Crime Passional escrita por Flor de Cerejeira


Capítulo 14
Ate que o sol se extingue - Parte 01


Notas iniciais do capítulo

O Texto ficou muito grande, com mais de 20.000 caracteres, e eu tive que dividí-lo em duas partes...
Desculpem...



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Ao acordar na manha seguinte, Sesshoumaru encontrou a cama vazia, e também o berço onde Haru dormia. Sentiu uma fraca dor de cabeça, e com isso fechou os olhos novamente e permaneceu assim por algum tempo. Estava com o corpo suado, e sentia um calor insuportável, e foi sentindo-se abrasado que ele finalmente levantou-se, sentando-se na cama franziu o cenho pela dor de cabeça ter aumentado, e amaldiçoou a bebida que tomara no dia anterior. Após alguns minutos, ele finalmente levantou-se e caminhou para o banheiro, arqueou uma sobrancelha ao olhar sua imagem no espelho, seus cabelos estavam totalmente desgrenhados e o rosto um pouco inchado por ter acabado de despertar.

Logo que escovou os dentes, adentrou o box, e ao abrir a ducha, deu um fraco gemido, por causa da água fria batendo em seu corpo, o refrescando do calor que sentia. Demorou alguns minutos no banho e logo que saiu, vestiu a calça social preta, e em seguida calçou as meias e sapatos, mas ficou sem camisa. Foi para frente do espelho e começou a pentear os longos cabelos.

Ao terminar, olhou o relógio, e se irritou consigo mesmo por estar saindo do quarto aquela hora, mas suas frustrações foram interrompidas por hora, pois ouviu suaves batidas na porta.

- Só um instante... – ele caminhou ate o closet e pegou uma camiseta de malha branca, a qual delineava seu corpo, o deixando sexy e ao mesmo tempo à vontade.

Ao abrir a porta, uma velha senhora sorriu, em seguida deu o recado que fora pedido por Rin, a ele.

- Sesshoumaru-sama, a Rin-chan disse que é para o senhor a encontrar no escritório depois do almoço... – disse a ele, em seguida virou-se para descer.

- Obrigado Kaede... e Haru onde esta? – ele agradeceu serio.

- Esta com a babá, vamos descer para desjejuar, ou não vai conseguir almoçar depois...

- Não se preocupe, eu irei almoçar com a Rin... e quem é a babá da Haru?

- É a senhorita Ayame, a Rin-chan contratou ela no início da semana...

- Ela comentou algo por alto... deve ter esquecido de me dizer quem era, a cabeçinha dela estava com muitas preocupações por causa do casamento...

Logo que disse isso, o rapaz voltou ao quarto, e escolheu uma camisa social, e uma gravata, e depois saiu do quarto segurando as peças na mão. Ao adentrar a sala, viu uma moça, de cabelos ruivos, jovem, que arregalou os olhos ao ver Sesshoumaru, e logo pegou Haru nos braços levantou-se em seguida.

- Você deve ser Ayame?

- Sim senhor, a sua esposa me contratou para tomar conta de sua filha...

- Sim eu sei... cuide bem de minha Haru... – disse serio e depois de aproximar-se e dar um beijo na filha saiu do local em seguida.

- Pode deixar senhor, eu cuidarei... – ela o seguiu com o olhar e logo que ele sumiu das suas vistas ela olhou para Haru e comentou baixinho: - Haru seu pai é lindo...

Sesshoumaru foi ate a cozinha e pegou uma maça verde e sob o olhar reprovativo de Kaede saiu.

- Esse menino não pode ficar só comendo essas coisas, precisa de um desjejum consistente, se continuar assim pode ficar anêmico... – Comentou Kaede.

- Não se preocupe Kaede-sama, ele sabe se cuidar, é que ele esta com pressa. – Toutousai comentou por alto, cortando alguns legumes que seriam usados para a sopinha de Haru.

Sesshoumaru logo estava a caminho do escritório, e ao parar em um sinal, digitou um numero em seu celular, e esperou.

- Inu-Yasha, estou te esperando no escritório depois do almoço, não se atrase...

- Mas depois do almoço eu vou sair com a Kagome...

- Eu pensei que fosse mais responsável, eu sabia que meu pai estava equivocado em dizer que você me ajudaria...

- E se você estivesse no meu lugar deixaria tudo o que estaria fazendo para sair com a Rin não é? – Inu-Yasha rebateu, e Sesshoumaru ficou quieto do outro lado da linha. – Nos podemos conversar sobre esse assunto em casa, a noite...

- Creio que conheça bem o escritório que vai trabalhar Inu-Yasha... – Sesshoumaru voltou a dirigir, seguindo para seu destino.

- Não conheço, mas sei onde fica...

- Isso é bom, eu vou esperar você às sete da noite então, no escritório... – enfatizou.

- O que?!

- Não falte... – terminou a ligação, dando um sarcástico sorriso depois.

Em outra parte da cidade, em um local não muito confortável...

- Kagura você tem visita. – um jovem carcereiro a avisou, já abrindo a cela onde ela estava.

- Quem é? – Perguntou confusa.

- Seu pai... – Respondeu, vendo ela sair, e logo o acompanhar.

Em instantes, eles chegaram a uma sala onde o pai da jovem estava, e ele, ao vê-la jogou um jornal em cima de mesa que ficava a sua frente e olhou fixo para a filha que não entendeu o gesto.

- O que significa isso pai? – perguntou se aproximando, e ao olhar a noticia de primeira pagina, arregalou os olhos .

Logo, sua outra filha, Kanna, adentrou a sala também e Kagura a olhou, com visível ódio no olhar.

- O que aconteceu Kagura, porque você esta com raiva? – A irmã mais velha perguntou, alisando os punhos que tinham acabado de ser liberto das algemas.

- Olha isso!!

Calmamente Kanna se aproximou e olhou a noticia no jornal e esta dizia:

"Filho do general Inu-Taishou Daiyoukai, Sesshoumaru, que sofreu atentado há um ano atrás, casou-se ontem com Rin Hiiragizawa, a qual também quase morreu no mesmo atentado..."

