de alivio, pois estava relaxando. Não sentia mais tensão nos músculos, mas mesmo assim continuou a massagear.

Logo parou e olhou no rosto dele, estava ressonando, e a expressão era totalmente passiva. Ela arrumou os cabelos dele, e logo o cobriu com um lençol, e por ultimo beijou-o delicadamente no rosto, deitando-se depois ao seu lado. Observou o rosto tranqüilo do rapaz adormecido, ele realmente era muito bonito, digno de elogios infinitos, e quando dormia parecia um anjo.

- Você parece um anjo... tão perfeito, eu te amo... – ela acariciava o rosto do rapaz e um tempo depois acabou adormecendo também...

Logo o dia começou a clarear, numa linda manha de céu sem nuvens, uma brisa passou pelas cortinas do quarto e um filete de raio solar invadiu o quarto pousando no rosto de Sesshoumaru. Ele levantou a mão cobrindo os olhos daquele invasor, e lentamente abriu os olhos. Respirou fundo tomando o ar da manha, mas não imaginava que tinha dormido no apartamento. Virou-se de ventre para cima e ao olhar para o lado, sua visão teve o mais lindo presente, e também uma surpresa.

Rin estava dormindo angelicalmente, estava semi coberta por um fino lençol, o rosto plácido sem vestígios de tensão ou raiva, parecia ate sorrir, mas essa era sempre a expressão séria da moça.

Sentiu-se presenteado aquela manha, jamais esqueceria aquele momento.

Aproximou-se dela e tocou o rosto tirando uma mecha de cabelos, a pondo atrás da orelha da moça, mas só aquele toque não foi suficiente, então ele aproximou-se mais e a abraçou. O corpo estava um pouco frio por causa da fria brisa da manha que a acariciou. Ouviu-a suspirar, parecia de alivio por finalmente ter encontrado uma fonte de calor para aquecê-la.

Os braços fortes a apertaram suavemente, e sentiu um estranho palpitar no coração, seus sentimentos cada vez se intensificavam mais, e o corpo ardia de desejo quando sentia o perfume dela, o cálido beijo, e as caricias.

- Sesshy... tá doendo, tá... doendo...

- Rin... – ele chamou a olhando no rosto, procurou os olhos dela, mas o encontrou fechados, estava tendo um pesadelo, mas... com ele?

- Ele esta me machucando... Sesshy me ajude...

- Rin acorde... ela esta suando frio, esta tremula... – ele preocupou-se vendo depois sair uma lagrima dos olhos fechados.

Vendo que não a acordou, intensificou o abraço, sentindo depois os braços dela o envolver, sentiu um conforto com aquilo, pois finalmente parecer adquirir a paz.

Logo ela acordou, e ele continuava abraçado, não percebeu que tinha acordado. Deu um beijo na testa dela, e começou a acariciar-lhes o cabelo.

- Querido, você dormiu aqui... – Comentou ainda sonolenta, ele a olhou finalmente.

- Eu não pude resistir a sua massagem, você tem mãos que parecem penas... estou me sentindo muito bem graças a você minha princesa. – ele tocou a ponta do nariz dela a fazendo sorrir.

Eram quase nove horas da manha quando eles finalmente se levantaram, e depois de um banho rápido, o rapaz organizou os documentos, começando os estudar depois.

Na casa de Inu-Taishou, tudo estava numa certa tranqüilidade, mas isso se devia ao fato de Inu-Yasha não estar, estava na faculdade.

- Sango, que cara é essa? – Inu-Yasha reparou.

- Estou desanimada, tirei nota baixa em uma matéria, o que não acontecia quando a Rin estava aqui...

- Você quer ir na casa dela estudar?

- E por acaso você sabe onde ela mora? – Miroku chegou de surpresa por trás assustando Inu-Yasha, que olhou-o estreitamente.

- Sei... esqueceu que ela é namorada do meu irmão idiota?

- Ih que humor, acordou com o pé esquerdo é? – Miroku comentou.

- Não, você me assustou...

- Inu-Yasha!!! – Kagome o chamou de longe, acenando para ele.

