Pov. Bella

-Tiveram uma noite animada, não? – Eu disse e Rose e Emmett me olharam confusos. – Os gemidos me perturbaram muito, sabe? Não acho legal vocês ficaram gemendo e gritando alto daquele jeito quando existem pessoas acordadas lendo um livro no quarto. É falta de educação. E desnecessário, eu não preciso saber exatamente o que vocês fazem a noite. – Rose abaixou a cabeça envergonhada e Emmett olhou para min como se estivesse tentando entender as minhas palavras. Todos na casa começaram a rir.

-Não entendi. Explica-me, Baixinha. – Disse Em. Olhei incrédula para ele. Acho que Rosalie desvirtuou um garoto de seis anos de idade. Não é possível. Ou foi isso ou o Emmett cresceu com o corpo e parou de aprender quando tinha um ano de idade. Todo mundo encarava o Emmett.

-Esquece Emmett. Você é muito burro mesmo. –Eu disse, foi quando a Allie desceu a escada e começou a defender o burro. O animal não o Emmett, embora não faça muita diferença entre os dois.

-Pô, isso é sacanagem com o coitado do burro, que é um animal tão inteligente e esperto. Por muitos séculos ele fez o trabalho de um cavalo, levando carga para as pessoas. Além de mover carroças e às vezes transportar pessoas por caminhos que os cavalos não conseguiam passar. Por esse motivo entre outros os burros não merece ser comparado ao Emmett. – Todo mundo começou a rir, quando perceberam que a Allie esculachou o Emmett. Só ele não estava entendendo. A Rose tentou explicar para ele três vezes, mas ele continuava sem entender.

-O burro é mais inteligente que você, animal. Foi isso que eu disse. – Estourou Allie, perdendo a paciência. Emmett demorou dois segundos para entender, foi ai que ele deu de ombros e disse:

-Posso ser burro, mas sou muito gostoso. – Disse ele e levantou a Allie em um abraço de urso, deixando os pés dela flutuando a dez centímetros do chão. Começou a rodá-la e ela passou a pedir para ele parar.

-Tudo bem, anã de jardim. – Disse Emmett colocando Allie no chão.

-Mas a Bella é menor que eu. – Disse Allie. Olhei mortalmente para ela.

-Por esse motivo, ela é o gnomo de jardim. – Disse Emmett. Olhei ferozmente para eles e disse ameaçadoramente.

-Corre. – Os dois começaram a correr e eu atrás deles. Mas eu era recém- criada, portanto era mais rápida e mais forte. Allie tinha uma vantagem, ela via o que ia fazer e desviava, mas Em não tinha essa vantagem. Subi em uma arvore para ficar por cima deles e depois em pulava no ombro deles fazendo-os cair. Mas a Allie viu e subiu ao meu lado.

-Bella, eu te ajudo com o Emmett. – Olhei para ela e decidi que podia torturar o Emmett melhor com a Allie por perto. Corremos lado a lado pelos galhos das árvores.

-Esquerda. Primeira árvore. Ele acha que nós desistimos dele e vai ficar parado ali para ter certeza. – Allie disse e seguimos até lá. Emmett estava parado, embaixo da nossa árvore e olhava de um lado para o outro.

-Já. – Gritei e eu e Allie caímos nos ombros de Emmett que caiu com tudo no chão. Dei uns três tapas na cabeça do Emmett antes de deixá-lo em paz. Allie deu um tapa merecedor do Oscar no Emmett. O coitado levantou cambaleando do chão. Ele nos pegou em um abraço de urso e começou a nos girar. Eu e a Allie riamos e pedíamos para ele parar. Ele nos colocou no chão e disse:

-A Bella é gnomo de jardim e a Alice é a anã de jardim. Se tentarem me bater de novo eu vou persegui-las e torturá-las a noite toda.

-Você vai me trair Emmett? Com minhas próprias irmãs? – Perguntou Rose com uma falsa tristeza. Edward e Jasper chegaram ao mesmo momento para completar o teatro.

-Você vai tentar tocar nelas, Emmett? – Perguntou Edward ameaçadoramente.

-Quer morrer? – Perguntou Jasper com um olhar de quem decapitaria o Emmett a qualquer momento. Eles eram muito bons atores. Eu estava de boca aberta. Allie tinha entrado na brincadeira.

-Jazz, ele disse que me torturaria a noite toda. Disse que iria me perseguir. – Disse Allie fingindo choro. O Emmett alternava o olhar entre todos confuso. Ele não estava entendendo o jogo.

-Não, era brincadeira. Eu... Eu não quis dizer exatamente isso... Quer dizer... Eu falei em outro tipo de tortura... Não é nada do que vocês estão pensando. – Ele estava confuso, dizia tudo embaralhado. Todo mundo começou a gargalhar com a burrice do Emmett. Ai que ele ficou ainda mais confuso. Jogou as mãos para o alto e gritou:

-Desisto de vocês seus imbecis inteligentes. Vou me mudar para onde existam pessoas como eu... Normais. – Ele gritou e todo mundo começou a rir ainda mais, porem a Rose foi atrás dele para explicar tudo. Entramos em casa e combinamos que iríamos fazer mais teatros como aqueles. A Allie subiu com o Jazz para o quarto e eu puxei Edward escada acima. Eu estava um pouco nervosa, mas deixei minha expressão composta. Ele segurava minha mão e brincava fazendo círculos nela. Ele estava normal, não estava nervoso. Tentei me acalmar com esse fato. Eu o amava e ele também. Funcionou. Fiquei mais calma e mais segura a cada passo. No fim, abri a porta do meu quarto e esperei que ele entrasse. Ele sentou-se em minha cama e eu tranquei a porta atrás de min. De repente senti sua respiração no meu pescoço. Ele dava pequenos beijinhos por toda extensão do meu pescoço. Minha pele ficou toda arrepiada e Edward percebeu, pois sussurrou em meu ouvido:

- Você fica tão linda quando não sabe o que fazer. – Eu ri com a impossibilidade da ideia. Ele me puxou para a cama e me deitou ao seu lado. Coloquei minha cabeça sobre seu peito e senti seu cheiro que me inebriava. Ele afagava meu cabelo em intervalos regulares.

-Não precisa apressar nada, minha Bella. – Ele achava que eu não queria? Esse cara tinha um sério problema com interpretação corporal. Principalmente a minha. Deitei- me em cima dele e beijei-o ardentemente. Nossas línguas travavam uma batalha sensual e exploravam cada canto uma da outra.

Ele me apertou contra seu corpo e trocamos de posição. Ele estava em cima de min. Nós não interrompemos o beijo. Senti minhas mãos indo para a camisa dele. Passei minhas mãos por debaixo da camisa e arranhei seu abdômen. Subi minhas mãos até seus ombros onde cravei as unhas. Ele gemeu e tirou minha blusa sem muito cuidado. Suas mãos logo em seguida estavam acariciando todo o meu corpo agora nu. Ele não estava diferente de min. Eu arranhava todo o seu abdômen e suas costas. Estava bem diferente do romance fofo e calmo que havia sido nesta tarde na clareira. Era diferente como se nós fossemos diferentes.

 E o mais impressionante era que eu amava incondicionalmente os dois Edwards.  Beijei seu ombro enquanto ele me acariciava colocando-me em estágios cada vez maiores de prazer. Beijei-o e envolvemo-nos dois em uma onda tão grande de amor que eu não iria quebrar o transe em que nós estávamos.