Acompanhado com a noticia havia uma fotografia onde Sesshoumaru estava abraçado a Rin que sorria com Haru nos braços. Ele como sempre estava serio, mas podia-se ver a felicidade dentro dos olhos do rapaz.

- Ate que a menina se parece muito com ele você não acha Kagura? – Kanna perguntou para Kagura que a olhou enfurecida e depois para o pai.

- Kanna eu mato você... por sua culpa eu estou aqui...

- Por minha culpa... se o Sesshoumaru não estivesse vivo eu estaria livre ainda... – comentou com tranqüilidade.

- E porque você fez isso sua idiota? Eu não consigo entender esse seu jeito de amar alguém...

- É simples, eu já sabia que se eu fosse pedir pra ficar com ele, ele me daria um fora, como fez sempre com você, e depois eu tentei me aproximar do pai dele, Inu-Taishou, mas ele acabou desistindo de mim por eu ser anos mais nova...

- E para que queria ficar com aquele velho? – Kagura perguntou confusa.

- Simples... eu poderia conquistá-lo e depois o filho...

- E você acha que o Sesshoumaru iria querer um relacionamento com você, sendo namorada do pai dele?

- Iria querer sim, ainda mais depois que ele perdesse o pai, ficaria inconsolado e cairia nos braços de quem o entendesse...

- Kanna... você tinha planejado matar... 0 – Kagura não acreditava no que ouvia da própria irmã.

- A visita terminou! – anunciou o jovem carcereiro.

Naraku levantou-se e depois de olhar serio para as filhas e depois saiu.

Kanna, antes de ser algemada novamente, pegou o jornal, e depois de ser algemada deu um breve sorriso e saiu, sendo levada para a cela de novo.

Depois de alguns minutos, o mesmo foi feito com Kagura, ela estava quieta e pensativa.

Sesshoumaru chegou no escritório pouco depois das onze da manha, e Rin estava afogada nos papeis, concentrada de tal forma que nem viu Sesshoumaru se aproximar.

- Rin... – viu ela dar um salto da cadeira.

- Sesshy, você chegou?!

- Sim há alguns minutos... – ele estava com a gravata em volta do pescoço e olhava para a esposa que entendeu o gesto.

- Você ainda não aprendeu a dar nó... – ela levantou-se e após se aproximar, abotoou os três botões que faltavam da camisa e logo que ajeitou a gravata em baixo da gola começou habilmente a dar o nó, mas suas mãos foram impedidas pelas dele, e ela o olhou confusa. – O que aconteceu?

Ele puxou-a para um forte abraço e ela ainda não estava entendendo o gesto.

- Como estão seus casos meu anjo?

- Estão todos encaminhados e eu estava revisando um... – ele soltou-a e ela continuou a arrumá-lo terminando seguidamente. - ... Mas porque da pergunta?

- Vamos ter que ficar fora por algumas semanas...

- Ficar fora? Mas quem vai cuidar de tudo?

- Meu pai nos deu uma viagem de presente... e eu e ele já conseguimos uma pessoa para ficar aqui enquanto estamos viajando...

- Uma pessoa? Sesshy, você poderia se esclarecer de uma vez, eu já estou ficando curiosa... – ela sorriu e aproximou-se mais dele.

- Nos vamos passar três semanas no Brasil, e eu e meu pai pensamos em colocar o Inu-Yasha para tomar conta daqui, se você concordar...

Rin quase não acreditava nas palavras de Sesshoumaru, e saiu de perto dele, indo assim para perto de onde estava inicialmente.

- O que foi meu anjo, você não gostou do presente?

- Eu goste muito, mas... o Inu-Yasha... não podemos atrapalhar ele Sesshy, agora que ele esta tendo provas e...

- Rin, essas três semanas que ele vai ficar aqui vai ser como um estagio para ele, e depois esta tudo em ordem, não tem com que se preocupar. Eu e você somos organizados, para sorte dele, e o único trabalho que ele vai ter e levar documentos no fórum, e cuidar de encontrar testemunhas consistentes...

- Sesshy ele ainda não é um advogado, esta no penúltimo período, e é um dos piores...

- Você esta insegura quanto a esse problema, você prefere que seja outra pessoa?

- Não, eu sei que seu irmão tem capacidade de ter tudo sob controle...

- Então... – ele aproximou-se e a abraçou por traz, pousando o rosto no ombro dela. - ... não temos que nos preocupar.

- Esta bem Sesshy...

- Que bom que aceitou... vamos almoçar, já são quase meio dia e meio...

- Vamos sim... – Rin sorriu e ambos saíram de mãos dadas do escritório e seguiram para um restaurante que havia próximo ao prédio onde trabalhavam. Durante o almoço, o casal conversou mais consistentemente sobre o assunto. No fim da refeição, Sesshoumaru comentou que chegaria um pouco mais tarde em casa por ficar esperando por Inu-Yasha no escritório, onde mostraria o local para ele se familiarizar.

Logo, voltaram ao trabalho, e Rin estava concentrada em certos documentos, examinava-os com cuidado, era um caso semelhante ao da menina Shiori, e por ser desse tipo, ela teve o mínimo de cuidado, para não acontecer de novo o mesmo problema, onde seu marido foi acusado pelo próprio cliente de ter sido cúmplice.

- Sesshy, você poderia dar uma olhada nisso, é que eu não estou entendendo muito bem onde a mãe dessa criança quer chegar... – ela levantou-se e foi ate onde Sesshoumaru estava, o qual parou de digitar em seu notebook, e passou a dar atenção aos pontos onde ela indicava.

- Ela diz que o pai do garotinho abusou dele, mas eu estou achando que isso é uma grande trama, já que ele é rico...

- E o que o homem diz em sua defesa? – ele perguntou a olhando.

- Ele não quis conversar comigo, acha que estou errada em defender uma mercenária que esta usando o filho para arrancar o dinheiro dele, entre outras coisas.