- Com licença... – o rapaz se virou ainda serio, mas foi impedido por Sango.

- Ei!? Não vai me dizer onde a Rin mora?...

- Depois das aulas eu levo vocês lá, ele olhou-os surpreendentemente sorrindo, e logo seguiu para onde Kagome estava.

- Miroku...

- Eles estão saindo com certeza...

- Como sabe que iria perguntar sobre isso?

- Não sabia, eu só fiz uma observação, mas você também acha, que eles estão saindo?

- O Inu-Yasha é muito tímido para isso, acho que ele não conseguiria... – Sango calou-se ao ver os dois se beijando, e Miroku caiu na risada ao ver a expressão de surpresa dela. – Miroku você sabia...

- Claro que sabia... – continuou rindo, mas pausadamente para que as palavras saíssem. - ...ele veio me pedir um conselho sobre o que fazer...

Sango sorriu e logo um livro voou em direção ao rosto dele, o derrubando no chão, e uma Sango furiosa sair pisando duro em direção à sala. Miroku rapidamente ficou serio, apanhou o livro e foi atrás da namorada.

Durante toda a manha e parte da tarde, Sesshoumaru estudou os documentos, enquanto Rin fazia seus afazeres. Logo inesperadamente, a campainha tocou, e a garota ficou tensa. Mais do que depressa, Sesshoumaru apareceu na sala, olhando fixo para Rin, estendeu a mão, fazendo sinal para que ficasse calma.

- Eu atendo, não se preocupe. – após ele caminhou ate a porta e a abriu, sentindo-se um pouco aliviado ao ver que era Inu-Yasha.

- O que faz aqui Inu-Yasha?

- Nós viemos fazer uma visita para a Rin-chan...

- Nós? – o rapaz estreitou os olhos, vendo depois, Sango, Miroku e Kagome aparecerem com sorrisos estampados no rosto.

Rin por sua vez alegrou-se e logo chegou-se a porta, mas Sesshoumaru não estava com uma expressão muito amigável no rosto.

- Inu-Yasha, podemos conversar em particular... – Sesshoumaru abriu a porta deixando que todos entrassem, e enquanto os outros o faziam, Inu-Yasha continuou parado na porta.

- Onii-san... – Inu-Yasha olhou-o preocupado, por ver a fúria que se instalou no olhar, e um meio sorriso.

- Me acompanhe ate o escritório... – disse já andando.

Kagome olhou-o e viu que estava com um sorriso estranho, e com isso quando Inu-Yasha passou por ela, ela segurou no braço dele.

- Não se preocupe Kagome, eu sei lidar com essas situações...

- Inu-Yasha... – Sesshoumaru chamou-o novamente já adentrando o escritório.

Rin e os outros ficaram em um incomodo silencio, mas logo a garota foi ate a cozinha preparar um chá, de maracujá.

No escritório, um clima de tensão se formou...

- Inu-Yasha, você perdeu o juízo? – Sesshoumaru esbravejou em tom baixo.

- Onii-san, eu não estou entendendo... – Inu-Yasha aproximou-se da mesa onde o irmão estava.

- A Rin esta sendo perseguida esqueceu?

- E o que tem isso Sesshoumaru?

- Eu não acredito que seja tão idiota a ponto de não perceber que você acabou de entregar a Rin para o Kouga seu imbecil.

- Eu não, claro que eu faria isso...

- Como você é inocente otooto-san, ou se faz... – Sesshoumaru ironizou aproximando-se e estalando os dedos.

- Eu não estou entendendo...

- Pois eu te explicarei depois de uma boa surra... – Sesshoumaru o agarrou pelo colarinho, mas Rin entrou na hora, e arregalou os olhos ao ver Sesshoumaru com o punho armado para bater no irmão, mas ficou parado olhando fixo nos olhos do irmão.

- O que esta fazendo Sesshy?!!! – Rin apressou-se em aproximar e segurou a mão do namorado. Ele apenas a fitou pelo canto do olho friamente, soltando Inu-Yasha depois. – Porque estão brigando Inu-Yasha?

