A dor pode sumir? Deve ser mais fácil esconde-las, pois feridas não somem, mas ajudam a gente crescer. Não importa a idade, a gente aprende com feridas que mesmo cicatrizadas, podem romper caso aja algum deslize seu.

Pessoas são como as borboletas. Sofrem metamorfose. Hoje está triste, amanhã feliz ou agora tem uma opinião, mas no outro dia pode mudar, porque entre presente e futuro podem ocorrer vários acontecimentos que irão marcar a gente.

O que é mais bonito e irritante é que as pessoas que ajudam nesse acontecimento horrível (ou não), às vezes são memoráveis e outras não. Já se perguntou o motivo? Será que as não memoráveis algum dia, no futuro, possam servi para algo mais do que fizeram anteriormente ou humanos são tão desinteressados nisso e mal agradecidos que nem sequer lembram deles. O fato é que a capacidade humana de memorizar é escassa e, infelizmente, boa parte do que memorizamos são as desgraças que nós rondeiam, do que as coisas boas.

Mesmo que as desgraças ensinam a não errar mais, temos que ter um equilíbrio. Pessoas fracas são deixadas a levar pela melancolia, outras aguentam com sorrisos e momentos que a fazem se alegrar, porque essas últimas pessoas sabem apreciar cada loucura, cada alegria que poucas pessoas não sabem.

Por que isso em uma fanfic de fantasia?, devem está se perguntando. Só quero que reflitam e leiam a pequena história, assim irão entender... pelo menos quero que entendam.

Dez anos atrás Our World Online não existia. Deve ser por isso que eles não eram tão felizes? Mas voltando ao assunto, uma garota de 7 anos com óculos grandes e a forma de andar formal - algo estranho para uma criança – usava um vestido rosa simples com seu cabelo negro longo.

Esta admirava seu gato de pelúcia dado pelo pai. O bichinho possuía olhos azuis brilhantes e pelagem bem negra, tinha uma coleira vermelha e escrito de forma legível o nome: Lord Cat.

“Lord Cat irá lhe compreender!”, seu pai disse a dois anos atrás, quando esta se sentia só no seu aniversário de cinco anos.

Seu pai e mãe eram atenciosos com ela, sempre diziam que estavam felizes juntos. Admiravam a capacidade da inteligência da garota e sempre a fizeram ser modesta. Ela, como filha única, era uma criança perfeita, mesmo que os colegas da escola não gostassem dela. Idai, o importante é deixar os pais felizes e não ser importar com um bando de pirralhos que a viam como orgulhosa e nerd demais pra se divertir.

A única que olhava pra ela, era uma garota de cabelos lilases e olhos do mesmo tom. Sorria de um modo fofo e lindo. Os meninos sempre queriam como parceira de trabalho ou conversar com ela, mas esta negava com gentileza e se aproximava da Sofia Walter, conhecida como esnobe e meio vingativa.

— Sempre com essa pelúcia! Deveria parar com esse lance infantil! — aconselhou Angeline sorrindo de forma amigável, mas era firme no que dizia, como se gostasse de autoridade.

— Já lhe disse que não me importo com que os outros pensam... ele foi meu único amigo até agora — Sofia esboçou um sorriso, fazendo Angeline sorrir e corar, esquecendo da teimosia da morena.

— Incrível que os outros não consigam enxergar o eu verdadeiro das pessoas. Depois reclamam quando são traídos ou injustiçados.

— Do que está falando, Angel? — perguntou Sofia, curiosa.

— Nada! — ela riu. — Gosto de refletir! Então tenho que ir!

Sem Sofia concordar, a menina de cabelo lilás saiu na frente. Sofia suspirou. Sabia que Angeline tinha perdido os pais apenas seis meses e, pior, viu eles sendo mortos. Walter tentava imaginar, mas sabia que nem a melhor imaginação iria se aproximar do acontecimento que perturbava Angeline desde então.

Ao colocar a pelúcia na mochila, alguém pegou o gatinho negro. Sofia arregalou os olhos sentindo sua mão sem o objeto, assim olhando para o ladrãozinho.

— Michael, me entregue!

