A Marca - Vingança escrita por Sweet Nightmares


Capítulo 6
Abandonando os estudos (Miguel)


Notas iniciais do capítulo

DESCULPA! EU SEI QUE EU FIQUEI DUAS SEMANAS SEM POSTAR! NÃO ME ODEIEM, POR FAVOR!
é sério, desculpe.
mas eu postei hoje, então cumpri com o combinado.
até lá embaixo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/251381/chapter/6

Estávamos sentados na secretaria, James esperava sua vez com o diretor.

-Abandonando os estudos de novo, Jamie? Que feio! – brinquei.

-Cala a boca, Miguel. Eu tenho que resolver coisas importantes. Depois eu retomo. De novo. – disse, murmurando a última frase para si.

A secretária do diretor o deixou entrar. Depois de algum tempinho ele voltou.

-Vamos. – fomos até seu quarto, eu estava ali para ajudá-lo a recolher as coisas. No caminho do dormitório, encontramos uma loira de olhos cor de mel.

-James! – chamou – É verdade que você vai sair?

-Só por uns tempos. – respondeu.

-Ah... – ela olhou para ele, parecia triste. Então lançou-se em seus braços para um beijo.

Eu odiava James. Ele me prometera que não trairia a Rebeca, mas estava com outra sem nem ao menos terminar com ela oficialmente, então dava no mesmo. A garota ligara desesperada para casa apenas alguns dias atrás, preocupada. Seu amigo vinha falar comigo sempre, para saber o porquê de James não dar notícias e eu nunca tinha uma resposta. Eu odiava James por simplesmente deixar uma garota tão meiga como Rebeca sofrer por um canalha vendido como ele. Nem eu seria capaz de fazer uma coisa dessas. Por isso fiz o que fiz.

-Que porra é essa?! – exclamei – Quem é essa vadia e por que ela está pendurada no seu pescoço?!

A garota me olhou confusa e James, assustado.

-Quer me explicar, senhor Stevens? Acha que só porque eu não estou com você durante a semana você pode se esfregar nos outros, principalmente em garotas? Que falta de sacanagem é essa? Não me ama mais, é isso? Porque se eu não sou o suficiente, era só dizer de uma vez, ok? E ainda tem a cara de pau de me trair na minha frente? Seu filho da puta desgraçado!

-Miguel, cala a boca! – ele estava vermelho, só não sei se de raiva ou vergonha.

-James, você é gay? – perguntou a garota.

-Não!

-O quê? Tomara que você morra engasgado com o pau de outro, viado! Eu não sou um hobby,ok?

-Ah, meu Deus! – a garota começou a se afastar.

-Isso mesmo, vai embora, piranha!

-Miguel, cala a boca!

A garota sumiu. Todos a nossa volta nos encaravam.

-Jay, você é gay? – perguntou um cara.

-Não! – exclamou, então virou-se para mim – Por que fez isso, seu drogado?

-Você estava traindo a Rebeca, ela merecia um aliado próximo ao inimigo! – justifiquei-me – E eu estou limpo!

-Você me humilhou por causa da Rebeca? A gente terminou!

-Não, você terminou e não contou pra ela! Agora ela está lá do outro lado do continente chorando no ombro do Lucas porque o Sr. Eu Te Amo sumiu sem dar notícia! Cadê seu quarto, vamos pegar suas tralhas e ir embora daqui logo.

-Eu tive meus motivos!

-Shhh! Fica quietinho!

Fui andando em direção ao quarto dele, sendo guiado pelo tal Jack e o Joe, parceiros de quarto dele, que me usaram de informante para entender o que foi a parada gay no corredor:

-Geralmente, eu não contaria, mas estou com pena da garota, então vou contar. É que tipo, o James sempre foi maior galinha, isso é fato. Até que rolaram umas paradas e ele teve que ir pra Londres, onde ele conheceu a tal Rebeca, brasileira, por sinal. Eles começaram a namorar e pela primeira vez ele veio com essas juras de eterno amor e promessas de fidelidade eterna, inclusive prometeu para mim que seria fiel com ela. Até que um dia, há pouco mais de um ano atrás, ele simplesmente parou de falar com a garota! Foi tipo, dormiu pensando “eu amo a Rebeca” e acordou tipo “Rebeca? Quem é essa?”. Eu não entendi nada. Depois de um tempo o amigo dela lá começou a falar comigo pela internet mesmo, pra saber o porquê do James parar de falar com a garota, porque ela estava preocupada, mas eu não sabia como responder, e ele continuou vindo checar se eu já sabia o porquê uma vez por semana, porque ele sim se preocupa com a garota! Tipo, eu até mandei o James ligar para a menina, mas ele não ligou! E anteontem a menina, toda preocupada, me ligou milhões de vezes pra falar com ele e nem assim ele deu sinal de existência. Agora eu chego e ele já está se esfregando em outra? Ele nunca terminou oficialmente com a Rebeca, então é traição. E se ele está traindo ela, está quebrando a promessa que fez pra mim, que aliás não era uma promessa, era aposta, mas ainda assim eu fiquei com pena da garota. Então fiz o show gay pra espantar a loirinha. Não tenho medo de homofobia, mesmo! Posso ter largado as drogas, mas o Ian ainda me deseja, então...