- Eu ainda não sei Rin-chan... ele ficou nervoso assim que me viu... – o rapaz explicou um pouco confuso, e Rin olhou para Sesshoumaru.

- Sesshy, não é necessário ter tanto receio, você acha que ele vai se atrever a aparecer por aqui? – Rin continuou-o olhando, vendo ele assumir um brilho intenso de fúria nos olhos.

- Ei! Poderiam me explicar o porquê eu iria apanhar, por favor. -  Inu-Yasha estava boiando na conversa

- Seu irmão receia que alguém comente que estou morando aqui, e o Kouga descubra e venha me fazer algum mal...

- E Eu deixo avisado Inu-Yasha, se alguém descobrir, sua cabeça vai ser servida aos abutres como refeição...

- Rin, me desculpe, eu não tive a intenção... A Sango estava precisando de algumas explicações sobre matérias... ora mas porque ele viria aqui, por acaso ele tem amizade com algum de nós?

Sesshoumaru sorriu mais uma vez e antes que Rin o impedisse ele segurou firme o pescoço do irmão o suspendendo...

- Pare vocês dois!!!! Eu já passei por muito sofrimento nessa vida, não quero mais ver brigas nem desavenças entre irmãos... – Rin bramiu alto, e todos na sala puderam ouvir, indo assim para o escritório.

- O que esta acontecendo aqui?! – Miroku perguntou ao ver Inu-Yasha se debatendo no ar, suspenso pelo irmão.

- Inu-Yasha!!!! – kagome preocupou-se.

- Solte-o Sesshoumaru, não é assim que se resolve as coisas, podemos conversar ao invés de ser selvagem...

- Cale-se Houshi! – o rapaz olhou-o friamente nos olhos, fazendo o rapaz gelar por dentro.

- Sesshy, por favor... – Rin aproximou-se e tocou o braço do rapaz. – ele é seu irmão, e não fez por mal...

- Rin do que esta falando? – Sango olhou-a seria.

Sesshoumaru soltou Inu-Yasha e friamente deu as costas a todos, saindo do recinto depois. Todos olharam-no sair, e Kagome correu ate Inu-Yasha que alisava o pescoço com marcas vermelhas.

- Eu vou conversar com vocês, venham... – Rin caminhou ate a sala, onde todos sentaram, onde Sesshoumaru estava, na poltrona de olhos fechados e uma expressão furiosa.

- O Kouga, um ex-namorado meu...

- Rin... não precisa dar explicações a eles, esse assunto é constrangedor para você...

- Rin-chan... – começou Sango a olhando e depois a Sesshoumaru. – nos sabemos o que o Kouga fez com você e com seu pai, quase todos na faculdade estão comentando esse assunto...

- Inu-Yasha, você seu moleque... – Sesshoumaru levantou-se mas Miroku interviu dessa vez e entrou na frente dele. – Saia ou você se arrependerá de um dia ter me conhecido...

- Escute Sesshoumaru, não foi o Inu-Yasha quem contou essas coisas para nós, foi uma colega de classe, o nome dela é Koharu... - Sesshoumaru e Rin o olharam confusamente.

- Eu também não sei como nossa conversa foi parar na faculdade Sesshoumaru, mas temos que descobrir...

- Tem alguém em nossa casa que esta servindo de fonte de informações de nossa vida particular... – Sesshoumaru pensou rápido, olhou nos lhos de Rin, e depois para Inu-Yasha.

- Será algum dos empregados onii-san?

- Sim, e temos que descobrir como essa Koharu descobriu sobre esse assunto...

- Nós podemos conversar com ela amanha e tentar descobrir algo, se quiser... – Miroku ofereceu-se.

- Miroku... – Sesshoumaru pousou pesadamente a mão no ombro do rapaz, o fazendo arrepiar com o peso desta. – faça isso... – ele apertou o local e com um fino sorriso continuou. - ... vai ser uma grande ajuda...

- Sim, mas se não parar vai acabar quebrando os meus ossos... – Miroku comentou entre os dentes.

