Crime Passional escrita por Flor de Cerejeira


Capítulo 4
Ciúmes incontroláveis




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Eram oito da noite quando o telefone tocou, Rin e Sesshoumaru jantavam algo que a garota tinha preparado. Ela ainda estava um pouco tímida, mas sentia-se muito bem, um sentimento que não tinha há muito tempo.

- Eu volto logo... – disse ele depois que secou os lábios após beber o suco de frutas que acompanhava o jantar.

Na sala de estar, ele, um pouco frustrado atendeu ao telefone.

- Sesshoumaru, você esta bem?

- Quem esta falando? – Perguntou impaciente.

- Kagura... você esta bem?

- Porque a preocupação? Você nunca foi sensível assim.

- Seu grosso, estou preocupada com você, porque você sumiu ontem da festa...

- Eu estou ótimo, a Rin cuidou de mim a noite toda... acho que a bebida não me fez bem, então eu voltei para casa...

- A Rin o que? – Kagura alterou a voz, e Sesshoumaru afastou um pouco o fone olhando Rin com as sobrancelhas arqueadas.

- A Rin cuidou de mim a noite toda, - Enfatizou com tom zombeteiro. – Eu estou ótimo, obrigado por se preocupar. – Após dizer isso desligou, e seguiu para mesa onde Rin o olhava curiosa.

- Era a Kagura, estava preocupada comigo, perguntou se eu estava bem... – Sesshoumaru estranhou aquele gesto, mas logo voltou-se para o jantar.

Rin permaneceu quieta, apenas o olhava, e um fino fio de desconfiança passou pela mente dela.

- A Kagura era sua namorada... ela ainda deve ter algum sentimento por você. – Rin olhou-o diretamente, e ele, que ia levando uma porção de alimento à boca parou no meio do caminho e olhou-a, estreitando os olhos. – Ei! Não me olhe assim, não estou com ciúmes de você...

- Mas eu não falei nada, apenas te olhei e...

- Mas tenho certeza que pensou...

Sesshoumaru suspirou, e após pousar o hashi, pegou na mão de Rin e acariciou.

- A kagura ainda esta apaixonada por mim, porém eu nunca fui por ela, nos começamos a namorar por que eu não queria vê-la sofrer, e acabei me prejudicando.

- Se prejudicando? – Rin olhou-o confusa. Então ele soltou a mão dela e virou o rosto em direção a sacada, onde o vento mexia a cortina.

- Eu pensei que estava apaixonado por ela, não sei por que, por isso senti necessidade de protegê-la. No inicio éramos apenas conhecidos, colegas de faculdade, e ela era noiva do diretor da faculdade onde eu estava antes de vir morar aqui... – Sesshoumaru olhou para Rin novamente e ela parecia atenta a cada palavra dita por ele.

- Você saiu da outra faculdade por causa dos ciúmes dela, ou por causa do ex-noivo da Kagura? – Rin perguntou um pouco apreensiva.

- Eu sai da outra faculdade porque fui ameaçado de morte pelo ex-noivo da Kagura...

- Sesshoumaru... – Rin levou as mãos nos lábios, assustada ficou sem palavras. Mas viu ele dar um fraco sorriso, e continuar.

- Resolvi continuar meu relacionamento com ela mesmo assim, pois ela ficou do meu lado quando Goshinki me ameaçou, ela foi muito corajosa, enfrentou o pai, e veio morar aqui nessa cidade junto com a irmã mais velha, Kanna, para ficar perto de mim.

- Ela teve muita fibra, tenho que admitir...

- Mas ela perdeu a compostura, se tornou fraca... – Sesshoumaru se levantou, e seguiu para o quarto onde escovou seus dentes e Rin começou a organizar a mesa de jantar. Após lavar a louça também escovou os dentes, e viu ao sair do quarto que Sesshoumaru se ajeitava no sofá para assistir televisão.

- Você disse que a Kagura perdeu a compostura, porque? – Ela sentou-se do lado dele, segurando uma almofada, que estava em seu lugar antes.

- No dia em que conheci você, eu tinha acabado de terminar meu relacionamento com ela...

- Segundo o que soube na faculdade, vocês terminaram porque você a traiu com a Sara. – Rin olhou-o censurando pelo fato.