- Pelo que eu passei minha Rin, posso garantir que este homem é inocente, geralmente as pessoas que cometem esses tipos de crime, não age com naturalidade, sempre tem um medo que se vê dentro dos olhos.

- Eu senti muita confiança no que ele disse, e os exames feitos pelos legistas não teve indícios de violência...

- Rin... – ele olhou-a com uma gota gigante. – se não encontraram indícios de violência, obviamente que a mulher esta mentindo.

- Sim, mas o medico da família afirma ter provas consistentes de que ele estuprou a criança...

- Então vamos ate onde o pai da criança esta, e nos vamos conversar com ele, e ver o que ele tem a nos dizer...

- Mas agora?! – perguntou surpresa. – Ele não vai quere nem falar comigo...

- Mas vai querer falar comigo! – ele deu um sorriso, e logo levantou-se. – Vamos Rin, quanto mais cedo chegarmos, mais cedo voltaremos...

- Sesshy... e o seu processo, não vai terminá-lo? – ela olhou para o notebook e logo o acompanhou.

- Isso eu faço depois, é coisa que eu termino em alguns minutos, e depois esse documento é pra ser entregue na próxima semana...

Rin o acompanhou, e logo após ela sair, ele trancou o escritório, e ambos desceram seguidamente.

Algumas horas depois, o casal chegou à delegacia, mas o delegado informou que o homem foi levado para outra delegacia, a qual tinha mais espaço.

Logo que pegaram o endereço, seguiram para o local onde encontraram um delegado um pouco mal humorado.

- Sesshy, é melhor nós irmos embora, ele não quer colaborar...

- Rin fique aqui, eu vou conversar com ele. – Sesshoumaru seguiu serio, e logo que a conversa entre eles se iniciou, um clima de tensão se formou.

O rapaz não iria desistir fácil, e logo depois de alguns longos minutos, ele olhou para Rin e a chamou.

- Vamos minha Rin, nós iremos conversar com Gatenmaru. – Ele estendeu a mão para ela, e os dois adentraram a carceragem.

Numa sala, os dois advogados esperavam o detento, e este logo apareceu, sendo guiado por um jovem policial, o qual soltou as algemas.

- O Que você quer comigo senhorita Rin? – perguntou alisando os punhos por causa das algemas.

- Nos queremos conversar com você, e saber o que tem a dizer em sua defesa...

- E de que vai adiantar, vocês estão do lado daquela mulher idiota...

- Quem foi o medico que examinou o seu filho? – perguntou Rin.

- Foi o medico da família, ele trabalha há anos conosco... – Gatenmaru caminhou e sentou-se frente a eles.

- E esse medico tem nome? – Sesshoumaru perguntou um tanto impaciente.

- O nome dele é Izumo, e ele ajudava eu e minha ex-mulher a cuidar de meu filho que nasceu muito doente... – ele baixou o rosto e Rin sentiu um tanto insegura, e segurou no braço de Sesshoumaru que continuou frio e passivo. - E ele trabalha há muito tempo com vocês?

- Onde vocês querem chegar com essas perguntas? – O homem perguntou olhando-os.

- Eu defendi um caso semelhante ao seu, e o namorado da mulher era culpado...

- E vocês vieram saber se eu violentei meu filho, vocês acham que eu sou maluco ou coisa parecida? Meu filho tem um sério problema cardíaco, é o meu único filho... – Gatenmaru levantou-se abruptamente, e Rin pode ver lagrimas nos olhos do homem.

- Nos dois desconfiávamos de sua inocência, agora eu tenho certeza. – Sesshoumaru o olhou serio, e viu Gatenmaru arregalar os olhos.

- Nos temos que arrumar um jeito de provar sua inocência...

- Mas vocês não estão defendendo minha ex-esposa?

- Eu já desconfiava da frieza com que Kamakiri tratava do caso, e ela nunca comentou muito sobre o medico Izumo. – Rin disse convencida da inocência do homem a sua frente.

- Ela nunca confessaria, já que quer dinheiro... e ela disse para mim que se eu der uma boa quantia ela deixa meu filho comigo...

- Sesshy... – Rin olhou-o, e viu ele estreitar os olhos, estava um tanto familiarizado com aquela situação.

- Fim da visita! – Anunciou o carcereiro, que adentrou logo, e algemou o homem.

- Fique tranqüilo, nós vamos te ajudar... – Rin sorriu.

- Obrigado senhorita... – disse olhando-a, mas logo foi levado para a cela.

- Vamos Rin, temos muito o que fazer... – Ele segurou forte na mão dela, e sem a olhar começou andar em direção a saída, e logo estavam na estrada.

Sesshoumaru dirigia silenciosamente, e Rin acompanhava o silencio, mas em sua mente, os pensamentos estavam aguçados, estava preocupada, pois sabia que aquele caso afetou-o de alguma forma.

- Sesshy você esta bem?

- Estou... – continuou serio e prestando a atenção na estrada, e continuou em silencio.

Logo chegaram ao escritório, e Sesshoumaru continuava calado. Rin ficou um tanto preocupada com aquele súbito silencio do marido, mas sabia que aquilo era por causa do que Gatenmaru tinha dito sobre seu filho.

Após adentrarem no escritório, Sesshoumaru seguiu para a mesa onde estavam os documentos, onde antes Rin examinava, e passou a examiná-los com muita concentração.

Rin aproximou-se, e tocou-o carinhosamente nos ombros, e sentiu certa tenção nestes.

- Sesshy... eu estou um tanto preocupada com você...

- Porque meu anjo? Eu estou bem... – disse ele, a olhando com certo charme, o qual ela não resistiu. Saiu de trás dele e pois se a frente e depois de aconchegar o rosto do rapaz entre as mãos, deu-lhe um delicado beijo, e logo que separou os rostos, ele tocou as mãos dele às dela, o que o fez levantar-se e a abraçar forte, continuando assim o beijo que ela começou. Beijaram-se durante alguns minutos, e os toques provenientes do beijo estavam ávidos e cheios de carinhos, mas estes estavam um pouco afoito, fazendo a moça, entre os braços dele tremular de desejo.