- Eu acabei de me lembrar, Houshi de como me chamou na faculdade outro dia... – Sesshoumaru olhou-o ironicamente, percebendo o medo do rapaz. – mas como vai ser de grande ajuda eu vou esquecer por hora... – Sesshoumaru soltou o ombro do rapaz, e escutou uma estridente risada de Inu-Yasha, e todos olharam para ele confusos.

- Enlouqueceu idiota? – Sesshoumaru perguntou olhando-o.

- Senhor do lacinho... – Inu-Yasha pronunciou em meio as risadas, e Sesshoumaru estreitou os olhos, e Miroku por sua vez escondeu-se atrás de Rin e Sango.

Mas incrivelmente Sesshoumaru não bateu nele dessa vez e sim foi para o quarto de Rin, onde pegou um enfeite de cabelos feminino, voltando a sala novamente o segurando.

- Sesshy, o que vai fazer com meu enfeite?

Ao ouvir essa pergunta, Inu-Yasha calou-se instantaneamente, e olhou o irmão vendo um malicioso sorriso nos lábios dele.

- Pode parar, eu não vou usar isso...

Depois de alguns cascudos e safanões, todos estavam rindo principalmente Miroku. E Inu-Yasha estava com a inquieto e Kagome acariciava-o tentando inutilmente fazer com que mudasse de humor.

- Ele só vai tirar esse enfeite do cabelo depois de uma semana, e se tirar antes... – Sesshoumaru estalou os dedos em ameaça.

- Miroku a quanto tempo sabe dessa historia? – Rin perguntou um pouco constrangida.

- Depois que vocês se formaram... – Miroku bebeu um gole de chá.

- Eu tenho uma leve desconfiança sobre quem anda investigando sua vida. – começou Sango. – Eu acho que nenhum empregado de sua casa iria escutar as conversas e ele próprio espalhar na faculdade, porque seria descoberto, por isso, essa pessoa esta informando a alguém, e que pelo jeito esta com ciúmes do namoro de vocês...

- Você tem razão Sango, mas eu quero que me diga quem naquela faculdade não tem ciúmes desse cabeludo com a Rin...

- Mas só há uma pessoa que não tem ciúmes do meu relacionamento... tem ciúme da Rin...

- Quem? – kagome manifestou-se finalmente.

- A mesma pessoa que dissolveu uma droga alucinógena no drinque da Rin no dia da formatura...

- A Kagura Sesshy? – Rin perguntou um tanto preocupada.

- A Kagura drogou você Rin? – Inu-Yasha perguntou a olhando fixamente.

- Não Inu-Yasha, quem bebeu o drinque dela foi eu...

- E que tipo de alucinação teve? –Inu-Yasha perguntou-o.

- Não sei, não me lembro, a Rin ainda não me contou sobre isso...

- No mínimo deve ter sido com o seu maior medo, ou sua maior tristeza, ou também ainda pode ter sido sua maior angustia. Dizem que essas drogas fazem a pessoa enlouquecer e em alguns casos a pessoa fica agressiva... – Explicou Sango.

- Sango, como sabe tanto sobre essas coisas... – Miroku olhou-o surpreso.

- Eu ia fazer outra faculdade antes, mas acabei optando por advocacia, é menos complicada...

- E qual seria essa outra opção? -Sesshoumaru perguntou curioso.

- Medicina, psicologia, química... – ela começou contar nos dedos, e uma gota surgiu no rosto de todos os presentes.

- Eu estou pensando em fazer magistrado judicial... mas depois que encerrar esses dois casos que comecei a defender.

- Ai não, coitadinho dos réus... – Inu-Yasha ironizou.

- Porque esta dizendo isso Inu-Yasha? – Rin olhou-o repreensivamente.

- Você ainda pergunta Rin-chan – Miroku arregalou os olhos, os relaxando depois. -  se o Sesshoumaru for juiz, todos os julgamentos serão enlouquecedores...

- Eu também acho, só de olhar para os acusados eles irão confessar sem ao menos os advogados de acusação perguntar...

