Escolhas escrita por Débora Falcão


Capítulo 20
Fim do Pesadelo


Notas iniciais do capítulo

ROBERT



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Quando ela saiu, me soltei dos braços da garota.

"Não seja insolente!" Ela gritou, com a arma em punho.

"Não seja ridícula!" Eu respondi. Na verdade, eu nunca fora tão rude quanto estava sendo agora. Não com uma garota. Mas aquela estava merecendo.

A garota ficou sem voz, mas continuou apontando aquela arma para mim.

"Atire." Ordenei. Ela continuou me olhando.

"Está brincando comigo?" Ela perguntou, incrédula. Eu sorri.

"Não, atire agora mesmo." Caminhei até ela, até que o cano da arma pressionasse meu peito. Eu sabia o que estava fazendo. E ela era uma pobre garota rica, que se deixou levar por um fanatismo. Ficou doente. Mas era imatura demais. Acabou por cometer erros, erros estes que eu havia percebido.

Como aquela arma, por exemplo.

"Você não vai atirar." Eu disse convicto.

Ela arregalou os olhos. "E por que não?"

Será que ela não via o que eu estava vendo? Será que ela achava mesmo que eu não perceberia a obviedade daquela arma?

"Sua arma é de brinquedo."

Ela ficou lívida, em choque. Não disse nada, não se mexia, não tinha nenhuma expressão.

Então, como eu havia falado bastante alto, alto o suficiente para que o celular ligado em meu bolso captasse minha voz e o que eu dissera, e que Adriano, do lado de fora junto com a polícia, pudessem ouvir.

Em seguida, a casa foi invadida.

As garotas foram algemadas, sem oferecer resistência. Sabiam que não tinham o que fazer. A loura me olhou com olhos tristes.

"Eu te amo, Pattz." Ela disse.

"Você não sabe amar." Foi minha resposta.

Eles a levaram. O policial chefe se aproximou de mim.

"Você foi bastante perspicaz, ligando para seu amigo e deixando o celular ligado. O sinal foi bem fácil de se rastrear."

"Foi apenas algo em que pensei. Mas não se iluda. Só o fiz porque tive certeza de que as armas que elas usavam não eram verdadeiras. Eu desconfiei quando li a carta. Parecia amadora e dramática demais. Infantil. Mas, se eu estivesse errado, eu não ligaria. Não arriscaria nossas vidas."

"Bastante prudente."

Saímos. E lá estava ela, assustada.

Corri para abraçá-la. Ela estava em frangalhos, sofrera bastante.

"Meu amor!"

"Rob!"

Ficamos nos olhando. Não precisávamos dizer mais nada, aquele era nosso momento particular. Ela precisava de mim agora. E eu cuidaria dela.

Dispensei os repórteres. Ela teria que receber cuidados médicos. Então, a levei para o hospital. No caminho, ela dormiu em meus braços, no banco de trás do táxi, junto com seus amigos Adriano, que tanto me ajudou, Katrina e Andrea.

Ela descansaria, e eu faria tudo por ela.

Ela era a minha vida.


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