As mãos masculinas e fortes do rapaz alisavam delicadamente as costas de Rin, a seduzindo cada vez mais.

Logo, os beijos prolongaram-se para o pescoço dela, e as mãos seguiram para uma outra parte do corpo, estavam prontos a fazerem amor ali mesmo no escritório, mas algo os interrompeu...

- Onii-san, eu vim mais cedo... – Inu-Yasha arregalou os olhos ao ver o olhar assassino que o irmão lançou para ele por cima do ombro de Rin, a qual estava totalmente sem graça. – Er... desculpe interromper...

- Você não sabe bater em uma porta idiota? – perguntou soltando Rin delicadamente, a qual ajeitou a roupa que usava, totalmente sem graça.

- Eu não podia imaginar que você e a Rin iriam...

- Cala essa boca Inu-Yasha e suma da minha frente...

- Calma Sesshy, - Rin o conteve, e depois de dar um suave beijo, aproximou-se do ouvido dele e sussurrou. – depois nos poderemos continuar, agora temos um trabalho a fazer... – ela sorriu, e Inu-Yasha olhou curioso os dois.

Sesshoumaru deu um discreto sorriso, e logo depois de admirar por uns segundos o sorriso de Rin, aproximou-se do irmão, e este se encolheu, esperando por um cascudo, ou coisa parecida, mas estes não vieram.

Logo, Sesshoumaru começou a mostrar o escritório para o irmão, e onde ficavam os documentos mais importantes e onde deveriam ficar os documentos que receberiam em breve.

Rin e Sesshoumaru explicaram cada detalhe para o rapaz, que prestou muita a atenção em tudo.

- Esta com alguma dúvida Inu-Yasha?

- Não onii-san, isso vai ser muito fácil para mim, não se preocupe, eu darei conta do recado...

- É bom mesmo, pois quando eu voltar quero ver tudo do jeitinho que deixei, ou sua cabecinha de vento vai sofre uma pequena mutação... – Sesshoumaru comentou serio levantando-se em seguida.

- Isso não será necessário Sesshy, seu irmão sabe que tudo isso é uma grande responsabilidade e não vai vacilar, ou ele ira por a nossa reputação em jogo... – Rin sorriu para o rapaz, e ele pode ver uma ruga se formar entre as sobrancelhas de Sesshoumaru, e deu uma risada.

- Do que você esta rindo idiota?!

- Calma Sesshy...

- Estou achando engraçado o seu ciúme...

- Ciúme? Sesshy, você esta com ciúmes de mim?

- Não... – Sesshoumaru virou-se de costas para os dois e caminhou ate onde estava seu notebook, o pegando em seguida. – Vamos para casa, eu tenho que terminar esse documento...

Rin olhou-o com um disfarçado sorriso no rosto, estava contente, pois foi a primeira vez que o viu sentir ciúmes dela.

Logo, os três estavam na estrada, e Inu-Yasha dirigia, enquanto que Sesshoumaru, que estava ao lado do irmão digitava concentradamente seu relatório, e Rin estava atrás dele, olhava as arvores passarem do lado de fora. O inverno estava terminando, e já podia se ver os brotos nos galhos aparentemente mortos das arvores.

Naquela tarde, o sol com sua fraca luz, não aquecia os habitantes, pois o frio ainda era intenso, mas para os apaixonados, o calor recebido um do corpo do outro era o suficiente para os aquecer.

Logo que chegaram em casa, cada um seguiu seu caminho, Sesshoumaru e Rin foram juntos matar as saudades que sentiam da filha, mas ao chegar ao quarto, a pequena estava ressonando, então, ambos seguiram para o banho, e depois que saíram, Kaede os chamou para o jantar o qual foi quase que silencioso.

Todos estavam muito cansados do dia longo que tiveram, principalmente Rin e Sesshoumaru que trabalharam bastante, e ele principalmente estava com muita exaustão mental.

Logo que o jantar terminou, o rapaz foi para o quarto, onde sentou-se para estudar o caso de Gatenmaru, mas acabou pegando no sono e dormiu debruçado em cima dos documentos na escrivaninha.

Na sala, Rin, Inu-Taishou e Inu-Yasha conversavam...

- Então meu filho se mostrou responsável no escritório hoje? – perguntou o pai sorrindo.

- Pai eu não sou mais uma criança para estar fazendo esses tipos de observações... – Inu-Yasha olhou-o reprovativamente.

- Sim Inu-Taishou-sama – Rin sorriu, levantando-se em seguida. – ele se comportou direitinho...

- Rin-chan... ate você... – Inu-Yasha olhou-a serio, e ela e o pai do rapaz deram uma risada, mas logo estas se cessaram.

- Eu vou ver se o Sesshy esta precisando de uma ajuda...

- Ajuda? – Inu-Taishou olhou-a curioso.

- Sim, nós estamos cuidando de um caso muito frustrante... o de um homem que foi acusado injustamente pela mulher... – Rin, após terminar de falar, seguiu para o quarto.

Lá, deparou-se com uma cena que jamais vira em todo o seu relacionamento com Sesshoumaru, ele estava adormecido durante o trabalho.

Ela se aproximou de vagar e com muito carinho tocou-o no ombro e aproximou os lábios do ouvido dele e sussurrou:

- Sesshy, venha dormir na cama, ou vai ficar com dor nas costas... – ela acariciou-o na cabeça e ele, com os olhos cheios de sondo, levantou-se e seguiu para a cama, parecia ainda estar dormindo, pois logo que deitou, voltou a ressonar.

Logo, Rin vestiu sua camisolinha e deitou-se, abraçando Sesshoumaru por trás depois. Logo estava dormindo, sendo aquecida pelo calor do corpo do rapaz.

Logo que o dia clareou, Sesshoumaru sentiu um conforto muito completo, seu corpo estava totalmente aquecido, e os braços de Rin envolta de seu corpo o deixou ainda mais aquecido.

