Choose Love escrita por PotedeMel


Capítulo 1
Capítulo 1




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Sentiu-se gelada. Sentia as gotas de sangue a escorrer pelo seu corpo, deixando atrás de si um trilho. Naquele sitio maldito, sete palmos abaixo do chão, como se no seu túmulo estivesse, o silêncio caiu. Sentia a fúria, o ódio do Coronel, que de costas para ela, com os dedos prestes a estalar, fitava um Edward resoluto. Ela sabia o que ele estava a pensar em fazer. E o que ele estava prestes a fazer seria classificado como “sair do caminho” e assim sendo as suas ordem eram claras:

“Se eu sair do caminho, atire e mate-me com essas mãos. Estás qualificada para fazer isso.”

Agora, a razão de ela estar gelada era clara. Era o seu coração a preparar-se para o que tinha que fazer.

 

I choose to hide
But I look for you all the time
I choose to run
But I'm begging for you to come
I wanna break
But I know that you can take
I stay a while
To be sure that you're by my side
Oh, oh

Mas ela não queria. Ela queria fugir, correr. Queria lutar, queria ver. Queria poder deitar a arma ao chão e abraça-lo. Queria desistir, queria ficar ao lado dele. Queria poder destruir todos os seus inimigos sozinha, sem precisar de vê-lo a chorar outra vez. Queria poder esquecer tudo o que ela era. Esquecer os seus códigos, as suas morais e simplesmente apoia-lo. Não se importar que ele matasse aquela criatura sem um piscar de olhos.

E era isso que ele esperava. Esperava para ver se ela o apoiava, apesar de saber que ela nunca faria isso.

 

Don't look at me, just look inside
'Cause I can go through
Tell me, are you goin' tired
Of what I don't do
I wanna see, I wanna fight
'Cause I don't feel scared
Honey, if you care

Mas porquê? Ela não tinha razão para hesitar. Tinha matado com as suas próprias mãos dezenas, centenas de pessoas. Mas nunca se tinha sentido particularmente culpada. Nunca tinha sujado as mãos com sangue inocente. E aquele não seria, certamente, sangue inocente. Sangue vil, a quem nunca ninguém os culparia de terem derramado, excepto quando se olhassem e vissem a verdade.

O sangue era todo igual, não importava de quem fosse e estaria sempre nas suas mãos. Sangue era sangue, assim como vida era vida. E eles os dois sabiam isso e sabiam que nunca mais olhariam um para o outro se o sangue da criatura fosse derramado.

 

I choose to find
Things that you left behind
I choose to stare
But I can take you anywhere
I wanna stay
But my soul leaves you anyway
Can close the door
And love, could you give me more


O muro à volta do seu coração, o gelo estava quase terminado. A arma estava agora segura, firme nas suas mãos. Seria uma questão de lógica dentro de poucos segundos. Sem erros, sem sangue inocente derramado. Sim, certamente o gelo destruiria o fogo. Ela impediria que as mãos dele ficassem manchadas de sangue. Salvar a alma dele, e dar ao inferno a sua. Afinal ela tinha prometido. “Se esse é o seu desejo, até ao Inferno”

 

Don't wanna hear, I wanna fight
'Cause this time I won't be wrong
And I can waste this precious time
Asking where do I belong
So let me know your love is real
'Cause this time you won't control
Tell me please, what do you feel
Do I have to save your soul

 

Roy sorriu ligeiramente quando sentiu a arma apontada a sua cabeça ficar mais firme. Sabia que ela não ia demorar a fazer a sua escolha. E ele sabia que na verdade não havia nenhuma escolha. Ela não o deixaria sair do caminho. Mas ele não iria parar, não queria ter essa escolha. Ele não iria escolher abrir as mãos e desistir da ideia de sujá-las de sangue outra vez. Deixar-se cair. Por mais que ele quisesse abraça-la, ele não faria isso.     

Ele fez uma escolha.

Ela fez uma escolha.

A chama já ia ser lançada quando ele sentiu, antes de ouvir a detonação, a bala a entrar no seu corpo. Sentiu-se a cair, e num momento, sentiu-se capaz de cair na gargalhada. Como podia ele ter pensado que a podia vencer?

Mas quando a viu a apontar a arma ao verme, sentiu as gargalhadas a serem abafadas por lágrimas de ódio repentinas. Ela não falharia o verme que o Fullmetal segurava na mão, mas as suas mãos...estariam cobertas de sangue. Tentou levantar-se, impedi-la.

Não, escolhe-me a mim!

Ela disparou.

Choose Love


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Notas finais do capítulo

Choose Love, Roy D: Não posso dizer que desejo que a nossa querida vaquinha(para quem não sabe falo de Hiromu Arakawa a criadora do FMA) faça algo semelhante a isto. Na verdade eu entrava em pánico se algo acontecesse à Riza ou ao Roy Ç_Ç E também foi isso que me impediu de fazer a Riza mandar o Roy pelo ar, alêm de que provavelmente era sacrificada ao primeiro messias que os fás de Royai vissem @_@ A música é a "Choose Love" de Rita Redshoes e recomendo-a, apesar de não estar nas minhas preferências musicais habituais XD. Não está por ordem e têm partes cortadas.

Espero que tenham gostado de ler esta curta song fic e já sabem qualquer dúvida, critica construtiva é só mandar o/



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