- Foi uma grande armadilha, a Sara planejou tudo, ela me pegou de surpresa na biblioteca, eu não tinha intenções nenhuma de beijar ela...

- Então a culpada de tudo foi a Sara, mas ela sempre foi tão neutra, a Kagura parece ser a mais agitada, e sempre tem a coragem de chegar em cima e falar tudo, e ela sempre fica calada ouvindo tudo. Ate quando elas conversam sozinhas a Sara sempre fica quieta...

- Ela é uma sonsa, se faz de inocente... e foi assim que ela conseguiu fazer com que Kagura confiasse nela... – Sesshoumaru parou de falar de repente e olhou para Rin, e ela virou o rosto, um pouco corada com a situação. De repente sentiu a cabeça do rapaz pousar em suas pernas e assustou-se.

- O que esta fazendo? – Perguntou ela mais corada ainda.

- Desculpe o atrevimento Rin... – disse ele a olhando com ar de deboche.

- Tudo bem – Disse ela fechando os olhos, mas logo os abriu, pousando de leve a mão na cabeça dele, e logo um cafuné começou a ser feito.

Sesshoumaru suspirou fundo e fechou os olhos.

- Eu adoro isso...

- Estou percebendo... – Rin sorriu, vendo depois ele abrir os olhos, e serio fitou os dela. – Agora eu sei o porque que as garotas te cobiçam tanto...

- Sabe? – ele ajeitou a franja dela sorrindo depois com um tanto de sarcasmo. – Porque é?

- Você é muito atraente, seus olhos parecem da cor do sol...

- Eu sempre pensei que fosse por causa dos meus bens, nenhuma garota nunca me falou essas coisas... para falar a verdade eu nunca fui elogiado por elas...

- São todas idiotas... tem mulheres que só conseguem ver a beleza do dinheiro, esquecendo que na frente dele, tem pessoas lindas, que tem um coração que são humanas, e que precisam ser amadas, que precisam de carinho... – Enquanto falava, Rin acariciava os cabelos longos do rapaz, e ele estava serio, os olhos brilhavam, sentiu-se seguro.

- Você é maravilhosa menina, como aquele ogro conseguia maltratar um anjo como você? – Ele falou finalmente, e Rin se remexeu ao ouvir sobre aquele assunto. – Me desculpe eu não devia ter dito nada eu...

- Ele me batia por que queria ter relações sexuais comigo, e eu não queria, queria manter-me pura para a pessoa certa...

- Ele a maltratava tanto por causa desse motivo fútil...

- Sim, mas no final ele conseguiu o que queria... acho que foi por isso que sumiu sem deixar rastros... – Rin estava um pouco desconfortável em falar naquele assunto, mas tinha que se abrir, ou nunca superaria seu trauma completamente.

Viu Sesshoumaru levantar-se de repente, e perguntou a si mesma se tinha dito algo de errado, pois o rapaz estava com o olhar carregado de ódio.

- Rin... Ele... aquele maldito... – ele procurou se acalmar, suspirou fundo algumas vezes, e Rin estava com os olhos arregalados, um pouco assustada. – Foi sua primeira vez, quero dizer, quanto ele te violentou você era virgem?

- E-Eu... e-era... – começou envergonhada. - das outras vezes eu consegui escapar, no dia que conheci você eu estava fugindo dele, ele disse que estaria as seis da tarde lá em casa e era para mim estar preparada para ser dele, então eu fugi...

- Eu irei o encontrar... nem que seja meu primeiro e único caso, mas eu irei o encontrar e fazer com que ele pague por tê-la feito sofrer... – Sesshoumaru estava mais serio que de costume, e logo se levantou. Rin levantou-se também e seguiu ele ate a porta.

- Eu vou conversar com meu pai, ele vai me ajudar, e você organize todos os exames que fez, como não tem testemunhas será a sua palavra contra a dele... mas eu garanto – ele segurou firme nas mãos da moça, que estava corada com toda aquela situação. – nos vamos conseguir aprisionar aquele animal, eu prometo.