Aquela sensação de ser amado era tão gostosa, ate o corpo sentia os efeitos do amor daquela mulher, que era única e tão linda. Tinha traços angelicais, gestos do mesmo jeito. Tinha todas as qualidades de alguém que merecia ser tratado no mínimo como uma rainha.

Ele virou-se devagar debaixo das densas cobertas e aconchegou Rin entre seus braços, deu um suave beijo na testa dela e logo fechou os olhos novamente. A sensação de tê-la nos braços era maravilhosa, apaixonante.

Um tempo depois, Rin despertou, sentindo em seu corpo uma maravilhosa sensação, a qual misturava-se prazer e carinho. Sesshoumaru a acariciava levemente nas costas nuas. Percebeu então que ela tinha despertado, pois as mãos dela tatearam o peito dele, e ele estremeceu quando sentiu as mãos quentes acariciar o ventre, o que o fez retrair o local e dar um suave gemido.

- O que fez com minhas roupas seu danadinho? – perguntou sorrindo, o olhando nos semicerrados olhos dourados dele.

- Eu tirei, queria sentir sua pele, e o seu perfume... – disse com uma voz sussurrante e ao final deu um outro gemido, mas esse mais intenso sentiu uma caricia extremamente excitante, o que fez o rapaz fechar os olhos e morder o lábio inferior, pois Rin tinha sido mais audaciosa dessa vez.

Caricias ávidas foram trocadas pelo casal aquele momento, e o mundo do lado de fora do quarto tornou-se inexistente, pois tudo que sentiam um pelo outro era apenas para os dois, que estavam debaixo das cobertas sem querer saber o que se passava em outro lugar.

- Eu amo você... meu anjo... – ele sussurrava e beijava-a em cada canto do corpo, em cada reentrância, a enlouquecendo de desejo, de prazer.

- Querido... – ela apertou os lençóis ao senti-lo adentrando seu corpo delicadamente.

Logo, os corpos estavam molhados de suor, e ambos arfavam e a respiração tornava-se mais densa a cada movimento dos dois, a cada ávido gesto de carinho que as mãos dele faziam para a segurar firme em seu colo e a alisando as costas, ele afundou o rosto no pescoço dela e com abrasadores beijos os fizeram chegar ao ápice, ambos deixaram que seus corpos desfrutassem daquele ato de amor, e neste momento, no momento daquele prazer intenso, ele a abraçou mais intensamente e deixou que seus lábios proferissem o nome dela como se um servo venerasse sua Deusa. Eles viviam um amor que as lagrimas lavaram, e por isso seria eternamente puro e belo...

Os dois deitaram-se, ela aninhada no peito alvo e úmido dele, e ela o acariciava ali, e podia inda ouvir o coração dele se acalmando.

- Eu vou ao hospital hoje... – Sesshoumaru pronunciou-se com uma voz arrastada.

- Aconteceu alguma coisa querido, sente-se bem? – ela levantou um pouco o rosto e o viu sorrir tranquilamente.

- Eu estou bem, eu vou conversar com o medico que cuidou de mim quando eu... levei o tiro...

Rin sentou-se, segurando o lençol, cobrindo parte de seus seios, estava seria o olhando deitado, não deixando de observar a cicatriz no peito dele.

Percebendo isso, ele levantou-se e tocou o pescoço dela, bem na cicatriz do mesmo tiro que os atingiu aquela noite.

- Isso é passado meu anjo, e estamos juntos... por causa do amor que nos sentíamos um pelo outro sobrevivemos...

- Eu fico pensando o quanto você sofreu... – ela acariciou o rosto dele e ele fechou os olhos, e pousou sua mão na dela e a segurou, a beijando depois abriu os olhos.

- Minha dor física foi o mínimo diante da dor que senti por ficar longe de você... foi a pior tortura que eu passei em toda minha existência... e com isso eu posso afirmar... eu não vivo sem você, eu não tinha chão debaixo dos meus pés... foi muito difícil fazer tudo que eu fiz sem você ao meu lado...

- Eu sinto muito por tê-lo feito sofrer tanto... – ela baixou as vistas e sentiu as lagrimas chegarem aos olhos, mas Sesshoumaru levantou o rosto dela com o indicador dobrado e acariciou o queixo dela com o polegar.

- Eu que deveria te pedir perdão de joelhos – ela arregalou os olhos e ele continuou. – eu fui egoísta e não pensei que a faria sofrer, eu cometi um grande erro em ocultar minha sobrevivência de você, e por causa deste erro, eu não pude estar com você quando você precisou de mim, quando nossa filha nasceu eu queria tanto estar lá...

Rin o abraçou forte e ele a envolveu com os braços, sentindo ela soluçar algumas vezes.

- Tudo o que aconteceu foi muito doloroso para nos dois Sesshy, eu consegui sobreviver por causa daquela noite em que você esteve comigo no quarto do hospital... – ela separou-se do abraço e ele a olhou confuso. – eu senti sua presença e ouvi você me dizendo que voltaria, eu pensei que tudo era um sonho, uma ilusão da minha mente perturbada sem a sua presença... e no dia em que eu o vi no cemitério, eu não acreditei... – Rin estava um pouco nervosa e chorava.

- Calma Rin... se for preciso – ele levantou-se e ajoelhou no chão. – eu lhe peço perdão de joelhos, me perdoe...

Rin levantou-se ainda segurando o lençol ajoelhou-se também, e o abraçou novamente.

- Não é necessário me pedir perdão Sesshy, o que aconteceu foi uma tragédia e ninguém teve culpa, esqueça tudo o que houve, eu quero ser feliz com você, mais feliz, feliz pelo resto da minha vida.

Sesshoumaru separou-se do abraço levemente e olhou nos olhos da esposa e viu um brilho novo neles, o brilho do que sentia foi refletido e ela era como ele agora, eles eram uma única carne...