- E você acha isso ruim? – Sesshoumaru convenceu-se.

- Sim nos achamos, pois assim não teremos casos para nós defendermos, já que a maioria das pessoas que procuram um advogado particular tem culpa no cartório. – Miroku comentou olhando-o.

- Mas ai vocês podem optar pela defensoria pública...

- Rin... – todos olharam censurando-a.

Após terminarem o chá...

- Rin, Sesshoumaru, nos já estamos indo, temos que organizar um grupo de estudo ainda...

- Se quiser eu posso ajudar a vocês estudarem... – Rin ofereceu-se.

- Claro Rin-chan, será como quando ainda estudava, ira nos ensinar ao invés de estudar...

- Sango assim me deixa sem graça... – Rin corou, e Sesshoumaru levantou-se seguindo depois Inu-Yasha que tentava tirar o laço do cabelo junto com kagome.

- Larga isso Inu-Yasha!! – bramiu Sesshoumaru surpreendendo-os.

- Inu-Yasha você esta frito, vai ter que andar de lacinho...

- Cala boca Houshi, a sua vez ainda vai chegar... – Sesshoumaru avisou, e Sango deu uma risadinha abafada nas mãos.

Logo todos se despediram, e Sesshoumaru permaneceu no apartamento com Rin, ela esperava dele ir junto, pois apesar de tudo eles eram apenas namorados.

- Eu só ficarei tranqüilo depois que estiver segura...

- Mas eu estou segura querido, não se preocupe, eu trancarei direitinho as portas. – Rin sorriu, vendo Sesshoumaru caminhar decidido para o escritório.

Ela não o seguiu, indo depois prepara o jantar.

Sesshoumaru organizou os documentos, e seu notebook, e foi para a sala, mas não encontrou Rin nela. Pois as coisas em cima da mesa e foi para a cozinha, onde a garota estava amarrando o avental na parte de trás.

Sesshoumaru ao olhar a cena, estreitou os olhos, bem quando Rin virou-se, e percebeu a malicia no olhar dele, fazendo-a com isso, tirar rapidamente o avental.

- Porque tirou, você não vai cozinhar?

- Vou... daqui a pouco... – começou disfarçando...

- Rin, não é o avental que me atrai em você, é você... – Sesshoumaru explicou, virando-se indo em direção à sala depois.

Logo, o rapaz estava concentrado no trabalho, digitando documentos no computador, e ouvindo as novidades, já que a televisão estava ligada.

Rin terminou o jantar, e logo depois deste, o rapaz organizou suas coisas, e muito contragosto, e preocupado foi pra casa.

- Rin, tranque as portas... – ele pediu, indo em direção à saída. – e qualquer coisa me liga, vou deixar o celular ligado, ao lado da cama... não hesite em me ligar.

Rin apenas acentiu com a cabeça, estava um pouco corada. Após isso ele deu um carinhoso beijo nela e a abraçou forte e confortavelmente.

Ao largá-la, ela sorriu, e ele caminhou ate o elevador, o chamando em seguida, e, quando este chegou, ele o adentrou e finalmente foi embora.

Rin fechou a porta e a trancou em seguida, caminhou ate a sala e sentou-se no sofá. O coração ainda estava um pouco descompassado, pois a cada abraço e beijo de Sesshoumaru, seu coração parecia querer sair do peito. Talvez seja porque nunca tenha sentido tanto amor vindo de outra pessoa, e vindo de si mesma.

Longos e cansativos dias foram passando, e Sesshoumaru estava muito ocupado com caso Shiori.

Os estudos do material recebido foi concluída, e finalmente a primeira seção do julgamento estava em andamento. Sesshoumaru foi excelente para o primeiro julgamento, sendo muito cauteloso com as palavras, no fim, ele conseguiu convencer a alguns jurados de que o rapaz era inocente.

A mãe da menina Shiori, não compareceu, enfraquecendo assim as bases de quem acusava Musou, facilitando o desempenho de Sesshoumaru em defendê-lo.

No fim deste, Inu-Taishou estava orgulhoso do filho.

- Foi muito bem meu filho...