-Mas espera aí... Você é gay? – perguntou um dos dois, não sei se era o Jack ou o Joe.

-Não. O único gay na história é o Ian, mas ele tem uma gangue e anda armado.

-Ah... Pô, mas vacilo do James fazer isso com a garota... Coitada. – disse o outro.

-Pois é. – concordei.

Terminei de arrumar as malas do James, que entrou no quarto me odiando.

-Ligou para ela? – perguntei.

-Não. Terminou de arrumar aí? Estou com pressa.

-Você é tão patético, James. – revirei os olhos – Suas coisas estão prontas. Sinta-se livre para carregar sua própria mala. Ah, e eu dirijo. – falei, saindo na frente. Joe, Jack e o próprio James vieram atrás de mim. No estacionamento, assisti a mini despedida de dentro do carro.

-Então você vai embora, né, seu viado? – disse Jack.

-Vai abandonar a gente... – murmurou Joe.

James deu soquinhos nos braços deles.

-Deixa de drama. Eu sei que vocês me amam, mas vão sobreviver sem mim.

Foi sua vez de receber soquinhos.

-Vai destruir todo o conceito de J3. Eu te odeio. – disse Jack.

Liguei o rádio do carro, conectado via Bluetooth com meu celular, e coloquei para tocar Whispers in the Dark, do Skillet. Não ouvi o resto da conversa, mas dei graças quando James finalmente entrou no carro.

Já estava dirigindo há um tempo quando resolvi quebrar o silêncio.

-Estudar não faz seu tipo, né?

Ele riu.

-Eu tenho meus motivos para abandonar a faculdade de novo, Miguel. E vou retomar assim que possível.

-Tem a ver com o seu outro lado? – James encarou o vazio em resposta. Sim, tinha a ver.

O silêncio prevaleceu por alguns minutos.

-Rachel e Phillip estão rindo disso tudo. Disseram que você é fraco demais para terminar a faculdade porque tem medo de assumir responsabilidades na vida. Concordo com eles. Isso explica porque você não ligou para a Rebeca e nunca terminou devidamente.

Ele bufou.

-Será que você poderia parar de falar nessa garota por um segundo ao menos?! – irritou-se.

-Desculpe-me. – mais uma vez, silêncio. Podia ouvir a respiração pesada de James. Estava tocando Dead Inside, também do Skillet. Para acabar com o desconforto que pairava no ar, perguntei a primeira coisa que me veio à mente – Você ficou bolado comigo por causa do lance da loirinha no corredor, amor?

Ele riu descontraidamente.

-Não fiquei, não, querido. É só que... Porra, você queimou meu filme. E aquilo de morrer engasgado com o pau de outro... Cara, de onde veio aquilo? – perguntou entre risos.

Compartilhamos um momento de risadas pavorosamente escandalosas.

-Não faço ideia, cara! Eu pensei e disse, sem nem analisar. Foi completamente automático. – ainda riamos.

Conversamos bastante o resto da viagem, um falando coisas mais idiotas que o outro. Chegando a nosso apartamento em New York, James foi recebido por uma multidão animada que tentou levá-lo para um rodízio de pizza, mas ele se jogou no sofá e dormiu. Rachel e Phill tiveram que expulsar toda a multidão de casa e eu arrumei as coisas dele.

-No fim ele sempre volta... – comentou Phillip, fechando a porta depois de Ben sair. Rachel estava de braços cruzadas na poltrona, sentada que nem macho, revoltada por ter tido outra discussão com Ben.

-Menina-macho, prepara um sanduíche para mim porque eu estou cansado! – ordenei. Ela jogou o controle da TV na minha direção, mas eu desviei. As pilhas saíram do controle quando ele caiu. Phillip catou-as enquanto eu ria da cara de raiva de Rachel – Deixa, eu como maçã, mesmo. – peguei a fruta vermelha na geladeira e dei uma mordida.

Desci para buscar no carro as malas que faltavam e levei-as direto para o quarto de James. Abri-as para guardar as coisas em seus devidos lugares, me vendo no claro direito de mexer no que não era meu por ser o melhor amigo dele. Dentre suas roupas, dentro da mala, encontrei um envelope pardo. Mesmo sentindo que isso era errado, abri-o.

Ao ver seu conteúdo, não pude evitar sorrir.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

e aí? o que acharam?
desculpe pelo super-atraso de novo...
eu ainda amo vocês, ok?
bjs!