Logo, ele levantou-se e puxou-a junto, deu um suave sorriso e sem ela esperar segurou-a firme nos braços e a levou para o banheiro. Ao chegar neste, os dois adentraram o box e logo que ligou a ducha, ambos começaram a se beijar, a água caia nos corpos unidos e escorria dinamicamente pelos contornos dos corpos. Entre caricias eles se banharam e se amaram novamente, mas sem pressa.

- Eu te amarei enquanto viver meu anjo...

- Eu te amarei enquanto existir... Sesshoumaru...

Logo que saíram do banho, ambos seguiram para o hospital, e a recepção foi calorosa aos dois, principalmente para Sesshoumaru, pois tinha passado mais tempo no hospital que Rin.

- Sesshoumaru!!!! – um jovem de jaleco branco correu em direção ao rapaz de braços estendidos, mas parou a dois metros de distancia por ter recebido um olhar gélido vindo do rapaz.

- Você poderia chamar seu irmão, eu preciso falar com ele... – Sesshoumaru pediu, ainda com o mesmo olhar e tom frio que estava antes.

- Sim eu vou... – Jakotsu saiu murcho de perto do casal e logo subiu e chamou pelo irmão na UTI, onde cuidava de um paciente terminal.

- ... Sesshoumaru? - Suikotsu perguntou confuso para o irmão. – O que ele veio fazer aqui depois de tanto tempo...

- Eu não sei...

- E porque você não perguntou Jakotsu... – o rapaz olhou com uma gota na fonte.

- Ele nem deixou eu chegar perto dele... – Jakotsu fez uma expressão de extrema tristeza. – logo foi pedindo para te ver...

- Será o que aconteceu? – olhou para o irmão, o vendo fazer um gesto que demonstrava que ele não sabia também. – Será que ele esta se sentindo bem... ou...

- Não, ele esta ótimo, esta coradinho, e não apresenta vestígios de anormalidade...

- Eu vou ver o que ele quer... – Suikotsu logo seguiu para o elevador, e adentrou-o junto com o irmão Jakotsu.

Ao chegar à recepção, Suikotsu caminhou ate Sesshoumaru, o qual estava de costas, mas virou-se ao ouvir o chamado do medico.

- Sesshoumaru, a que devo a sua visita? – ele reverenciou-se brevemente.

- Eu gostaria de conversar com você e ver se pode fazer um favor para mim...

- Ah claro, vamos conversar em minha sala... – Suikotsu começou a andar em direção a sua sala e Sesshoumaru e Rin o acompanharam.

Ao chegar lá Suikotsu deu espaço para que Sesshoumaru e Rin entrassem, mas barrou uma outra pessoa, a qual também queria participar da conversa.

- Você, volte para seu trabalho... – Suikotsu pediu olhando.

- Mas eu não posso ficar?... – Jakotsu pediu fazendo beicinho. ?

- Não dessa vez, agora vá...

- Esta bem... – Jakotsu saiu com uma visível tristeza e seguiu para seu trabalho.

Caminhou assim pelo corredor e uma enfermeira olhou-o e curiosa foi ate ele e após tocar no ombro do rapaz perguntou-lhe:

- Senhor Jakotsu, o que aconteceu para estar tão deprimido?

- É que meu irmão esta com Sesshoumaru-sama em sua sala, e não deixou eu ficar lá com eles...

- Sesshoumaru-sama!? Ele esta aqui?! – perguntou eufórica.

- Sim... – saiu ainda melancólico, seguindo para seu destino depois.

A enfermeira olhou o medico seguir e logo saiu dali, indo em direção à sala do medico que cuidou de Sesshoumaru.

Na sala, os três conversavam, e tinha um pequeno clima de tensão rondando-os.

- Então você conhece esse tal de Izumo... - perguntou Rin sorrindo.

- Sim, ele trabalhou comigo por um tempo, mas depois que ele se envolveu com uma mulher ele pediu demissão e passou a trabalhar com a família da amante...

- Espera um pouco – começou Sesshoumaru, olhando o medico com olhos estreitos. – Qual o nome dessa... amante?

- Eu acho... – ele pensou um pouco - ... que era Kamakiri...

- Rin... – Sesshoumaru olhou-a serio, e Rin olhou-o sorrindo.

- Sesshy, ela esta tramando com o Doutor Izumo para arrancar dinheiro de Gatenmaru...

- Gatenmaru?... Do que vocês estão falando afinal?

- Eu estou com um caso em andamento, e envolve essas duas pessoas que falamos, e Gatenmaru esta sendo acusado, por essa mulher de ter abusado do filho...

- O que?!!!! Ela esta louca?

- Rin vamos... – Sesshoumaru chamou-a.

- Espera um pouco, eu gostaria de saber mais sobre esse tal de Gatenmaru... – o medico insistiu.

- Isso não é da sua conta doutor, com licença. – Sesshoumaru pronunciou-se frio e impassivo.

- Sesshy!

- Rin, não podemos ficar dando detalhes de nosso caso... – Sesshoumaru começou, mas foi interrompido por suaves batidas na porta.

Logo Suikotsu foi atender e Botan apareceu.

- Doutor, eu vim... – parou de súbito e arregalou os olhos ao ver Sesshoumaru. – Sesshoumaru... como tem passado? – ela sorriu e reverenciou-se depois.

- Estou bem, mas estamos de saída...

- Sesshy, quem é essa moça?

- Eu sou Botan, fui à enfermeira quem cuidou dele enquanto estava internado aqui... e eu estou muito feliz de o ver bem... – ela sorriu, e Rin sentiu um pouquinho de ciúmes naquele momento.

- Rin, vamos logo... – Sesshoumaru chamou-a serio, e logo ela o acompanhou.

No caminho para o escritório, Rin permaneceu quieta, muito quieta, e seu pensamento matutava o que aquela enfermeira teria feito.

-Mas porque estou com ciúmes dele? Puxa a culpa não foi dele depender daquela enfermeira para cuidar... – ela pensou em censura, mas seu pensamento foi dissolvido ao ouvir a grave voz do rapaz ao seu lado pronunciando seu nome.