Ele abriu a porta e saiu, e Rin o observou seguir ate o elevador, e apertar o botão para chamá-lo. Estranhamente ele voltou ate onde ela estava, e a abraçou, logo a beijando...

- Amanha conversamos na faculdade, temos muitas coisas para resolver lá... – Ele soltou-a delicadamente assim que ouviu o sinal de que elevador tinha chego, e após dar um ultimo beijo correu em direção ao elevador e depois de adentrá-lo deu um leve sorriso, mas a visão de Rin foi cortada, pois as portas se fecharam.

Rin entrou e logo fechou a porta, seguindo depois para a sacada, onde momentos depois viu o carro preto do rapaz seguir a rua e desaparecer numa curva.

Sentia-se segura novamente, como se tivesse nunca conhecido o terror, enquanto que Sesshoumaru sentia-se acalentado como nunca tinha sentido com outra mulher. Não sentiu desejo de possuí-la imediatamente, mas sim de apenas sentir o afago das mãos da garota, e dos beijos cálidos que havia provado ainda aquela noite. E todo esse conforto transpareceu e Inu-Yasha e seu pai perceberam.

- Pai, é melhor se preparar, nos veremos um advogado recém formado se auto defender por algum assedio...

- Inu-Yasha seu idiota, fique quieto, ou eu vou ser processado por um homicídio qualificado... Pai temos que ter uma longa conversa...

- E qual seria? – Inu-Taishou perguntou com um tanto de frieza, mas muito interesse.

- Meu primeiro caso, um estupro...

- Um estupro, não acha muito complicado esse caso onii-san?

Sesshoumaru sentou-se do lado do irmão, e com um cruel sorriso avisou.

- O que iremos conversar aqui, tem que ser mantido em segredo absoluto, pois envolve minha namorada e...

- Namorada! – Pai e filho gritaram e levantaram juntos de olhos arregalados.

- Você esta namorando Sesshoumaru, desde quando, quem é a vitima dessa vez?...

- Cala boca Inu-Yasha! – Sesshoumaru fechou os olhos e bramiu em tom baixo, fazendo o irmão calar instantaneamente.

- Filho... você esta namorando novamente a Kagura?

- Não pai, dessa vez eu encontrei a garota certa... – Falou serio, vendo o pai sentar-se novamente, e Inu-Yasha também, mas dessa vez perto do pai e muito atento.

- Essa é nova, você parece ate apaixonado, pelo jeito de se referir a tal garota... – Inu-Yasha ironizou, recostando-se no sofá.

- E estou – Inu-Yasha caiu do sofá, e o pai deu um breve sorriso. – ela é maravilhosa, e vocês a conhecem. Mas vamos ao caso pai...

- Pode falar filho... – o pai atentou-se as palavras do rapaz.

- A Rin... – Inu-Yasha caiu novamente, e uma gota escorreu na face de Sesshoumaru que sem dar importância ao irmão continuou. - ...Teve um problema muito serio com o antigo namorado...

Sesshoumaru detalhou todo o problema que tinha acontecido com Rin ao seu pai, não esqueceu de nenhum detalhe, e Inu-Taishou explicou a ele como proceder mediante aquela situação. Inu-Yasha estava atento, pois também estudava direito. Comentava algumas vezes sobre alguns tópicos estudados sobre aquele assunto, e logo decidiram. O processo começaria assim que os documentos estivessem prontos.

- Bom, tudo vai dar certo onii-san, só vai ter um único problema, e esse referindo-se sobre seu namoro com a Rin. – Inu-Yasha sorriu e levantou-se espreguiçando.

- E qual seria Inu-Yasha? – o pai perguntou com uma sobrancelha arqueada.

- As garotas na faculdade ficarão loucas quando souberem, principalmente a Sara e a Kagura... você vai ter que saber lidar com elas, ou quem sofrerá as conseqüências será a Rin.

- Eu já imaginava isso, mas sei contornar essa situação. – Sesshoumaru estava seguro de si, e sentindo-se assim, subiu para seu quarto, onde ajeitou-se confortavelmente para dormir.

Inu-Taishou e Inu-Yasha recolheram-se também, mas uma pessoa ainda ficou acordada...

- Kagura, tenho novidades, irei contar desde o inicio...

