As lágrimas já tinham secado. Naquele momento Katie estava conversando com Annie pelo telefone.

-Então tá tudo bem mesmo né? – perguntou a garota preocupada.

-Sim, foi só um susto – respondeu a amiga.

-Mas me explica isso direito, a Bianca saiu pra surfar? A senhora ‘eu tenho medo de água’?

-Essa mesmo – respondeu Annie rindo – Acho que todas nós ficamos meio ‘doidas’ hoje.

A garota explicou o que tinha acontecido com cada uma delas e Katie só soube rir.

-Essa cena era impagável, a Thalia de rosa. – respondeu Katie.

Logo as duas desligaram e Katie saiu andando pela casa. A garota ficou boquiaberta quando encontrou Travis e Caíque conversando no jardim.

-Cara eu não sabia que isso dava um bom veneno. – disse Caíque

-Você nem imagina, acaba com as plantas em questão de... – ele parou de falar assim que viu Katie. O clima ficou tenso.

-A Bianca já tá bem – disse a garota simplesmente

-Eu vou deixar vocês sozinhos – disse Caíque – E Katie, cuidado com as suas plantas.

A garota fuzilou Travis – O que ele quis dizer com isso?

-Na-nada – respondeu Travis nervoso.

-Eu tenho que te falar uma coisa – disseram os dois juntos – fala você primeiro – eles riram.

-Primeiro as damas.

-Desculpa... – disse Katie encarando o chão.

-Acho que o único que tem que pedir desculpas aqui sou eu – respondeu ele com um sorriso triste.

Os dois ficaram ali, sem dizer nada, apenas encarando o pôr do sol e ouvindo o cantar dos pássaros.  Os pensamentos de Travis se resumiam a só um: covarde. Ele se achava covarde por não conseguir olhar nos olhos de Katie e dizer que a amava. Que talvez sempre a amou.

        -Katie Gardner o que você esta fazendo ai que ainda não foi se arrumar? – perguntou Deméter brava.

      -Já to indo mãe – respondeu ela – Você vem? – perguntou a garota olhando para Travis.

      -Claro, florzinha- respondeu ele com um sorriso maroto.

      -Ah, cala a boca Travis.

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       -Fecha pra mim? – perguntou Katie com um sorriso maroto.

       Travis e ela já estavam se arrumando. O vestido de Katie tinha um pequeno zíper na parte lateral que ela não conseguia fechá-lo. Travis ficou por traz da garota. Ela podia sentir sua respiração no seu pescoço. Depois de alguns segundos, já com o zíper fechado, ele começou a beijar  seu pescoço.

       -Travis... – tentou dizer Katie.

       -Sim? – respondeu ele.

       -Melhor você parar com isso antes que eu não consiga me controlar – disse ela sorrindo.

       -Bom saber Gardner.

        Em questão de segundos a garota estava encostada na parede. Logo Travis juntou seus lábios aos de Katie em um beijo ardente. As mãos de Travis bagunçavam todo o penteado da garota, enquanto ela tirava, um a um, os botões da camisa social branca do garoto. Travis sabia que os dois estavam indo longe demais, mas o desejo era muito maior. Sua consciência gritava para que ele parasse, mas o garoto não deu atenção. Logo que a camisa de Travis foi jogada no chão, ele levou as mãos para o vestido de Katie abrindo calmamente o zíper que ele tinha acabado de fechar.

        -Já está pronta querida? – perguntou Deméter abrindo a porta.

        Os dois se separaram corando fortemente.

        -Quase mãe, o Travis só falta vestir a camisa. – respondeu Katie tentando disfarçar.

        -Claro...Bom, eu espero vocês lá em baixo – mas antes de sair ela completou – Travis, acho melhor você lavar o rosto, não fica bem um garoto sair por ai com a boca toda borrada de batom.  

-Ah, claro senhora Gardner – respondeu ele limpando a boca com a mão.

Assim que a mulher fechou a porta Katie sorriu e perguntou:

-Fecha pra mim? – disse ela apontando para o zíper novamente.

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Todos os convidados dançavam ao som de 'Love you body' da Christina Aguilera. Carol e Michel pulavam ao ritmo da música enquanto Katie, Caíque e Travis riam.

-Posso saber o que fez o senhor ciumento te perdoar Caíque? – perguntou Katie curiosa.

-Eu não sou ciumento – respondeu Travis.

-Claro que não – ironizou Caíque – Bom, digamos que eu apenas contei a ele algumas coisas.

-Que coisas? – perguntou Katie

-Segredo – respondeu Travis divertido.

Katie mostrou língua pros dois garotos e foi até a cozinha a procura de água. De repente ela sentiu algo segurando sua cintura. Por um segundo ela achou que fosse Travis, mas logo percebeu que aquele toque não era delicado como o dele.

-Olá Katie – disse Jean, namorado de Sophie/corno admitido.

-Jean? Ah, oi. – disse Katie sem jeito – Será que da pra você me soltar?

-Vai me dizer que você não gosta? – perguntou ele com um sorriso cínico.

-Não, porque eu tenho namorado e você também tem uma.

-Eles nunca vão descobrir gatinha – disse ele apertando Katie ainda mais contra a pia.

-Me larga se não eu vou gritar – disse a menina se debatendo.

-Você acha mesmo que alguém vai ouvir com essa música alta?

Jean começou a aproximar mais seu rosto ao de Katie. Já ela, fazia de tudo para afastá-lo. Quando ele já estava a centímetros de seu rosto, algo o puxou para longe e a garota ouviu apenas o som de um murro sendo dado.

-Se você encostar um dedo nela de novo eu vou te encher de porrada, ta escutando idiota? – disse Travis com o rosto vermelho de tanta raiva.  

Caíque segura Jean enquanto Travis foi até Katie.

-Você tá bem? – perguntou ele mais calmo.

A garota apenas balançou a cabeça afirmando e se aconchegou nos braços de Travis.

Logo so restou Katie, Travis e Caíque no cômodo, e o último tentava de todo jeito animar a garota.

-O que agente vai fazer amanhã? Não quero ficar trancada dentro de casa. – perguntou Katie.

-Praia? – sugeriu Caíque.

-Gostei, agente ainda não foi lá – disse Travis olhando para Katie que apenas concordou com a cabeça – você pode chamar a Mari também, que tal?

Katie olhou para ele desconfiada – Que interesse todo é esse seu nela?

-Depois eu que sou ciumento – exclamou Travis e logo em seguida levou um tapa da garota – Calma florzinha, foi apenas uma sugestão – logo em seguida ele levou outro tapa – O que foi agora?

-Já disse pra não me chamar de florzinha.

Logo os três voltaram para a pista de dança. Depois de algum tempo dançando Katie encontrou o olhar com duas pessoas que entravam pela porta. Ela não se lembrava de nenhum deles como parte da família, mas sabia que os conhecia de algum lugar. Quando ela percebeu que eles se aproximavam, buscou na memória quem poderiam ser e logo se assustou quando descobriu.

-Travis, esses não são...

-Pai? Mãe? O que vocês estão fazendo aqui? – perguntou o garoto surpreso.