- Tenho quase certeza de que essa causa esta ganha, as testemunhas são fracas, e a principal delas esta com medo de aparecer...

Sesshoumaru estava contente com os resultados, mas feliz ele só ficou quando viu Rin. Ficara os últimos quatro dias sem vê-la por estar concentrado, logo que chegou na porta do apartamento, os olhos brilharam ao ver a imagem de Rin aparecer a sua frente.

- Demorou para atender... – Sesshoumaru adentrou já a abraçando sedutoramente.

- Eu... estava preparando... meu banho... desculpe Sesshy... – ela explicou entre os beijos que ele estava dando.

- Estava com muitas saudades de você... – ele sussurrou ao pé do ouvido, fechando à porta depois com o pé, e ainda abraçado com ela a beijava pela região do pescoço.

- Estou sentindo... você sempre me surpreende a cada dia... – Rin não tentou resistir, já que sabia que seria inútil tentar.

Logo os dois estavam debaixo da ducha, matando a saudade que sentiam um pelo outro, satisfazendo seus mais íntimos desejos.

- E então, como foi lá no tribunal? – Rin acariciava de leve os cabelos do rapaz deitado em seu peito. Ambos estavam na cama, e ele de olhos fechados.

- A causa esta ganha, na próxima seção eu consigo provar que o Musou é inocente... – Ele olhou para ela, que continuou a acariciar a cabeça dele delicadamente.

- Estou orgulhosa de você...

Os dias seguiram tranquilamente ate a data marcada para a segunda audiência, que determinaria se o cliente de Sesshoumaru era inocente ou culpado.

Logo todos estavam a postos, juiz, jurados e advogados.

A seção começou tensa e Musou estava totalmente nervoso.

- Sesshoumaru, você tem certeza que conseguirá?! – perguntou ao rapaz um tanto apavorado.

Por sua vez Sesshoumaru o olhou friamente, sem emoção aparente e em silencio prosseguiu para seu lugar.

- Ei?!! – Musou o olhou indo embora sem dizer nada, o deixando frustrado e ainda mais preocupado.

Sesshoumaru parecia seguro de si, e de tudo que iria acontecer. Sentou-se logo e Rin o observava atentamente junto com Inu-Yasha e Inu-Taishou.

- Inu-Taishou-sama, ele aparenta estar muito calmo...

- Repare, menina Rin, se ele der algum sorriso ele esta nervoso, se não esta calmo... – Inu-Taishou sorriu convencido de que conhecia o filho muito bem.

- Eu sei disso Inu-Taishou-sama, mas tem uma semana que ele não dá um único sorriso, só fica enfiado no escritório o tempo todo... – Rin comentou com um sorriso sarcástico nos lábios.

- Isso é porque é o primeiro caso dele, isso vai se tornar rotina depois, e ele vai se acostumar a tal ponto, que só de olhar para o cliente vai saber se é ou não culpado pelo que esta sendo acusado. – Inu-Taishou comentou sem a olhar, prestando a atenção em quem entrava na sala aquela hora.

Logo tudo começou, e imponente, Sesshoumaru realizou seu trabalho, apresentou provas, e testemunhas.

Novamente apenas a tia da menina Shiori compareceu, sendo assim a ultima a ser interrogada por Sesshoumaru, que friamente fazia perguntas contraditórias, e como estava despreparada acabou inocentando Musou.

Depois disso, um intervalo foi concedido, o qual os jurados decidiriam o que fazer.

Meia hora depois, o juiz estava com a sentença, e ao revelar a inocência de Musou, Sesshoumaru sentiu como se um peso tivesse saído de suas costas.

- Sesshoumaru, você conseguiu, eu estou livre dessa acusação... – Musou comemorou, apertando a mão do advogado sem emoção aparente na expressão. - ... vamos temos que acertar as formalidades...

Musou deu dois tapinhas nas costas de Sesshoumaru, e ambos caminharam em direção a saída do tribunal, indo assim para um restaurante.

 

 


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Notas finais do capítulo

Logo estarei tualizando ^^

Beijos!



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