A Marca - Vingança escrita por Sweet Nightmares


Capítulo 33
Abandono


Notas iniciais do capítulo

Por mais que eu tente, não consigo mais escrever A Marca. Resolvi abandoná-la, mas achei injusto deixá-los sem um final. Tenho uma ideia de como a história seguiria até o fim, e por isso escrevi um resumo (bem comprido na verdade) de todos os acontecimentos desse ponto até o término da fic. E resolvi postá-lo aqui.



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James e Miguel explicam tudo para Alice, que até tenta entender, mas como é complicado demais para uma pessoa normal absorver tanta informação assim, ela simplesmente conclui que eles estão todos loucos e volta para casa, bloqueando as lembranças de qualquer coisa sobrenatural que ela tenha visto.

Em casa, a transformação do Lucas continua (passando do estágio indiferente para o estágio hostil), com ele ficando cada vez mais frio e aparentemente estressado. Ela tenta conversar com ele assim como a mãe recomendou. Ele escuta atentamente tudo o que ela tem a dizer, mas não fala nada, apenas pede-a que saia do quarto. Com isso, Alice acaba se fechando ainda mais, e as brigas dela com Paula se tornam mais frequentes.

Alguns dias depois da conversa com o Lucas (em torno de uma semana depois), Alice e Paula estão mais uma vez discutindo na cozinha, quando ele aparece para preparar seu café da manhã. Em algum ponto da discussão, Paula começa a gritar cada vez mais alto e chega ao ponto de pedir apoio ao Lucas, que apenas a encara em resposta. Alguns segundos depois, entretanto, Lucas puxa Paula pelo cabelo para próximo de si e, num movimento rápido, corta sua garganta. "Você é barulhenta demais", ele diz para o corpo de Paula, caído no chão da cozinha, sujando-o de sangue. Limpa a faca e termina de preparar seu sanduíche com naturalidade. "Pronto, resolvi seu problema.", declara tediosamente enquanto volta para o quarto.

Em choque, Alice é incapaz de se mover, e continua ali, na mesma posição de antes, apenas encarando o corpo de Paula. Depois de algum tempo, encosta na parede e escorrega até o chão, abraçando as pernas. Sem tirar os olhos assustados da mulher morta em sua cozinha, Alice repete para si mesma com a voz trêmula "Meu irmão é um assassino. Meu irmão é um assassino.". E permanece assim pelas horas seguintes, até seu pai voltar para casa. (Era sábado, e ele só trabalha metade do dia.).

Quando o homem chega e encontra sua noiva morta e sua filha em estado de choque em sua cozinha, ele entra em pânico. "Alice! Alice, o que aconteceu!". Sem resposta, corre até o quarto de seu filho, que estava deitado dormindo. O homem então conclui que alguém invadiu a casa enquanto seus filhos dormiam e matou sua mulher, e quando Alice acordou e encontrou Paula morte entrou em choque. Ele corre para acordar o garoto. “Lucas, acorde, algo aconteceu com Paula, precisamos chamar a polícia!”

“Não precisa chamar a polícia, está tudo bem, pai.”, confuso e assustado, ele se afasta do filho. “Lucas...?”. Com um suspiro o garoto levanta. “Ela estava brigando com a Alice de novo, e eu já estava ficando irritado. Fiz isso para ela calar a boca.”. Ele boceja. Então o pai repara no sangue manchando a camisa do filho e desesperado, foge. Leva Alice consigo, apesar de a menina ainda estar transtornada. Ele liga para a polícia.

Quando a polícia chega, não há sinal do Lucas. O corpo de Paula é levado para investigação, e depois de ficar claro que a causa da morte foi de fato o corte, ela é cremada. Alice, catatônica, teve de ser internada. Toda essa situação só aumenta a instabilidade de Rebeca, se sentindo cada vez mais pressionada.

Paralelamente, Miguel finalmente recebe uma ligação de Ian, dizendo ter descoberto algo sobre o tal Elliot Han. Aparentemente, Elliot era um serial killer. Todas as suas vítimas eram ruivas e tinham algum tipo de tatuagem no braço, e que tinham entre 25 e 35 anos. Ian explica que o motivo de sua demora foi que, assim que começou a pesquisar sobre esse homem, algumas pessoas estranhas começaram a persegui-lo, enviando-o ameaças e ordenando que não se envolvesse no que não devia. Antes que possa concluir a explicação, a ligação é interrompida repentinamente. Miguel tenta ligar de volta várias vezes, mas Ian não atende.

Por mais que esteja preocupado, o mexicano foca no objetivo. Repassa para James a informação, que a analisa com a ajuda de Raquel. Antes que eles chegassem a alguma conclusão, o ataque dos Hanaggan finalmente acontece.

Enquanto Rebeca estava psicologicamente fraca por conta dos recentes acontecimentos, Claire (a líder dos Hanaggan) envia Lucas para capturá-la.

“Você precisa vir comigo, agora!”

“Do que está falando, Lucas?”

