The Unknown Lovers From District 2 escrita por Carol


Capítulo 19
Painting Flowers


Notas iniciais do capítulo

as andorinhas voltaaaram e eu também voltei hahaha enfim,desculpem a demora,ta ai mais um capítulo,espero que vocês gostem :]



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/248568/chapter/19

Já fazia mais ou menos uma semana que eu estava no distrito 2,e o que me assustava era o fato de eu estar tão imersa em toda aquela guerra e o fato de estar de volta a minha casa que não sentia falta de Cato. Eu era complicada.

Era estranho o fato de estar de volta. Um dia antes eu havia ido a antiga academia de tributos,obrigatoriamente acompanhada por dois soldados que estavam la supostamente para me proteger mas no fim a qualquer barulho eu acabava tomando a frente.

Enfim,na academia estava tudo normal apesar de mais ninguém treinar e o provável fechamento,o que me deixou triste porque passei grande parte da minha vida la ,convivendo com todos que trabalhavam la.Fui almoçar com meu antigo treinador (ainda na companhia dos soldados) e quando estava voltando pro edifício onde haveria mais uma cansativa reunião sobre como tomar a Noz,que era uma montanha onde a maioria da população trabalhava, encontrei uma pessoas que eu achava que já havia sido morto por ser pai de Cato.

– Clove! - ele me chamou e quando o vi ele estava segurando bagagens,o maldito estava fugindo.

– Ah! Oi - falei fingindo ser "legal"

– Me fale uma coisa,rápido,Cato esta como?

– Bem,no distrito 13. - falei e ele assentiu.

– Vocês...não se juntaram a essa maldita rebelião certo? - ele perguntou e eu vi sua mão mexendo rapidamente em um tipo de comunicador com a insígnia da Capital nele.

Ele ia avisar a Capital. Não tinha muito tempo.

A dias eu queria agir em algo,nem que fosse um mínimo combate ou algo do tipo,então tirei a arma do cinto e apontei.

– Sim,nós nos juntamos a essa "maldita rebelião" - falei e ele riu,e ai eu vi que a coisa era pior do que eu imaginava.Fiz sem pensar e agora poderia matar o pai do meu namorado. Os soldados não sabiam como reagir talvez porque estivessem com medo demais?

– Tão corajosa quanto seu pai - ele falou. Ta,agora as coisas iam pra merda.

– Meu pai? O que? - perguntei.

– Bom,antes de morrer ele não confessou nada,tentou dar uma de herói - ele falou - Idiota - Caramba,não podia ser...eles eram amigos,melhores amigos.

– Você matou ele - falei com raiva. Ele riu.

– É...o pessoal da Capital ajudou,mas é. - ele falou - Olha Clove,nessa guerra tem de se escolher um lado,eu escolhi o mais forte.

Os soldados fizeram menção de se meterem na discussão,mas eu fiz sinal para que não o fizessem. Agora era uma coisa mais pessoal.

– Por que? Ele era seu amigo caramba. - falei sentindo uma lágrima.

– Eu escolhi de que lado vou ficar menina,estou indo pra Capital,bom ao menos que você me mate agora - ele falou. Ele sabia que eu não ia conseguir. E eu admito que não ia mesmo,mas se ele fosse,nós sofreríamos um ataque. A porcaria,queria sair dali o mais rápido possível.

Eu não conseguiria fazer aquilo,olhei para os soldados.

– Não consigo fazer isso. - falei

– Quer que nós acabemos com isso? - um deles perguntou.

– Não. - falei - Só..sei la ,o prendam e mandem pro 13. - respondi olhando para o prefeito,pai de Cato e melhor amigo do meu pai. Uma pessoa que eu admirava,até aquele dia.

Os soldados obedeceram .

Tudo que havia acabado de acontecer era estranho ,e eu estava com aquela sensação ruim de quando algo ruim acontece muito rápido e a sua ficha não cai,até que uma hora tudo desaba.

Nós andamos até o edifício e os soldados foram falar com a comandante do 2,a qual eu não lembrava o nome mas sabia que era uma vitoriosa, e eu subi até a sala de reuniões onde Katniss e Gale já estavam,além de mais umas pessoas importantes.

Eu me olhei no espelho do corredor,estava pálida,mas ignorando isso entrei na sala.

– Bom dia Clove - alguns falaram mas sem emoção

– Oi - respondi meio seca ,mas logo me desculpei e me sentei na frente de Gale.

Logo a comandante entrou.

– Clove,os soldados me informaram sobre os acontecimentos de hoje. Tudo será tratado de acordo com a justiça do distrito 13 pra onde ele será mandado - ela falou e eu assenti.

– O que? - Katniss perguntou

– Depois. - murmurei em resposta.

Então antes que a comandante pudesse terminar a frase sobre o que se tratava a reunião Gale começou:

– Se me permite,eu tenho um plano.

– Qual? - a comandante perguntou

– Explodimos a Noz,eles vão sair pelos túneis que levam até a praça,la deixamos soldados e bom,Katniss discursa,pede para se aliarem...- ele começou antes de eu o cortar

– Gale,cara,essa foi a coisa mais estúpida que eu ouvi o dia inteiro,e olha que eu ouvi muita merda - falei.

– Por que Clove? É nossa única chance - ele perguntou já bravo.

– Vai ser um massacre,muita gente vai acabar morrendo por nada - falei no mesmo tom

– Vai ser para um bem maior - ele falou alterando a voz

– Eles não são como os animais que você caça - falei gritando e percebi que todos da sala tinha os olhares sobre nós.

– Você fala tanto sobre as pessoas do seu distrito e agora defende elas?Lembra que elas que te mandaram pros Jogos? - ele retrucou se levantando da mesa.

Acho que todos esperavam que eu gritasse algo,batesse nele e saísse da sala correndo,mas eu não fiz isso. Não valia a pena. Eu me acalmei e olhei nos olhos dele.

– Você fala tanto sobre os Jogos,mas agora,com tudo isso,fica agindo como se fosse um dos Idealizadores,sempre achando um meio para alguma coisa mesmo que machuque muitas pessoas. É só mais um hipócrita - falei e me joguei na cadeira.

– Então o que me diz? - ele se virou para a comandante. Eu me virei para a comandante,implorando com o olhar que fosse um não.

Os segundos seguintes foram agonizantes,até ele falar:

– Prossiga com o plano - e ai Gale sorriu vitorioso. - Me desculpe Clove

– Você não deveria pedir desculpas pra mim e sim para as pessoas que vão ser mortas. - falei e sai da sala,indo em direção a varanda.

Era fim de tarde,e na manhã seguinte o plano aconteceria,pelo menos o começo dele,e a tarde tudo estaria um caos.

Por que tudo estava assim? Então por um segundo ouvi a voz de Cato falando,da mesma forma que ele disse uma vez pra mim:

"As vezes tudo isso é necessário e você sabe,só não quer admitir.Aproveita o momento que você tem agora,só liga pra tudo isso na hora que acontecer."

Não sabia se era a coisa mais fácil a se fazer,mas relaxei olhando para aquele fim de tarde,e pela primeira vez,com o olhar preso naquele pôr-do-sol eu senti saudade dele.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram??? Reviews por favooooor!