Seus Olhos. escrita por Jee Fernandes


Capítulo 38
um novo recomeço. Parte 2


Notas iniciais do capítulo

então né ultimo capitulo espero que gostem e já postei o primeiro capitulo da segunda temporada hehe deixo o link no final *--*

Beijos e boa leitura.

E gente obrigada de coração por tudo ♥

Até a segunda temporada heim :)



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POV Madu.

A melhor sensação da minha vida era poder olhar para trás e ver que tudo valeu apena, todas as brigas, todas as discussões sem motivo, tanto Matth como eu, não somos pessoas fáceis de lidar, mas aprendemos muito com os nossos defeitos  e, claro, com nossas qualidades também, aos poucos estamos conseguindo  construir uma relação equilibrada, cheia de desentendimentos temporários, porém, nunca dormiríamos brigados, esse era nosso trato, revirei outra vez na cama, Angelica, escolhemos esse nome em homenagem a irmã do Jhon, não parava quieta um único minuto, e Matth me ligava de meia em meia hora para saber como estávamos, ainda mais depois que Alice nasceu prematura com apenas sete meses e uma semana, exato  um mês antes do Juan completar 6 anos, hoje com oito meses nem parece aquela bebezinha frágil que todos tínhamos medo de machucar, nossa loirinha era linda e até mesmo Juan que resistiu bastante em relação a ela já cedeu a seus encantos, peguei meu celular que não parava de tocar e visualizei  o nome do Matth no identificador.

- oi amor. - atendi controlando minha voz, para não demostrar a dor.

- oi liguei para saber como está, já estou indo pra casa o Juan vai dormir na minha mãe tudo bem. - suspirei já não conseguindo controlar a dor.

- Matth venha logo amor, por favor, esse dor não quer passar. - ouvi ele freia o carro com tudo, tinha quase certeza de que ele já havia chegado, o lado ruim de ainda morar em apartamento não tinha como saber ao certo.

- amor eu já estou subindo só fica calma um pouco ok. - disse desligando.

Como ele já estava vindo me levantei peguei a mala da Angel que já estava arrumada juntamente com a minha e fui para sala, mesmo com toda a dor que estava começando a sentir ainda não estava tão intensa a ponto de eu não conseguir andar.

- Madu, como você esta, mas se você esta com dor por que não ficou quieta deitada me esperando e agora o que a gente faz vai pro hospital ou liga pro medico... - ele dizia de forma afobada e tive que interrompe-lo.

- calma até parece que eu nunca fiz isso antes, vamos para o hospital ok. - disse passando a mão no rosto dele para acalma-lo.

- desculpa acho que é o nervosismo. - pegou minhas coisa e saimos abraçados, apesar de tudo acho que eu estava mais calma que ele.

Logo chegamos a entrada do prédio o porteiro estava parado do lado de fora olhando o carro que nem ao menos ele  tinha fechado, agradecemos ao Sr.Jhonson e ele dirigiu rápido até o hospital, logo o médico nos atendeu pedindo primeiro alguns exames normais,nos fazendo aguardar pelo resultado, Matth estava muito agitado, eufórico, não conseguia ficar sentado esperando, ao invés disso andava de um lado para ou outro.

- Maria Eduarda. - finalmente o médico chamou senti um frio na barriga, Matth apertou forte minha mão, entramos e sentamos de frente para o senhor de cabelos brancos.

- então doutor como minha filha esta? - Matth se apressou em dizer.

- bom a filha de vocês está bem, mas, teremos que fazer uma cesária, a senhora não esta com dilatação e nem ela encaixada, porém, com o rompimento da bolsa você já  perdeu muito liquido, peço que o senhor vá até a recepção e de entrada na internação dela. - Matth assentiu se levantando e já saindo. - bom Maria Eduarda, vou pedir para enfermeira te acompanhar até um quarto para que possa se preparar. - assenti sem responder nada, agora sim estava nervosa demais, esperei  a enfermeira que me acompanhou até um quarto me entregando apenas uma camisola e pedindo para que eu colocasse.

Só quem já teve filho para saber como é o medo misturado com ansiedade, com  felicidade, com a dor, dor essa que depois que você vê seu bebê passa totalmente, ao mesmo tempo em que estava feliz e ansiosa para poder segurar minha filha, tinha também o medo de que algo desse errado, andava de um lado para o outro dentro do quarto essa espera era torturante.

- preparada? - perguntou o Médico entrando no quarto.

- preparada e ansiosa. - disse seria e ele riu. 

- pode deitar na maca que vamos para a sala de cirurgia, seu marido já esta no centro cirúrgico  para acompanhar o parto. - assenti e me deitei com a ajuda da enfermeira que me levou na maca até a o centro cirúrgico.

POV Matth.

Dei entrada na internação da Madu, aproveitei para ligar pra minha mãe e para o Jhon, ambos ficaram eufóricos com a noticia, só não mais do que eu , voltei para falar com o médico que me autorizou a assistir o parto, uma enfermeira me acompanhou até o centro cirúrgico, me dando uma roupa descartável, junto com uma toca uma mascara e álcool em gel para as mãos, depois me disse até onde eu poderia ficar para assistir o parto.