- Rin o que aconteceu?

- Hã?! Não é nada, eu estava perdida em pensamentos bobos...

- Pensamentos bobos... – ele olhou-a por alguns segundos, com uma sobrancelha arqueada. - ...Acho um pouco difícil, seus pensamentos são sempre inteligentes...

- Pare com isso Sesshy... – um rubor enfeitou o rosto dela e com isso, viu um sorriso brotar nos lábios dele.

- Estou dizendo a verdade... Você é especial, como poderia ter pensamentos bobos...

Após chegarem ao escritório, o casal preparou algumas provas a favor de Gatenmaru, e organizaram os três outros casos, os quais Inu-Yasha iria cuidar enquanto eles iriam viajar, eram casos muito fáceis, casos que qualquer estagiário conseguiria ter sob controle.

Logo que terminaram, seguiram para casa, e ao chegaram, encontrou Inu-Yasha tendo um acesso de risos, mas nem pararam para ver o que era, seguiram para onde Haru estava e Rin foi a primeira a tomar a filha nos braços, a abraçando forte depois.

- Oi minha querida...

Sesshoumaru aproximou-se e deu um beijo no rosto da filha.

- Oto...o-san...

Rin e Sesshoumaru se entreolharam, mas ele sentiu o coração palpitar, e um sorriso único brotou nos lábios dele.

- Sesshy...

- Ela disse mesmo...?

- Otoo-san... – A menina repetiu estendendo os bracinhos para o pai e ele a pegou a aconchegando a em seu peito, sentindo um orgulho muito grande.

- Ela esta com sono querido... – Rin olhou-o ainda sorrindo, e após dar um carinhoso beijo na filha abraçou o marido e foi para a sala.

Sesshoumaru acalentou a filha ate ela adormecer, e após isto acontecer ele a pois na cama e seguiu para a sala onde Rin conversando com Inu-Taishou, e sorria muito.

- O que vocês estão conversando?

- Parabéns filho... – Inu-Taishou levantou-se e abraçou o filho e ele não entendeu.

- Pelo que?

- Você também falou papai primeiro, ela herdou isso de você...

O rapaz continuou serio e logo sentou-se junto a Rin, e os três começaram a conversar sobre o caso de Gatenmaru.

- Eu vou ate a cozinha, vou pedir a Kaede que nos faça um chá...

- Ah claro Inu-Taishou-sama... – Rin olhou-o levantar-se e seguir para a cozinha, ficando as sós com Sesshoumaru.

Ele olhou-a de modo provocador, de um jeito o qual o brilho dourado dos olhos parecia mais provocante, mais ávido.

- Sesshy... – Rin reconheceu o olhar e sentiu um frio percorrer a espinha quando ele puxou-a para mais perto e afundou o rosto no pescoço dela, e ela deu um fraco gemido quando sentiu os lábios macios dele beijar o local.

- P-pare Sesshy... – Rin tentou resistir, tinha que resistir, ate eles irem para o quarto.

- Calma meu anjo, eu não farei nada... – disse, com os lábios roçando no pescoço dela. – não farei ainda...

Rin deu uma discreta risada, e ele parou, voltando a comportar-se pois Inu-Taishou retornou de seu passeio na cozinha.

- Ela já vai trazer... – ele parou ao ver a expressão sorridente no rosto de Rin. - ...O que houve menina Rin? – perguntou sentando-se perto dela em seguida.

- Não foi nada Inu-Taishou-sama...

- Pai, deixe de ser enxerido. – Sesshoumaru olhou-o friamente.

- E você fique quieto, eu não falei nada com você...

- Pare com isso vocês dois... – Rin pediu com uma voz delicada, bem na hora em que Kaede chegou com o chá.

Ela estava um pouco estranha e tremia visivelmente. Inu-Taishou ao ver aquilo estranhou.

- Kaede você esta bem?

- Sim... eu estou um pouco ansiosa...

- Eu entendo...

- Inu-Taishou-sama... eu queria pedir permissão para sair amanha depois do almoço, eu preciso ir buscar minha irmã no aeroporto e ajudá-la a procurar um lugar para ficar? – Kaede perguntou depois de servir as três xícaras.

- Claro que pode Kaede...

- Sua irmã? – Sesshoumaru olhou-a interrogativamente.

- Sim Sesshoumaru-sama, ela estava fazendo faculdade na Inglaterra, e agora que terminou esta voltando.

- Kaede você pode trazer sua irmã para ficar aqui ate arrumar um local apropriado, eu não me incomodo...

- Mas senhor... – Ela começou, mas foi interrompida por Sesshoumaru.

- Não será incomodo Kaede, sua irmã vai chegar exausta da viagem, e ter que procurar um lugar para ficar depois de voltar de um lugar tão longe vai deixá-la esgotada...

- Você tem razão filho...

- Obrigada Inu-Taishou-sama, será uma curta estadia, só ate arranjarmos um lugar para ela ficar... – a velha senhora reverenciou-se muito sorridente.

Logo todos se recolheram, e a noite seguiu com tranqüilidade. Mas no meio desta, Inu-Yasha acordou, sentindo os lábios secos, sentia muita sede e com isso desceu e andando meio sonolento seguiu para a cozinha, mas parou de repente ao ouvir vozes vindas de lá. Andou na ponta dos pés e parou bem próximo a cozinha.

- ...Você não entende Toutousai, minha irmã não pode ficar nessa casa...

- E qual seria o problema disso acontecer, ela é uma boa pessoa, bem eu não a conheci...

- Eu temo pelo passado dela, ela mantinha um amor secreto com o Inu-Yasha-kun, e eles namoravam sem ninguém saber, e agora que ele esta com a Kagome-chan... eu temo uma recaída do Inu-Yasha por ela, isso daria uma grande confusão e a Kagome-chan sofreria muito...