“Não tenho tempo para explicar! Olha, eu finalmente consegui me libertar do controle deles, você precisa confiar em mim! Claire enviou alguns dos irmãos dela para te matar! Vamos logo, Rebeca, essa é sua única chance de fugir.”

Mas ela hesita e confronta ele sobre o assassinato de Paula. A isso, ele responde que o fez para salvar Alice, pois Paula estava ficando violenta. Como Alice, a única testemunha, estava hospitalizada e catatônica, não havia como provar que Lucas estivesse mentindo. Rebeca decidiu acreditar nele, mas quando saíram do prédio, ele a deixou inconsciente com um golpe na nuca, e levou-a para um carro onde Hugo o esperava.

Enquanto Raquel e James ficam desesperados quando descobrem sobre o desaparecimento de Rebeca, Annabeth tenta acalmá-los. Depois de discutirem o assunto, eles decidem invadir o esconderijo dos Hanaggan, porém eles não sabem onde fica. Convenientemente – até demais – nesse momento Elliot declara saber a localização dos outros. James e Miguel ficam no hotel a pedido de Raquel – apesar de muita resistência, eles concordam.

Enquanto isso, Claire revela para a Rebeca seu plano – ela é o tipo que gosta de se gabar. De acordo com Claire, conseguir unir as três únicas descendentes do Killster original era seu plano desde o início.

Ela conta que o que enfraqueceu Kory não foi o tempo que ficou preso, mas sim a morte de Lunna. A teoria é que todos aqueles anos preso na caverna e sofrendo pela morte de sua amada drenaram sua energia de certa forma, mas não pelo tempo, e sim pela dor. O motivo de não ter morrido na primeira guerra com a tribo, seria por não sentir dor no momento, e sim ódio. “É apenas uma teoria”, ela diz, “E pretendo testá-la esta noite.”. Seu plano era usar a morte de Rebeca para enfraquecer Raquel, então matá-la e usar sua morte para enfraquecer Annabeth. E matá-la.

“E como você pretende me matar.”, pergunta Rebeca, acreditando ter encontrado uma falha no plano.

Claire sorri e declara que esse era o objetivo de Lucas. Ela diz que passou anos observando-os, e tinha certeza de que ele era a pessoa mais importante para ela, e que isso deveria funcionar. Ela diz também que, como Lucas fora transformado, e não era um sangue puro, matá-lo seria simples: Um corte no hexagrama. Claire revela também que o único objetivo de Hugo era evitar que Rebeca atrapalhasse a transformação de Lucas. Escolhendo o novo namorado ao amigo de infância, Rebeca fez Lucas sentir-se traído e abandonado, e isso somado à transformação killster fez com que ele virasse a perfeita marionete que se tornou, tomado por um desejo irracional de vingança, confiou no plano de Claire.

Quando o confronto finalmente ocorre, o ataque surpresa falha. É revelado que Elliot na verdade trabalha para os Hanaggan, e esteve esse tempo todo apenas recolhendo informações, e esperando o aparecimento de Annabeth.

Nesse momento, Raquel, de algum modo, consegue decifrar quem seria a pessoa que Elliot retratava nas vítimas. Serial killers costumam escolher suas vítimas baseadas em alguém que conhecem na vida real. Uma mulher ruiva, com tatuagem no braço, entre 25 e 35 anos. Nesse caso, a “pessoa na vida real” de Elliot era Annabeth.

Ele é filho de um descendente de Hanaggan e Annabeth, fazendo dele o único mestiço. Não que isso seja um fato relevante. Como filho de Annabeth com outro killster, ele acabou herdando as memórias dela (Assim como Raquel. A única razão para Rebeca não ter herdado memórias é o fato de que o pai dela é humano.). Essas memórias levaram-no a desenvolver uma paixão obsessiva por ela. Em sua mente, a única maneira de provar seu amor por Annabeth seria pondo um fim na imortalidade dela. Só por isso ele concordou em ajudar Claire.

Como Raquel e Annabeth estão em menor número, não é difícil dominá-las. Rebeca ri, achando ridículo o modo como as coisas acabaram igual ao Coliseu: Um sequestro, seguido de um resgate falho. Perceber isso faz com que ela tenha um ataque de histeria. Ou finja um. Enquanto seu ataque serve como uma distração, ela entra em contato com James por telepatia, como fizera no dia do Coliseu, e pede ajuda.

Irritada com as risadas contínuas de Rebeca, Claire resolve adiantar seu plano, e entrega uma faca ao Lucas, ordenando que ele cortasse a própria marca. Imediatamente Rebeca para de rir e tenta impedi-lo com palavras. Com Claire de uma lado ordenando que ele cortasse, e Rebeca de outro implorando que não fizesse, a mente de Lucas acaba ficando sobrecarregada e em reação ao estresse ele mata um dos Hanaggan.

Há silêncio por um tempo. O homem que Lucas matou foi William. (O homem que, junto de Claire, foi atrás de Raquel no aeroporto durante o flashback. Diferente dos sangues-puros, os Hanaggan também morrem com corte na marca) Apesar de serem irmãos, Claire está na verdade apaixonada por William, e vê-lo morto faz com que ela surte. Imediatamente ela manda que todos os seus irmãos destruam Lucas.