A ligação durou aproximadamente uma hora, e nessa, toda a conversa que Inu-Taishou havia tido com seus filhos foi detalhada, inclusive sobre o processo.

- Muito obrigada, você esta se mostrando muito útil, será recompensado por isso. – A ligação foi encerrada, deixando toda a vida da família Daiyoukai exposta.

No dia seguinte, Rin levantou-se antes do sol nascer, estava muito insegura sobre muitas coisas: o processo, o relacionamento, sua vida tinha adquirido uma mudança muito grande em apenas dois dias, e ela não estava preparada para essa mudança súbita, mas estava feliz, e em muito tempo não acordava tão alegre.

Sesshoumaru também nunca imaginou que seria pego de surpresa por seu próprio coração. Seus sentimentos estavam certos e não confusos como em outros relacionamentos, e ao acordar naquele dia sentiu-se confortável em dizer que aquele seria um bom dia, apesar de ter que enfrentar muitos problemas com olhares censurados, comentários, e o pior de tudo, a revolta das duas garotas que infernizaram sua vida durante seu ultimo ano na faculdade: Kagura e Sara. Ambas podiam causar danos em seu mais novo relacionamento, mas isso não o impediu de dar o primeiro sorriso do dia, ainda na cama, ao lembrar que estaria perto de Rin em algumas horas.

Algumas horas seria muito para ele, por isso, levantou-se rapidamente e depois de um rápido banho, arrumou-se seguindo após para a copa, onde pegou para seu desjejum, uma maça. Com sua pasta de documentos em mãos, apanhou as chaves no chaveiro perto da porta e saiu. Sabia que Rin costumava se levantar muito cedo, por isso quando chegasse lá, com certeza estaria acordada.

Não demorou muito para que ele chegasse no apartamento.

Rin desjejuava tranqüilamente, distraidamente quando levou um real susto ao ouvir a campainha. Desconfiada, aproximou-se da porta e antes mesmo de tocar na maçaneta, sentiu um frio percorrer por todo o seu corpo.

- Quem é?...

- Sesshoumaru... – respondeu o rapaz, e Rin finalmente abriu a porta.

Sem esperar ele a agarrou pela cintura e após dar um carinhoso beijo na garota a soltou.

- Bom dia... – cumprimentou-a dando um fraco sorriso.

Ao contrario do dela que chegava a ser radiante como uma luz.

- Bom dia... – respondeu o cumprimento, mas logo seguiu para onde estava desjejuando e ao sentar-se continuou. – Caiu da cama essa noite?

- Porque a pergunta? – ele olhou-a serio, mas com um sarcasmo visível no rosto.

- Tão cedo e já fora de casa, e pelo que vejo nem desjejuou... – Rin levantou-se e foi ate a cozinha onde pegou mais uma xícara, e após tê-la posto a frente do rapaz, serviu-lhe chá e algumas torradas...

- Você gosta de geléia de que?

- Geléia?

- Sim geléia, - uma gota escorreu no rosto da garota, pensando o porquê daquela pergunta simples dele. – você nunca comeu geléia?

- Já, mas tem muito tempo...

- Eu fiz essa de morango ontem, e também tem de pêssego e de cereja...

- Você fez? – ele olhou a moça tentar abrir o vidro de geléia, mas parecia ter sido apertado por um homem, e não estava conseguindo, então ele levantou-se e pegou o frasco das mãos dela, e o abriu...

- Obrigada, Sesshy, agora tome seu desjejum e...ela parou de falar, pois o rapaz a encostou na mesa e aproximou-se, pode se dizer que ele colou-se nela.

- Eu adoro quando me chama assim... – Ele tentou um beijo, mas ela desviou e sorriu.

- É melhor tomar seu chá, ou vai esfriar... – ela sentiu os braços dele a envolver pela cintura, e a suspender, ele a levou ate perto do corredor e logo começou a beijá-la, mas ela interrompeu o beijo após ele tela posto no chão.

- O que esta fazendo? – perguntou com a voz mole por estar sendo beijada em locais afrodisíacos.

Logo ele tocou seus lábios na orelha dela, sussurrando depois a fazendo arrepiar violentamente.

- Eu não farei nada que não queira... não tenha medo minha Rin.