- Não se preocupe Kaede-sama, eu esqueci a Kikyou a muito tempo – Inu-Yasha surpreendeu a velha senhora, que o olhou muito surpresa. – a Kagome me fez esquecê-la... – sorriu.

- Me perdoe Inu-Yasha-kun... – Kaede reverenciou-se.

- Não precisa se desculpar Kaede-sama, eu sei de meus sentimentos, e o que eu sinto pela Kikyou é pura amizade e carinho... – Inu-Yasha seguiu ate a geladeira e serviu-se de um pouco de água.

- Eu irei me deitar e tentar dormir novamente...

- Você quer que eu lhe faça um chá?

- Não se preocupe Kaede-sama, eu ficarei bem... – o rapaz seguiu tranquilamente para seu quarto e ao chegar lá logo deitou-se.

- Kikyou... você vai voltar... eu sinto muito, mas agora tem alguém especial em minha vida... Kagome, minha Kagome... – Inu-Yasha pensou ate adormecer e pelo resto da noite, todos dormiram tranquilamente.

- Humm... estou atrasado... mas eu quero dormir um pouco mais...

- Sesshy... – Rin chamou-o carinhosamente. – ...querido temos que ir ao fórum, acorde...

O rapaz abriu os olhos vagarosamente sentindo-os arder um pouco.

- Eu... vou indo... – a voz saiu um pouco arrastada e rouca, e o frio que sentia estava insuportável.

- Sesshy, você esta bem? – Rin preocupo-se, vendo-o um pouco pálido.

- Estou... eu acho... – ele respondeu da mesma forma, e Rin, um pouco mais preocupada que antes afastou a franja do marido, sentindo a temperatura da testa, e certificou-se.

- Você esta com um pouco de febre... fique mais um pouco na cama, eu vou pedir a Kaede-sama que lhe faça um chá cítrico... eu vou ao fórum resolver as pendências e volto em algumas horas...

- Eu vou junto Rin...

- Não você vai ficar quietinho ai... – ela sentou-se do lado dele e depois de dar um beijo na testa o cobriu novamente. – eu vou, não se preocupe, e vou voltar bem depressa pra ficar com você. – ela sorriu e ele sentiu os olhos pesarem voltando a dormir e minutos.

O dia seguiu normalmente, exceto para Kaede que como disse no dia anterior para Inu-Taishou, que iria buscar sua irmã no aeroporto, e certamente ela foi.

No local, esperou ansiosa pela chegada da irmã, a qual não demorou.

- Kikyou como você esta minha irmã?

- Estou um pouco cansada... eu quero mesmo é uma ducha e uma cama bem confortável para descansar...

- Então vamos logo, Inu-Taishou-sama deixou que ficasse na casa dele ate arrumarmos um local apropriado... – comentou sorrindo, começando a caminhar depois.

- Inu-Taishou...?

- Sim, você lembra-se dele?

- Como eu poderia esquecer... o pai do Inu-Yasha...

- Kikyou... tenho uma coisa a dizer...

- Diga Kaede... – pediu séria.

- O Inu-Yasha-kun esta muito feliz...

- É bom saber disso, eu fico feliz em saber...

- Kikyou, minha irmã... – Kaede parou frente à irmã e olhou-a nos olhos.

- O que aconteceu Kaede?

- O Inu-Yasha-kun não é a mesma pessoa de antes e...

- É claro Kaede... - ela deu um sorriso sarcástico, pondo a mão no ombro da irmã em seguida.

- Ele esta namorando, e esta muito apaixonado... – o semblante de Kikyou se fechou naquele momento, nenhum vestígio de alegria se passava na expressão da moça.

- Eu... entendo... – ela fechou os olhos, mas logo os abriu e continuou andando para seu destino.

Logo que chegaram a casa dos Daiyoukais, a moça foi recebida calorosamente pelos empregados da casa e também por Inu-Taishou que estava na cozinha no momento em que ela chegou.

- Você esta ótima Kikyou, mudou bastante desde a ultima vez que nos vimos...

- É Inu-Taishou-sama, o senhor também... – ela comentou sorrindo muito, coisa que não fez desde que Kaede lhe contou sobre Inu-Yasha, e por isso, Kaede achou aquela atitude muito suspeita. Como uma pessoa que reproduziu o ódio fielmente nos olhos depois de receber uma noticia poderia estar sorrindo daquela forma?

Tentou não pensar muito naquele assunto, tratou de ajudar a irmã a se acomodar no quarto, e lá a moça ficou novamente muito seria e quieta.

- Kikyou... você esta muito estranha, agora pouco estava sorrindo, agora esta com aquela mesma expressão séria de antes... – observou Kaede um tanto preocupada.

Kikyou que escolhia uma roupa para vestir depois do banho parou de súbito e apertou as peças que segurava nas mãos.

- Kaede... você poderia me deixar sozinha... – pediu num fio de voz.

- Você esta bem? – preocupou-se, vendo a irmã acentir com a cabeça.

Kaede levantou-se e um tanto preocupada saiu do quarto, deixando a irmã as sós.

- Kaede – Inu-Taishou chamou-a, ao ver que ela tinha acabado de sair do quarto. – faz um chá bem forte para meu filho Sesshoumaru, eu fui lá em cima ver como ele estava e eu fiquei um tanto preocupado.

- Aconteceu alguma coisa Inu-Taishou-sama? – perguntou a ele preocupada.

- Sim Kaede, ele estava febril hoje de manha, a Rin tinha me avisado, mas agora ele esta com uma febre altíssima...

- Eu farei o chá senhor, e também prepararei algumas compressas...

- Me avise quando estiver tudo pronto Kaede...

- Sim senhor.- Ela seguiu para a cozinha e preparou o que Inu-Taishou pediu, e logo o chamou, levando consigo uma xícara de chá e água quente.

Ao chegar ao quarto, Inu-Taishou arregalou os olhos, e Kaede virou o rosto para o lado, Sesshoumaru estava descoberto, e estava nu. Inu-Taishou corou e caminhou apressado para cobrir o filho que estava adormecido.

 

***

 

Continua...


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