Um Nobre Apaixonado escrita por Mary


Capítulo 15
Capitulo 15 - Adeus.


Notas iniciais do capítulo

NOSSA GENTE
fiz o cap. em 30 minutos.
Deram sorte que hoje o dia me deixou muito inspirada.
Cá está o cap.
Boa leitura, até lá embaixo!
LEIAM AS NOTAS FINAIS É IMPORTANTE



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POV Eleazar.

Eu estava andando pelo salão central quando ouvi o grito abafado de Rosalie. Corri para fora do castelo até chegar à fonte. Demorei alguns segundos para assimilar a cena que estava em minha frente. Carlisle estava caído no chão, Rosalie estava abaixada ao lado dele e Marcus vinha às pressas em minha direção. Corri em direção para eles, Marcus passou por mim, provavelmente ia buscar ajuda. Me abaixei ao lado de Rosalie e a minha primeira atitude foi medir a pulsação de Carlisle.

– O que houve? – perguntei olhando Rosalie.

– Ele... Ele disse... Disse que tinha que falar comigo... E... Do nada... Ele só caiu. – ela disse. – Desmaiou.

– Já mandei chamar um médico! – Marcus disse voltando. – Vamos levá-lo para o quarto.

Marcus e eu pegamos Carlisle e com algum custo, conseguimos subir com ele até os Aposentos Reais. O colocamos deitado e saímos do quarto para esperar o médico chegar. Rosalie tinha pedido para ficar com ele lá dentro. Assim que o médico chegou e entrou, Rosalie saiu e foi atrás do irmão e de Jasper para contar o que tinha acontecido. Marcus me pediu licença e disse que ia resolver um assunto, que era para mandar avisá-lo assim que o médico dissesse alguma coisa. O Dr. Ainda ficou alguns longos minutos dentro do quarto com Carlisle e enfim saiu.

– E então? – perguntei.

– Não consegui achar nenhuma doença que transmita sinais físicos. Mas não podemos descartar problemas no coração. Vou ver se consigo alguma coisa com uns contatos. – ele disse.

– Tudo bem, doutor. Obrigado. E, em nome da família Real lhe peço, não comente o ocorrido com ninguém. – falei.

– Tudo bem, Conde. – ele disse. – Mais perto da noite volto. E, ah, ele está acordado.

– Obrigado por avisar.

Ele assentiu com um pequeno sorriso enquanto se afastava. Falei com o guarda que estava parado na porta do quarto e pedi para que ele avisasse Marcus e os outros que estava tudo estabilizado. Assim que ele saiu, entrei no quarto.

– Precisamos conversar, Majestade. – falei.

– Ah, Eleazar. – ele disse. – Ótimo que está aqui. Preciso que fale para Rosalie algo sobre o casamento com Felix, diga a ela que eu...

– Não. – interrompi-o.

– Perdão? – ele me olhou franzindo o cenho.

– Não. – repeti.

– E posso saber o porquê diabos disso? – ele disse se sentando na cama e me olhando.

– Cansei, Carlisle. – engoli seco. – Estou há todos esses anos aqui. Mesmo depois de casado atendi ao seu pedido e não fui embora. E para que? Para ficar aqui vendo você se tornar o homem que mais odiou? – tomei ar. – E quer saber de uma coisa? Você já se tornou. Só que ao contrario de seu pai você está... Está começando suas tiranias aqui dentro... Está tentando curar seu orgulho ferido jogando sua filha para cima daquele verme. E por quê? Bem, tanto você quanto eu, sabemos que isso é só mais um dos joguinhos de Aro, que mesmo você vendo ele, você continua jogando e por incrível que pudesse parecer você joga contra os seus...

– Basta, Eleazar! – ele disse entre dentes.

–... Você nunca foi bom de em ouvir o que os outros pensam! Você é exatamente igual à seu pai. - cuspi as palavras. – Me diga quando, nesses quase 20 anos, você se sentou ao lado de Jasper na biblioteca para perguntar os planos futuros dele para o Reino? Quando teve paciência de contar uma história para uma menina assustada dormir, porque ela não podia interromper uma discussão que o reino todo ouvia da sala ao lado? Quando perguntou para o garoto que perdeu os pais estava sentindo? Eu te respondo, nunca! Tentei fazer o possível e o impossível para que as coisas não virassem contra você, mas me parece que você queria que isso acontecesse. Rosalie chorou por horas. Recorreu a todos. Porque ela tem medo de você. Sabe quando ela disse que não te respeitava como pai e sim te temia como Rei?! Pois é. Foi isso que ela pensou todos esses anos. Não consigo mais reconhecer em você o cara que casou com minha irmã, o homem que ficava horas comigo, ela e Carmem no jardim, conversando sobre as mudanças que o Reino teria quando você assumisse o trono. Mas agora estou vendo o que você está capaz de fazer e quer saber? Acho... Acho que temo por eles. Já que é capaz de fazer a vida da sua filha o inferno o que você e seu ego fariam da vida de um de seus súditos que não se curvarem enquanto você passa. – encarei-o. – E não venha dizer que isso não é questão de orgulho, porque é exatamente disso que se trata. Não consigo mais reconhecer você. Não consigo engolir o que você se tornou.

