(…)Did you forget?, That I was even alive, Did you forget?, Everything, Every head, Did you forget, Did you forget…'bout me, Did you regret?, Every standing by my side, Did you forget, we were feeling inside, And now I left, to forget… about us(…)

Michelle P.O.V

Corri até a enfermeira mais próxima, e parei quase esbarrando nela com a velocidade que tinha. Ela sorriu pra mim, enquanto que eu repousava as mãos sobre os joelhos, ofegante.

- O que se passa, querida? - ela perguntou doce. Me fazendo recompor.

- É… é o Justin. - ela fez uma cara de confusa. - O Justin Bieber. - falei revirando os olhos e ela soltou um "Ah…" baixinho. - Ele… não consegue… mexer as pernas.

- Tem certeza? - assenti. - Vou lá agora mesmo!

Ela caminhou em passos largos e rápidos até á porta 325, logo sendo acompanhado por mim logo atrás. Ela abriu a porta e Justin continuava com a mesma expressão assustada de antes. Corri logo até seu lado. Entrelacei nossas mãos como apoio, e ele sorriu fraquinho.

A enfermeira, ou doutora, tanto faz, faz alguns testes sobre como o Justin se sentia, examinou os hematomas e se tudo estava bem, essas coisas básicas. Ela retirou aquele troço que ele tinha na cabeça e logo eu pude ver maia alguns ferimentos, se contar o cabelo completamente vermelho de sangue.

- Posso ver suas pernas? - ela perguntou dócil como sempre. Justin assentiu com dificuldade ainda gemendo de dor baixinho.

Só agora tive tempo de a examinar. Cabelo ruivo, olhos azuis escondidos pelos óculos pequenos e de armação fina e transparente. Ele tinha a pela pouco bronzeada, e adivinho que ela tivesse muitos por onde escolher. Ela era magra, no peso certo, e dava para perceber que ela era uma boa médica.

Ela puxou o cobertor de Justin para baixo, mostrando sua roupa azul, da cor dos enfermeiros do hospital. É, ele tinham mudado a roupa dele. Justin gemeu mais alto.

- Ei, calma… - falei massajando sua bochecha, enquanto ele respirava fundo, tentando controlar a dor.

- Pode doer um bocadinho. - e médica, de nome Allyson escrito no cartão, disse. Logo o medo ficou estampado na cara de Justin, mas ele assentiu.

Allyson começou dando pequenos toques em suas pernas, fazendo Justin gemer um pouco de dor. Depois ela levantou sua perna lentamente a a dobrou, fazendo ginástica com ela, é. Justin estava apertando minha mão com muita força, e eu estava me controlando para não gemer de dor também. Parecia que ele ia me partir a mão de tanta força que estava fazendo. Allyson fez um movimento brusco com a perna dele e ele gritou. É, você leu bem, ele gritou.

- Ei, ei, calma… - reparei que Justin estava chorando. Ele cerrou os dentes, ainda com os olhos fechados e respirou fundo. Allyson pediu desculpa com uma cara não muito boa e continuou com os exercícios.

Depois de uma meia-hora cheia de exercícios, gemidos de dor, lágrimas, e um ou dois gritos, Justin pode relaxar como antes. Allyson olhou na folha dos exames que tinha feito a ver se os sintomas de Justin demonstravam alguma coisa de mais preocupante.

- Está tudo bem? - Justin perguntou preocupado, assustado, ele estava tal como eu, na verdade.

Justin P.OV

Engoli em seco e meus olhos arderam. A doutora olhou para mim com uma cara triste, me fazendo apertar a mão de Michelle mais de força. Uma lágrima rolou.

- Você terá de andar de cadeira de rodas por um tempo. - fechei meus olhos de modo a que mais nenhuma lágrima caísse. - O carro passou direto por suas pernas antes mesmo de parar. E você teria sido projectado a uns 10 metros de distancia. - ela concluiu, me fazendo bufar.

Abri os olhos que pesavam e encarei Michelle que tinha os olhos vermelhos, segurando o choro. Sem chance. Eu não iria ver minhas beliebers, não iria dançar, não iria sair de casa, não iria conseguir andar… serei dependente.

- Por quanto tempo andarei de cadeira de rodas? - perguntei com receio.

