A duvida me tomou, eu deveria atender a droga do celular ou não? Sua voz na musica ecoava por meus ouvidos, e tudo voltou a minha mente. Que se dane, vou atender, aceitei a ligação e esperei pelo o que ele queria, mas nada veio, ele não disse nada, ficamos assim por mais de dois minutos quando eu finalmente resolvi dizer alguma coisa.

-O Que você quer? – perguntei seca.

-Eu jamais disse aquilo – disse, sua voz estava estranha como se ele estivesse chorado há pouco tempo.

-Então você esta me dizendo que aquela voz não era sua – falei sarcástica.

-Eu... Eu não sei Elena...

-Por que ligou então droga? Você quer me humilhar ainda mais? Você esta com seus amiguinhos com você, pra rir um pouco as minhas custas?

-Eu liguei por que queria ouvir sua voz, estou confuso – disse.

-Então essa é minha voz dizendo pra você me esquecer, eu te odeio Stefan Salvatore! – disse, desligando em sua cara.

Arremessei a droga do meu celular na parede, fazendo com que a bateria se soltasse, nem me importei, a dor estava me consumindo, junto com a raiva e as lagrimas que teimavam a cair. Como ele tem a ousadia de falar que não disse tudo aquilo? Ele só podia estar de sacanagem com a minha cara, Stefan teria que ser pagina virada para mim, ele tinha que saber que ele não significava mais absolutamente nada para mim. Eu não posso ser mais a garotinha fraca e patética na qual o mundo acaba por causa de um cara, eu nunca fui fraca e dessa vez não ira ser diferente. A Elena doce e gentil que todos conhecem acaba de morrer.

Acordei naquela manhã decidida a mudar, a apagar Stefan de uma vez por todas do meu coração. Tomei um banho longo, eu ainda tinha algumas orelhas, então usei uma maquiagem leve, destacando mais meus olhos com um lápis preto.

Vesti uma calsa jeans preta, uma blusa preta de caveira e coloquei uma jaqueta de couro e calcei meu all star preto, montei meu celular novamente, por sorte ele ainda estava funcionando, peguei minha mochila e desci. Não me despedi de ninguém, fui direto para a garagem onde peguei meu carro e sai. Não demorei a chegar ao colégio graças a minha velocidade.

Todos olharam pra mim quando saí do carro, acho que estavam esperando que eu chegasse chorando aos prantos, talvez a antiga Elena estivesse assim, mas não eu.

Vi Carrie e Kath conversando e tão fui ate elas.

-Cadê a Elena arrasada que deixamos ontem de manhã? – perguntou Kath assustada.

-Morta – respondi simplesmente.

-Ótimo, eu faria a mesma coisa, não deixaria que todos pisassem em cima de mim – disse Car.

-Exatamente, não vou deixar que meu mundo acabe por causa de um cara – falei fria, com isso o sinal tocou e fomos pra aula, era de biologia e eu era a parceira de Stefan.

Sentei-me ao seu lado como de costume, mas não o olhei, não disse uma palavra se quer, simplesmente o ignorei completamente, parece que nós dois estávamos mais interessantes que a aula, já que a todo instante olhavam para nós dois.

-Não acho que a vida pessoal da Srta. Gilbert e do Sr. Salvatore interesse a nenhum de vocês e então se puderem parar de olhar para eles eu agradeceria bastante – disse o professor irritado.

-Elena... – Stefan sussurrou.

A vontade de virar e responder tomou conta de mim, mas eu não podia, eu não podia me rebaixar assim.

Depois que a aula acabou, segui para o treino, eu estava precisando pensar, mas se eu parasse, eu iria chorar e eu não iria fazer isso, pelo menos não na frente de alguém.

-Como você esta amiga? – Bon perguntou me abraçando.

-Estou bem Bon, ele não foi o primeiro que me magoou, e com certeza não será o ultimo.  

-Eu sei que você não é tão durona assim – disse.

-A Elena que você conheceu não era – falei.

-Eu te conheço Elena Gilbert – disse e eu suspirei.

-Acredite B, eu mudei – falei e ela me olhou desconfiada.

-Tudo bem, finja o quanto quiser, eu te conheço Elena Gilbert, você não é assim e uma pessoa não musa da noite pro dia. Principalmente você.

-Talvez eu queira não me importar, não sentir.

-Nossas emoções nos tornam humanos, não há como negar, não há como fugir – disse uma voz atrás de mim, à voz que eu conhecia muito bem, Stefan.

Suspirei e me virei calmamente encontrando aqueles olhos verdes que eu tanto amava aqueles olhos que haviam olhado nos meus e me dito que me amava.

-Qual é o seu problema? – perguntei calmamente.

-Por que eu deveria ter um problema? – perguntou e eu o olhei sem entender.

-Você mentiu friamente pra mim e foi descoberto, o que mais você quer?

-Eu não menti pra você, eu te amo Elena – disse e eu revirei os olhos.

-Então aquela droga que eu escutei no sábado foi alucinação, desculpe, mas eu não fumo maconha, eu escutei direito. E depois você ainda tem a coragem de dizer que me ama e que não mentiu pra mim... Parabéns você se tornou a pessoa mais louca que eu já conheci.

-Droga Elena! Eu não disse aquilo, eu amo você, não foi apenas por sexo, armaram para nos dois, alguém não nos quer juntos.

-E esse alguém conseguiu o que queria – respondi.

Voltei para a escola, não estava a fim de conversar com ninguém e muito de treinar uma coreografia estúpida que eu mesmo havia feito. Estava passando perto da Diretoria quando esbarrei em alguém.

-Desculpe – disse uma voz máscula, segurando meus braços, impedindo que eu caísse.

-Tudo bem – falei.

-Sou Dean Winchester – disse sorrindo. Ele era espetacularmente lindo, seus cabelos meio desarrumados, os olhos verdes.

-Elena... Gilbert – falei desconfortável.

-Você poderia me ajudar? Eu fui transferido pra cá, eu preciso falar com o Treinador Turner, vou fazer o teste pra entrar na equipe.

-Se você jogar bem, vai se dar bem por aqui – falei – Todos amam o time, sou a capitã das lideres de torcida.

-Escolheram bem a capitã – disse me olhando de cima a baixo, o que não ajudava muito já que eu estava usando uma regata branca e um short minúsculo.

-Obriga – falei – O capitão esta treinando com o time, vou te mostrar o caminho.

Fomos juntos ao campo, durante o caminho conversamos bastante, seu nome era Dean Winchester, ele tinha 19 anos e foi transferido por causa de seus pais.

-Prontinho, aquele é o treinador – falei indicando pra ele.

-Obrigada Elena, se não fosse por você eu ainda estaria perdido – falou sorrindo.

-Por nada e boa sorte, tomara que entre no time – falei e ele sorriu e foi.

Fui para a arquibancada assistir o treino, Dean conversou com Turner e ele foi ao vestiário pegar o uniforme, depois que voltou ele começou a jogar, no time adversário ao de Stefan, aquilo seria interessante, já que futebol americano é um esporte violento, e as vezes alguém se machuca.

Dean era um ótimo jogador, ele deixou o treinador bestificado, tive que admitir ele era um ótimo jogador, Stefan estava ficando irritado, já que não estava conseguindo passar por Dean, que o olhava divertido.

 Depois que o treino acabou, Dean conseguiu entrar no time, o que vai ser bem interessante.