- P-por favor... – Ela pediu o afastando um pouco.

Ele a olhou com os olhos brilhantes, transpassava tanta carência naquele olhar e tanta sedução...

- Desculpe, eu estou sendo precipitado...

Rin corou e baixou o rosto, sentindo depois um carinhoso abraço. Logo os dois estavam à mesa, e desjejuavam juntos. Rin muito tímida com o que tinha ocorrido, não se atrevia o olhar, pois os olhos dele eram muito sedutores, e pra se deixar seduzir por eles seria muito fácil, porem não se sentia preparada ainda para isso.

Finalmente, um lindo e radiante sol nasceu, Rin abriu as cortinas deixando a luz entrar e logo abriu as janelas de seu quarto, e da cozinha, mas nem se atreveu a ir no quarto do rapaz. Com isso ele foi lá e abriu-as, reparando que sua cama estava com os lençóis trocados, e também as fronhas. Ao sair de lá, viu Rin sair de seu quarto com sua mochila com o capacete e alguns papéis na mão.

- Rin você trocou minha cama?

- Sim, os lençóis estavam um pouco sujos, e como costuma vir às vezes dormir aqui achei que deveriam estar limpos. – disse ela fechando a porta de seu quarto.

- Rin você é tão diferente...

- Diferente? – ela não entendeu o comentário, virando se para ele sorrindo fracamente.

- Sim, nenhuma namorada minha nunca trocou minha cama, nunca fez comida...

- Porque todas eram ricas, e tinha quem fazia por elas... ao contrario de mim que vim de uma família simples... – ele viu a se afastar e por seu capacete em cima do sofá. Ele olhava atento, e logo a seguiu.

- Você vai de moto? – perguntou curioso, olhando o capacete dela.

- Vou. O dia esta lindo, quero aproveitar ele... você quer vir comigo? – Rin olhou-o seria, mas ao receber o olhar dele sorriu.

- Eu aceito... – Viu-a assumir uma alegria contagiante.

- Espere um pouquinho, eu vou buscar um elástico pra você. – ela caminhou rápido ate seu quarto, e logo estava de volta, com o cabelo preso...

- Sabe o que acontece quando não se prende o cabelo, vira um emaranhado difícil de se desfazer. E seus cabelos são finos e... – ela chegou perto dele e começou a ajeitar os cabelos para os prender. - ...tão bonitos, seria uma pena ter que arrebentá-los por causa de nós...

Após terminar, eles desceram e logo estavam na estrada. Meia hora depois, por causa de um transito infernal naquela hora da manha, eles chegaram na faculdade, e para o azar do rapaz a recepção foi das duas amigas inseparáveis, que antes observavam os de longe.

- Mudou seu estilo Sesshoumaru, resolveu virar motoqueiro? – Kagura perguntou debochando.

- Não... – respondeu secamente.

- Você fica mais atraente de cabelos soltos, eu posso te ajudar com esse elástico se quiser...

- Não se incomode Sara, eu tiro... – Rin cuidadosamente retirou o prendedor, ajeitando os cabelos do rapaz depois.

Ele sorriu para ela, e logo começaram a caminhar, muito juntos, juntos ate demais para as duas que ficaram para traz.

- Será que eles estão juntos? – Sara preocupou-se.

- Eu o mato se estiver namorando aquela insossa... – kagura esbravejou ao vê-lo passar o braço pelo ombro de Rin, abraçando-a.

As aulas transcorreram tranqüilamente para Sara e Kagura, mas algo abalou-a tremendamente quando saiu para ir ate a biblioteca, um ódio incontrolável tomou-a quando viu Sesshoumaru acariciar o rosto de Rin, e logo a beijar. Eles estavam perto da secretaria e depois do beijo caminharam juntos para a biblioteca, e Kagura não perdeu tempo, seguiu os dois, vendo os dois num entrelaçamento doce, com troca de olhares apaixonados. Mas ela tinha que estragar aquilo, então aproximou-se, mas Sesshoumaru não deu confiança a aproximação, e só atentou-se quando uma furiosa Kagura começou em tom baixo.

- Você enlouqueceu?