- A principio um a dois meses, mas se você piorar poderá chegar até um ano. - olhei pra baixo e respirei fundo. Se um mês era demais imagine um ano. Eu tenho de fazer shows, tenho de dar autógrafos, tenho de ver minhas beliebers… - Mas antes disso, você tem que ficar no hospital uma semana.

Assenti devagar e descansei a cabeça para trás, fechando os olhos, e logo os abri de novo.

- Justin, eu tenho de ir, há mais visitas para você, especialmente umas 10 belieber preocupadas com você que tiveram sorte. - ela sorriu e acariciou meus cabelos.

Assenti e Michelle me deu um selinho na ponta dos lábios, e os mesmos arderam. Ótimo. Sorri tentando disfarçar o formigueiro nos lábios e ela se levantou da cadeira do meu lado e se dirigiu á porta, saindo juntamente com a médica.

Suspirei encarando o teto, sentindo meus olhos marejarem.

Flashback ON:

- Cuidado! - Troy gritou e encarei o carro em alta velocidade á minha frente, derrapando. Arregalei os olhos em pânico, e parecia que os meus pés estavam colados no chão. Eles não se mexiam.

Senti meu corpo ser projectado e minha consciência caiu, me fazendo fechar os olhos. Logo depois fiquei inconsciente, mas ainda consegui ouvir alguns gritos e sangue escorrer de meu corpo.

Flashback OFF:

Abri os olhos devido ao som da porta se abrindo. De lá saiu um garoto de aparentemente 15 anos, com um olhar preocupado no rosto. Ele sorriu e eu sorri, me ajeitando na cama.

- Você está bem? - ele perguntou se sentando na mesma cadeira que Michelle tinha sentado.

- Estou sim. - menti. Eu não estava muito bem, não.

Ele deu um sorriso triste e me abraçou, me surpreendendo com a sua reação. O abracei também, porém com muita dificuldade.

- Desculpa. - ele disse sincero, me fazendo encara-lo confuso. - Me desculpa por ter te odiado, Biebs. - ele olhou pra baixo e suspirou.

- Tudo bem. - falei passando minha mão bagunçando seus cabelos. - Mas por que me odiava?

- Bom… eu era seu fã, até que toda a gente na escola começou… falando que você era gay, entende? - sorri assentindo.

- Inveja é foda. - nós rimos juntos e ele continuou.

- Bom… se eu dissesse que eu era um boylieber, seria vitima de bullyng e perderia todos os meus amigos, então…eu bem que comecei 'odiando' você. - disse fazendo aspinhas. - Bom, eu sempre te suportei, e eu só contei para minha melhor amiga, Cathryn, que também era uma Belieber. Então… aí ela pirou e disse que queria namorar eu. - ele rolou os olhos me fazendo rir com vontade.

- Sério? - ele assentiu, dando um sorriso enorme.

- Bom, eu e ela estávamos andando no passei quando vimos você rebolar pela rampa. Cathryn gritou: Aquele não é o Justin?! - e eu olhei, e depois vimos que era mesmo você. Toda a gente estava olhando para você na rua, e depois toda a gente começou gritando. - ele deu um sorriso triste e abaixou o olhar.

- Continua, por favor. - quase supliquei e ele olhou pra mim de novo, suspirando fundo.

- Aí um carro preto bateu contra você e você foi projectado. Cathryn correu até você gritando e mais uma meninas correram até você, aparente Beliebers. Elas estavam praticamente chorando, elas amam muito você, Biebs. - sorri triste e baguncei seu cabelo de novo.

- E eu amo muito elas. - falei e ele sorriu. - Cathryn está cá?

- Está sim, e mais umas garotas também. - ele sorriu. - Irá parecer gay se eu disser: Eu te amo? - sorri.

- Eu te amo. - sorri, com um ar pensativo. - Não, nem um bocado. - ele sorriu e me abraçou de novo. - Obrigado pelo apoio.

- Qual é, eu te amo, tal como o meu primo Thiago… o Pedro, o Júlio, o Gaspar… - gargalhei e ele me deu um beijo na cara. - Vou chamar a Cathryn, ok?

- Tudo bem. - sorri. - Qual é seu nome?

- Meu nome é Joe. - ele sorriu e saiu porta. Bom, não era assim tão mau estar deitado aqui nessa cama.

Conheci mais fãs ainda…