Minutos depois a trouxeram em uma maca, ela mantinha uma expressão serena, não podia ficar perto o suficiente para segurar sua mão, mandei um beijo no ar para ela que me lançou um sorriso encantador, logo o anestesista pediu que ela sentasse na maca para poder aplicar a anestesia, logo depois o obstetra entrou na sala, e serio ver ele passar o bisturi e cortar a pele ela foi me causou um arrepio, depois de fazer o corte o anestesista começou uma pequena pressão na barriga dela na parte superior, o obstetra aumentou o corte para que nossa Angel pudesse passar e logo a retirou, não conseguia parar de sorrir assim que vi minha menininha, a enfermeira a pegou com um pano a levando direto para um tipo de "berço" que continha um refletor posicionado em cima do mesmo, e antes de chegar lá ela já chorou, um choro ardido e cativante, Madu deixou algumas lagrimas caírem, por ser cesária ela não pode ir diretamente para os braços da Madu, como aconteceria no parto normal, enquanto a limparam, pesaram, mediram, embrulharam em uma manta, colocaram uma touca na cabeça e chamaram o pediatra para vir vê-lá, o obstetra já tinha terminado de dar os pontos e junto com o anestesista passava Madu para outra maca a cobriram, já que ela tremia por causa do frio  e logo o pediatra, diga-se de passagem o Guilherme, chegou para examinar minha menina, Madu apenas observava tentando ver Angelica.

- ela esta muito bem, saudável, peso está ótimo e caramba 52 cm pelo jeito ela não vai ser baixinha como a Madu. - disse diretamente para mim e não pude deixar de sorrir. - bom ela pode ir para o quarto com a mãe, quer a entregar para Madu? 

- eu, mas eu acho que não sei carregar. 

- não se preocupe é mais fácil do que parece. - disse a pegando no colo e me mostrando como fazer, peguei minha filha, que parecia tão frágil pra mim, não dava pra saber com quem se parecia ainda, mas pra mim ela era a coisinha mais linda do mundo.

- Ei Angel é hora de conhecer a mamãe. - sussurrei a passando para os braços da Madu, deixei algumas lágrimas escaparem, lágrimas de felicidade.

- ela é linda não é? - sorri assentindo, dei um beijo na testa dela antes dos enfermeiros as levarem para o quarto. 

Tirei a roupa que eu a jogando como a enfermeira instruiu e voltei para o quarto, Madu já amamentava a pequena Angel que sugava com vontade, imaginei se aquilo não doia, mas ela tinha um "quê" de satisfação olhando nossa filha mamar.

- como você esta? - perguntei passando a mão pelos seus cabelos.

- estou bem, um pouco cansada, mas muito bem a única coisa é que não sinto minhas pernas e essa sensação é horrivel. 

- o médico disse que o efeito passa em doze horas. - ela fez uma careta me fazendo rir.

Ficamos um bom tempo apenas a observando mamar, tão pequena e tão esfomeada, era tão branquela quanto eu e tinha os cabelos tão pretos quanto os da Madu, o rostinho gordo  com duas covinhas que se formavam perfeitamente, um tempo depois minha mãe entrou no quarto com um sorriso imenso, depois que viu a neta então, estava mais boba do que nunca.

- a Camila e o Jhon estão lá fora, mas só pode ficar duas pessoas de cada vez no quarto então tchau, porque se não acaba o horario de visitas. - disse me expulsando do quarto.

- amor depois eu volto, porque você sabe né a Camila é capaz de me matar depois. - dei um longo beijo nela antes de sair.

Camila entrou com Alice, enquanto Jhon e eu ficamos com o Juan na recepção, embora ele quisesse muito ver a mãe não poderia só poderia entrar depois quando fossemos Jhon e eu, esperamos pacientemente as duas sairem, jogando conversa fora, quando finalmente sairam entramos sendo avisados pela enfermeira de que o horário de visitas acabava em vinte minutos.

- mamãe essa é minha irmãzinha? - perguntou avaliando a pequena Angel.

- é sim filho essa é sua irmã, ela não é linda? - perguntou toda orgulhosa.

- ela parece aquela boneca da Alice. - Jhon riu concordando com ele.

parece mesmo, você é uma gatinha meu Deus o que é essa bochechona heim? - fez aquelas tipicas vozes forçadas que alguém sempre usa para falar com bebês, vem no colo do tio um pouco vem. - Madu a passou para ele e pediu para eu colocar o Juan sentado na cama perto dela, onde ficou o abraçando e beijando.

Se tinha uma coisa que eu podia afirmar era que com toda a certeza eu sou um homem de muita sorte, uma mulher linda e de fibra que aceita até meus defeitos, um filho inteligente e amoroso e agora uma princesinha para eu chamar de minha, não tinha como eu ser mais feliz.

  


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Notas finais do capítulo

Alguém leu e gostou?

alguém para ler a segunda temporada?


http://fanfiction.com.br/historia/378501/Seus_Olhos_2_Temporada

Tai o link.