The Unknown Lovers From District 2 escrita por Carol
Notas iniciais do capítulo
as andorinhas voltaaaram e eu também voltei hahaha enfim,desculpem a demora,ta ai mais um capítulo,espero que vocês gostem :]
Já fazia mais ou menos uma semana que eu estava no distrito 2,e o que me assustava era o fato de eu estar tão imersa em toda aquela guerra e o fato de estar de volta a minha casa que não sentia falta de Cato. Eu era complicada.
Era estranho o fato de estar de volta. Um dia antes eu havia ido a antiga academia de tributos,obrigatoriamente acompanhada por dois soldados que estavam la supostamente para me proteger mas no fim a qualquer barulho eu acabava tomando a frente.
Enfim,na academia estava tudo normal apesar de mais ninguém treinar e o provável fechamento,o que me deixou triste porque passei grande parte da minha vida la ,convivendo com todos que trabalhavam la.Fui almoçar com meu antigo treinador (ainda na companhia dos soldados) e quando estava voltando pro edifício onde haveria mais uma cansativa reunião sobre como tomar a Noz,que era uma montanha onde a maioria da população trabalhava, encontrei uma pessoas que eu achava que já havia sido morto por ser pai de Cato.
– Clove! - ele me chamou e quando o vi ele estava segurando bagagens,o maldito estava fugindo.
– Ah! Oi - falei fingindo ser "legal"
– Me fale uma coisa,rápido,Cato esta como?
– Bem,no distrito 13. - falei e ele assentiu.
– Vocês...não se juntaram a essa maldita rebelião certo? - ele perguntou e eu vi sua mão mexendo rapidamente em um tipo de comunicador com a insígnia da Capital nele.
Ele ia avisar a Capital. Não tinha muito tempo.
A dias eu queria agir em algo,nem que fosse um mínimo combate ou algo do tipo,então tirei a arma do cinto e apontei.
– Sim,nós nos juntamos a essa "maldita rebelião" - falei e ele riu,e ai eu vi que a coisa era pior do que eu imaginava.Fiz sem pensar e agora poderia matar o pai do meu namorado. Os soldados não sabiam como reagir talvez porque estivessem com medo demais?
– Tão corajosa quanto seu pai - ele falou. Ta,agora as coisas iam pra merda.
– Meu pai? O que? - perguntei.
– Bom,antes de morrer ele não confessou nada,tentou dar uma de herói - ele falou - Idiota - Caramba,não podia ser...eles eram amigos,melhores amigos.
– Você matou ele - falei com raiva. Ele riu.
– É...o pessoal da Capital ajudou,mas é. - ele falou - Olha Clove,nessa guerra tem de se escolher um lado,eu escolhi o mais forte.
Os soldados fizeram menção de se meterem na discussão,mas eu fiz sinal para que não o fizessem. Agora era uma coisa mais pessoal.
– Por que? Ele era seu amigo caramba. - falei sentindo uma lágrima.
– Eu escolhi de que lado vou ficar menina,estou indo pra Capital,bom ao menos que você me mate agora - ele falou. Ele sabia que eu não ia conseguir. E eu admito que não ia mesmo,mas se ele fosse,nós sofreríamos um ataque. A porcaria,queria sair dali o mais rápido possível.
Eu não conseguiria fazer aquilo,olhei para os soldados.
– Não consigo fazer isso. - falei
– Quer que nós acabemos com isso? - um deles perguntou.
– Não. - falei - Só..sei la ,o prendam e mandem pro 13. - respondi olhando para o prefeito,pai de Cato e melhor amigo do meu pai. Uma pessoa que eu admirava,até aquele dia.
Os soldados obedeceram .
Tudo que havia acabado de acontecer era estranho ,e eu estava com aquela sensação ruim de quando algo ruim acontece muito rápido e a sua ficha não cai,até que uma hora tudo desaba.
Nós andamos até o edifício e os soldados foram falar com a comandante do 2,a qual eu não lembrava o nome mas sabia que era uma vitoriosa, e eu subi até a sala de reuniões onde Katniss e Gale já estavam,além de mais umas pessoas importantes.
Eu me olhei no espelho do corredor,estava pálida,mas ignorando isso entrei na sala.
– Bom dia Clove - alguns falaram mas sem emoção
– Oi - respondi meio seca ,mas logo me desculpei e me sentei na frente de Gale.
Logo a comandante entrou.
– Clove,os soldados me informaram sobre os acontecimentos de hoje. Tudo será tratado de acordo com a justiça do distrito 13 pra onde ele será mandado - ela falou e eu assenti.
– O que? - Katniss perguntou
– Depois. - murmurei em resposta.
Então antes que a comandante pudesse terminar a frase sobre o que se tratava a reunião Gale começou:
– Se me permite,eu tenho um plano.
– Qual? - a comandante perguntou
– Explodimos a Noz,eles vão sair pelos túneis que levam até a praça,la deixamos soldados e bom,Katniss discursa,pede para se aliarem...- ele começou antes de eu o cortar
– Gale,cara,essa foi a coisa mais estúpida que eu ouvi o dia inteiro,e olha que eu ouvi muita merda - falei.
– Por que Clove? É nossa única chance - ele perguntou já bravo.
– Vai ser um massacre,muita gente vai acabar morrendo por nada - falei no mesmo tom
– Vai ser para um bem maior - ele falou alterando a voz
– Eles não são como os animais que você caça - falei gritando e percebi que todos da sala tinha os olhares sobre nós.
– Você fala tanto sobre as pessoas do seu distrito e agora defende elas?Lembra que elas que te mandaram pros Jogos? - ele retrucou se levantando da mesa.
Acho que todos esperavam que eu gritasse algo,batesse nele e saísse da sala correndo,mas eu não fiz isso. Não valia a pena. Eu me acalmei e olhei nos olhos dele.
– Você fala tanto sobre os Jogos,mas agora,com tudo isso,fica agindo como se fosse um dos Idealizadores,sempre achando um meio para alguma coisa mesmo que machuque muitas pessoas. É só mais um hipócrita - falei e me joguei na cadeira.
– Então o que me diz? - ele se virou para a comandante. Eu me virei para a comandante,implorando com o olhar que fosse um não.
Os segundos seguintes foram agonizantes,até ele falar:
– Prossiga com o plano - e ai Gale sorriu vitorioso. - Me desculpe Clove
– Você não deveria pedir desculpas pra mim e sim para as pessoas que vão ser mortas. - falei e sai da sala,indo em direção a varanda.
Era fim de tarde,e na manhã seguinte o plano aconteceria,pelo menos o começo dele,e a tarde tudo estaria um caos.
Por que tudo estava assim? Então por um segundo ouvi a voz de Cato falando,da mesma forma que ele disse uma vez pra mim:
"As vezes tudo isso é necessário e você sabe,só não quer admitir.Aproveita o momento que você tem agora,só liga pra tudo isso na hora que acontecer."
Não sabia se era a coisa mais fácil a se fazer,mas relaxei olhando para aquele fim de tarde,e pela primeira vez,com o olhar preso naquele pôr-do-sol eu senti saudade dele.
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