Michael sorria com a cara burrada da garota. Ele tinha um corpo um pouco corpulento e era mais baixo que a Sofia, embaixo das suas pernas grossas, ele usava patins com rodas diferentes. Ele levantou a sobrancelha em desafio.

— Não sei como gosta desse bicho!

Ela o fitou, zangada. Então viu os amigos do Mike rindo e sorriu em deboche.

— Também não sei como você é amigo daqueles idiotas. Mas eu não reclamo, sempre existem milagres para os ignorantes!

Os meninos se sentiram ofendidos, e alguns nem entenderam, Michael riu e acenou em concordância.

— Gosto desse seu lado sarcástico! Mas não irá me fazer te dá seu precioso gatinho.

Mike sempre gostava de provoca-la.

— Por que não me deixa em paz? Você poderia fazer como todos, me ignorar e falar de mim pelas costas.

Com os olhos arregalados de surpresa por causa da expressão rude e triste da garota. Ele se sentiu um idiota, como sempre se sentia ao provoca-la, mas era a única coisa que podia fazer para chegar perto dela.

— Já chega. Se quer apanhar, assim se...

Um rapaz asiático, alto e bem magrelo, tomou com rapidez a pelúcia da garota. Sem olhar para Michael, deu um sorriso simpático para a garota. Shimo Koori, conhecido futuramente como Ice Park, mestre da Sofia, mesmo que ambos sejam da mesma idade, a garota o respeita muito, porque mesmo criança ele age como um pequeno adulto. Inteligente como ela, mas a duas séries a frente, porque a mãe de Sofia não queria que está ficasse muito a frente, por causa da idade da menina.

— Sofi, pega seu bichinho! E Mike... — ele fitou a criança, calmamente. — Deveria parar de agir assim, vai acabar se arrependo... seja homem e assuma.

O menino corou e fitou Sofia, que ao olhar para o menino gordinho, este desviou o olhar.

— Você é um estraga prazeres, Shimo!

Assim Mike e os outros meninos saíram para suas respectivas salas. Sofia o abraçou e esse retribuiu.

— Senhor é demais, sabia!

— Para de me chamar de senhor... somos da mesma idade.

— Eu sei, mas gosto disso, Shimo-senpai! Realmente não poderá ver meu campeonato hoje.

Ele apresentou uma cara triste. Suspirou levantando a mochila.

— Só vim pegar meus pertences, vou me mudar como já sabe. Desculpe, Sofi!

— Tudo bem! Vai ser difícil não ter momentos com você... já que é divertido.

— São divertidas nossas conversas?! Realmente somos iguais... e diferentes desses garotos.

— Isso é bom! Odeio esses moleques que enchem meu pé, principalmente o Michael. Por que ele faz isso?

— Ele é novo demais pra saber, mas é um bom rapaz! — ele sorriu pensando alto e deixando Sofia, como sempre, curiosa. — Tenho que ir falar com a diretora. Tchau!

Shimo então foi direto para diretoria para cancelar a matricula e pegar papeis importantes. Um rapaz daquela idade, sendo responsável é difícil, mas o asiático vinha de uma família culta, então era ‘fácil’ para ele. Sofia colocou seu bichinho na mochila e saiu da escola, a espera de seu pai, Sebastian Walter.

Como sempre, ela corria e abraçava o pai. Seu pai possuía os olhos azuis tão lindos e vivos. Sofia tinha uma paixão secreta por olhos azuis, porque sentia que os entendia tão bem e as pessoas que tinham tais olhos a faziam bem. Exemplo, seu pai.

Ambos foram para a casa e como uma família, almoçaram e conversaram. Pai, mãe e filha. Algo lindo de se ver.

.......

Dante olhava para o espelho e franzia o cenho. Parecia um mané, como seus amigos diziam, com uma roupa social, camisa dentro da calça, sapatos sociais e seu cabelo parecia ter sido lambido por uma vaca. Ele tinha praticamente 10 anos e seus olhos azuis vibrantes.

Arrumando a gravata e lutando para não bagunçar o seu cabelo ridículo. Como sempre sua tia é uma arquiteta de frescura. Era incrível o que ela fazia com rapaz, agia como mãe, porém Dante nunca a havia assim, mesmo que nunca tenha conhecido os seus pais.