- Esta falando comigo Kagura? – Sesshoumaru apontou para si, Rin fez menção em sair de perto dos dois, mas ele a segurou pela cintura a abraçando por trás pousando assim o queixo no ombro de Rin olhando diretamente para o rosto de Kagura, deixando-a mais furiosa.

- Não seu infeliz, com essa parede atrás de você. – Esbravejou entre os dentes.

- Desculpe atrapalhar sua conversa com ela, eu vou sair para ficarem a vontade... – Sesshoumaru debochou, fazendo Rin dar uma risada abafada nas mãos.

- Seu maldito, você ficou louco, porque esta namorando essa...coisa ai... – Rin ficou seria, e Sesshoumaru mais ainda, e após soltar Rin aproximou-se de Kagura a ponto dela poder sentir o perfume que usava. O coração dela acelerou, ainda gostava muito dele...

- Você me chama de infeliz, mas eu posso garantir, eu estou namorando ela há dois dias, e ela me fez mais feliz do que os três anos que passei ao seu lado...

- Sesshy, vamos... – Rin segurou na mão do rapaz, e ele percebeu uma certa tristeza no olhar dela.

- Olha só, ela te chamou de Sesshy, você nunca permitiu que eu o chamasse assim...

Sesshoumaru sorriu friamente e logo acompanhou Rin, indo em direção a bibliotecária, acertar as contas de alguns livros que tinham que entregar.

- Maldito... maldita... – Kagura cochichou entre os dentes sentindo lagrimas de puro ódio escorrerem em seu rosto. – Rin sua maldita, você vai conhecer o meu ódio... – Kagura voltou à sala onde ao invés de assistir a aula, pensava numa solução para seu problema: Rin.

Dias se passaram, e o andamento do processo estava ótimo. Kouga foi encontrado trabalhando num posto de gasolina, onde Rin foi abastecer a moto, por sorte Sesshoumaru estava com ela, e depois de um certo estresse entre os dois, o que ajudou a segurá-lo enquanto a policia chegava.

Chegou ao conhecimento de Kagura que o rapaz estava preso, e com isso, ela foi o visitar, a historia dele ter violentado Rin se tornou um ótimo jeito de se vingar da garota.

Na prisão...

- Kouga – um policial chamou-lhe a atenção. – Você tem visita, vamos... – O jovem policial abriu a cela e com a ajuda de outro companheiro algemou o rapaz e o levou para uma sala, onde uma mulher muito bonita o esperava, sentada frente uma mesa, onde do outro lado tinha uma outra cadeira, onde ele, sem tirar os olhos dela sentou-se.

- Eu não te conheço moça... o que quer? – perguntou desconfiado.

Kagura fez sinal para que o policial saísse, ficando a sós com o rapaz.

- Eu soube que estuprou uma mulher...

- Sim e daí, o que tem haver com tudo isso... E como sabe?

- Eu me chamo Kagura, e sei que esta doido pra sair desse lugar... – ela olhou o lugar, voltando para seu alvo inicial, Kouga.

- Você esta me deixando nervoso mulher, fale logo o que quer...

- Calma... essa é apenas minha primeira visita... – Kagura levantou-se e aproximou-se do rapaz, e levantou o queixo dele com seu leque, o fazendo encará-la. – Você vai sair daqui... mas terá que fazer uma coisa pra mim... – ela afastou-se indo em direção a porta.

Kouga levantou-se abruptamente, e aproximou-se dela o suficiente para poder sentir o hálito fresco da boca dela, de onde foi proferido um sussurro.

- Eu voltarei, não se preocupe demais, logo logo estará livre... – kagura bateu na porta e o policial a abriu. Kouga deu um maléfico sorriso, e voltou ate a cadeira, mas logo teve de levantar, pois voltou à cela onde estava.


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Notas finais do capítulo

Perdoem-me pela demora

Eu imagino que vocês depois desse capítulo devem estar tendo muitas curiosidades do que irá acontecer, pois bem... eu poderia adiantar um trechinho para vocês, mas estou um pouco indecisa... hummm... Estão curiosos?

Esta bem não me matem...

No próximo capítulo...

— Sesshoumaru, vá para a delegacia, o Kouga fugiu...

— Como é!



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