– Basta, Eleazar. Ou... – ele gritou

– Ou o que? Vai me queimar em praça publica porque falei a verdade? E depois? Vai mandar minha viúva para fora do Reino, como escrava para algum de seus amigos da corte? Ou melhor! Claro! Vai nos enforcar, juntos, como marco de desonra? – usei um tom mais alto. – Todo o respeito que eu tinha por você, Majestade, sumiu. E quem sabe, o resto de amizade que ainda sinto possa sumir também. Mas uma coisa que sempre vou ter de você é pena. Ela... Bem, talvez ela só aumente. – completei voltando ao tom de voz normal.

– Escute aqui! – ele disse tentando se levantar rapidamente. Ele se desequilibrou. Me apressei ao seu lado e o segurei. Ele se desvencilhou de mim e me encarou.

– Cuidado, Majestade. Porque da próxima vez que for cair, pode não ter ninguém pra te segurar. – falei. – Carmem e eu estamos saindo hoje mesmo daqui. Vamos para o castelo mais ao sul. Estarei aqui para o baile de noivado de Rosalie amanhã, mas por ela e pelos meninos.

– O que está esperando ainda? – ele disse. – Quer que eu peça para você ficar? Porque se for isso, espere sentado. Se vai mesmo, faça boa viagem, não faça questão que continue aqui. – cuspiu as palavras.

– Ótimo. – falei.

– Ótimo. – disse. – Saia daqui agora. E não precisa se dar ao trabalho de se despedir.

– Eu não me daria. – falei saindo.

Sai do quarto e bati a porta. Rosalie e os meninos estavam no corredor. Jasper me olhava apreensivo.

– Ouviram algo? – perguntei.

– Vai mesmo embora? – Jasper disse.

– Ouviram. – confirmei. – Vou. Não posso mais ficar aqui. Sinto muito. Mas vocês três sabem que no que precisarem de mim, é só mandarem um mensageiro e eu venho em pouco tempo.

– Obrigado por tudo. – Rosalie disse me abraçando.

– Ei, Rose. – sorri. – Não estou partindo para sempre, pense assim.

– Tudo bem. – ela disse.

Despedi-me dos meninos e sai. Agora era arrumar minhas coisas e partir. Para sempre.

POV Carlisle

Assim que ele saiu peguei o copo d’água que estava no criado-mudo e joguei contra a porta. Não acredito que...! Argh! Mas tudo bem, se é isso que ele quer. Assim vai ser. Que vá e faça uma boa viagem. Ele não vai fazer falta aqui, nem para mim. Esperei alguns minutos e sai do quarto, eu não queria ver uma cena dramática no corredor, e agradeci por não ter visto. Desci para o salão principal e como não vi ninguém, simplesmente sai. Um guarda acabou me vendo e tentou me parar, mas não era ele quem me faria ficar ali dentro. Coloquei a capa e sai para o vilarejo, seguindo direto para a casa de Esme. Assim que cheguei bati na porta. Não demoraram segundo para que ela abrisse.

– Carlisle! – disse. – Meu Deus, entre. - completou me dando passagem.

Entrei e tirei a capa, colocando em cima da mesa. Esme pegou a capa e minha mão e me puxou para o quarto, trancando a porta e fechando as cortinas da janela.

– Querido. – ela disse me dando um selinho. – O que aconteceu? Você não parece bem.

– Eleazar. – falei baixo. – Ele foi embora. – olhei-a.


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Notas finais do capítulo

Não tentem me matar, okay? Deixei meio que o Carlisle de herói injustiçado, mas no proximo vocês vão ver que não é de toda injustiça isso que rolou.
Comente. E cara, só eu vi isso como uma briga de irmão ou melhores amigos orgulhosos?
Besos e até a próxima.

E, ah, vou começar a fazer umas lembranças para explicar algumas coisas.



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