— Eu realmente não quero ir para esse campeonato.

Era irritante ter que ser usado assim, mesmo que o garoto fazia isso, ás vezes, só para agradar a tia que fazia tudo por ele. Ela deu um sorriso simpático.

— Sei que não quer! Mas é melhor se ocupar com isso, do que ficar lamentando pelo seu amigo...

Dante fitou o espelho, onde se podia ver a expressão da sua tia, ele suspirou. Seu melhor e único amigo morto por ter sido corrompido pelo pai e irmão traficantes e bandidos. Mesmo tentando protege-lo como um irmão mais novo, Dante não conseguiu, marcado por isso desde a morte de sua mãe e pai quando pequeno. Parecia que ele tinha alguma maldição, qualquer pessoa que amasse, seria assim, a pessoa morreria?

O bom era que não amava sua tia, esta estava salva. Dante deu um sorriso no canto e disse.

— Eu estou bem. Já passou! Senhora sabe como eu sou, então não se preocupe.

Dito isso, ele saiu do banheiro completamente arrumado. Pegou suas coisas e foi rumo ao local onde aconteceria o campeonato mirim. E como sempre iria ganhar.

— O policial Hasher ligou. Disse que queria falar com você amanhã, sobre o acontecimento de seu amigo — avisou sua tia já dirigindo até o lugar que não era tão longe dali.

Dante revirou os olhos, irritado. Por que essa entrevista estupida?

— Certo! — disse mantendo a compostura de rapaz educado.

Estava muito afim de terminar esse campeonato e ir para algum lugar para pensar.

— Chegamos!

Sem falar nada, ele abriu a porta do carro e saiu. Olhou o local que parecia uma anfiteatro grego e depois olhou para as pessoas que entravam no lugar.

Então ele fitou uma garota que abraçava de forma carinhosa o pai e mãe, orgulhosos por ela está no campeonato. Dante sorriu.

“Irá perder, mocinha!”, sussurrou convencido. Como Dante era arrogante na época, e daqui a dez anos mudara seu jeito.

Como se ela estivesse escutado. A garota olhou para o menino de cabelo negro e olhos azuis. E como sempre, ela ficou vidrada por aqueles olhos chamativos. Ela sorriu de um jeito desafiador.

(...)

(Dez anos depois)

Incrível que Dante pudesse ver aquele olhar desafiador novamente, porém de outra forma. E bem diferente que eu diga.

Em vez de mulher, é homem. E semi-besta, além de guerreiro. Sofia em sua forma masculina, Lord Cat, olhava para Hitsuagya de uma forma desafiadora, assim como olhava para Dante/NightMare e Lilith. Dois grupos de três pessoas, e cada um possuía um pet.

L.C possuía Emilly e Raiden como companheiros, enquanto Dante ficava com o mago do gelo e a barda.

— Temos somente seis dias para o novo desafio. Então é bom treinarmos um contra o outro — avisou L.C, que roubara o nome líder de Raiden, por motivos pessoais. — Hitsuagaya, você lidera o grupo, quero ver habilidade de liderança de cada um de vocês. Em seguida, Emilly e Lilith serão as próximas a liderar e vice-versa.

— Certo, chegue de lorota, porque Luke, com certeza, está treinando muito e quero supera-lo — o mago do gelo, já colocou sua perna direita na frente e ventos gelados apareceram em volta de si.

— O mago tem razão, vamos brincar... certo, Raiden?! — Dante sorriu em desafio para Raiden que concordou, já colocando sua cimitarras na frente do corpo.

Então assim começou. Lilith prendeu Raiden, porém Emilly o ajudou rápido, fazendo a barda se concentrar na menina que era fonte de restauração do trio. Então Dante foi atacar o feiticeiro das cimitarras, porém algo o interveio. Lord usou sua espada como forma de defesa.

— O defendendo! — Night grunhiu em resposta.

O semi-gato sorriu com aqueles caninos a mostra.

— Está com medo de perder como sempre de mim?!

Como resposta Night forçou mais o peso do seu corpo na espada, fazendo as pernas de L.C dobrarem de leve.

— Sonhe!