Apesar de Lucas ter resistido por um tempo, logo os Hanaggan conseguem subjugá-lo, e estavam prestes a matá-lo quando Rebeca impediu-os. James, que tinha chegado discretamente, e aproveitou para libertar Rebeca, Raquel e Annabeth.

Lucas está inconsciente por conta do ataque dos Hanaggan e, sem ele, uma batalha se segue. Como, apesar de estarem em maior número, é muito mais fácil matar um Hanaggan do que um Sangue-Puro, não demora muito até que a maior parte dos Hanaggan tenha sido derrotada. Do lado inimigo sobravam apenas Claire e Elliot, que como era parte Sangue-Puro também não morreria facilmente. Claire se entrega, e, quando Annabeth estava prestes a matá-la, Elliot quebra o pescoço da ruiva, e arranca sua cabeça, lançando-a contra a parede.

Claire aproveita o momento para fugir. Como Annabeth teve o crânio e o cérebro completamente destruídos, é pouco provável que volte a vida. Mas assim como Rebeca fez no Coliseu, por precaução, Claire ateou fogo no armazém antes de sair, os outros ainda lá dentro. Quando tenta fugir, algo acerta sua cabeça, deixando-a inconsciente. Miguel corta sua marca e a mata.

Lá dentro, Raquel parte para o ataque. Desesperada, ela grita a cada facada que dá em Elliot. Esse apenas sorria para ela, sentindo sua vida ir embora. "Acho que sua teoria estava certa, Claire.", foram suas últimas palavras. Como dito anteriormente, Elliot amava Annabeth. E a dor trazida com a morte dela foi o que enfraqueceu-o o suficiente para que as facadas de Raquel o matassem. Por isso ele concluiu que a teoria estava certa.

Quando James percebe o fogo, pega Lucas no colo e alerta Rebeca, que corre para buscar sua mãe. Foi um pouco difícil fazê-la parar, mas logo os quatro estão do lado de fora.

Ao recobrar a consciência, Lucas entra em prantos. Ele lembra claramente das pessoas que matou, inclusive Paula, apesar de que estava fora de si quando fez essas coisas. Ele diz que durante todo aquele tempo sentiu-se como se alguém tivesse possuído seu corpo, e ele via tudo acontecer, mas não podia fazer nada para impedir. Como agora ele era um Killster, seria impossível alterar sua memória, então em vez disso Rebeca tenta consolá-lo. É claro que será difícil, e ele terá pesadelos com isso por um bom tempo, mas é o Lucas, e ele vai superar.

Lucas se entrega pelo assassinato de Paula, e durante o interrogatório ele altera a mente dos policiais. No final, eles concluem que foi suicídio e ele é liberado. Em seguida, com a ajuda de James e Rebeca, eles apagam qualquer lembrança da existência de Paula da memória do pai dele, para que ele não sofra tanto. Fazem o mesmo com a Alice. Depois de ter a memória alterada, ela recobra os movimentos. Como não lembra de nada, fica feliz em ver seu irmão. Os três voltam a viver normalmente então.

James e Rebeca não voltam a namorar. Mas prometem que dessa vez manterão contato. E, no ano seguinte, quando Rebeca fosse para os Estados Unidos (fazer faculdade no exterior sempre foi seu sonho), talvez eles reconsiderassem a possibilidade.

Sendo assim, ele votou para os Estados Unidos com Miguel e retomou os estudos.

De volta, a primeira coisa que Miguel fez foi procurar por Ian. Estava preocupado por conta daquela ligação ter sido interrompida tão imediatamente. Descobre que ele está em um hospital e vai imediatamente visitá-lo.

Lá, Ian declara que não lembra com clareza do que aconteceu. Provavelmente, Claire mandou que apagassem a memória dele, já que ele estava pesquisando sobre Elliot, e como agente duplo ele era uma pessoa crucial. Seja qual for a razão que fez Claire decidir deixar Ian viver, Miguel silenciosamente agradeceu por ela.

Continua visitando-o no hospital até que ele recebe alta. Eles dois começam a namorar. Miguel diz que está apenas dando uma chance a Ian como agradecimento por todos os problemas que ele passou enquanto pesquisava sobre Elliot. Mas, na verdade, o pavor que ele sentiu quando aquela ligação foi interrompida fez ele perceber que ele se importava um pouco demais com Ian, e que talvez ele gostasse do outro como mais que um amigo.


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Notas finais do capítulo

E seria isso, se eu conseguisse reescrever como uma história. Mas não consigo mais entrar nos personagens, e por isso não consigo mais escrever A Marca. Antes eu estava muito empolgada com essa história, mas em algum momento eu perdia a química com os personagens, e por mais que eu tentasse, não conseguia escrever. Pode-se dizer também que acabei por perder o interesse.

Bom, espero que tenham gostado da ideia, pelo menos. Obrigada por terem acompanhado a fic até aqui.